VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Quinta-feira, 26 de Fevereiro de 2009

Cabeçudos, o caraças!

Ainda em relação ao amigo Lucílio. Sempre que me falam nele, lembro-me logo de várias das suas actuações memoráveis em jogos do Benfica, como a expulsão do Ricardo Rocha depois da 'falta' sobre o Deco, o arraial de pancadaria que lhe passou despercebido na final da Taça ganha ao FCP do Mourinho (que depois ainda teve a lata de se queixar da arbitragem), os critérios disciplinares 'flutuantes' que exibe nos nossos jogos, etc. Mas a performance mais memorável dele, aquela que me surge sempre nos pensamentos quando contemplo este triste figurão da arbitragem portuguesa, foi aquela no jogo que disputámos em Alvalade em 7 de Maio de 2000, jogo esse que poderia dar o título pelo qual o Clube do Lumiar (des)esperava há dezoito anos. Esse jogo para mim foi o verdadeiro deixar cair da máscara, e a partir daí nunca mais consegui confiar neste tipo. E um dos motivos pelos quais eu também nunca esqueço essa exibição arbitral memorável é também o texto que a Leonor Pinhão escreveu sobre o assunto. Ao saber que o Lucílio nos vai arbitrar na próxima sexta-feira, recordei-me novamente desse texto, e fui soprar o pó aos arquivos para o reler. Voltei a rir-me com o texto, e voltei a sentir uma pontinha de emoção quando me recordei que "Eu estive lá! Eu vi!". Por isso acabei por decidir partilhar esse texto com aqueles que não tiveram ainda a oportunidade de o ler. Aqui fica então, com a devida enorme vénia à Leonor Pinhão:


"'Lucílio Baptista prejudicou o Sporting!'

Sousa Cintra, ex-presidente do Sporting à saída do Estádio José de Alvalade, no Domingo, 7 de Maio de 2000, às 21h58.

Extenuado, André Cruz ouviu o árbitro apitar. Incrédulo, passou a mão direita pela testa na tentativa vã de limpar o suor que caía em torrentes e que se misturava, sem glória, com as águas da extraordinária chuvada. A segunda parte ia já a meio e Cruz admitiu o pior quando, do seu campo, viu Acosta encostar-se a Sérgio Nunes e atirar-se para o chão em mais um momento agudo de crise ciática.«Oh não, outra vez não, este cara está a gozar comigo!» Mas a cara de Lucílio Baptista não enganava ninguém. Oh sim, outra vez sim! Perante meio conselho de vibrantes ministros, perante autarcas e dignitários religiosos, perante banqueiros e administradores dos capitais do Estado, cabia-lhe a ele, André Cruz, pela trigésima-quarta vez naquela noite, a responsabilidade de tentar marcar de livre um golo ao Benfica.

Lucílio Baptista apitara e agora apontava para o lugar onde a bola deveria ser colocada para a cobrança. Com dores musculares, em resultado do intenso treino a que Lucílio Baptista o obrigou, o brasileiro encaminhou-se para o local escolhido e, já sem forças para ajeitar o esférico, olhou para a baliza do Benfica. «Tem graça, daqui ainda nunca tinha rematado neste jogo», pensou. Os trinta e três livres anteriores tinham sido disparados de, praticamente, todas as partes do campo: de longe, de perto, de muito longe, de muito perto, sobre a esquerda, sobre a direita, ao meio, ligeiramente enviesados para qualquer um dos lados e sempre, sempre «bem ao gosto do pé de André Cruz», como gritavam ferventes de emoção os homens das rádios e das televisões de todo o mundo.

E nada. A bola não entrava. Na sua ânsia louca de prejudicar o Sporting, Lucílio Baptista interrompia sistematicamente todas as bonitas e eficazes jogadas do ataque leonino e convertia-as em livres. Recorde-se que, em todo o jogo, só por uma vez o árbitro deixou o Sporting concluir uma movimentação colectiva que terminou com um perigoso remate de De Franceschi. Era este o caminho para a vitória mas Lucílio Baptista não queria assim. Queria livres. André Cruz já estava farto de marcar livres e sempre que ouvia Lucílio Baptista apitar não conseguia deixar de sentir um calafrio pela espinha. «Mas porque é que este cara não marca um penálti igual ao que marcou ao Boavista no jogo com o Setúbal, o clube da terra dele, e resolve isto de uma vez por todas?»

