Bancada Sapo,
"Não faças falta Cardozo! Já tens 2 amarelos, mais um e ficas de fora no próximo! Este gajo é completamente imprescindível!"
Uns minutos antes:
Gritos eufóricos.
Juras de amor eterno.
Pétalas de rosa a caírem do topo do estádio.
Águia Vitória a piscar o olho enquanto assobiava o hino do Benfica.
Meio da 2ª parte:
Magnífico trabalho individual, depois de recepcionar um passe teleguiado de Luisão (vou repetir, "depois de recepcionar um passe teleguiado de Luisão"), com um movimento só ao alcance dos grandes avançados. Recepção já a pensar na concretização, com a força a ser prescindida em detrimento do jeito. Bola no poste, com o guarda-redes batido.
Flashbacks insistentes do jogo com o Boavista da época passada.
Um pouco antes:
Remate de Rodriguez (pequeno parêntesis para realçar mais uma excelente exibição do extremo uruguaio), defesa incompleta do guarda-redes "escocês", e a recarga de Cardozo a embater com estrondo na barra! Bola ultrapassou o risco? Não.
Esta devia ter entrado!
Pensamento, rapidamente afastado, em que se questionava o numero de dias que ainda faltavam para o regresso de Nuno Gomes ao activo.
1ª parte:
Subida de Leo à linha de fundo, centro atrasado para a entrada da pequena área onde surge um jogador longilíneo que apenas terá de enconstar o pé esquerdo, curiosamente o seu mais forte, para fazer o primeiro golo do jogo.
Braços no ar, vai ser golo...o quê? Falhou? Que barrete, nem acertou na bola.
Mãos na cabeça, isto não está a acontecer.
Isto hoje não vai acabar bem...
Naquele golo do Cardozo esteve o exorcismo de um azar poucas vezes visto, esteve o alívio de quem merece uma oportunidade e esteve um manguito bem grande com destinatário certo.
Não imaginam o gozo que me deu olhar para alguns dos meus vizinhos de bancada, depois do golo marcado pelo Cardozo. Não imaginam.
À margem: fico à espera da análise do D’Arcy e da resposta do S.L.B. ao desafio que lhe lancei no final do jogo.
Hoje sou de poucas palavras
Primeiro a promessa
Depois a consagração
Obrigado Cardozo!
Caros Jogadores,
Amanha é dia de Champions... dia de festa, noite de gala!
No entanto, para esta noite de gala não há fatinhos da moda italiana, não há smokings, há apenas uma camisola vermelha com um símbolo de uma águia bordado e agarrado a ela desde há muitas gerações e gerações de vencedores. Mostrem que a merecem usar e que têm orgulho de a usar.
A caminho do balneário vejam as fotos que por lá andam e bebam toda a inspiração que elas vos derem.
Entrem em campo com vontade, garra, alegria!
Entrem em campo como entravam em miúdos nos recreios das escolas. Ganhar era o objectivo, na companhia dos colegas... e a alegria era a pedra de toque. Se jogarem assim vão ver que o jogo vai correr bem e que, no fim, vão ter o sorriso estampado no rosto... o mesmo sorriso que tinham em crianças.
Nós vamos estar lá... podemos ser 1000, como 40000, como 60000, mas os que lá estivermos vamos estar lá por vocês, para vos dar ânimo. Se ouvirem assobios, não é por não gostarmos de vocês, mas é a nossa forma de demonstrar que queremos mais, a nossa forma nem sempre correcta de dizer que estamos tristes, porque só queremos a vitória.
Nós, adeptos, somos como um Pai que, quando se chateia com um filho ou se zanga com ele, não é por não gostar dele... é para tentar que ele melhore.
Mas amanhã só vão existir palmas e gritos de alegria, porque sei que vocês tudo irão fazer para derrotar o Celtic .
Deixem-nos orgulhosos de vocês, mas mais importante, acabem o jogo orgulhosos de vocês próprios.
Vamos Ganhar!
Um grande Abraço deste humilde adepto
Anastércio Leonardo
Alguém viu os malabarismos em que o António Tadeia (acreditem que até simpatizo com esse jornalista apesar de ele ser lagartito) entrou para justificar que o golo do Setúbal não foi marcado com um jogador na posição de fora-de-jogo?
Não está em causa se o árbitro ou o bandeirinha estavam em condições de ver correctamente a jogada. Não! O que está em causa é a vontade e o esforço que o jornalista António Tadeia fez para nos convencer de que aquilo não era um lance irregular. O Paulo Catarro bem se ia esforçando por lhe dizer que aquilo parecia irregular, mas o Tadeia, que até foi ler as deliberações da FIFA em inglês, lá assegurava que aquilo fora regular. E falava da diferença entre “tocar” e “passar”. E falava de como tudo aquilo provocaria polémica. E dizia que lhe custava que um “lance daqueles” fosse anulado.
