Sim, é um post sobre a injustíssima suspensão do megacraque Rúlqui. Não é sobre a palhaçada que levou à redução, pela mão do Conselho de Justiça da FPF, da pena que lhe foi aplicada inicialmente pela Comissão Disciplinar da Liga, e que certamente terá sido apenas um pequeno detalhe do plano geral de assalto ao poder por parte do polvo. O post é sim sobre a profunda desonestidade intelectual e desfaçatez demonstradas pelo fóculporto e respectiva corja de imprensa submissa, com base nesta decisão.
Numa tentativa cretina de fazer do Rúlqui um mártir às mãos da vermelha Comissão Disciplinar e do algoz-mor, Ricardo Costa, vejo os jornaleiros competirem entre si para verem quem consegue dar um número mais alto de jogos que o pobre Rúlqui cumpriu de suspensão em excesso. 'Quinze!' berra um. 'Dezassete!' atalha outro. 'Dezanove!' exclama, ufano, outro. A verdade é que estão todos errados. E não duvido, nem por um segundo, que sabem perfeitamente que estão errados, mas preferem fingir que ninguém repara. O Rúlqui agrediu um Assistente de Recinto Desportivo no túnel do Estádio da Luz, após o final do jogo que a agremiação que representa disputou contra o Benfica, na noite de 20 de Dezembro de 2009. Isto é um facto, que foi relatado pelo quarto árbitro desse jogo, João Ferreira, no seu relatório (e daí que os jogadores em questão tenham sido considerados expulsos pelo árbitro), e que foi considerado provado quer pela Comissão Disciplinar da Liga, quer pelo Conselho de Justiça da FPF. A agressão existiu, e foi documentada em imagens e relatórios. A partir deste momento foi aberto um processo disciplinar e, por obra e graça de uma lei que, conforme já sabemos, foi proposta pelo fóculporto (e de cuja votação o Benfica se absteve), o Rúlqui ficou imediatamente suspenso preventivamente, por ter sido expulso pelo árbitro da partida. Este processo ficou concluído no dia 19 de Fevereiro de 2010, tendo a Comissão Disciplinar da Liga castigado o jogador com quatro meses de suspensão.
O facto indesmentível aqui é: o Rúlqui, depois das (comprovadas) agressões por ele perpetradas, esteve suspenso preventivamente desde dia 20 de Dezembro até dia 19 de Fevereiro. A lei (por mais estúpida que seja, é a lei, e tendo em conta de quem foi a brilhante ideia de a propor, não admira que ela seja profundamente estúpida) assim o obrigou. Esta suspensão é completamente independente das conclusões da Comissão Disciplinar da Liga. Mesmo que a CD da Liga tivesse chegado à mesma estapafúrdia conclusão do CJ da FPF, e considerado que um ARD tem o mesmo estatuto que um espectador, castigando assim o Rúlqui com três jogos, do período de suspensão entre 20 de Dezembro de 2009 e 19 de Fevereiro de 2010 (data de conclusão do processo) ele não se safava. Portanto, a suspensão 'excessiva' que o Rúlqui efectivamente sofreu começa a contar a partir do dia 19 de Fevereiro. Desde aí até sair a conclusão do recurso apresentado pelo fóculporto ao Conselho de Justiça da FPF, o fóculporto disputou sete (sim, sete!) jogos. Um deles foi para a Champions, no qual o Rúlqui deu o seu brilhante contributo para a gloriosa derrota por 5-0 em Londres, frente ao Arsenal. Portanto, o Rúlqui na verdade perdeu seis jogos devido à suspensão 'excessiva' do CD da Liga. Mais: desses seis jogos, apenas quatro deles foram jogos a contar para o campeonato, nos quais o fóculporto obteve duas vitórias, um empate, e uma derrota.
Estar agora a exigir 'ressarcimentos' por danos sofridos, tentando de alguma forma justificar a perda do campeonato ou não ida à Champions League pela eventual ausência indevida do Rúlqui em quatro jogos não é apenas desonestidade ou querer atirar areia para os olhos das pessoas; é sim uma canalhice sem vergonha apenas ao nível de quem dirige o clube em questão. Por esta linha de pensamento, talvez o Benfica devesse exigir também ressarcimentos por ter perdido o jogo em Braga (já poderíamos estar praticamente a festejar a conquista do campeonato) ou sido eliminado da Taça de Portugal porque o Cardozo foi expulso pelo Jorge 'SD' Sousa sem qualquer razão para tal (até porque, ao contrário do Rúlqui, as imagens mostram mesmo que o Cardozo nada fez para ter sido expulso).
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