Cruz tinha razão. A arbitragem estava a ser muito habilidosa. Veja-se, por exemplo, o caso dos cartões amarelos dados praticamente a toda a equipa do Benfica. Só os ingénuos não percebem que a ideia não era levar o Sporting a vencer o jogo por ausência de adversários mas sim queimar tempo com ninharias, tomar notinhas, enervar a plateia, desmoralizar, dar tempo aos jogadores do Benfica para se recomporem do cansaço de fazer barreiras atrás de barreiras. Por exemplo, quando o árbitro mostrou o cartão a Ronaldo até se enganou, de propósito, e em vez do amarelo tirou o bloco de apontamentos que exibiu peremptório e bem alto na direcção do atónito jogador do Benfica. Com isto passaram-se mais dez segundos.

O Benfica não passava do meio campo. Nuno Gomes já ia na sua vigésima-nona falta atacante, um predador este avançado do Benfica. Lucílio Baptista não queria que o Sporting tivesse espaço para atacar e, vai daí, empurrou a equipa visitante para a sua baliza, de modo a formar um bloco compacto e intransponível. Um manhoso, este árbitro. André Cruz esfregou os olhos antes de partir para a marcação do seu trigésimo-quarto livre da noite. Depois, a custo, correu e rematou. A bola fez um arco pífio e saiu ao lado do poste direito da baliza de Enke. Agora era Lucílio Baptista que estava farto. Caramba, tinha uma reputação por defender! A partir daí o seu apito não trinaria mais, acontecesse o que acontecesse.

Mas mesmo sem apitar Lucílio Baptista não deixou de beneficiar escandalosamente o Benfica. Já bem pertinho do fim, aos 82 minutos, Nuno Gomes, por pura maldade, entra com a bola pela área do Sporting, apronta-se para passar por Toñito e ficar sozinho frente a Schmeichel. Mas não foi nada disto o que o feroz avançado benfiquista fez. Estão certamente recordados: Nuno Gomes entrou na área, desinteressou-se da jogada e sentindo Toñito no chão (o que estaria Toñito a fazer no chão?), sem piedade desatou aos saltos por cima do corpo do seu adversário numa dança selvagem. Toñito gritava, Gomes saltava por cima dele, agora a pés juntos e mordendo, em transe, a, entretanto arrancada, fitinha para o cabelo, imagem de marca do talentoso e espezinhado jogador do Sporting.

E não é que Lucílio Baptista nem cartão amarelo mostrou a Nuno Gomes que, descarado, reclamou um penálti? Não queria mais nada, não sabe, se calhar, que há mais de quatro anos que nenhum árbitro marca um penálti ao Sporting no campeonato nacional de futebol e que essa era, aliás, a única razão para que a imprensa internacional tivesse invadido, naquela noite, Alvalade. Ver para crer! Francamente, Nuno Gomes, bem pode agradecer à RTP que, em conluio com o Benfica, descreveria o lance com estas bem lisonjeiras palavras se atendermos à gravidade do que se passou: «Nuno Gomes pisa a perna do jogador do Sporting e acaba por se desequilibrar.» Ah, valentes!

Heynckes, vendo o comportamento do seu jogador, que arriscava a expulsão se se atrevesse a entrar mais uma vez na área do Sporting, resolve substitui-lo por João Tomás. A dois minutos do fim do jogo, João Tomás foge pela direita do ataque do Benfica e encontra-se frente a frente com André Cruz. «Depois de marcar trinta e quatro livres ainda querem que eu tenha pernas para agarrar este cara...», lamentou-se em surdina o jogador brasileiro enquanto via o avançado do Benfica passar por ele e entrar na área. Mas Cruz, num assomo de profissionalismo, foi a custo atrás de João Tomás e, sem forças para mais, derrubou delicadamente o rapazola.

