Sexta-feira, 30 de Novembro de 2007
Não referindo os óbvios desejos de que, como diria o Pedro Emanuel, o "oasis" frente ao Liverpool, no meio do "deserto" que tem sido o resto da época, se repita (contra aquela gente até pode ser com um golo com a mão em fora-de-jogo, que ainda faltariam 19 anos de prejuízos consecutivos para eles terem moral para protestar contra uma arbitragem), e porque o rapaz merece mais uma oportunidade, amanhã só espero que aconteça uma coisa:
Stepanov a titular!
Na quarta fui "à bola"!
Fui ver o meu Benfas dar um banho de bola no campeão da Europa.
Toda a gente viu o que aconteceu não vou estar com blá blá blás inúteis. Jogámos bem, pronto! Faltou um golito, mas... olha! Marcamos sábado que vem... e pode ser com a mão!
Destaco apenas o que me ia na alma quando o jogo acabou:
01_Preferia ter perdido por 7-0.
E porquê?
Porque esta sensação de impotência e frustação é pior do que saber que jogámos mal, merecemos a derrota e quiçá por 7! Por 7 e com péssima exibição ninguém se atreve a dizer o que quer que seja.
Sair do estádio com aquele amargo de boca em o comentário é comum "jogámos muita bem, mas... epá valeu a exibição e tal..." a mim, sim, a mim custa-me como o raio.
02_Foi o dia mais feliz da minha vida!
E porquê?
Em primeiro lugar, jogámos bem, mas bem! Até o Luís! Não é o David... esse também , mas o outro!
Depois, tive o prazer de ir ver o jogo com a minha "mais que tudo", a Pandora!
Mais que isso, tive também o prazer de a ver festejar um golo do Benfica como se festeja... um golo do Benfica! E mais, agarrou-se a mim aos pulos quando foi... como é que se diz... ah! O golo do Benfica!
A minha mais que tudo... (diz que) é do Spórtém!
Quinta-feira, 29 de Novembro de 2007
Quando na altura dos sorteios digo sempre 'Equipas italianas, por favor, não', é precisamente por causa de jogos como o desta noite. Por melhor que joguemos, acabamos por não conseguir ganhar, e por vezes até perdemos o jogo (o que mais uma vez poderia ter acontecido hoje bem perto do final).
Regresso dos uruguaios ao onze, e também ao 4-2-3-1, com o Nuno Gomes sendo o jogador mais adiantado, tendo nas costas o Rui Costa. Do outro lado o Milan no seu esquema mais habitual, e com um início de jogo muito forte, a deixar antever uma noite muito difícil para o Benfica. Os nossos jogadores pareciam não ser capazes de acertar com as marcações a meio-campo, e jogadores como Kaká, Seedorf ou Pirlo apareciam frequentemente a receber a bola à vontade, e com muito tempo para poderem pensar e executar os lances. De modo que o que vimos foi o Milan a jogar no nosso meio-campo, e a conseguir quase sempre libertar um jogador para aparecer em situação de finalização: Gilardino logo no início do jogo e Seedorf tiveram boas oportunidades para rematar e fazer golo. Não espantou por isso que à passagem do primeiro quarto de hora os italianos se colocassem em vantagem. Mais uma vez circularam a bola sobre a esquerda, dentro do nosso meio-campo, libertando depois a bola para o Pirlo, que ainda muito longe da baliza fez um remate colocado que acabou em golo. Logo a seguir, mais um susto, com o Petit (que começou bastante mal o jogo) quase a fazer autogolo.
