VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Sexta-feira, 29 de Fevereiro de 2008

...

Ontem fui à gala do 104º aniversário do Benfica. Estar entre benfiquistas é sempre bom.

É inevitável sentir que hoje em dia...o Benfica está, no mínimo, adoentado.

 

Mas o benfiquismo não.

publicado por PR às 12:34
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Quinta-feira, 28 de Fevereiro de 2008

Derbies

Quando, no Domingo à noite, me sentar no estádio situado no Lumiar, estarei a assistir ao meu vigésimo derby consecutivo em casa dos nossos rivais (quando penso que já são tantos aqueles a que já assisti, começo a sentir-me velho). Comecei a assistir aos derbies quando vivia no Algarve; o Benfica era uma paixão que não se satisfazia apenas vendo-o jogar uma vez por ano, sempre que defrontava o Farense no Estádio de S.Luís. Então chateava o meu pai e acabava por vir a Lisboa assistir aos 'jogos grandes'. Como as vitórias em casa do rival nesses primeiros anos eram quase uma constante, habituei-me ao saborzinho especial que elas me proporcionavam, e então nunca mais consegui evitar assistir ao vivo a este jogo que, para mim, é especial.

Sim, porque eu cresci numa época em que me perguntavam sempre 'És do Benfica ou do Sportém?". O rival do Benfica para mim sempre foram eles, e o Porto nunca passou de um bando de gente estranha que acha que é de outro país, e que gosta de fazer muito barulho lá nesse país imaginário deles quando ganham alguma coisa, para ver se a gente lhes dá alguma atenção. É assim uma espécie de pato bravo, que de repente se apanha com muito dinheiro e resolve ir comprar o Mercedes com a buzina folclórica, a santinha no tablier e o CD pendurado no retrovisor para dar nas vistas. Acelera muito sempre que passa na vila, para fazer mais barulho com o motor, e toca a buzina, que faz soar o 'La Cucaracha', convencido que isso lhe dá estilo e respeito, mas a única coisa que acaba por conseguir é um encolher de ombros, um abanar de cabeça, e um comentário sussurrado entre dentes: 'Parolo...'. Já o Sportém é o vizinho que vive mesmo ao nosso lado, num casebre modesto que pertenceu ao bisavô e que lá se vai aguentando em pé, forrado a azulejos para disfarçar o mofo, e que passa o tempo todo a olhar por cima da sebe para as nossas galinhas, relva e vacas, insistindo que o bando de pardais que ocupa o seu quintal dá mais ovos, que as urtigas dele são mais verdes, e que a ovelha que ganhou na última rifa de Natal dá mais leite. Claro que nós sabemos que isto é tudo mentira, mas o matraquear constante deles vai sempre moendo o juízo, e por isso dá sempre gozo demonstrar-lhes o quão estão errados.

Mas eu divago. Eu queria mesmo era recordar alguns dos derbies a que já assisti ao longo destes anos, por isso vamos a isto.

1988/89: Foi o primeiro. O Benfica chegou a Alvalade já campeão, e nem sequer me passava pela cabeça que o resultado fosse outro que não a vitória. Do nosso lado havia jogadores como o Valdo ou o Mozer, e do outro lado aparecia-nos o Rui Correia na baliza. Vencemos por 2-0, com golos do Valdo e do estrambólico Abel Campos. Assisti ao jogo debaixo da pala do velho Alvalade, e na minha inocência festejei efusivamente os nossos golos, o que provocou alguns olhares de solsaio. Sentado ao meu lado, um sportinguista simpático aconselhou-me a ter calma porque 'o pessoal ali é um bocado intolerante'. OK, conselho acatado.

1989/90: Nova vitória, desta vez por 1-0, e com um golo do César Brito. Desta vez fui para a bancada 'nova', do lado oposto à pala (e fiquei mais uma vez frustrado por não estar no Topo Norte, onde se concentravam os benfiquistas). Ainda sorrio quando me lembro de uns sportinguistas à minha volta estarem dedicados ao seu passatempo favorito, ou seja, falar mal seja do que for relativamente ao Benfica. Neste caso específico estavam a cascar nos suecos do Benfica, que só jogavam porque o treinador do Benfica era o Eriksson, e mostravam-se particularmente críticos do Thern, que apelidavam de 'jogador banal'. Logo no início do jogo o Thern recebe a bola e manda um estoiro a uns bons trinta metros da baliza, que embate com estrondo na barra. Não voltaram a falar mal do Thern durante o jogo.

