E pronto, confirmou-se a segunda contratação do Benfica versão 2008/09. Após o Ruben Amorim, foi a vez do há muito anunciado Hassan Yebda, médio francês de 24 anos, ser apresentado como reforço.
Não posso tecer grandes considerações sobre ele, dado que pouco conheço do jogador. Sei que pode jogar em várias posições no meio campo, e assim poderá ser uma alternativa ao Maxi Pereira, ou até mesmo ao Katsouranis caso o grego acabe por sair (embora eu espere sinceramente que isto não aconteça). Acho curioso no entanto que no site da Liga Francesa a sua ficha o refira como avançado. Enfim, acima de tudo espero que seja bem sucedido com a nossa camisola (pelo menos bem mais do que o último francês que fomos buscar). Como se trata de uma contratação que conta com o aval quer do Rui Costa, quer do Quique, sempre me dá confiança no seu potencial valor.
UEFA abre procedimento disciplinar
Pois é, na sequência deste post surge esta notícia. Deixou de ser uma hipótese e passou a algo concreto. O nosso treinador disse que tinha dois objectivos: chegar à Liga dos Campeões e depois lutar pelo título. Se a justiça que não foi feita em Portugal for realizada pela Uefa (e não estou a ver como é que pode não ser, afinal eles não recorreram da sentença, assumindo-se como corruptos), podemos começar a pensar no segundo.
P.S. – Para aqueles que têm objecções em chegar à Liga dos Campeões por via administrativa, eu digo que prefiro isto (como consequência da reposição da justiça) do que ganhar campeonatos da maneira como têm sido ganhos por um determinado clube desde há 25 anos.
Diamantino encontrou-se com o Destino quando Eriksson, na sua primeira época de Benfica, em 82/83, fez dele totalista nos jogos do campeonato nacional. O seu Destino era ser campeão nacional e vencedor da Taça de Portugal. Foi-o.
Desencontrou-se com o Destino quando, nessa primeira época, esteve na equipa que não ganhou a final da Taça UEFA. Em 82/83, Diamantino era um jovem que, depois de ter feito o tirocínio no Setúbal, no Amora e no Boavista, começava a marcar um espaço e um tempo na História do Glorioso. Teve muitos outros encontros e desencontros com o Destino. Desencontrou-se com o Destino no dia 21 de Maio de 1988, no dia da lesão, a tal lesão no tal jogo com o Guimarães, em que o Adão teve uma daquelas entradas que, não acabando com a carreira do Diamantino, o privou de jogar a final da Taça dos Campeões Europeus… e nos privou de mais uma vitória nessa competição.
Encontrou-se com o Destino naquela final da Taça contra o Sporting em que meteu o Virgílio no bolso e marcou dois golões ao grande Damas. Foi Diamantino do mais alto quilate no cruzamento para a cabeça do Rui Águas, naquela meia-final contra o Steaua do Hagi. E como não lembrar aquela segunda parte de raiva e com ganas de provar algo a alguém contra a Sampdoria do Trevor Francis e do Souness. E nesse dia cumpriu o seu Destino, tal como em mais de nove anos, mais de trezentos jogos, oito dezenas de golos e uma dezena de títulos que ajudou a conquistar para maior glória do Glorioso.
No início da década de 90 reencontrou Eriksson e viu-se obrigado a seguir outro caminho. Regressa agora à sua (nossa) casa. O Diamantino vem para o seu (nosso) Clube para ajudar o seu (nosso) Benfica a cumprir o seu Destino: vencer!
Que sejas bem-vindo.
E ainda hoje, olhando para ele, dou comigo a gritar daqui: chuta para o outro lado, pá!
E pronto, acabou a novela sobre o novo treinador do Benfica. Quique Flores foi o escolhido, e já foi apresentado. Sobre o novo treinador, acho que o melhor será mesmo esperar para ver. Confesso que não é uma escolha que me deixe particularmente entusiasmado, já que outros nomes seriam mais do meu agrado. Não estou à espera que o futebol atractivo seja uma das imagens de marca do novo Benfica, mas a verdade é que neste momento estamos mais necessitados de resultados do que de futebol bonito. Mas quanto à nova equipa técnica, e a ser verdade, digo que me agradará muito ver regressar à Luz o Diamantino, um dos meus antigos ídolos como futebolista.
Agora podemos entrar em força na novela dos reforços. Passando os olhos pelos jornais de hoje, já dá para ver que um deles afirma que o novo treinador exige o Caneira e o Carlos Martins (na minha opinião o primeiro teria utilidade; o segundo seria um disparate), outro já dá como uma exigência do Quique o Albelda (o que para mim não tem pés nem cabeça), e outro ainda fala do francês Gouffran como possível reforço (e este sim, a ser verdade agradar-me-ia bastante). O que eu espero é que se faça um esforço para tentarmos integrar jogadores da formação no plantel principal. Se alguém tem prestado alguma atenção à qualificação para o Europeu de sub-19, onde estão cinco dos nossos jogadores, já deve ter reparado que a sua contribuição está a ser tudo menos discreta.