Mas depois o Benfica pareceu ter acordado, e após uma jogada em que o Rodríguez controlou mal um passe do Nuno Gomes, desperdiçando assim uma boa oportunidade, cinco minutos após o golo milanês o Maxi Pereira 'inventou' um golão de pé esquerdo, virando o jogo de pernas para o ar em relação ao que vinha sendo até aí. É que a partir do golo o Benfica conseguiu empurrar o Milan para o seu meio-campo, passando a controlar a partida e a estar perto de se colocar em vantagem. Atacando sobretudo pelo lado direito, onde o Maxi Pereira se exibia em grande plano, sendo bem acompanhado pelo Luís Filipe(!), as oportunidades foram surgindo, e sendo desperdiçadas ao mesmo ritmo a que eram construidas. A melhor de todas surgiu a cerca de cinco minutos do intervalo, após uma insistência do Léo na esquerda e uma simulação perfeita do Rui Costa, e que terminou com o remate do Maxi Pereira a ser interceptado por um defesa adversário. Agora que me desculpem os defensores incondicionais do Nuno Gomes, mas eu tenho mesmo que dizer isto em relação a este lance. Eu respeito e gosto do Nuno Gomes. Não quero colocar em causa o bom jogo que ele fez esta noite (e fê-lo), mas quando um jogador recebe uma bola isolado no interior da área, ainda para mais sendo esse jogador um avançado, ele tem é que rematar à baliza. Não me venham com histórias de 'jogar para a equipa' ou 'visão periférica', porque o único nome que eu tenho para aquela lateralização para o Maxi Pereira é 'cobardia'. Um jogador como o Nuno Gomes não pode ter medo de assumir a responsabilidade de rematar aquela bola. Confesso que fiquei furioso com esse lance, que nos poderia ter dado a vantagem no marcador. Em vez disso fomos para intervalo empatados.
Na segunda parte apareceu um Milan radicalmente diferente. Em primeiro lugar o treinador italiano reparou obviamente na auto-estrada que era o lado esquerdo da sua defesa, e fez entrar o Maldini para estancar aquilo. Depois em termos de atitude, não sei se algo cautelosos por causa do domínio do Benfica na segunda metade do primeiro tempo, ou se apenas porque decidiram que o empate seria satisfatório, o que é certo é que o Milan apareceu a jogar de uma forma já bem mais italiana, com praticamente duas linhas de defesa muito juntas, bem dentro do seu meio campo, deixando o Kaká e o Gilardino mais sós na frente para tentarem eventuais contra-ataques. O Benfica aproveitou este retraimento do Milan e instalou-se no meio-campo adversário, agora insistindo mais em jogadas pela esquerda do seu ataque. O domínio territorial do Benfica neste segundo tempo foi obviamente bastante mais pronunciado, mas apesar do perigo rondar a baliza adversária não conseguimos criar oportunidades de golo tão facilmente como no primeiro tempo, sendo frequentes as vezes em fomos obrigados a recorrer a pontapés de fora da área, já que a aglomeração dos italianos em frente à sua baliza tornava as coisas mais difíceis. O problema é que os nossos remates pareciam ir quase sempre direitinhos às mãos do Dida.
Enquanto o Camacho ia fazendo o que podia para tentar chegar à vitória, recorrendo a todos os elementos mais ofensivos que tinha no banco, do outro lado o Milan dava sinais mais evidentes de querer resguardar o empate, recorrendo o Ancelotti até a um segundo lateral direito em campo (Oddo) para conseguir travar as sucessivas investidas do Benfica por aquela faixa. E no entanto, e de uma forma bem típica, as coisas até poderiam ter corrido horrivelmente mal para nós, já que numa das raríssimas vezes em que o Milan conseguiu criar perigo na segunda parte, o Kaká numa jogada individual conseguiu libertar-se da marcação de dois adversários e isolar-se frente ao Quim. Felizmente não se repetiu o cenário que já vimos acontecer tantas vezes com equipas italianas, e o brasileiro acabou por rematar ao lado, ficando o empate no marcador e a sensação de que os nossos jogadores tudo fizeram para merecer outro resultado. O justíssimo aplauso com que o público da Luz se despediu da sua equipa no final do jogo foi um reconhecimento desse mesmo esforço, e um recompensa pela exibição muito positiva com que nos brindaram.