1990/91: Três jogos em Alvalade, três vitórias. Como se pode perceber, fiquei bem habituado. Desta vez foi por 2-0, e fui eu a fazer uma figura triste. O Isaías era um jogador que eu adorava, mas que conseguia fazer-me perder a cabeça facilmente devido às opções disparatadas que por vezes tomava (como optar por um remate a trinta metros da baliza quando tinha dois colegas a desmarcarem-se isolados). Nesse jogo o Isaías começou o jogo num dia particularmente inspirado, acumulando disparates uns atrás dos outros, o que ao fim de alguns minutos já me tinha posto a rogar-lhe pragas. Depois de mais um remate disparatado não me contive e berrei 'Epá, ó Isaías, és uma besta!'. No ataque seguinte o Isaías marcou o 1-0, e um miúdo que estava sentado à minha frente voltou-se para trás e disse 'Fala lá mal do Isaías agora!'. Não me restou outra opção senão engolir. Perto do final o inevitável César Brito lá entrou, a tempo de marcar o segundo golo.

1993/94: Acho que todos os benfiquistas têm uma história para contar sobre este jogo, por isso não vou contar aqui nada de novo. Depois de no ano anterior ter pela primeira vez assistido a uma derrota do Benfica em Alvalade (com o Balakov a marcar aos doze segundos), e depois de ter levado com a lagartagem a prometer-me goleadas durante a semana toda, estava um pouco apreensivo para o jogo, mas com sede de 'vingança'. O que se passou durante o jogo todos sabem. Chorei, andei abraçado a desconhecidos, pela primeira vez na vida andei a gritar pelo Sportém (durante grande parte do segundo tempo), fiquei afónico e constipado, e recordo esse fim de tarde como um dos momentos mais fantásticos que já vivi num estádio de futebol. Mas o momento cómico que nunca esqueci foi mesmo quando no carro do meu pai, que me levou ao estádio mas não foi ao jogo, enquanto faziam a antevisão do jogo pediram um prognóstico ao Sousa Cintra. "Iste hoje vai sair daqui um resultade estórique!". Na mouche, presidente.

1997/98: A chegada do Artur Jorge ao Benfica significou o iníco de um jejum nas vitórias em Alvalade, e só quatro anos depois voltámos a vencer. Também tirámos a barriga de misérias, e foi logo por 4-1, num jogo em que o Poborsky brilhou, o Deane fez gato-sapato do Marco Aurélio e mostrou que tosco era só alcunha, e o João Pinto voltou a marcar em Alvalade. Uma imagem que me ficou foi a do Carlos Manuel (na altura no banco de Alvalade) a voltar as costas ao jogo quando o Sousa se isolou para fazer o 2-0.

1998/99: Este tinha que figurar aqui só por um motivo: a exibição memorável do Beto neste jogo - desde este dia que passei a torcer todos os anos para que o Real Madrid não o viesse roubar aos nossos rivais. Vitória por 2-1 com dois excelentes golos do central goleador (nunca soube ao certo se era verdade ou apenas mito urbano o facto do Vale e Azevedo num jogo da selecção ter-se dirigido ao Beto como 'o nosso goleador', mas se o fez, foi sem dúvida o momento mais inspirado da presidência dele), e o Cadete a tentar desesperadamente que lhe atribuíssem o segundo golo. E eu e os meus amigos a rirmos a bandeiras despregadas no Topo Norte.

1999/00: Como poderia faltar este nesta lista? Considero que ir assisitir a este jogo foi talvez a maior expressão de benfiquismo que tive. Penúltima jornada, era a festa do título anunciado, o título que lhes escapava há dezoito anos. E com o prazer adicional de terem o Benfica como cabeçudo. Acho que nunca vi tão poucos benfiquistas em Alvalade. Não sei quantos seríamos no Topo Norte. O massacre começou desde o apito inicial. O Acosta caía perto da área e o árbitro apitava. Logo no primeiro livre a bola foi ao poste. O Acosta continuou a cair, e o árbitro a apitar. Livres para o André Cruz, da esquerda, da direita, do centro. E os lagartos a suspirarem de cada vez que a bola passava ao lado ou morria nas mãos do Enke. Não havia volta a dar-lhe, aquilo era para ficar decidido aquela noite. Mais cedo ou mais tarde o Acosta conseguria arrastar-se até ao interior da área, cair ali, e estava feito. Quem caiu dentro da área adversária foi o Nuno Gomes, mas o convidado de honra para a festa do título, Lucílio Baptista, mandou seguir. Pouco depois é o João Tomás quem cai na área, mas o bom do Lucílio transforma aquilo num livre. Aos 88 minutos, o primeiro do jogo a favor do Benfica, em contraponto aos trinta que foram assinalados para o outro lado. Da outra ponta do estádio vejo o Sabry beijar a bola antes de a ajeitar. E mal ela saiu dos pés do egípcio e o Schmeichel ficou pregado, comecei a gritar golo. Eles foram campeões na semana seguinte, mas caramba, cabeçudos nunca!