Na sequência deste post do Artur, o assunto não merece passar impune, pelo que o seguinte email foi enviado hoje ao Senhor Presidente da Assembleia da República (conforme sugestão de um deputado amigo meu).
Exmo Sr. Presidente da Assembleia da República,
Sou um cidadão português de 32 anos e venho por este meio fazer duas perguntas a V. Exa. acerca do jantar que se realizou no restaurante da Assembleia da República no passado dia 14 de Maio, em que participaram um conjunto de deputados e o Presidente do FC Porto.
1) Gostaria de saber quem é que pagou a conta do respectivo jantar. Presumindo que não foi o convidado, foram os deputados ou o erário público?
2) Independentemente de quem tenha liquidado a conta, gostaria de saber se V. Exa. tem o poder de permitir ou cancelar certos eventos nas instalações da A.R. Imaginemos, por absurdo, que o Sr. Alves dos Reis ainda era vivo e um conjunto de deputados o convidava para jantar na A.R. V. Exa. tinha poderes para não o permitir?
Na sua mensagem no site da A.R., diz V. Exa. que esta é “a Casa da Democracia Portuguesa”. Porventura, tem V. Exa. a percepção do sinal que este evento deu à população portuguesa? Alguns dos representantes “de todo o país” convidam para jantar em pleno órgão de soberania uma pessoa que está neste momento a responder em tribunal por tentativa de corrupção e que já foi condenada na justiça desportiva por este mesmo delito. E o clube que representa nem sequer recorreu da sentença, assumindo sem contestação a sua condição de corrupto. Para além disso, o que a sua defesa mais argumenta em tribunal é a ilegalidade das escutas telefónicas. Ninguém deve ser condenado antes de haver sentença, mas ainda não se ouviu ninguém desmentir o conteúdo e dizer que aquelas conversas nunca existiram.
Não está em causa a legitimidade dos deputados adeptos do referido clube convidarem o presidente desse mesmo clube para almoçar ou jantar, mas julgo eu haver mais restaurantes no país onde esse repasto pudesse ser realizado, sem ser em plena “Casa da Democracia Portuguesa”. Ou acaso estarei enganado?
Grato pela atenção e pelo tempo de V. Exa., e aguardando uma resposta sua, despeço-me atenciosamente.
Com os meus melhores cumprimentos,
S.L.B.
Desafio todos os cidadãos portugueses com algum pingo de decência a manifestarem publicamente a sua indignação, tal como foi feito com sucesso nesta situação. Podem fazê-lo através deste link.
Numa altura em que se aproxima vertiginosamente o anúncio do nome do treinador que se irá responsabilizar por colocar de novo o Benfica no lugar que merece é chegada a hora de dizer de minha justiça relativamente aos últimos acontecimentos que vão marcando a actualidade benfiquista.
Não vos irei maçar com a recordação do triste final de época que me foi dado a observar, bastas vezes na fila da frente, isto é, nos estádios onde as tragédias iam tendo lugar, quanto a isso tranquilizo-vos desde já. Mas terei obrigatoriamente de fazer um ponto prévio para justificar o porquê de as minhas expectativas para a época que aí vem, o novo ciclo que se está prestes a iniciar (ou será que já se iniciou?), serem, um pouco inesperadamente convenhamos, altamente elevadas.
Sou ridiculamente optimista quando se trata do Benfica, isso é inegável e aceito que mo atirem à cara na caixa de comentários que surgirá após o último parágrafo deste post. À partida para um jogo, por piores que sejam as perspectivas e por mais que me tente mentalizar que existe a hipótese de o Benfica não o vencer, é certo e sabido que assim que o árbitro apita para o início da partida sou acometido de uma cegueira momentânea que pode durar até 120 minutos.
Tenho convivido relativamente bem com este estigma mas o cenário altera-se radicalmente quando dou por mim a pensar com os meus botões que talvez esteja a ser um pouco ingénuo quando dou crédito a um presidente que já me desiludiu uma vez, numa situação análoga à que vivemos actualmente. Adiante. A verdade é que vamos entrar no último ano de mandato de Luis Filipe Vieira e será no seu final, e só então, que se irá julgar o seu trabalho e aferir, no caso de existir uma recandidatura, a viabilidade de lhe passar uma procuração para o próximo triénio.