Tenho que destacar o jogo que o Maxi Pereira fez hoje. Foi sem dúvida a sua melhor exibição desde que chegou ao Benfica, coroada com um golo incrível. Criou sempre perigo pelo seu lado, e esteve inexcedível no apoio defensivo. Muito boas exibições também do David Luíz (foram várias as vezes em que teve que ser ele a sair do centro da defesa para ir ao encontro do Kaká e travá-lo), do Petit na segunda parte, e do Rui Costa, por cujos pés mais uma vez passou grande parte da organização do nosso jogo ofensivo. Para não dizerem que eu só bato nele, vou dizer que também gostei da exibição do Nuno Gomes, com o senão de me ter feito perder as estribeiras no lance que referi.
O nosso Benfica atravessa um bom momento. A tristeza que sinto neste momento deve-se apenas à sensação de injustiça do resultado final. Conseguir dominar e empurrar para a sua baliza o actual campeão europeu durante largos períodos de jogo, conforme o fez o Benfica esta noite, e chegarmos ao fim do jogo com a nítida sensação que só a vitória seria uma recompensa justa para a produção apresentada em campo não é um feito insignificante, e merece o nosso reconhecimento e aplauso. Acho que só posso mesmo ter esperança no futuro desta equipa, que me parece ainda ter muito espaço para crescer. A Champions acabou esta época, mas vamos ver se ainda conseguimos o apuramento para a UEFA na última jornada.

Acabado o jogo com o Milan, encontro à saída do Estádio da Luz um adepto que nas costas traz a síntese do que sinto pelos nossos futebolistas: um enorme respeito. O mesmo respeito que levou este adepto do nosso Clube a ter uma camisola do Sr. Rui Costa.
[Agora, resta-me esperar pela crónica do D’Arcy.]
Terça-feira, 27 de Novembro de 2007
Vítor Pereira, actual Ali Babá do arbitredo português, deixou na famosa 'jarra' seis árbitros, três deles foram castigados ('protegidos', na linguagem do sr. Vítor) com dois jogos. Para ser castigado com dois jogos, um árbitro tem de cometer erros grosseiros que possam adulterar a verdade desportiva. De entre os árbitros que levaram dois jogos de 'jarra', estava o nome dessa vedeta chamada Jorge Sousa. Esta suspensão surgiu na nona jornada. O dito Jorge ficou de castigo na décima e na décima primeira. Na décima segunda jornada regressará para apitar o próximo jogo do Benfica com os andrades.
Duas perguntas inocentes:
-Qual é a lógica de penalizar um árbitro por erros grosseiros e dar-lhe no regresso a responsabilidade de apitar um jogo que pode decidir um campeonato?
-Qual é o motivo que levou o Ali Babá actual a nomear este senhor natural de Paredes para apitar o próximo jogo dos andrades na Luz?
Segunda-feira, 26 de Novembro de 2007
Caros amigos sobre o jogo do Benfica só me resta dizer:
+ 3 Pontos
O resto é treta....sorte, azar dos outros, golo com o joelho, as costas, as unhas, não me interessa.
Como dizia um amigo meu há uns dias.....o importante é ganhar os jogos em que se joga mal! E eu concordo a 100%.
Anastércio Leonardo.
p.s : alguém me diz como é que o jornal desportivo record ...dá notas de 1 a 5....e consegue dar 4 ao lateral direito do Benfica......um tal de Luis Filipe....que foi o causador e o assistente do jogador da Académica que marcou o golo.....e ao Luis ão que fez a reviravolta do marcador, marcando um golo, dá 3?
Como toda a gente viu e ouviu, o Setúbal e Carvalhal foram ao campo do clube regional prestar vassalagem.
A equipa setubalenese, que até tem sido das boas surpresas do campeonato, nada fez já não digo para ganhar mas nem sequer para não perder o jogo, apática e a jogar atabalhoadamente.
O treinador (?) no final babava-se com os elogios ao adversário, de uma forma que não me lembro de ver a ninguém.
Resta saber se isto representa um novo posicionamento institucional do Setúbal (por razões diferentes, quer o Setúbal quer o papa precisam de amigos, nesta altura) ou se foi um "carreer move" por parte de Carvalhal, uma vez que Jesualdo não estará para senpre à frente da equpa papal (e Carvalhal até já está habituado a suceder-lhe - vidé Braga).
