Aconteceu ontem como acontece em praticamente todas as transmissões televisivas da Sporttv. Jornalistas com carteira profissional e código deontológico (juntamente com o refugo de um ou outro ex futebolista de carreira manhosa) são useiros e vezeiros em “mandar a boquita”, tentar a graçola fácil, a piadética de ocasião e escarnecer da sua profissão, da empresa que lhes paga o ordenado ou daqueles a quem, dentro de minutos, vão pedir umas palavras de circunstância que lhes permita manter a profissão de “seguradores de microfone” disfarçados de jornalista.
Comportam-se desta forma enquanto estão no conforto do suposto “off”. De quando em vez, lá aparece um outro profissional de uma outra área, daqueles que têm tantos escrúpulos como os supracitados jornalistas e 'partenaires' de ocasião, e que torna públicas as conversas que apenas os incautos imaginam ser garantidamente privadas.
Aconteceu ontem como acontece em praticamente todas as transmissões televisivas da Sporttv. Ontem, os protagonistas foram Rui Pedro Rocha, Jorge Goulão e Pedro Henriques. Rui Pedro Rocha inicia o espectáculo, Jorge Goulão coadjuva, mas, mais do que qualquer outro, Pedro Henriques demonstra que tem tantas vértebras na coluna vertebral como tinha talento enquanto futebolista. É inqualificável a forma como Pedro Henriques fala de Roberto. É inqualificável a forma como Pedro Henriques fala de um homem que desempenha a profissão que ele mesmo já desempenhou. Há um momento em que Pedro Henriques fala de um profissional do Benfica, referindo-se às ferraduras que este teria. Pedro Henriques foi, como jogador, um fraco praticante e um fraco profissional. Neste momento, se avaliasse o seu desempenho como comentador e se utilizasse os mesmos critérios com que ele avalia o desempenho de Roberto, diria que o Pedro Henriques é uma cavalgadura.
Também é muito interessante observar como dois jornalistas falam sobre Jorge Jesus. É tanto mais interessante quanto sabemos que, se for caso disso, estes mesmos jornalistas rastejam para ver se Jorge Jesus lhes dá uma entrevista exclusiva. Daquelas que ficam bem no currículo e demonstram que se consegue ser jornalista e não apenas um suporte de microfone com ordenado.
Além disso, também é interessante ver como é que dois jornalistas encaram o facto de terem de fazer um trabalho de 20 minutos num “pré-jogo”. Compreende-se a revolta e o desespero. Pois, para se fazer um pré-jogo de 20 minutos, há que se ter preparado para isso. Há que ter trabalhado. E, como se depreende da conversa, não houve qualquer preparação destes profissionais para desempenharem condignamente a sua profissão na noite de ontem. Aconteceu ontem como acontece em praticamente todas as transmissões televisivas da Sporttv.
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Por motivos que desconheço, o vídeo foi retirado do Sapo. No entanto, há outros locais onde pode ser visto e partilhado.
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