Ainda ontem dizia que os biltres que pululam pela comunicação social já perderam o último pingo de vergonha e não têm qualquer pejo em assumir abertamente o que são, fazendo os biscates para que são mandatados pelos departamentos de comunicação dos clubes de que são adeptos.
A notícia que saiu agora (sem pés nem cabeça - veja-se que alegadamente até aliciaram um jogador que não jogava no Rio Ave para facilitar a vitória do Benfica contra esse clube - mas convenientemente amplificada pelos serviçais da santa aliança) em vésperas do jogo que se aproxima é apenas mais uma confirmação daquilo que penso, e mais uma despudorada declaração de clubismo e serventilismo da parte de Octávios e Bernardos e afins.
Face ao regabofe a que temos sido sujeitos desde o início da época, em que até a divulgação pública de informações confidenciais de negócio da nossa SAD foi considerada inócua por um juiz que, antes de tomar essa decisão, fez questão de se assumir como adepto ferrenho de um rival (como que para aumentar ainda mais a nossa revolta), isto é a demonstração de que já não há qualquer limite ou pudor. Na comunicação social diz-se e escreve-se o quer quer que seja sobre o Benfica, transformam-se rumores da blogosfera em factos, insulta-se, calunia-se, rebaixa-se e falta-se ao respeito sem qualquer tipo de contenção. Dá-se destaque e faz-se notícia com os devaneios de qualquer inimigo do Benfica, mesmo que ele seja um assumido criminoso que lidera uma claque de um clube rival.
Tudo isto é normal, nada disto gera indignação. Grave mesmo parecem ser coisas como a generalidade dos clubes não ter querido perder tempo a discutir em AG propostas 'sérias' para o futuro do futebol português que parecem saídas da cabeça de um qualquer cocainómano e elaboradas com o intuito específico de atacar o Benfica, como proibir os clubes de transmitir os seus jogos em casa - só há um em Portugal com a capacidade para o fazer, e pelos vistos é este o grande problema do futebol português. Ou grave é também as autoridades competentes não cederem imediatamente à birra de alguma mente iluminada pelos narcóticos que quase um século depois descobriu que uma competição a eliminar na qual se disputava uma meia dúzia de jogos valia um título de campeão nacional, mas que outra competição, oficial, organizada pela FPF, na qual também sempre participaram (mas nunca a ganharam, esta é a grande diferença) e que punha todos os clubes a jogar entre si durante vários meses num sistema de todos contra todos, afinal não valia para nada - o que, convenientemente, retiraria três títulos ao Benfica. Que haja quem consiga dar crédito e até fazer eco desta pretensão, que deixa qualquer pessoa minimamente conhecedora da história do futebol português de cabelos arrepiados, é mais um sintoma de onde isto chegou.
Simplesmente estou farto e desisto. Não do Benfica, mas de todo o lodaçal infestado de antibenfiquismo primário em que a santa aliança transformou o panorama da comunicação social desportiva. Aquilo já não é jornalismo, tornou-se um campo de batalha em que os pseudo-jornalistas simplesmente amplificam os recados que lhes são enviados, seja em pequenos-almoços ou em telefonemas diários. Isto provoca em mim um reflexo condicionado de me sentir mal só de ouvir falar no futebol português, e tendo em conta aquilo que eu adoro futebol, é preciso mesmo muito para me deixar neste estado. A rivalidade foi substituída por completo pela animosidade, alimentada pelo ódio irracional e visceral ao Benfica, a que foi dada rédea completamente livre. De mim já há muito que não levam nada, porque deixei de comprar jornais. Agora já nem das visitas aos respectivos sites vão tirar partido.
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