Aguardo com curiosidade os próximos capítulos.

Passei o Domingo e parte desta segunda-feira a reflectir sobre o que dizer sobre o jogo de Sábado passado e sobre o que eventualmente poderia dizer sobre o clássico que se aproxima.
Pois bem, cheguei à conclusão que não vale a pena frisar nomes, pois todos viram o jogo. Não querendo magoar os corações benfiquistas, resolvi apenas dizer que o jogo foi interessante, pois lá ganhámos outra vez "no fim"! E "no fim" significa mesmo "no fim". Desta vez valeu tudo, até de calcanhar se marcou.
(Mais ou menos nesta fase do texto eu deveria referir este ou aquele jogador que fez uma exibição, digamos, menos conseguida; referir que sem o Rodriguez a equipa ressente-se, mas não o vou fazer.)
Gostaria de manter a minha opinião sobre as interrupções do campeonato por causa da nossa selecção
(nesta fase do texto também deveria referir o comportamento parvo do Scolari mas também não o vou fazer.) dizendo que acho mal. Eu sei que são necessárias e que não tenho solução para este problema mas acho mal! Sempre que o campeonato pára lá vem o Glorioso com chumbo na asa. Enfim... não há-de ser nada! Cumprimos a missão, e algo me diz que Sábado que vem também a vamos cumprir!
(Mais ou menos por aqui eu deveria voltar a referir os jogadores, aqueles que não referi e pedir que em vez de entrar no início do jogo que ficassem sentadinhos no banco, mas também não o vou fazer, porque isso é muito feio e desagradável!)
Sábado próximo, se tudo correr como estou à espera lá estarei na Catedral para ter uns avc's em directo, ao vivo e a cores! E de preferência com golos de calcanhar e com mais um do "Mantorras Americano"!
(Em situações normais eu mais ou menos por aqui diria que até gostava de ganhar contra os andrades com um golito ou com a mão e em fora-de-jogo, já depois do tempo de compensação, mas não o vou dizer, porque os meus colegas de sangue vermelho podiam não achar graça ganhar com situações irregulares! Eu cá, contra o FêCêPê... adorava!)
Domingo, 25 de Novembro de 2007
Mais um resultado negativo invertido, mais golos nos últimos minutos, e mais uma vitória. Era importante não deixarmos que a interrupção do campeonato significasse também a interrupção do ciclo positivo da equipa antes da recepção ao primeiro classificado para a semana, e a equipa acabou por cumprir, da forma como nos começa a habituar ultimamente.
A ausência dos uruguaios - principalmente do Rodríguez - deixava-me algo curioso em relação à equipa inicial, mas o Camacho foi coerente com as declarações que foi dando ao longo da semana, por isso acabou por não me surpreender o regresso ao avançado único, sendo esse posto entregue ao Nuno Gomes. Mas logo aos cinco minutos esse esquema ficou comprometido, com a lesão do Nuno Assis após um remate bloqueado. Apesar de vir de uma lesão, como eu desejei na altura foi o Cardozo o escolhido para substituí-lo. E digo que o desejava porque não me agrada muito quando jogamos só com o Nuno na frente, e com o Rui Costa a fazer quase o papel de segundo avançado. Com a entrada do Cardoso o Benfica regressou ao 4-4-2, só que foi o Rui Costa quem acabou por ir encostar-se mais à direita em vez do Katsouranis, como eu esperava, e o afastamento do Rui do centro do terreno normalmente tem efeitos negativos na qualidade do seu jogo e no do próprio Benfica. Mas o início de jogo do Benfica até foi bom, com a equipa a jogar rápido e ao ataque, explorando bem os flancos e causando dificuldades à Académica.
