Quarta-feira, 31 de Outubro de 2007
Antes de mais, começo por dizer que o jogo era para ganhar. O Benfica está na Taça da Liga, ou melhor estava e, como tal, era para ganhar!
Hoje provou-se que há jogadores acessórios: EdCarlos, Butt, Adu, Bergessio, Fábio Coentrão, Di Maria; essenciais: Luisão, Bynia; e dispensáveis: Miguelito, Luís Filipe, Zoro .
Aliás, eu acho que o Benfica devia rifar o Miguelito, o Luís Filipe e o Zoro . É que comprar ninguém os vais comprar e emprestados... só se for o Boavista, que tem como objectivo a descida, de resto ninguém os quer.
É que assim ainda ganhávamos uns trocos.
Ou então podíamos promovê-los para festas..." O seu filho é uma nódoa a jogar futebol? O Benfica aluga-lhe para a festa de anos do seu filho o Luís Filipe, o Miguelito e o Zoro . A jogar ao pé deles, o seu filho vai parecer um Maradona . Aproveite, pois pelo preço de 1 leva os 3. Ao fim-de-semana, pode levá-los de graça, porque é da forma que não correm o risco de ser convocados"
p.s : não me venham com tretas... há jogadores que deviam ter a humildade de reconhecer que não têm capacidade para jogar no Benfica e, como tal, não deviam nunca ter aceitado assinar pelo Benfica.
Perder é sempre desagradável e nunca consentâneo com a grandiosidade do Benfica. No entanto, perder uma aberração competitiva como a Carlsberg Cup não só não é o apocalipse como pode ter, assim se saiba gerir os bons recursos do plantel, efeitos positivos a médio prazo.
O Benfica perdeu um jogo e uma eliminatória; alguns futebolistas perderam uma excelente oportunidade de demonstrar que não foram um tremendo erro de casting de um Presidente e de um ex-treinador que percebem tanto de bola como eu de ponto cruz. Camacho perdeu uma série de dúvidas sobre os nomes a dispensar em Dezembro.
Eu perdi o sono e não perdi a sede. Vou aproveitar esta véspera de feriado e vou beber umas cervejas - Carlsberg de preferência – com benfiquistas. À vossa!
Sem mágoas e sem paciência para as habituais carpideiras de ocasião.
Terça-feira, 30 de Outubro de 2007
Sobre a assembleia geral ordinária de ontem há a registar três coisas:
- A não aprovação do nome de Henrique Granadeiro como sócio honorário;
- A contestação de sócios do Benfica pertencentes a claques do nosso Clube;
- A aprovação do relatório e contas do exercício de 2006/07.
São assuntos que não se fundem nem se podem confundir. Vamos ao que é acessório.
A não aprovação de um nome para sócio honorário deve-se a uma de duas coisas: ou a argumentação utilizada pelos proponentes foi fraca ou a relevância do papel do proposto na vida benfiquista não é suficientemente forte para merecer supina distinção. Em qualquer dos casos, é um facto perfeitamente acessório e só constitui notícia pelo gigantismo do Benfica perante o nanismo vizinho e a falta de horizontes de alguma imprensa dita desportiva. (Assunto interessante seria discutir as motivações que nortearam esta estranha proposta, mas isso é coisa que não vejo analisada).
Não vou entrar em discussões estéreis sobre a pertinência ou não da existência de claques organizadas no futebol. A doutrina divide-se e há argumentação igualmente válida de ambos os lados. No entanto, e a questão de fundo é esta, há uma legislação a cumprir. Num estado de direito a Lei cumpre-se. Dificilmente compreendo como é que se pode contestar quem, no exercício das suas funções e competências, zela para que no seio do seu clube a Lei não seja um mero exercício de retórica. As questões são apenas estas: as nossas galhardas e entusiásticas claques estão ou não legalizadas? A Direcção do Benfica está ou não a agir em conformidade com o espírito da lei? As Direcções dos outros clubes estão ou não a aplicar esta lei? Quem é que está a ferir a legalidade? Depois de respondidas estas questões, saberemos de que lado está a razão.
Por outro lado, é ponto imprescindível que o nosso Clube não fique refém de ninguém: nem do aparente autismo da Direcção e muito menos da gritaria de alguns membros das claques. Haja bom senso.
Tratado o acessório, vamos ao que é essencial.
Foi de extrema importância a aprovação do relatório e contas do exercício de 2006/07, o primeiro a apresentar saldo positivo desde que Vieira chegou à presidência. Isto, meus caros, é o sumo da reunião de ontem. Isto, meus caros, é de onde o folclore adjacente tem tentado desviar a nossa atenção.
Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007
Antes de mais usurpei o título do post antecedente do D´Arcy e peço desculpa... mas é que eu acho que este titulo é o ideal para falar da assembleia geral ordinária que ontem se realizou.
E ao que parece nunca a palavra ordinária foi tão bem empregue numa assembleia geral ordinária.
Antes de mais, é ordinário fazer uma proposta como a que foi feita do Granadeiro. Sócio honorário?? Mas que é isto?! Sócio honorário são aqueles que para terem dinheiro para ir ao estádio... os filhos vão com os sapatos rotos para a escola. Sócio honorário é aquele que quer chova que faça sol vai ao estádio... e não tem nenhum buffet quente uma hora antes do jogo!
É também ordinário num clube com tantos sócios irem apenas 3 mil a uma assembleia geral ordinária. Depois, não venham protestar com as decisões que são tomadas... não foram não podem falar.
Para terminar, acho que foram ditas umas não sei quantas ordinarices pelas claques (ou melhor, pelo grupo organizado de adeptos do Benfica que, enquanto não estiverem legalizados, não se podem legalmente chamar claques) ao Presidente Luís Filipe Vieira.
No Benfica somos mesmo grandes... até há assembleias gerais que são mesmo ordinárias.
Anastercio Leonardo
Mais uma vitória arrancada a ferros, conseguida já perto do final do jogo, e em circunstâncias adversas. Mais uma vez, a equipa acreditou, lutou até ao final, e teve a recompensa disso. O ano passado éramos peritos em deixar fugir resultados nos últimos minutos; este ano é o contrário (o que aliás, já tinha acontecido diversas vezes aquando da anterior passagem do Camacho pela Luz).
Há coisas difíceis de explicar. Esta noite na Luz estiveram praticamente 45.000 espectadores. Muitos mais do que no jogo decisivo da Champions contra o Celtic. Pelos vistos a boa exibição na segunda parte desse jogo foi suficiente para motivar o regresso de muitos benfiquistas. Na nossa equipa regressaram também, mas à titularidade, o Edcarlos e o Di María, saindo o Nuno Assis e o Bergessio do onze. Isto significou a subida do Katsouranis para o meio-campo, e o Di María foi jogar novamente para a direita. Em relação ao nosso adversário, deixo um elogio: gostei muito do que vi. Desde o início que nunca se remeteram à defesa, tentaram jogar de igual para igual, e mostraram ter uma equipa muito bem organizada, com bons jogadores. Isto ficou bem patente na forma como o Marítimo iniciou o jogo. Durante os primeiros minutos foram, para mim, a melhor equipa em campo, jogando a maior parte do tempo no nosso meio-campo, e sendo o golo que marcaram logo aos nove minutos (após uma saída idiota da baliza do Quim) um reflexo disso mesmo.
O golo teve o condão de despertar o Benfica, que começou a jogar melhor e a conseguir criar perigo junto à baliza adversária. Acabámos por chegar ao golo após outra idiotice, desta vez do Ricardo Esteves que cortou com a mão um cruzamento do Rui Costa, numa jogada que nem parecia ser muito perigosa (e tive que recuperar do espanto que foi ver, finalmente, o Pedro Proença assinalar um penalti a nosso favor - isto já era algo que nunca pensei vir a ver). A toada do jogo manteve-se após o penalti convertido pelo Cardozo, mas à passagem da meia-hora, num lance de alguma felicidade o Kanu ficou isolado diante do Quim, que o derrubou provocando o respectivo penalti e consequente expulsão do nosso guarda-redes (para mim indiscutível). Entrou o 'especialista' Butt para o lugar do Edcarlos (ao menos assim o Katsouranis voltou para a defesa, e a verdade é que eu me sinto muito mais seguro com ele lá) e este fez juz à reputação, defendendo o penalti do Makukula. Este foi um momento chave do jogo, já que julgo que seria muito difícil ao Benfica recuperar de uma desvantagem frente a esta equipa do Marítimo estando em inferioridade numérica. A expulsão do Quim marcou também o início de um período de equilíbrio no jogo, que se estendeu até ao intervalo. O Marítimo parecia ter ficado atordoado com o penalti falhado, enquanto que o Benfica tentava reorganizar as suas ideias.
