O Benfica, sabemo-lo bem, é a vítima favorita da avençada comunicação social deste país. Porque falar no Benfica garante receitas, face à sua dimensão, e por outras razões também de carácter mercantilista, mas que têm mais a ver com prostituição (a da comunicação social, bem entendido). A imprensa, neste circo dos media, é particularmente activa nesse espectáculo de ofensa e falta de respeito ao Benfica, o que constitui paradoxalmente uma dança esquizofrénica na direcção de um abismo suicida, sendo que a queda desamparada de focinheira no chão não se concretiza por absoluta falta de mobilização, laxismo e letargia anestesiada do mundo Benfiquista. Temos, não tenham dúvidas, a capacidade de mudar isto, recorrendo a uma arma que constitui uma das mais evidentes características da nossa identidade: a Grandeza. E grandeza, neste contexto, não é só a Grandeza de alma, de espírito e de legado associada à matriz Benfiquista, mas sobretudo grandeza no sentido estrito e material da palavra: dimensão.
Podem agitar-nos, com as patas, todos os troféus ganhos com fruta e batota e podem tentar quanto quiserem diminuir o fosso a nível da contabilização de títulos, sendo que cada um dos nossos vale por uns 100 dos deles, porque são limpos e honestos (e, como tal, bem podem comprar títulos que nunca lá chegarão). Há, até, títulos que podem esgrimir como argumento e onde nunca os poderemos igualar. Nos títulos da coacção, do compadrio, do aconselhamento familiar, da distribuição de fruta, das escutas, da manietação de observadores, na construção de climas de terror. Nos títulos de modalidades particularmente inovadoras, como o lançamento de bolas de golfe e isqueiros ou no lançamento de sacos de pedras de viadutos. Até no título mundial de imitações de GPS para árbitros perdidos por bairros da área metropolitana do Porto. Podem tudo isso.
Mas o que o verdadeiramente os perturba, o que não os deixa dormir, aquilo que lhes constrói a obsessão que descobrem a cada conferência de imprensa, a cada festejo de títulos, a cada entrevista, a cada manifestação de ‘fina ironia’, é perceberem, com uma claridade que os magoa e os amputa - que os agrilhoa na sua inveja - que há diferenças que são inultrapassáveis e que não há fruta, Gonçalves Pereiras, Pintos de Sousas, juízes Mortáguas, Garridos, Benquerenças, Xistras ou Cosmes Machados que comprem.
Esse atestado de inferioridade e esse irónico acto de vassalagem é evidente, por exemplo, nas declarações do melhor-treinador-do-sistema-solar-e-quiçá-da-Via-Láctea-e-eventualmente-do-Universo-e-que-ainda-por-cima-é-novo-e-caem-lhe-bem-os-fatos, depois da conquista da Liga Europa, admitindo que o grande objectivo é atingir o número de títulos do Benfica; é evidente nos omnipresentes cânticos de ódio ao SLB (vociferados a plenos pulmões por todo o plantel) em todo e qualquer festejo ou no simpático cachecol sobre o Benfica orgulhosamente envergado por verdadeiros gentlemen do plantel como o Sapunaru; é evidente, como um escarro na cara, nas declarações do Mestre Pinto, à partida para uma final europeia, invocando de forma absolutamente gratuita – e que vitória da nossa grandeza isso é, percebam-no - o nome do Benfica.
Eles sabem, e sabe-o toda a gente, que a nossa Grandeza e a nossa dimensão são inatingíveis, e esse complexo de inferioridade é, paradoxal e ironicamente, o principal açaime da sua expansão e a principal razão da sua pequenez.