Sem choradinhos “caliméricos”, não tenho problema algum em assumir que o Benfica foi prejudicado naquele lance. Mas também me parece claro que é uma situação de difícil julgamento e, como tal, aceito a decisão do árbitro e não a encaro como um acto de má-fé. Custa-me, isso sim, ver no serviço público de televisão um profissional, de quem se diz ser especialista em futebol, sustentar, de forma torpe, o insustentável.
A quem interessa o malabarismo do Tadeia?
E estive também contigo (ou sem tigo) na Luz no sábado a assistir ao jogo.
É me portanto muito dificil entrar na onda optimista que crassa por alguns sectores deste sítio.
Entendamo-nos de uma vez por todas: no fim de semana que passou não era exigível ao Benfica apresentar um futebol escorreito ou sequer agradável à vista de um olhar clínico que procurasse observar nas movimentações colectivas da equipa uma forma de as catalogar, a elas e consequemente ao trabalho do técnico, para dessa forma perceber se o caminho que estamos a percorrer actualmente irá dar a um beco sem saída ou em alternativa a uma avenida que tem o sugestivo nome "Avª Paraíso Futebolístico".
Não! No sábado seria de esperar apenas um conjunto de 11 jogadores que poucas ou nenhumas vezes tinham actuado junto antes, mas que se acredita que tenham como objecto de trabalho uma bola de futebol pelo menos uma vez por dia já há vários anos. Com a agravante de se tratarem quase em exclusivo de jogadores que poderiam/deveriam aproveitar o ensejo para se mostrar de forma a tentar ganhar um lugar na equipa habitualmente titular.
Chegados aqui, tinhamos então um grupo de jogadores que poderiam ter alguma dificuldade em entender algumas movimentações dos seus colegas de ocasião, situação que seria certamente compensada, na medida do possivel, por uma entrega ao jogo que geralmente é traduzida pelo chavão "vamos comer a relva".
E o que foi que se me foi dado a observar no sábado? Isto (e aviso já que vou particularizar):
Em jeito de conclusão, fiquei com a ideia de que para certos profissionais do Benfica o seu estado actual de suplentes bastas vezes não convocados é o que mais lhes convém e fazem os possíveis para que essa situação não se altere.
Fiquei igualmente com a certeza de que ficaríamos muito melhor servidos com um plantel de 18 jogadores de campo, mais 2 guarda-redes, fazendo uso dos juniores quando em caso de necessidade. Poupar-se iam 10 ordenados que se poderiam utilizar no melhoramento do 11-base da equipa.
p.s Americano, peço desculpa, mas o Adu ainda me parece muito verde para estas andanças. Marcou o golo, um belo golo por sinal, mas penso ser evidente que ainda não tem estaleca para estes andamentos.
Deixando para trás o fadinho do desgraçado que o meu amigo A. Leonardo de forma bem humorada aqui lembrou, prefiro escrever uma linhas sobre o que me agradou no jogo do último sábado.
Foi bom ver que o miúdo Adu está a progredir de forma sustentada e que, daqui a uns meses, poderá começar a assumir-se como uma efectiva opção para a equipa principal. Daqui a uma época veremos como este miúdo evoluiu e como este ano sabático foi de extrema importância.
Nuno Assis foi na noite de sábado aquilo que dele se espera sempre: um líder capaz de jogar e fazer jogar, sabendo ocupar de forma eficaz diferentes lugares no meio-campo, servir o ataque com inteligência sem se perder em inúteis toques de calcanhar. De um Nuno Assis como o de ontem espero a titularidade ou uma primeira opção como suplente.
O miúdo Dabao não fez uma boa exibição… mas lembrem-se do último jogo que ele fez pelos seniores, comparem e observem as diferenças.
De Luisão gostei particularmente das palavras que proferiu no final do jogo. Responsabilizou o grupo de trabalho e lembrou a necessidade de que não exista conformismo.
Coloquei num comentário as declarações do Luisão no final do jogo de ontem, mas acho que estas, merecem maior destaque, tal a importância e profundidade de tais palavras. A muitos devem ter passado despercebidas mas a mim não passaram.
No entanto estas palavras deram-me esperança, é sinal que os jogadores, ou alguns deles, pelo menos, reconhecem o que se está a passar de mal no Benfica. É o primeiro passo.
Luisão disse :
"Mas uma equipa grande como o Benfica está a deixar muito a desejar. Não entendo porquê. Nós, jogadores, temos de perceber que não é fácil vestir esta camisola e tem de haver maior cobrança entre o grupo. Desde o Rui (Costa), que é o mais velho, até ao mais novo. É isso que está a faltar...»"
Obrigado Luisão por sentires mesmo essa camisola!
Anasterico Leonardo
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