Após o intervalo surgiu o Luís Filipe no lugar do Di María. Julgo que a intenção do nosso treinador era a de dar um pouco mais de equilíbrio à equipa, já que o Pereira (bom jogo na primeira parte) adiantou-se no terreno e foi desempenhar funções de médio interior direito, auxiliando o meio-campo e ao mesmo tempo apoiando as subidas do Luís Filipe. E o Benfica até entrou bem na segunda parte, não parecendo acusar a falta de um jogador, embora o Marítimo nunca tivesse deixado de se mostrar perigoso. Este fôlego do Benfica durou cerca de um quarto de hora, após o qual o Marítimo voltou a crescer, assumindo o domínio do jogo. Alguns dos nossos jogadores pareceram acusar algum cansaço (em particular o Rodríguez) e ajudavam pouco nas tarefas defensivas. Mas apesar deste domínio, o Marítimo pareceu sempre estar de alguma forma satisfeito com o empate, e portanto nunca assumiu verdadeiramente a intenção de pressionar o Benfica em busca do golo da vitória. Quanto a nós, à medida que o tempo passava parecia que a equipa ia perdendo lucidez, e apesar de procurarmos a vitória faziamo-lo de forma incorrecta, com os jogadores a agarrarem-se muito à bola (mais uma vez o Rodríguez, e também o Rui Costa, estiveram em evidência nesse aspecto). Mas acabou por ser na sequência de uma iniciativa individual (quase até desesperada) que o Benfica chegou ao golo da vitória. Foi uma jogada incrível do Léo, que foi desde a esquerda até à direita, para depois numa posição de autêntico extremo direito fazer o centro rasteiro que o Adu finalizou com um toque de classe. O americano está a começar a tornar-se o Mantorras desta época: entra perto do final para resolver os jogos.
Claro que o Butt merece ser destacado. Entrou para defender um penalti a frio, e na segunda parte ainda fez mais uma boa defesa a um remate quase à queima-roupa. Para contrastar com a noite desastrada do Quim, ele que tão boa conta tem dado de si ultimamente. Gostei também de ver o Binya (apesar de continuar demasiado abrutalhado na forma como aborda alguns lances, o que me deixa sempre na expectativa que não chegue ao fim dos jogos) e o Léo. Será que dá para assinarem a renovação dele de uma vez por todas? Em contrapartida, o Rodríguez deve ter feito um dos jogos mais fraquitos desde que cá chegou. Também me desagradaram alguns lances do Rui Costa, embora fosse visível que ele teve direito a atenção 'especial' por parte do Marítimo, já que normalmente caiam-lhe em cima dois adversários quando recebia a bola.
Parece que começa a tornar-se tradição os jogos com o Marítimo na Luz serem emocionantes e decididos nos últimos instantes (aquele 4-3 vai ser sempre inesquecível). Este felizmente acabou bem para nós. A equipa ainda terá que melhorar muito, mas agrada-me ver a atitude que têm em campo, e o inconformismo que revelam. Assim, mesmo quando as coisas não correm a nosso favor, acabo sempre por ficar minimamente satisfeito no final.
P.S.- Será que o jogo desta noite foi suficiente para que deixem de repetir a frase feita que o Camacho é 'tacticamente fraco'?
Certamente não serei o único a agir assim: quando assisto a um jogo do Benfica, e mesmo que o resultado seja desfavorável, acredito até ao último instante que o Benfica irá marcar o golo ou os golos necessários para alcançar a vitória ou, na pior das hipóteses, empatar o jogo. Quando o Nuno Gomes marcou o 1-2 no recente jogo em Milão, acreditava que o Benfica ainda seria capaz de, no reatamento, rapidamente recuperar a bola e marcar o golo do empate. Infelizmente assim não foi. Mas os golos do Adu na última jogada dos encontros frente ao V. Setúbal e E. Amadora (Taça da Liga), o golo do Cardozo ao Celtic a 3 mins do fim e o golo novamente do Adu (sem dúvida o homem dos instantes finais...) na vitória de hoje sobre o
Merítmo (como diria o Acácio Pestana...), não foram nada que eu não estivesse à espera (sem menosprezar, como é óbvio, o mérito dos mesmos). Aliás, se há coisa que para mim nunca é inesperada é um golo do Benfica. O Benfica pode estar a jogar mal, que ainda assim espero, a qualquer momento, que marque um golo. Na verdade, e ainda que o o Benfica esteja a ganhar por 5-0, nem por isso deixo de ansiar por mais um golo do Benfica, para eu poder festejar. Mas se em vez de estar a ganhar estiver empatado, e se o final do encontro estiver próximo, ainda mais anseio por esse golo, e quando acontece, os meus festejos são obviamente (ainda) mais efusivos.