2002/03: No ano anterior fomos lá estragar-lhes a festa outra vez, com um golo no Jankauskas e o quadragésimo nono penálti da época a dar-lhes um empate caído do céu. Mas recordo este jogo por ter sido o último disputado no velho Alvalade, e apenas o segundo jogo do Camacho à frente do Benfica. Foi uma superioridade incontestável. O recém descoberto lateral direito Miguel a meter no bolso um miúdo chamado Cristiano Ronaldo e depois outro chamado Ricardo Quaresma. O Tiago, mesmo com o nariz partido, a marcar o segundo golo e a sair para o intervalo enquanto os benfiquistas entoavam o seu nome e ele respondia com uma vénia. Confesso que este jogo me deixa nostálgico por já não ter um Miguel ou um Tiago no meu Benfica (e podem criticá-los à vontade, eu sei que eles não se portaram bem, mas caramba, eles eram umas máquinas a jogar à bola).

2003/04: Ganhámos o último jogo no estádio antigo; ganhámos o primeiro no estádio novo. Os bons hábitos são para se manter. Foi um jogo muito difícil, sobretudo na primeira parte, em que o Moreira brilhou, e muito, segurando o nulo. Na segunda parte, e com as coisas mais calmas, o Camacho de repente lança o Fernando Aguiar e o Geovanni para dentro do campo, e o jogo vira completamente. O Geovanni ameaça uma, duas vezes, e à terceira marca aquela obra de arte, na baliza por detrás da qual eu estava, enquanto eu fico surpreendido ao aperceber-me de quantos benfiquistas estavam no estádio. A imagem mais marcante desse momento foi mesmo o Álvaro Magalhães a sair do banco e a vir para junto da bandeirola de canto, perto dos benfiquistas, a festejar que nem um doido. E claro, há ainda o factor cómico da invasão de campo por parte da Juve Leo a seguir ao golo, e da perseguição à Benny Hill que se seguiu.

2006/07: Foi o ano passado. Quem ganhará: algumas dúvidas? O insuportável Eduardo Barroso a afirmar que nunca se sentiu tão tranquilo antes de um derby. E o calhau do Rocha que nunca marcou um golo na vida, e que no ano anterior até tinha ido para rua. Aquilo eram favas contadas. Trigo limpo, farinha amparo. Logo no primeiro minuto, primeira oportunidade para o Benfica. No canto que se seguiu, tomem lá disto, e o Rocha a marcar. Ainda abananados continuam a ver-nos jogar e mais uma vez têm que levar com a humilhação de verem o seu odiozinho de estimação marcar-lhes um golo. E perto do intervalo o ponto de ruptura: o Miccoli, mesmo ao pé coxinho, manda um estoiro à barra, e eu vejo a lagartagem à minha volta lívida. Tanto esperavam uma goleada e agora estavam a ver é que teriam sorte se não fosse o contrário. Claro que com o fair play típico de quem tem sangue azul, alguns deles começaram a ameaçar fisicamente os benfiquistas presentes. É só classe.

Domingo que vem, é apenas mais um capítulo nesta história de rivalidade. E se por acaso ganharmos, já sabemos o que se segue. A culpa é do árbitro.
publicado por D'Arcy às 23:52
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Bilhetes: Vencedores

Conforme prometido, aqui estão os resultados do nosso desafio. As respostas correctas às nossas perguntas são:


Resposta 1: Cosme Damião;

Resposta 2: Eduardo Corga;

Resposta 3: Foram seis os derbies oficiais disputados pelo Rui Costa;


Assim sendo, eis a lista dos vencedores de um bilhete duplo para o derby de Domingo (podem conferir as vossas respostas na caixa de comentários do post original, dado que os comentários já foram desbloqueados):


