No Dragão, há um par de anos, foi um calhau a entrar no autocarro do Benfica e a passar a poucos centímetros do Aimar. Por pura sorte não ocorreu uma fatalidade que ainda hoje se lamentaria.
As práticas do famigerado guarda Abel, incentivado pela direcção do seu clube, foram copiadas pela nova ‘cultura’ do clube de Braga. Cultiva-se a linguagem belicista e incentiva-se a intimidação do adversário pela demonstração da violência cobarde. Recentemente, a nova cultura dos da “Pedreira” investiu cobardemente contra os adeptos do Paços de Ferreira, expulsando-os da bancada. A tutela do futebol abanou a cabeça em sinal de reprovação e… nada mais. Ainda mais recentemente, protagonizaram, juntamente com os de Guimarães, um triste e decadente espectáculo de violência nas bancadas. Pelo meio destes acontecimentos, ainda foram notícia por obrigaram os atletas e treinador do seu próprio clube a refugiarem-se, barricados, nos balneários, para se protegerem dos que cobardemente, em grupo, se consideram os baluartes da lei dos senhores sem lei.
O fenómeno não é novo e não existe apenas ali, entre aqueles (também nós temos de repensar muita coisa). Mas este novo epicentro de violência é tão ou mais preocupante do que os anteriores, pois sente, como nenhum outro, na impunidade um incentivo. Tenho, por vezes, a sensação de que terem deixado de jogar no “1º de Maio” e terem passado a jogar na “Pedreira” acabou por se tornar em algo simbólico. Da mesma forma que, com este novo paradigma belicista, a casa do Benfica em Braga ficou amordaçada na belíssima “Avenida da Liberdade”. Esta nova cultura tomou o clube e acabou por sujar o nome de uma das mais belas cidades de Portugal. Tudo isto perante o aplauso de uma minoria acéfala.
Hoje, festejamos o aniversário do Benfica. Hoje, só não lamentamos, em luto, a morte de um dos nossos atletas porque as barras de cimento e os pedregulhos que ontem atiraram para o nosso autocarro, por um acaso do destino, entraram por uma janela que não tinha ninguém sentado no respectivo banco. Ontem, como há uns anos, houve uma tentativa de homicídio. Hoje, como há uns anos, fica a inoperância e o silêncio. Se nada for efectivamente feito, no futuro lamentaremos em conjunto e enlutados.
Imagem retirada da conta de Twitter do Luisão [link]
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