Senti a necessidade de escrever um texto sobre o Rui, mas o texto fica para outro dia… Hoje, apetece-me vir à Tertúlia e recordar o post que mais me orgulhei de ter aqui visto:
Mais logo, estarei no nosso estádio a devolver o forte abraço e a agradecer-lhe por tudo.
Que venham muitos e que os muitos tragam outros tantos... e nunca seremos bastantes para agradecer a um dos nossos.
Claro que, e conforme se previa, o crime compensou. Foram décadas de intrujice castigadas com uma palmadinha nos dedos, que foi a perda de uns pontos que até já nem interessavam para nada. Embora, aparências oblige, seja necessário demonstrar uma certa indignação, chegando-se ao ridículo do maior semeador de ódios de que há memória neste país dar uma conferência de imprensa em que promete fazer frente 'aos que se movem apenas pelo ódio', a verdade é que o suspiro de alívio exalado da Torre das Antas, por ver chegar ao fim este caso de uma maneira tão suave, deve ter feito estremecer as folhas das amendoeiras algarvias. De tal forma que, obviamente, nem vale a pena recorrer.
Foi interessante ouvir o presidente do Conselho de Disciplina da Liga, Ricardo Costa, explicar alguns pormenores dos castigos aplicados. A julgar pelas suas palavras, não houve dúvidas sobre os actos ilícitos praticados pelo presidente do Porto, nomeadamente nos casos mais badalados (Jacinto Paixão e Augusto Duarte, que foram brindados com quatro e seis anos de suspensão). A etiqueta da corrupção, essa, já não a conseguem descolar. O problema é o tal 'nexo de causalidade'. É que de acordo com a actual moldura jurídica da Liga, sem este existir não se pode afirmar que houve, de facto, corrupção. Como este nexo já não faz parte da definição de coacção, o Boavista lixou-se também e levou com a descida. Caso este nexo não fizesse parte da definição de 'corrupção', Porto e Leiria seriam igualmente despromovidos (palavras do próprio Ricardo Costa).
Claro que o nexo de causalidade é praticamente impossível de provar, que foi o que se passou neste caso. Um 'perito' pode sempre analisar um determinado lance de uma forma completamente díspar da de outro 'perito'. Aliás, como vemos muitas vezes aos fins-de-semana, um mesmo 'perito' no simples intervalo de uma semana consegue alterar radicalmente a forma como analisa lances semelhantes. Ou seja, de acordo com a justiça da Liga, se um indivíduo for apanhado a subornar um árbitro, por mais descarado que seja, mesmo que seja gravado, filmado ou transmitido ao vivo na televisão, desde que no jogo seguinte, apitado por esse árbitro, uma comissão de 'peritos' idóneos não considere que o clube desse indivíduo foi escandalosamente beneficiado, então o castigo será sempre mais uma palmadinha nos dedos (mas com pouca força, que os dedos são necessários para contar bem as notas que se colocam nos envelopes). Parece uma espécie de sketch dos Monty Python: o corruptor (PC) foi considerado culpado e castigado; o corrompido (árbitro) foi considerado culpado e castigado; mas a conclusão final é a de que não houve, de facto, corrupção.
Bem diz a sabedoria popular que 'Cesteiro que faz um cesto, faz um cento'. Mas felizmente, para alguns, o senso comum ainda não faz parte da justiça da Liga.
Queria apenas dizer isto, hoje, a dois dias da retirada do grande Rui Costa.
Que Nuno Gomes deve acabar a sua carreira no Benfica é algo que para mim não tem discussão possível. E acho que não deveria ter para nenhum Benfiquista.
Aceitando o desafio do S.L.B. ontem lá fomos ver o jogo de andebol entre o nosso Benfica e o ABC. Ganhámos. Ainda não ganhámos o campeonato, mas estamos próximos, muito próximos. Já este ano lá tinha visto uma vitória contra o Sporting, mas ontem o pavilhão tinha outro colorido, outro calor. Sentia-se que aquela equipa, que há uns anos foi vilipendiada por um ex-presidente do Benfica, renascia das cinzas. Estamos a uma vitória de sermos campeões, estamos a uma vitória de colher o fruto do árduo trabalho das últimas épocas.
Olhava para o banco e via o Donner, o treinador. Para o próximo ano não vai lá estar. O Benfica, laconicamente, justificou a dispensa do treinador com as vagas “questões internas”. Questões de feitio, dizem-me.
Resta saber se os adeptos estarão dispostos a ter uma equipa pouco competitiva com um treinador de bom feitio ou se preferiam uma equipa vencedora com um treinador de mau feitio. Nós, comuns adeptos, sabemos quantos títulos de andebol o Benfica conquistou, mas não sabemos nada sobre as questões de feitio de quem os conquistou. Possivelmente porque não nos interessa.