Francisco - francisco.lemos6 at gmail.com
SMBORSA - smborsa at gmail.com
Ana - acmmartins at clix.pt
Domingos - dafmachado at gmail.com
Nuno - 0142864702 at netcabo.pt
Luís Sá - sa.luis4 at gmail.com
Pedro Pinto Malaquias - pedro_pinto86 at hotmail.com
Nuno Reis - nsreis at gmail.com
João - cassissa at gmail.com
Joana Costa - jupcosta at gmail.com
José Canelas - josec at atalantafilmes.com
Mónica - monica.pinheiro at netcabo.pt
Hugo Duarte - hdbron at gmail.com
Bakero - fingles83 at hotmail.com
Pelicano - pelicanoblog at sapo.pt
Ricardo - suavesemfiltro at hotmail.com
Paulo - loucospeloslb at gmail.com
Bruno Rodrigues - macbr26 at hotmail.com
BP - perbruno at gmail.com
Tiago Cascais - tcascais at unitedcreative.com


Parabéns aos vencedores! O Sapo contactar-vos-á directamente para o endereço de correio electrónico que forneceram, de forma a combinar a recolha dos bilhetes.


O nosso muito obrigado também a todos os participantes. A vossa resposta a este passatempo superou todas as nossas expectativas, e só lamentamos não termos bilhetes para vos oferecer a todos. Mais uma voz a apoiar o Benfica nunca é demais.

publicado por D'Arcy às 22:00
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K.I.S.S. - Ou o elogio das coisas simples

 

 

 

Apesar de considerar Messi o melhor jogador do mundo ou porventura devido a considerar Messi o melhor jogador do mundo sou apologista da simplicidade de processos numa equipa de futebol como forma primordial de se atingir o sucesso. E, longe de querer centrar a crónica no jovem astro argentino, mas de forma a justificar o pensamento com que a iniciei, penso que uma equipa em que jogue Messi tem de facto como forma mais simples de chegar ao golo o endosso da bola ao sucessor de Maradona.

 

Falemos portanto daquilo que nos traz a todos a este sítio. O Benfica. E às suas idiossincrasias muito próprias.

 

Admitamos por um momento, por um breve momento que seja, que o simples facto de passar a enumerar de forma perfeitamente aleatória algumas das incoerências desportivo/futebolísticas que na minha opinião impedem ou ajudam a impedir o nosso clube de ter sucesso poderá servir para as expurgar e dar um novo amanhã ao nosso futuro. Melhor. Mais radioso. Com sucesso desportivo, em última análise.

 

E mesmo que assim não seja, caramba, que pelo menos sirva para eu desabafar.

 

Há jogadores de que gosto mais e outros de que gosto menos, dependendo das suas características individuais e do que acrescentam ou não à equipa quando estão em campo. No entanto, se há característica que abomino e com a qual embirro particularmente é com a falta de inteligência que leva, por exemplo, a que um jogador tente fazer coisas para as quais não está vocacionado. Adiante. Não vou individualizar. Não neste momento.

 

A falta de um jogador como Messi , que encare o adversário de frente e que provoque neste o receio de que pode ser ultrapassado no 1x1 deveria levar o Benfica a apostar numa dinâmica colectiva que permitisse a absorção desse handicap e, porventura, a torná-lo num factor desequilibrador sim mas a nosso favor. Isto porque, salvo raras e honrosas excepções, o colectivo sempre prevaleceu sobre o individual.

 

Quem nos esteja a ler de um sítio distante, de alguma galáxia longínqua, com nulo conhecimento do passado recente do nosso clube, poderá estar neste momento com um sorriso nos lábios antevendo vitórias folgadas e sucessos variados para uma equipa que faz gala destes predicados por mim enunciados. A nós, que vivemos o clube numa base diária com a proximidade que nos é permitida pelos stewards de serviço, e conhecedores que somos da realidade existente o máximo que pode provocar é um esgar de sofrimento.

 

Entendamo-nos, em primeira instância cumpre ao treinador a utilização dos melhores jogadores que tem ao seu dispôr de forma a criar uma dinâmica de conjunto que leve à constituição de uma equipa na verdadeira acepção da palavra. Obviamente que, quando se assiste à constante chamada de jogadores cujo mérito principal é passarmos a achar natural e francamente inofensivo o jogo da Roleta Russa...jogado com o canhão cheio de balas, torna-se difícil compreender e mesmo respeitar as restantes decisões tomadas.

 

Por exemplo e falando em termos colectivos hoje em dia torna-se caricato assistir aos exercícios de aquecimento efectuados antes dos jogos, nomeadamente àquele que faz com que duas equipas de cinco jogadores cada troquem a bola entre si num espaço reduzido do relvado. O exercício em si não tem nada de errado, bem pelo contrário! O que não se compreende é a relevância desse exercício perante aquilo que (não) se vê quando o árbitro apita para o ínicio das partidas. Porque num espaço infinitamente maior e com muito mais possibilidades de fazer gala dos passes a um, dois toques o que se vê é a constante utilização do passe longo, vulgo charuto, como forma primária de (des)construção de jogo.