Só que de uma forma um tanto ou quanto imprevisível foi a Académica quem marcou, cerca dos vinte e cinco minutos de jogo, quando após um livre cruzado para a área a nossa defesa não conseguiu aliviar a bola, e esta acabou nos pés do Lito que fez golo. Quando vi o lance e a asneira do nosso defesa que na tentativa de alívio colocou a bola nos pés do adversário pensei para mim mesmo: "Não me digam que foi 'ele'... não, não deve ter sido, aquilo foi mais para a esquerda, até é capaz de ter sido o Léo... pronto, ele também tem direito a falhar às vezes". Mas no meu consciente eu sabia que o mais provável era que o autor da fífia fosse outro. Assim que vi a repetição, vi logo que afinal tinha sido mesmo 'ele'... era o Luís Filipe. Mas o Benfica não acusou o golo, e reagiu bem. Logo a seguir estivemos muito perto de empatar, quando o Di María acertou na barra da baliza da Académica (este tipo tem uma pontaria para a barra que é qualquer coisa incrível) e depois a recarga do Nuno gomes foi bem defendida pelo guarda-redes adversário. Não marcámos nesse lance, mas cinco minutos depois marcámos mesmo. Um livre assinalado à entrada da área por falta sobe o Di María foi transformado com 'os toquezinhos cretinos' do costume (eu quando vi três jogadores nossos à volta da bola já estava a começar a resmungar), mas desta vez o Rui Costa (também com mérito na acção do Nuno Gomes na barreira, que se baixou para a bola passar) com um remate rasteiro a tornear a barreira colocou a bola no fundo da baliza. O empate acabou por colocar um pouco mais de calma no jogo (que foi sempre disputado de forma aberta, e a um ritmo elevado), e manteve-se até ao intervalo sem grandes sobressaltos.
A segunda parte não se iniciou muito bem para as nossas cores. A qualidade do nosso futebol deixava algo a desejar, e só mesmo quando o Rui Costa pegava na bola no centro e tentava organizar o jogo é que produzíamos algo. Ao fim de um quarto de hora, durante o qual produzimos apenas um par de jogadas de perigo (passe do Di María para o Léo com este a centrar mal, e um passe do Rui Costa a isolar o Di María, que para variar acertou na barra, mas foi assinalado fora-de-jogo nessa jogada), entraram quase de seguida o Petit para o lugar do Katsouranis (creio que com esta substituição o grego deixou de ser totalista) e o Adu para o lugar do Nuno Gomes. O Adu foi encostar-se à direita, permitindo assim que o Rui Costa se fixasse no centro, com maior liberdade de movimentos. Só que o pendor do jogo não se alterou. O treinador da académica apostou bem num povoamento da zona central à frente da sua defesa, e o Benfica nas suas jogadas de ataque abusava nas tentativas de trocar a bola entre os seus jogadores nessa zona, o que inevitavelmente conduzia a uma perda da mesma.
Mas com o Camacho já sabemos que os jogos são mesmo até ao fim, por isso, mesmo quando as coisas não estão famosas, há sempre aquela secreta esperança que surja o golo nessa altura. Parece-me que à força de isso acontecer tantas vezes a própria equipa do Benfica sobre de produção nessa altura, enquanto que os adversários também começam a temer um pouco esses minutos finais. A verdade é que uma asneirada do Ricardo, que saiu mal a um lançamento lateral do Binya (é melhor verificarem bem se o lançamento foi bem assinalado, não vá o ladrão do árbitro estar a querer beneficiar-nos descaradamente ao assinalar um lançamento a nosso favor), acabou por proporcionar um golo de calcanhar ao Luisão, quando faltavam três minutos para o final. O 'feitiço' voltava a fazer efeito. E com a Académica completamente desconjuntada a partir do golo, e os espaços que deixava na defesa, nos últimos segundos de jogo um bom trabalho do Cardozo a segurar a bola e a soltá-la para o Adu (esteve discreto encostado à direita, mas como começa a ser hábito é decisivo quando aparece) à entrada da área permitiu o remate pronto deste, que foi desviado para o poste pelo guarda-redes, mas acabando a bola por entrar devido ao efeito que levava. Agora até já nos damos ao luxo de marcar mais do que um golo nos minutos finais.