Conversa entre um pai e um filho.
Filho: Conta-me como é que era ver jogar o Rui Costa ao vivo.
Pai: Era impressionante! Fazia tudo simultaneamente com uma simplicidade e uma classe que eram difíceis de igualar. As coisas mais óbvias, por exemplo um passe a desmarcar um lateral, saíam quase sempre bem. Não me lembro, por exemplo, de ver um lateral a travar a corrida para ter que recolher a bola.
Filho: E o regresso ao Benfica?
Pai: Infelizmente fizemos duas épocas muito más. Na 1ª poderíamos ter chegado à final da Taça Uefa, mas fomos eliminados pelo Espanyol nos quartos e no campeonato ficámos em 3º a dois pontos do 1º classificado. No entanto, na 2ª foi ainda pior: tivemos três treinadores e acabámos em 4º lugar não conseguindo sequer o apuramento para a Liga dos Campeões. Foram duas épocas sem nenhum título conquistado e foi inglório para o Rui Costa. Na 1ª época teve uma lesão que o afastou durante três meses e na 2ª foi de longe o melhor jogador da equipa.
Filho: E ele não acabou por ficar triste por regressar ao Benfica assim?
Pai: Ficou certamente frustrado por não ganhar mais nenhum título, mas disse publicamente que nada superava a felicidade de acabar a carreira no Benfica. E disse isso tendo consciência que, se tivesse ficado no Milan, para além de ter ganho muito mais dinheiro, teria sido outra vez campeão europeu.
Filho: Quando é que voltamos a ter outro Rui Costa?
Pai: Duvido muito que isso vá acontecer. Haverá sempre bons jogadores e de grande classe, mas juntar isto a uma humildade e a um benfiquismo como o dele, duvido que volte a acontecer. No penúltimo jogo dele, o Benfica fez provavelmente a pior exibição de sua história. Empatámos na Amadora, quando precisávamos de ganhar para chegar ao 3º lugar e à Liga dos Campeões, mas os jogadores entraram apáticos em campo e o seu empenho foi nulo. Mesmo o Rui Costa terá feito a pior exibição desde o seu regresso, mas a imagem da cara dele no fim do jogo dizia tudo. Estava ali a frustração completa que todos nós, adeptos, sentimos. E com uma pontinha de raiva, também.
Filho: E o último jogo dele, como foi?
Pai: O estádio não encheu e...
Filho: O ESTÁDIO NÃO ENCHEU?!
Pai: Não, como te tinha dito, a exibição da semana anterior na Amadora foi paupérrima e as pessoas afastaram-se da equipa.
Filho: Mas era o último jogo de último grande jogador que era mesmo do Benfica...?
Pai: Pois, mas mesmo assim as pessoas ficaram em casa.
Filho: Então as pessoas deixaram que uma má época na história gloriosa do clube condicionasse a sua presença naquele momento histórico da despedida do último grande “10” do Benfica?! Aquilo não era só mais um jogo e dali a uns anos aquela época seria esquecida, mas não a presença do Rui Costa na equipa e o facto de ter feito o último jogo oficial da carreira no seu estádio perante o seu público. Isto é que ficaria para a história. As pessoas não foram capaz de ver mais além?
Pai: Pois...
Filho: Deu Deus nozes a quem não tinha dentes! Quem me dera já ter sido nascido nessa altura. E tu, como é que foi ver esse jogo ao vivo?
Pai: Eu fui uma dessas pessoas...
1ª fase. Segui o rebanho e assumi que, a ser Rui Costa a escolher o treinador, este seria um italiano. Sonhei com a hipótese Lippi, pois este já fora sondado no final da época transacta…
2ª fase. Entrei em pânico quando me disseram que a hipótese Peseiro era uma forte possibilidade. Recuperei a serenidade quando me recordei de uma outra má informação que esta fonte me dera.
3ª fase. Enquanto os jornais insistiam no Queirós, desatei a brincar aos jornalistas, a cruzar fontes, a chatear pessoas e surgiu o nome do Eriksson. Confirmei com quem não me costuma falhar nestas coisas e o máximo que consegui foi uma grande esperança e uns bons augúrios para uma contratação que a mim, muito pessoalmente, me agradava. Partilhei esta informação com dois ou três tertulianos, confidenciei-lhes as minhas fontes e, uns dias depois, o jornal "A Bola" fez manchete com Eriksson.
4ª fase. Recebi uma SMS na manhã de segunda-feira que me indicava algum retrocesso na possibilidade Eriksson.