O que se passou a seguir vai entrar na história do futebol português no capítulo dos mistérios mais inexplicáveis. Se Lucílio Baptista já tinha prometido a si próprio que não apitava mais, que loucura levou o árbitro a marcar, pela primeira vez em todo o jogo, um livre perigoso contra o Sporting? Em bom juízo deveria ter marcado falta atacante a João Tomás. Falta atacante e cartão amarelo para queimar tempo e continuar, assim, a prejudicar o Sporting como fez em todo o encontro. Mal sabia Lucílio Baptista que os comentadores da RTP, em conluio com o Benfica, chegaram mesmo a admitir que a falta, a existir, poderia ter sido cometida dentro da área, de danadinhos que estavam por uma vitória do Benfica. Um dos comentadores, por certo irresponsável, não teve medo da violência avulsa das palavras e, contra todas as regras da mais elementar decência, disse que Lucílio Baptista estava a ser «caseirinho». Mas que falta de respeito pela tribuna vip de Alvalade. Árbitros e jornalistas em compadrio para prejudicar o Sporting...

Até ao momento só há uma explicação para aquela apitadela de Lucílio Baptista. Obnubilado pelo cansaço de uma noite inteira à chuva a orientar barreiras, o árbitro, já próximo do delírio, da alucinação, reconheceu em João Tomás alguns traços físicos de Jardel, o poderoso avançado do FC Porto. De perfil, o formato da cabeça, o corte de cabelo... são mais do que vagas parecenças do benfiquista com o goleador das Antas. E foi nesta confusão, neste êxtase de troca de indentidades que Lucílio Baptista caiu inocentemente porque, é uma regra do futebol português, em caso de dúvida beneficia-se sempre os grandes. Livre, livre a favor do FC Porto! André Cruz suspirou de alívio: «Pôxa, este ao menos não sou eu que tenho de marcar!» Depois, Cruz viu um egípcio pequenino a beijar a bola e riu-se da infantilidade. Mas não se riram os duzentos adeptos do Benfica que no topo Norte do estádio assistiam ao jogo, sacrificados por amor ao seu clube à imolação programada, arriscando-se à suprema humilhação na esperança tão ínfima e tão sublime de tudo sair ao contrário e de, um dia, poderem dizer aos filhos e aos netos: «Eu estive lá. Eu vi!» E viram. Viram Abdelsatar Sabry marcar o livre virado para Meca, viram a bola a descrever um arco por cima da fresquíssima barreira do Sporting entrar direitinha no canto superior esquerdo da baliza de Schmeichel.

Este é um jogo para a lenda. Seria sempre, independentemente do resultado. Quem perdesse estava destinado a ser pasto de anedotas pelos próximos vinte anos. Cabeçudos, o caraças! Na segunda-feira, no regresso ao trabalho, os seis milhões de benfiquistas puderam entrar inteiros nas suas fábricas, escritórios, quartéis, centros comerciais, cafés, restaurantes e repetir o gesto redentor do egípcio, levando o dedo indicador da mão direita aos lábios e fazer sair um «shhhhhhhh» bíblico."


P.S.- Por acaso lembro-me bem que na segunda-feira, no regresso ao trabalho, também eu me virei para os colegas lagartos, levei o dedo indicador da mão direita aos lábios, e fiz sair um «shhhhhhhh» bíblico :)

publicado por D'Arcy às 10:00
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29 comentários:
De Helena Ramos a 26 de Fevereiro de 2009
Esse foi um jogo maravilhoso. Não sei se é por ser benfiquista, mas todos os jogos que ganho com mais sofrimento são os que mais gozo me dão. Toda a semana, ouvi lagartos a dizerem que nos iam golear, que iam fazer isto e aquilo e depois o Sabry - esse desconhecido... - faz uma maldade daquelas a um grande guarda-redes (que estava de férias em Alvalade...). Foi o delírio completo. Passei a noite eufórica. Não foi por ter ganho, que, em Alvalade, isso é normal, foi por não poderem fazer de nós parvos. Eles eram os maiores, mas nós somos ENORMES!

