A minha opinião está formada desde o jogo com o Guimarães para o torneio da cidade. O benefício da dúvida não é ilimitado e esse jogo tirou-me as dúvidas todas. Para mim, todos os jogadores do Benfica são passíveis de serem elogiados e criticados, dependendo das suas performances. Não é o preço que determina se eu gosto mais de um ou de outro, é o que mostram em campo.
Nesse sentido, o Roberto é igual ao César Peixoto, ao Luís Filipe ou ao Cardozo, ou seja, é passível de elogio ou de crítica. Nesta altura, parece-me claro que a sua situação é insustentável. Tal como o César Peixoto, depois da horrível 1ª parte do jogo de Domingo passado, passou de titular a não-convocado, eu espero o mesmo tratamento para o Roberto. Neste momento, acho que é claro que ele não tem condições psicológicas para continuar na baliza do Benfica. Além disso, prefiro ter um jogador com a moral em baixo do que três, e todos na mesma posição. Como se sentirão o Júlio César e o Moreira se continuarem a não ser opção depois do que temos visto do Roberto até agora? Sim, eu sou daqueles que acham que o Roberto poderia ter feito mais em ambos os golos da Académica. É a minha opinião. Não são frangos, mas eram defensáveis, porque no 1º ele fica a meio da viagem e no 2º o remate é a 40 metros da baliza. Porém, nesta partida frente ao Nacional parece-me que não há dúvidas para ninguém. São dois frangos. Sem tirar nem pôr. Que nos custaram três pontos.
Provavelmente teremos cometido o erro mais caro da nossa história. (Ou não, se somarmos o Clóvis, King, Dudic, Escalona, Rojas, Thomas, Harkness, etc.) Paciência. Toda a gente tem direito a errar e, depois do que foi feito no ano passado (eu não tenho a memória curta...), a margem de erro é grande. Mas pior do que errar será insistir no erro. O Jesus decidirá e eu seguirei a minha doutrina de nunca assobiar um jogador do Benfica. Seja ele qual for. Mas temo que, caso ele insista na titularidade do Roberto, o seu estado de graça possa estar em perigo, porque nos arriscamos a sofrer mais dissabores como hoje. O que seria muito injusto, porque o Jesus nos colocou a jogar como eu não via há 30 anos. Espero que ele não hipoteque isso por causa de um jogador. É que a insegurança do Roberto contagia a equipa toda (vd. os amarelos que temos levado ao longo destes jogos) e isso foi particularmente visível depois do 1-0, onde nunca mais nos encontrámos. Não se trata aqui de arranjar um bode expiatório na mesma medida que a não-convocação do César Peixoto não o tornou certamente o bode expiatório da derrota frente à Académica. Para mim, a questão é muito simples: acima de qualquer jogador está o Benfica e, neste momento, a minha opinião é que a titularidade do Roberto não está a ser benéfica para o nosso clube.
Se alguém inferir deste meu texto que, por eu pensar que se errou numa contratação, estou a pôr tudo em causa (desde o presidente ao roupeiro, passando pelo treinador), é melhor candidatar-se a argumentista de Hollywood, porque tem uma mente muito fértil. Ou então, ir para o Júlio de Matos, porque é maluco. Repito: toda a gente tem direito a errar e, depois do que aconteceu no ano passado, toda a estrutura de futebol do Benfica tem bastante crédito para isso. Continuo a pensar que somos os mais fortes candidatos ao título. Mas começamos a ter uma distância preocupante para o 1º lugar. Há que corrigir isso rapidamente.
P.S. – Sim, e para além disto, a festa continua: para mim, há dois penalties a nosso favor. Um sobre o Coentrão e um braço na área. Ambos na 2ª parte. O Sr. Pedro Proença no seu melhor.
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