Confesso que a promoção de Rui Costa a director desportivo é a razão maior para o meu optimismo. Cometerá erros em função da sua inexperiência no cargo e será falível como qualquer pessoa o é, mas existe a garantia de que além da imensa experiência granejada no competitivo futebol italiano, onde conviveu com os melhores juntando à faculdade de nunca ter tido necessidade de olhar para alguém de baixo para cima a, não menos importante, humildade cuja perda o faria olhar outrém de cima para baixo, também será virtualmente impossível de ver lançadas contra si teorias de se estar a usar da grandeza e prestígio do clube em proveito próprio. E isso, amigos, é um bónus fundamental quando juntamos o passado recente do nosso clube à idiossincrasia própria dos adeptos benfiquistas.
Posto isto, acredito que o técnico que aí vier, quer ele seja o Quique Flores ou Michael Laudrup ou mesmo outro que pertença à mesma estirpe, isto é, juntando à juventude a fome de vitórias e salpicando estas características com uma visão moderna do futebol, fará um contrato de médio prazo que o libertará do estigma inicial pelo qual passam os treinadores aos quais se exigem resultados imediatos. Não sou (tão) ingénuo ao ponto de pensar que os adeptos benfiquistas irão perdoar outro ano em branco mas quero crer que as não vitórias (como já disse anteriormente recuso-me a prever derrotas do Benfica) iniciais serão mais facilmente desculpáveis caso a direcção desportiva tenha um rumo traçado e perfeitamente apreendido pela massa adepta e se desvaneça de uma vez por todas a gestão ao sabor do vento por que se pautaram os últimos longos meses que eu conseguiria reduzir em poucas palavras chamando-lhe o período pós-José Veiga. Por muito que isso me custe a admitir e que desgoste a alguns que me leêm.
Acima de tudo e seja qual for o nome do técnico, será fundamental que a dupla Rui Costa/Treinador aja em perfeita autonomia, sem o dedo presidencial portanto, e com o rumo perfeitamente traçado de antemão, o que estas semanas de contactos e reuniões me fazem acreditar ser um ponto assente.
Para já não desejo entrar em pormenores relativamente às lacunas que penso ser urgente debelar ao nível do plantel a constituir para a próxima época, no entanto espero que se junte à necessária atenção ao mercado nacional, cuja liderança perdemos para o rival nortenho e cuja reconquista é fundamental para voltarmos a ser a força dominadora que já fomos, uma postura acutilante no mercado externo que permita chegar primeiro às trutas que de outro modo nos escaparão.
Se juntarmos às informações positivas que me chegam do modus-operandi do gabinete de prospecção do Benfica o conhecimento internacional de Rui Costa e do treinador que aí vem só podemos esperar a feitura de um plantel capaz de lutar até ao fim pela (re)conquista da nossa verdadeira posição, aquela que está na génese da nossa existência e que em suma fará com que nós, os optimistas, deixemos de ser olhados de um modo paternalista muito semelhante ao que em geral se reserva aos inaptos mentais que estão de tal modo desfasados daquilo que os rodeia que nem sabem cantar de trás para a frente o fabuloso "Ser Benfiquista" que neste momento toca, da frente para trás, na aparelhagem cá de casa.
Acho que hoje vou ter um sono tranquilo e bem agradável.
Nada me move contra a selecção nacional, antes pelo contrário… quando lá estão futebolistas do Benfica, até torço por eles. Nada me move contra Scolari, antes pelo contrário… quando faz convocatórias sem os conselhos do Jorge Mendes [link], até me esqueço que o labreca do Montijo tem cativo na baliza.
Mas isso de ter o Roberto Leal, no estágio da Selecção e ao lado do Scolari, a cantarolar “Uma casa portuguesa” é assim um pouco… foleiro, pá.
Se a moda pega, arriscamo-nos a ter a Lola Rosario Flores a abrilhantar a conferência de imprensa de apresentação do sobrinho primo. Ou talvez não.
Não é só no futebol que a nossa "cruzada" pela moralização de resultados desportivos parece estar no bom caminho.
Ciclismo - acontecimentos recentes (não tenho datas concretas, mas são acontecimentos das últimas 3 ou 4 semanas)
- Os ciclistas do Benfica anunciam o seu abandono da Associação Portuguesa de Cilcistas Profissionais, alegando que esta organização não está interessada no combate ao doping
- Morre Bruno Neves, ciclista da LA-MSS. Tinha 26 anos. As causas da morte não foram ainda esclarecidas.
- No GP Paredes-Rota dos Móveis, a LA-MSS domina em toda a linha e vence claramente na geral e por equipas
- A PJ apreende material dopante nas instalação da LA-MSS e em residências de ciclistas e responsáveis da equipa
Vocês leram isto?
Hum...cada vez mais me convenço que terá de ser um treinador tuga...alguma sugestão?
bola nossa
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Diário de um adepto benfiquista
Escolas Futebol “Geração Benfica"
bola dividida
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