Sofremos esta noite uma derrota pesada, por culpa de erros próprios e de uma grande eficácia do adversário. Felizmente o outro resultado do grupo acabou por ser o mais interessante para nós, o que significa que a questão do apuramento continua completamente em aberto.
Acho que desde que o Rui Vitória é o nosso treinador que não o tinha visto alterar tanto a equipa de um jogo para outro, sobretudo em termos tácticos. O Benfica hoje apostou no reforço do meio campo, numa disposição mais próxima do 4-2-3-1, colocando o André Almeida ao lado do Fejsa. O André Horta foi o terceiro médio, e na alas o Pizzi regressou à direita, tendo o lado esquerdo sido infelizmente entregue ao Carrillo (peço desculpa, mas eu não consigo gramar este gajo - sim, esteve praticamente um ano sem jogar e dou-lhe desconto por isso, mas eu já não conseguia perceber o que viam de tão especial nele quando estava no anterior clube). A estratégia até parecia estar a surtir efeito, porque a primeira parte foi equilibrada e o Benfica até teve duas ocasiões soberanas para se colocar em vantagem, ambas pelo Mitroglou. Mas aos vinte minutos o Nápoles confirmou o chavão das equipas italianas e na primeira ocasião de que dispôs, marcou. Mais um golo sofrido de cabeça, no seguimento de uma bola parada (um canto). O canto em si nem foi particularmente bem marcado, mas Fejsa não atacou a bola de forma decidida e deixou-se antecipar ao primeiro poste pelo Hamsik. O descalabro do Benfica aconteceu na entrada para a segunda parte, e num período muito curto - três golos sofridos no espaço de oito minutos, entre os cinquenta e um e os cinquenta e nove. Desconcentração da equipa e muito em particular do Júlio César, que me pareceu que poderia ter feito melhor no segundo golo (de livre directo), cometeu o penálti que deu o terceiro golo (afinal este sacana de árbitro sabe marcar penáltis) e fechou da pior forma esta série negra com uma saída e falso a um cruzamento e consequente falha primária, que permitiu o quarto golo ao Nápoles. O jogo estava perdido, restava ao Benfica tentar dignificar ao máximo a sua imagem. Honra aos nossos jogadores que não baixaram os braços e lutaram até final, tendo sido recompensados com dois golos, Gonçalo Guedes (ao fim de três minutos em campo já tinha feito mais do que o Carrillo) e do Salvio, que amenizaram o resultado.
Conforme escrevi no início, felizmente esta derrota acabou por não comprometer a possibilidade de apuramento. Espero que para o resto dos jogos já possamos apresentar uma equipa mais forte - em particular, com o Jonas e a dupla Lindelöf/Jardel na defesa, para ver se acaba esta série de golos sofridos em bolas paradas e pelo ar. E apesar do muito respeito que tenho pelo Júlio César, parece-me que o jogo de hoje poderá ter dado uma vantagem decisiva ao Ederson na luta pela titularidade. Enfim, o mal está feito, agora o único caminho é deitar isto para trás das costas e pensar em ganhar ao Feirense.
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