 

E se é assim naqueles 10/15 minutos que nos são dados a observar a cada oito dias, penso que é legítimo questionar a metodologia empregue nos restantes dias da semana em que os treinos são efectuados longe da vista do comum dos adeptos. Porque uma coisa é certa, e quanto a isso não podemos (continuar a) fugir: o futebol praticado é de facto de muito má qualidade. Contam-se pelos dedos de uma mão a utilização de jogadas básicas (lá está) mas eficazes que visam dar profundidade ao jogo ofensivo de uma equipa. Façam este exercício simples: tentem recordar-se do último golo do Benfica marcado após uma desmarcação de um jogador aproveitando uma tabelinha efectuada com um companheiro. Mais, subo a parada, em que esse movimento não tenha levado directamente ao golo mas sim à chegada do lateral ou do extremo à linha de fundo para efectuar o cruzamento que levou ao remate concretizador do avançado. Que saudades dos tempos do Veloso ou do Álvaro em que o lateral dava para o extremo e o ultrapassava para ir receber a bola mais à frente e fazer o centro para a área. Porque se deixou de fazer isto? Porque é díficil? Porque são precisos jogadores predestinados para o fazer? Não, não e não. Porque são necessários automatismos.

 

Não é igualmente dificil para um observador relativamente atento descortinar a causa principal para os ínumeros pontos perdidos na Luz esta época. Se à não utilização do futebol curto e apoiado juntarmos uma velocidade de execução verdadeiramente exasperante e concluirmos com a inexistência de jogadores que decidam jogos com o recurso às bolas paradas, só por milagre se poderia esperar que uma equipa que ainda por cima joga perante um público de extremos que é capaz de cobrir a distância que vai do 8 ao 80 no espaço de poucos minutos...várias vezes numa hora e meia, deixasse de perder pontos com a cadência verdadeiramente aberrante (quando comparada com a história do clube) com que o tem feito esta época. Um pequeno aparte, Simão ajudava a disfarçar muitas insuficiências.

 

Vou aproveitar a embalagem para pessoalizar esta parte do texto porque me apetece elogiar alguém. Binya. Gosto dele porque tem consciência dos seus limites e dá o que tem pelo colectivo. Corre e sabe cada vez melhor para onde corre. Foi um achado. Quem me dera ter mais dois ou três no plantel. Em posições diferentes já agora para os poder utilizar a todos em simultâneo.

 

Não vou entrar nas questões directivas porque haverá com toda a certeza pessoas mais habilitadas a fazê-lo mas não quero deixar de aconselhar a (re)utilização do predicado que escolhi como título para este post porque me parece longe de ser uma medida sensata o regresso aos tempos em que a gestão de um plantel mais parecia um entreposto comercial em que todos os anos, e por vezes duas vezes ao ano, se mudava aos 10 e se acabava aos 20 (jogadores).

 

Independentemente de tudo o resto quero acreditar que continuamos no caminho certo e que, no caso de não continuarmos, o(s) maquinista(s) tenha(m) a noção de que este enorme comboio longe de se confinar a um inter-cidades tem de começar por aí para se poder candidatar novamente à feitura dos percursos europeus. E se for necessário regressar às origens para a partir delas se voltar a construir um clube que ao justificado epíteto de glorioso junte...as conquistas, não encontro melhor altura para o fazer senão a data em que se festeja mais um aniversário.

 

publicado por Superman Torras às 21:53
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104