Hoje eu sabia que o Benfica ia ganhar. Pela primeira vez, levei o meu filho do meio (de 4 anos) a um jogo do Benfica. Como tal, sabia à partida que o Benfica ia vencer, pois no "baptismo" na "catedral", o Benfica não podia fazer outra coisa que não ganhar o jogo. Por isso, mais do que habitualmente, hoje estava convicto que o Benfica iria vencer, nem que a perder por 0-2, marcasse 3 golos nos descontos. Após a expulsão do Quim, numa jogada de que resultou um penalty contra o Benfica, ainda duvidei por instantes... Mas quando o Butt foi para a baliza, tive a certeza que ele iria defender o penalty. Assim foi, e as dúvidas quanto à vitória do Benfica voltaram, lentamente, a desvanecer-se. Ao intervalo encontrei o
D'Arcy, com quem comentei que as coisas não estavam a correr muito bem... O que não disse (para ele não ficar a pensar que sou maluquinho...) foi que, apesar de tudo, tinha a convicção de que o Benfica iria vencer, mesmo em inferioridade numérica. Por isso, quando o Adu marcou o golo da vitória a 2 mins dos 90, a única coisa de surpreendente foi mesmo o Léo a fazer (e muito bem!) de extremo-direito. De resto, festejei efusivamente, como não podia deixar de ser!
BENFIIIIIIIIIIIIICA!
Por fim, uma palavra para os jogadores do Benfica: parabéns pela forma como acreditaram, até ao fim, na vitória, mesmo com menos 1 jogador. Mas para a próxima, vejam lá se ganham isto de forma um pouco mais tranquila: é que não convem abusar da convicção dos adeptos..
Domingo, 28 de Outubro de 2007
Hoje gostei do Benfica:
- Raça
- Atitude
- Crer
- Vontade
- Coração cordenado com cabeça
- Emoção
- Respeito
- Alegria
- Golos
- Vitória
- Disciplina
Anestercio Leonardoi
- Atira Makukula que eu defendo
- Goolllllllllllllllllllllllllll in the end again i´m on fire!
- Boa cara....mais um golo importante...tem de
continuar assim menino Adu!!
-
- Cara vê se me consegue apanhar........!
- Makukula passa lá pelo Seixal que eu ensino-te a marcar
penaltys
Anastercio Leonardo
Sexta-feira, 26 de Outubro de 2007

Uma noite imprópria para cardíacos, pelo menos para mim.
Tive a oportunidade de ver o jogo com uma das pessoas que mais gosto, a pessoa que me formou para a vida e que mais me irrita a ver futebol: o meu pai.
Um pai fantástico de facto, mas chato como o raio quando o Glorioso sobe ao relvado. Ele grita com o televisor, ele grita com o árbitro, ele ralha com todos os de vermelho, e neste jogo atípico até palavrões deixou escapar.
Algo não estava bem. Quando mete palavrões, é porque alguma coisa não bate certo.
E de facto não. Um jogo digno de anúncio de TV.
Ui! Tau! Pim! Pam! No poste! Pum! Grande defesa! Tunga! Na barra!
E tudo isto… o mesmo gajo? É possível? O mesmo jogador, no mesmo jogo acertar em tudo o que há num jogo de futebol, excepto nas redes? Acertou no ar, acertou nas luvas, acertou no poste, acertou na barra… enfim! A 4 minutos do fim lá acertou nas redes.
Claro que era impossível o nosso 7 não marcar um golito. Eu a certa altura comentava com o meu pai que pelo menos “meio golo” ele fazia! E ganharíamos por meio a zero. Depois do que eu estava a ver, ganhar por meio era suficiente.
Uma grande jogatana do Cardozo! E uma belíssima 2ª parte do nosso Benfica.
Na quarta-feira ficou provado o Camacho tem vindo a afirmar, O Benfica é realmente quem mais remata na Champions. Não marca muitos golos, mas alguém já viu o novo anúncio de TV da Carlsberg?
Quinta-feira, 25 de Outubro de 2007
Para aí no segundo post que escrevi nesta Tertúlia, disse qualquer coisa como isto: "Cardozo parece ser um equívoco, é lento e fácil de marcar".
E durante jogos a fio, o paraguaio pareceu apostado em dar-me razão, com grande pena minha. Até ao intervalo do jogo de ontem (até incluiu um falhanço anedótico na primeira parte que parecia mesmo na altura o último prego no "caixão").
Depois, foi o que todos vimos; um Cardozo desconhecido esperava por nós!
Espero que este nível exibicional seja para manter, e que no final da época eu possa, felicíssimo, reconhecer que me enganei redondamente.
PS - Que o exemplo do Cardozo frutifique; demos também tempo ao Bergessio antes de o "enterrarmos".