5ª fase. Nesse mesmo dia, de onde menos esperava e com uma história aparentemente sólida, sopram-me o nome de Scolari.
6ª fase. Investigo um pouco mais e… nada consigo de suficientemente sólido que me dissipe as dúvidas. Espero pela próxima semana.
Conclusão: o facto de jornalistas e afins estarem sem saber, com um grau de certeza razoável, quem será o próximo treinador é, para mim, um bom sinal.
Eu li a entrevista do presidente do clube de azul e branco, vulgo porcos, que este fds apanhou 3 do Nacional em casa, com dois golos de um jogador do Benfica.
Nessa entrevista, era dito que o Luis Filipe Vieira era ainda sócio do FCP e com as quotas em dia.
Agora a minha dúvida é a seguinte: é mentira? é verdade?
Se for mentira, acho escandaloso, como é que ainda não foi desmentida tal afirmação, vinda da boca do presidente dos porcos.
Se for verdade...bem, ai é bem mais grave. Mas será possível o Presidente do Benfica ser sócio do clube dos porcos, com as quotas em dia!?
É que sendo assim, ele, enquanto sócio do clube dos porcos, deve estar contente, porque o clube do qual é sócio é campeão.
Ele enquanto sócio do clube dos porcos, deve estar contente, com a má época de um dos seus rivais, o Benfica.
Enquanto sócio dos porcos, deve delirar com os jogadores que ano após ano entram no Benfica, alguns deles sem qualidade sequer para serem roupeiros.
Se calhar, ele enquanto sócio dos porcos, está lá para terminar aquilo que o Artur Jorge começou.
Foi buscar o curandeiro Rodolfo Moura, e mandou embora o melhor fisioterapeuta português o Antónip Gaspar.
Treinadores foi só buscar fracos (Koeman, F. Santos), treinadores acabados para o futebol (Toni), sem curriculo (Jesualdo Ferreira), que nunca tinham ganho nada nem provado nada (Camacho) e treinadores que pensava ele estarem acabados para o futebol (trappattoni). Neste ultimo ficou lixado, porque se enganou e fomos campeões....mas no ano a seguir tratou de lhe abrir a porta de saída.
A entrada do Veiga, pensou ele, era também para ver se tinha um aliado, mas o Veiga, queria era vingar-se do presidente dos porcos, e fez um bom trabalho. Mais uma vez, o nosso presidente, sócio dos porcos, tratou de o mandar embora, não fosse o Benfica ganhar outra vez, e o clube do qual é sócio, não ganhar nada.
Agora pergunto, faz sentido, ter a presidente do Benfica alguém que contribui com dinheiro pagando as quotas, para um clube rival, o dos porcos? Alguém que tem simpatia (dai ser sócio) para com o maior rival do clube a que preside?
Responda quem souber!
Mais uma oportunidade para recuperar um lugar de acesso à Champions League, e mais uma vez a desperdiçámos. E sinceramente, a julgar pelo que vi esta noite na Reboleira, chego a duvidar seriamente da motivação da nossa equipa para conquistar esse mesmo lugar, dada a qualidade do nosso futebol e a atitude demonstrada em vários períodos do jogo. O que eu sei é que me parece que tenho que deixar de ir ver o Benfica jogar fora, porque este ano ainda não consegui ver um jogo em que ganhássemos.
A recuperação do Petit e fim do castigo do Maxi, juntamente com a suspensão do Katsouranis, significaram infelizmente um regresso dos dois primeiros à titularidade no meio campo. Na frente o Nuno Gomes, pese as inenarráveis exibições dos últimos jogos, continua a ser recompensado com o seu lugar cativo no onze. E do lado esquerdo da defesa, a indisponibilidade física do Léo permitiu a estreia do Sepsi a titular no campeonato. Tudo isto resultou numa primeira parte indescritivelmente má do Benfica - e já agora, do Estrela também, porque todo o jogo foi mau demais. Mas não era o Estrela quem tinha a obrigação de jogar; o Benfica é que deveria ter interesse em lutar por um dos três primeiros lugares, só que praticamente não conseguiu criar uma jogada ofensiva com princípio, meio e fim. O único safanão na mediocridade foi dado pelo Cardozo, que inventou um remate fabuloso de primeira do meio da rua e que só parou na barra da baliza do Estrela. Muito, muito pouco para uma equipa a quem se exigia uma vitória. De resto, o que se viu foi um meio campo demasiado complicativo e com falta de ideias, e um ataque quase estático e apático. Se do Maxi e do Petit eu já não espero grande inspiração ofensiva, o mesmo já não posso dizer do Rui Costa e do Rodríguez. Este último pareceu sentir-se quase coxo por não ter um apoio ofensivo como o que é habitualmente proporcionado pelo Léo, já que o Sepsi mostrou-se muito tímido durante estes primeiros quarenta e cinco minutos, e raramente arriscava subir no terreno. Das poucas vezes que o fez, acabou por fazer centros disparatados.