Tudo começou na zona de Belém. José Rosa Rodrigues, que seria o primeiro presidente do Sport Lisboa, foi um dos que participaram no primeiro treino do clube. Foi no dia 28 de Fevereiro de 1904, entre as 11h e as 12h30, nos terrenos da Companhia dos Caminhos de Ferro, que ficam entre a linha de comboio Cais do Sodré-Cascais e a sul da casa do Duque de Loulé, perto do sítio onde hoje fica a Praça do Império. Ainda no mesmo dia, os fundadores do clube, entre eles Cosme Damião, juntaram-se na Farmácia Franco, na Rua Direita de Belém (nº 147) e estabeleceram as bases gerais da nova agremiação. O nascimento do Sport Lisboa é assim contado no livro "Benfica, 90 anos de glória", escrito por António Manuel Morais, Carlos Perdigão, João Loureiro e José de Oliveira Santos. O Sport Lisboa, que efectuou o primeiro jogo contra o Campo de Ourique a 1 de Janeiro de 1905 (venceu por 1-0), viveu quatro anos só, antes de a 13 de Setembro de 1908 se fundir com o Sport Clube de Benfica, dando origem ao Sport Lisboa e Benfica, o Benfica dos nossos dias, que remete a sua fundação para 28 de Fevereiro de 1904. A data é alvo de muita discussão, a ponto de o site oficial do Benfica incluir um documento sobre as "verdades deturpadas", em que defende a fundação a 28 de Fevereiro de 1904, dizendo que o SLB manteve o equipamento, o símbolo (apenas sendo acrescentada a roda da bicicleta) e os jogadores do tempo do Sport Lisboa.
in Jornal P2

Gosto particularmente da descontração dos jogadores. As pernas cruzadas, o encostar na parede, o "estar de lado" e o facto de o equipamento do guarda-redes ser exactamente igual ao dos jogadores de campo.
Sem dúvida uma bela foto onde está retratado o mais belo dos equipamentos!
publicado por Corto Maltese às 08:54
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Cinzenta

Com mais uma exibição cinzenta em casa, o Benfica conseguiu derrotar o Moreirense e carimbar a passagem às meias-finais da Taça de Portugal. Mas foi preciso recorrer mais uma vez ao Rui Costa para resolver uma situação que parecia estar complicada.

Quando vi a constituição da equipa do Benfica, pensei na possibilidade de jogarmos em 4-1-3-2, mas o Camacho manteve-se fiel ao seu 4-2-3-1, alinhando com o Maxi Pereira ao lado do Binya como médios mais recuados, e com o trio Di María/Adu/Nuno Assis no apoio ao Cardozo. Este trio jogou praticamente sem posição definida, já que alternaram bastante de posições e qualquer um dos três pareceu ter total liberdade para se movimentar pelo ataque. Do outro lado apareceu um Moreirense desinibido, sem 'autocarros', mas também, claro, com as limitações próprias de uma equipa da Segunda Divisão B. O Benfica mostrou desde o início alguma atrapalhação para construir jogadas de ataque. Um facto que parece ser evidente é a falta de visão de jogo que a maioria dos nossos jogadores tem. Mesmo tendo colegas desmarcados, raramente os conseguem ver, e acabam por afunilar o jogo e encaminhar a bola de volta para o local de onde veio. Isto facilita imenso a tarefa de quem defende. Assim se explica que o Benfica, mesmo tendo tido posse de bola, a tenha feito circular quase sem progressão, criando muito poucas oportunidades de golo durante toda a primeira parte - recordo-me apenas de duas: uma recarga do Nuno Assis que foi desviada para fora, e um cabeceamento do Cardozo que foi bem defendido para canto pelo guarda-redes do Moreirense. De resto, muitos passes falhados e muita falta de ideias, que resultaram no natural nulo ao intervalo.

A segunda parte pouco demorou até mostrar estar a ir pelo mesmo caminho da primeira, pelo que ao fim de dez minutos o Camacho optou por lançar o insubstituível Rui Costa mais o Makukula, passando a jogar em 4-4-2. O Benfica melhorou um pouco: os dois avançados vieram dar mais preocupações à defesa do Moreirense, e com o Rui Costa em campo passou a haver alguém para segurar a bola e desmarcar os colegas (na primeira parte o único que tentou, a espaços, fazer algo parecido foi o Adu). Quanto ao Moreirense, esteve mais retraído neste segundo tempo, e praticamente nem conseguiu aproximar-se da nossa área. O golo acabou por surgir após um passe do Binya para o Nuno Assis na direita, que em esforço conseguiu centrar para o Cardozo (subiu muito de rendimento nos minutos que esteve em campo acompanhado do Makukula), tendo o paraguaio amortecido para a entrada da área, onde o Rui Costa rematou de primeira para o golo. Alcançado o golo, as coisas facilitaram-se para nós. O Benfica continuou a insistir muito pela direita do ataque (o Rui Costa acabou por posicionar-se sobre esse lado), e uma boa entrada em jogo do Mantorras também veio complicar a tarefa do Moreirense. Muito mexido, o angolano causou dificuldades à defesa adversária, e acabou mesmo por assistir de cabeça o Makukula para o segundo golo, a cerca de cinco minutos do final.