CARREGA, BENFICA!
De D'Arcy a 26 de Fevereiro de 2009
No fim-de-semana seguinte estava na Alemanha, e fui jantar a um restaurante português. O desgraçado do dono estava pior do que estragado, porque tinha vindo a Portugal pela primeira vez em anos só para estar na festa do título do sportém, 'e aqueles palhaços perdem-me em casa com o Benfica'. Por isso lá teve que ficar a ouvir o relato do jogo com o Salgueiros na rádio, e no final foi participar na caravana de celebração da vitória no campeonato (caravana essa constituída por um único carro, com três tipos lá dentro). Confesso que tive uma certa pena do homem. E na altura, at+e nem me importei grandemente com a vitória da lagartagem, já que a alternativa seria o 'bi-tri' do clube da ladroagem, o que seria uma espécie de ode à corrupção.
De Piso 3 Superior a 26 de Fevereiro de 2009
Este jogo foi um sofrimento durante os 90 minutos. Bem, 90 não, 89! =)

vídeo:
http://www.dailymotion.com/video/x7k4b4_sporting0-benfica1-de-2000_sport

Algumas tiradas.
"Aí está URIBE, a surpresa reservada por Yupp Heynckes"
"Nuno Gomes a avançar... tentativa de carrinho... é Nuno Gomes que provoca o contacto" (a propósito do lance Tõnito-NG na área do Sporting)

A propósito de cabeçudos, o que dizer da mão cheia que os lagartos levaram ontem? Nas competições fora-de-portas torço incondicionalmente por qualquer clube português, mas ontem não consegui evitar a buzinadela ao passar pelos tristonhos no Campo Grande...efectivamente, este ano o Sporting fez história na Liga dos Campeões :p

Força Benfica!
De Tuborg a 26 de Fevereiro de 2009
Quem foi campeao desse ano?
Só por curiosidade. mUItas derrotas dessas
De D'Arcy a 26 de Fevereiro de 2009
Tenta ser um bocadinho menos básico, ó cerveja. Todos sabemos quem foi campeão. Não é isso que está em causa. É sim uma vitória do brio, contra tudo, contra um árbitro repelentemente caseiro, contra a festa anunciada. Até já disse que nem me importei muito que fossem campeões esse ano. Mas nunca contra nós. Dois anos depois lá aprenderam a lição, e quando voltaram a ter que jogar contra nós no jogo que poderia dar o título já estavam mais calmos. E com razão, porque voltaram a não ganhar (e não fosse mais um penálti dos 16 ou 18 que tiveram essa época, tinham voltado a perder).
De pge a 26 de Fevereiro de 2009
Então era este o tal texto sobre o Lulu.
Isto só lá vai mesmo com ironia, qualquer tentativa de demonstrar o que se tem passado usando o realismo é pura e simplesmente um acto loucura.

Tenho é pena de não ler sempre a Leonor Pinhão e o o RAP.

Mas ainda gostei mais do outro titulo dos maso-escravos. Não conseguiram ser campeões contra nós, como só o foram depois de nós vencermos o boavista, tipo: "peguem lá, ide festejar", foi bonito ouvir alguns maso-escravos dizerem que só iriam festejar na semana seguinte.

PS: D'Arcy este post ontem pelas 00.30h sensivelmente, provocou-me um daqueles momentos: "será que é desta que vou ser internado?" :)
De D'Arcy a 26 de Fevereiro de 2009
Ao fim destes anos todos,este texto da Leonor continua a fazer-me rir perdidamente. É uma aplicação excelente de ironia e sarcasmo, como ela bem o sabe fazer. E depois, tem o extra de me despertar as memórias do que foi estar lá.
De Helena Ramos a 26 de Fevereiro de 2009
O mal destes textos irónicos e sarcásticos é que os pouco inteligentes não conseguem apreender tudo o que se pretende.

D'Arcy, não tenhas pena de ninguém. Não merecem :)
De Artur Hermenegildo a 26 de Fevereiro de 2009
A nomeação deste escremento para apitar em nossa casa precisamente neste jogo é de facto um mimo.

Como é a jornada na qual scp e fcp, um ou o outro ou os dois, perderão pontos, e ambos est~qao em confronto directo com o Benfica, é necessário garantir precisamente nesta jornada que o Benfica também perde pontos.

Espero que os jogadores estejam avisados e preparados para o que será inevitável, e sejam capazes de superar as duas equipas adversárias.

Vai ser muito difícil, lá isso vai. Mas temos de ser capazes, somos o Benfica.
De Artur Hermenegildo a 26 de Fevereiro de 2009
Desculpem, acima é "excremento" e não "escremento". Também podia ser "cagalhão" e assim já não me enganava.

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