Sabendo tudo isto também sabem que a única forma de lidar com isso, e de o tornear, é fomentar a divisão, tornar o Benfica vítima dessa sua grandeza. Fazem-no através de uma miríade de formas – e têm tido sucesso porque somos particularmente permeáveis no desnorte histérico e esquizofrénico das massas volúveis – mas a mais evidente e o principal instrumento é a comunicação social avençada. São os media controlados por figuras anti-benfiquistas chave, são os jornalistas anti-benfiquistas, são os jornalistas despudoradamrente facciosos, são os jornalistas que aprenderam a comportar-se depois de levar umas galhetas no lombo, e são os jornalistas que se dizem benfiquistas mas que – fundamentam - precisam de sustentar as famílias ao fim do mês, para o que vendem metaforicamente o rabo, lambendo metaforicamente o dos donos do pântano do futebol português.
Pois muito bem. Há, já o escrevi mais do que uma vez, uma forma de lutar contra isto, de fazer na verdade alguma coisa, em vez de nos estarmos sistematicamente a queixar e no dia seguinte ver benfiquistas pouco avisados ir aos quiosques arrotar quase um euro para pagar os bifes que imbecis como o Bernardo Ribeiro comem em barda e a cera que hipócritas como o Alexandre Pais usam para polir a careca. Há, de facto, algo que podemos fazer, que consiste em usarmos aquilo que nunca ninguém, por mais títulos que compre, nos pode tirar: a nossa grandeza.
O Pasquim – de matriz editorial controlada por atuns (anti-benfiquistas azuis esverdeados) - tem sido uma das armas mais activas desse sistema, prestando sem qualquer tipo de pudor vassalagem aos ‘donos’ do futebol português (leiam-se, com um saco para vómito à mão, os últimos textos do inenarrável Alexandre Pais ou do cobarde salivante do Eugénio Queirós), faltando sistematicamente ao respeito ao Benfica, escrevendo com as patas ficção ofensiva e atentatória do bom nome do clube, fomentando a divisão e muitas vezes criando problemas onde não os há. São notícias fabricadas sobre o balneário, sobre contratações, sobre declarações; são artigos canalhas e ofensivos para com o Benfica e os Benfiquistas de gente com responsabilidades editoriais e sem vergonha na cara; são interpretações e crónicas parciais sobre os jogos e as arbitragens; é a lavagem sistemática de toda a porcaria que conspurca e vai matando o futebol português há décadas. O problema? O problema é que benfiquistas há que não só continuam a contribuir monetariamente para isto, como ingenuamente continuam a ser influenciados por esta gente, justificando que os imbecis do Pasquim Radical continuem espaventosamente a zombar de uma parte fundamental do público que lhes garante o ganha-pão.
Já apelei diversas vezes a que se deixasse de sustentar a grande maioria da carneirada assalariada do jornalismo desportivo, e muito especificamente este hipócritas do Pasquim e os moços de recados dos andrades n' O Jogo. Quanto à ‘A Bola’, remeto para este texto. Não faz sentido sustentar quem nos ofende todos os dias.
Esta gente só perceberá, na verdade, quando lhes doer onde faz mais mossa. No bolso. O repto que vos lanço, portanto, é que lhes façamos ver que acabou a impunidade e a falta de respeito ao Benfica sob o patrocínio dos próprios benfiquistas e que deixemos de lhes garantir a sobrevivência. Há, de facto, face à nossa grandeza e força no mercado, uma oportunidade de fazermos algo que faça a diferença. Façamo-lo, mas com determinação de quem sabe que o que está a fazer é certo.
Bem sei que há muitos de nós que já o fazem, mas é preciso mais, e de forma organizada.
A partir de hoje, este blog ostentará orgulhosamente o banner que se apresenta aí em cima. Usem-no, com toda a liberdade, nos vossos blogs, enviem-no para blogs amigos, divulguem o desafio. Mas é preciso mais: o Benfica é infinitamente grande e – não tenham ilusões – o espaço virtual é apenas uma pequena amostra, muitas das vezes sem representatividade, deste fenómeno do génio humano que é o Benfica. Falem com os vossos amigos benfiquistas por esse país fora, sensibilizem-nos para a importância disto, espalhem a palavra.
É, essencialmente, isto. Eu sou benfiquista. Não compro o Pasquim. E tu?
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