Se vou falar dos melhores do Benfica, tenho que inevitavelmente mencionar o Rui Costa. Não creio que a eliminatória alguma vez tenha estado em perigo para o Benfica, mas se ele não tem entrado se calhar a esta hora ainda lá andávamos, a tentar encontrar uma maneira de chegar ao golo. Os mal amados Butt e Zoro também estiveram bem, seguros e sem falhas ao longo de todo o jogo, tendo o guarda-redes respondido sempre bem quando foi posto à prova, e o defesa sido dos mais esclarecidos. Infelizmente (porque não me agrada estar sempre a bater nos mesmos), nem mesmo contra o Moreirense o Luís Filipe conseguiu fazer uma exibição convincente. Foi substituído aos 55 minutos, e durante o tempo que esteve em campo conseguiu ser assobiado pelos pouco mais de dez mil adeptos presentes na Luz.

Uma palavra ainda para dois jogadores que eu tinha alguma curiosidade me ver a titulares: o Sepsi e o Adu. Quanto ao romeno, pareceu-me um pouco tímido. Teve um par de boas iniciativas a ganhar a linha de fundo na primeira parte, e tentou desmarcar-se mais vezes, mas os colegas não reparavam nele. Na segunda parte quase não dei por ele. Pareceu ser um defesa seguro, mas também um pouco lento para lateral. Quanto ao Adu, foi dos que mais tentou quebrar a monotonia da primeira parte
(foi aquele que mais passes de risco tentou), mas as coisas nem sempre lhe saíram bem, porque complicou em demasia ao agarrar-se à bola mais tempo do que o necessário. Com liberdade para ocupar qualquer posição no apoio ao avançado, acabou por mostrar preferência pelo centro e, sobretudo, pela direita, o que não deixa de ser curioso dado ser canhoto. Pareceu-me sinceramente que sofreu uma falta para penálti na primeira parte, mas o árbitro não entendeu assim e mostrou-lhe um amarelo.

O objectivo da passagem às meias-finais lá acabou por ser conseguido, mas sem grande brilhantismo, ficando mais uma vez a preocupação da dependência que a equipa tem do Rui Costa. É preciso não esquecer que defrontámos uma equipa do meio da tabela da Segunda Divisão B, e mesmo assim foi necessário recorrer ao 'Maestro' para desencalhar o resultado. É que convém não esquecer que só vamos ter mais três meses de Rui Costa.

P.S.- E porque já passa da meia-noite, e já é dia 28 de Fevereiro: Parabéns Sport Lisboa e Benfica!
publicado por D'Arcy às 00:55
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Trampa

Aviso:

Este post é um descarado plágio (seguindo o exemplo de um filho de uma excelente escritora) de um post mal alinhavado por um pasquineiro. O teor enferma da mesma gratuitidade crítica e baixeza intelectual.


 

Até uma porcaria de jornal como o Record devia ter tido vergonha de pôr nas bancas uma espécie de livro tão mau. É mau em tudo: graficamente é desastroso – aquele fundo negro com aquela fonte manhosa no título. Além disso, está mal organizado, é provinciano e tem textos tão confrangedores como ridículos. Veja-se o mau gosto dos títulos de cada capítulo, de que é exemplo máximo o patético “Carolina pegou fogo ao alternador”. É tudo mau, muito mau neste "Apito Dourado Toda a História", em que o seu autor, o insuportável Eugénio Queirós, apresenta uma incompetência maior do que as 108 páginas que escreve e que nem devia ter tentado escrever.

O estado do Record explica-se justamente nesta porcaria a que chamam jornalista.

publicado por Anátema Device às 00:41
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Quarta-feira, 27 de Fevereiro de 2008

Morreu Mike Plowden

Morreu ontem Mike Plowden, jogador fundamental da grande equipa de básquete do Benfica que dominou a modalidade nos anos 780 e 90 - e que incluia Carlos Lisboa, José Carlos Guimarães, Jean-Jacques, Steve Rocha, Carlos Seixas, Pedro Miguel, entre outros.