Exigia-se que algo mudasse para a segunda parte, e entrou o Di María para o lugar do Nélson, indo o Maxi ocupar o posto de lateral - eu sinceramente, e dada a produção dele na primeira parte, achava que o Maxi é que deveria ter saído. À entrada do argentino seguiu-se a do Mantorras para o lugar do ausente Nuno Gomes, e estes dois jogadores tiveram o condão de, pelo menos, movimentar mais o nosso jogo, e permitirem abrir mais espaços na defesa adversária. O Benfica pareceu estar mais perto de conseguir marcar, e dispôs de duas oportunidades flagrantes: numa o Luisão, sobre a linha da pequena área e completamente à vontade, conseguiu rematar por cima; e na outra, após um remate do Mantorras defendido em dificuldade pelo guarda-redes adversário, o Edcarlos falhou escandalosamente a recarga, rematando contra o guarda-redes ainda no chão. A verdade é que foi do Benfica grande parte do domínio do jogo durante este segundo tempo, mas muito foi feito sem cabeça nenhuma, faltando maturidade e inteligência à nossa equipa para chegarmos ao golo. No final o público benfiquista (em larguíssima maioria na Amadora) mostrou o seu descontentamento, despedindo a equipa com uma enorme assobiadela.
Melhor no Benfica talvez o Luisão, pese a oportunidade falhada. Mas teve, sobretudo durante a má primeira parte que fizemos, vários cortes oportunos, e mostrou-se sempre seguro. Quanto aos piores, haveria muito por onde escolher. Mas menciono mais uma aparição indescritível do Nuno Gomes, na linha do que tem vindo a fazer nos últimos meses. Nada contribui no ataque, está quase sempre fora dos lances - porque fica na expectativa e reage tarde demais, em vez de tentar antecipá-los - tem medo de rematar e, aliás, parece ter medo de receber a bola. Custa-me ver um jogador num momento de forma destes continuar a ser atirado para dentro do campo, no onze titular do Benfica, quando para quem está de fora até chega a dar a impressão de que ele não quer estar ali. Outra desilusão esta noite foi o Rui Costa. É que desta vez nem sequer a clarividência e qualidade de passe, que são as qualidades que mais aprecio nele, lá estiveram. Teve opções erradas, falhou inúmeros passes, e por mais que uma vez se agarrou demasiado à bola, o que resultou invariavelmente na sua perda.
Agora só mesmo um grande golpe de sorte poderá dar-nos o acesso à Champions League na última jornada. Mas também, depois do que vi esta noite, apetece perguntar: E será que estes jogadores merecem sequer esse prémio?
Não sei se o famoso fundo vai ou não existir, mas o pouco que sei sobre esse fundo não me levanta reservas de grande monta. Se esse fundo de investimento viabilizar uma possibilidade efectiva de reforço do plantel, então sou favorável à sua criação. Acredito que - tendo Rui Costa a autonomia para poder escolher os reforços e sabendo que tem a competência e os meios financeiros - finalmente teremos condições para construir um plantel que seja o melhor dos últimos anos na prática e não apenas no discurso demagógico de Luís Filipe Vieira. Por outro lado, dificilmente a criação deste fundo virá a ter repercussões no futuro imediato do Glorioso, pelo que seria de uma tremenda inconsciência esperar pela criação do mesmo para trabalhar a planificação da próxima época. Enfim, de forma muito sucinta e com base na informação que tenho, considero que a criação de um fundo de investimento (desde que devidamente enquadrado numa boa política de aquisições e num organograma profissional e competente da estrutura do futebol) é uma boa notícia para os adeptos do nosso Clube.
Ainda assim, muitos são os que se levantam e levantarão contra a criação deste fundo. E é natural que assim seja: num clube com tantos milhões de adeptos é saudável que haja opiniões divergentes. Mas mesmo com todo o espírito democrático que, felizmente, existe na nossa cultura benfiquista, tenho dificuldade em perceber algumas opiniões mais radicais que tenho escutado. Lembram-me, com as devidas distâncias e salvaguardando o exagero óbvio, o título do livro de Albert Cossery: “Mendigos e Altivos”
bola nossa
-----
-----
Diário de um adepto benfiquista
Escolas Futebol “Geração Benfica"
bola dividida
-----
para além da bola
Churrascos e comentários são aqui
bola nostálgica
comunicação social
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.