Gostei muito de ver o David Luíz de regresso. Jogou como se não tivesse estado ausente da equipa há meses. É um defesa que admiro cada vez mais, não só pela qualidade de jogo mas também pela atitude de liderança que tem dentro do campo. Nem parece que ainda só tem vinte anos. Bem também esteve o Luisão, que aos poucos vai voltando à forma a que nos habituou. E claro, o Rui Costa continua a ser uma peça muito importante na equipa. Quando ele fica 'escondido' do jogo nota-se logo alguma escassez de ideias na contrução de jogo. Também foi muito agradável ver o regresso do nosso Petit após dois meses de ausência. Não é que tenha dado particularmente nas vistas durante a meia-hora que jogou, mas foi importante vê-lo de regresso. Quanto ao mais negativo, eu não gosto de fazer isto, mas é impossível não mencionar o Luís Filipe. Principalmente pela inenarrável primeira parte que fez. As asneiras foram tantas que aquilo chegou ao ponto de eu já não saber se havia de rir ou chorar. Felizmente para nós ele equilibrou-se um bocado ao intervalo, e a segunda parte já não foi o mesmo martírio.
A nossa equipa parece neste momento ter entrado naquele ritmo de cruzeiro a que o Camacho nos habituou na sua anterior passagem. Uma atitude muito positiva, espírito lutador, muito boa condição física, simplicidade de processos e, o mais importante, mal ou bem os jogos acabam por ser ganhos. Isto pode resumir-se simplesmente a uma palavra: competência. A obrigação desta noite foi cumprida, e agora é tempo de preparar os dois jogos decisivos que se aproximam.
Sábado, 24 de Novembro de 2007
Domingo.
Na ressaca de uma vitória, Cristiano Ronaldo insurge-se contra o público que assobiou a Selecção. Para mostrar o que é um bom público exemplifica com o facto de os ingleses nunca o terem assobiado. Alguém lhe devia explicar que não se defende o nós, exemplificando com o eu e atacando o eles.
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Segunda-feira.
Não houve jogos. Luisão diz que não quer sair do Benfica sem ganhar outro título. É por estas e por outras que Luisão é um líder.
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Terça-feira.
Na Segunda-feira, Bynia regressou de um estágio da Selecção dos Camarões, Camacho deu-lhe um abraço e "A Bola" noticiou o abraço na edição de terça-feira. Não se esqueceram de referir que todos os colegas o cumprimentaram. Decididamente, no jornalismo desportivo não há silly season.
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Quarta-feira.
Portugal apura-se para o Europeu num empate com a poderosíssima Finlândia. O público do Dragão foi inexcedível sempre que a nossa Selecção atacava. Nos últimos cinco minutos, a voz que mais se ouviu foi a do speaker. Aquilo é que o homem gritava. Cristiano Ronaldo louvou o público. Scolari fez uma espécie de fellatio ao Pinto da Costa. Simão fez uma espécie de manguito ao Scolari. Scolari fez uma espécie de manguito aos jornalistas. Portugal fez uma espécie de bocejo perante aquilo. Já há muito que não me divertia tanto.
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Quinta-feira.
Os jornalistas desportivos aproveitaram para acertar velhas contas com Scolari.
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Sexta-feira.
Um chega de madrugada, outro tem um problema algures pelos intestinos e ainda não regressou. O Presidente diz nada saber. Camacho diz que Selecção sim, mas…
Isto é tudo muito lindo, mas o que é certo é que o nosso Benfica vai a Coimbra (que saudades!) sem os uruguaios. O episódio gástrico ou intestinal de C. Rodriguez tresanda. Agradeço que alguém mo explique devagar para ver se o percebo depressa.
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Sábado.
Escrevo estas linhas muitas horas antes do jogo contra a Briosa. Logo à noite vai-se defrontar o Clube que me corre nas veias contra um Clube que adoptei e com o qual já festejei. Obviamente sofrerei e torcerei pelo nosso Glorioso, mas nos jogos com a Académica sou incapaz de festejar as nossas vitórias… do outro lado está um clube que acompanhei durante muitos anos e com o qual sofri bastante. Dos meus tempos só lá resta o Pedro Roma, mas aquele símbolo diz-me muito.
Não há uruguaios, mas saúdo o regresso do David Luiz e do Petit. Vamos a eles!