 

Deixo aqui a minha homenagem a este grande atleta.

publicado por Artur Hermenegildo às 16:14
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Nojo

Miguel Sousa Tavares, em mais uma das suas crónicas sobre o Benfica na edição de ontem d'A Bola, volta a espalhar o perfume nauseabundo que emana do nojo da sua escrita. Já conheço bem a obsessão que o senhor tem pelo Benfica. Mas irrita-me solenemente quando ele mente despudorada e descaradamente, apenas para poder falar mal do meu clube. Hoje voltou mais uma vez à carga com a história da entrada do Katsouranis sobre o Anderson (cada vez mais me convenço que aquele comunicado anedótico e xenófobo que sobre este assunto foi publicado no site do FC Porto teve o seu dedo). E tem o desplante de fazer equivaler essa entrada à recente entrada horripilante do jogador Taylor do Birmingham sobre o Eduardo do Arsenal, que arriscou uma amputação. E para fazer isto chega ao ponto de mentir. Mente, e tenho a certeza que sabe perfeitamente que está a fazê-lo, mas com a desonestidade intelectual que o caracteriza não se preocupa minimamente com isso. Ele afirma que o Anderson inclusivamente fracturou ambos os ossos da perna nessa jogada, tal como o Eduardo - é mentira, o Anderson fracturou 'apenas' o perónio. Mas de certeza que todos nos lembramos da forma bárbara como, à semelhança de Taylor, o Katsouranis entrou de pitons em riste sobre a canela do Anderson (e não estejam para aí a dizer que não foi nada assim, que o Katsouranis até corta a bola com um pé e é ao deslizar que atinge com o joelho o tornozelo do Anderson, provocando-lhe a lesão - não sejam mentirosos e não contrariem a versão orwelliana do MST). Francamente, não sei porque é que ainda não deportaram o nosso grego. Aliás, as semelhanças são tantas que, após a entrada de que foi vítima, o Eduardo ainda reentrou em campo (os dez minutos em que esteve a ser assistido e o ter saído do campo a oxigénio foram uma ilusão nossa), e no final do jogo Birmingham x Arsenal até foi possível ver o Eduardo aos pulos no campo a festejar o empate do seu clube.


A entrada do Martin Taylor foi aliás, e pelos vistos, uma bênção para algumas pessoas que não perdem uma oportunidade para nos atacar. O Record, sempre expedito nestes comportamentos ignóbeis em relação ao Benfica, não perdeu tempo e, ao noticiar o facto, não teve pejo em classificar logo o lance como uma entrada em tudo semelhante à do Binya (não fôssemos nós por acaso esquecer-nos do 'animal' que o camaronês é).


Outra das novas obsessões do MST é a suposta 'sorte' que o Benfica tem. Mais uma vez, nas suas divagações, aproveita para mentir de forma a justificar os disparates que insiste em escrever sobre o Benfica. Um dos exemplos flagrantes desta suposta 'sorte' é, segundo o MST, o facto de não se lembrar da última eliminatória da Taça que o Benfica teve que jogar longe da Luz, afirmando que pelo menos a última dúzia de jogos do Benfica para essa competição foi disputada em casa. Tem a memória muito curta, o MST. É que a época passada, por acaso, e logo na primeira segunda eliminatória em que participou, o Benfica caiu na Póvoa de Varzim. Eu ao princípio ainda pensei que estas 'mentiras' fossem apenas o resultado de distracção, pouca preocupação em informar-se antes de escrever sobre assuntos que desconhece (mas sabe-se que falar sobre muita coisa que desconhece com o ar de quem tudo sabe é uma das suas especialidades - e não, dizer disparates sempre de trombas, com ar de quem vai bater na avó, não os torna mais credíveis ou verdadeiros), ou um qualquer efeito secundário de um eventual estado de etilização. Mas a frequência com que estas mentiras e falsidades sobre o Benfica aparecem já me convenceram que isto é mesmo desonestidade.


Ao menos estes disparates semanais que debita sempre me dão vontade de rir por um motivo: é que apesar da superioridade do Porto que ele arenga em qualquer oportunidade que se lhe proporcione, apesar da enorme vantagem que têm no campeonato, ainda assim o Benfica consegue fazer-lhe comichão, ainda assim o preocupa, de tal forma que vê fantasmas de sorte em todo o lado. Este fenómeno parece ser, aliás, mais comum entre os adeptos do FC Porto do que se pensa. Como um certo árbitro auxiliar recentemente teve a oportunidade de demonstrar no Estádio da Luz.

publicado por D'Arcy às 09:34
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Terça-feira, 26 de Fevereiro de 2008

Volta a Valência

Começou bem a participação do Glorioso na Volta a Valência em ciclismo.  Na 1ªetapa, segundo lugar para Ruben Plaza e 4º para Danail Petrov - ver "foto finish" abaixo - e ainda 2º lugar por equipas.

 

Ruben Plaza é ainda o 5º na Montanha e lidera a classificação do Combinado.


publicado por Artur Hermenegildo às 17:20

editado por Pedro F. Ferreira às 20:03
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