Meu caro, eu compreendo perfeitamente o seu acto.
Vou tentar explicar-lhe de forma simples aquilo que psiquiatra amigo me explicou: segundo Freud, há uma coisa chamada Id (a fonte de impulsos que nos leva a querer despentear furiosamente o Pedro Proença e a enfiar um tubo largo de Rennies pelo esfíncter do Coroado); há uma outra coisa chamada Ego (que nos impede de emigrar sempre que vemos deputados a jantar com mafiosos ou que nos impede de desatar a rir às gargalhadas sempre que damos de caras com o Sá Pinto) e há uma outra chamada Super-ego que dá ordens ao Ego (é um pouco como a relação ente o Pinto da Costa e o Madaíl).
Ora bem, há alguns adeptos do nosso Benfica que, durante os 90 minutos de jogo, ficam com o dito Ego mais pequeno do que a honestidade do Pinto da Costa. Ora, este tipo de adeptos tem de arranjar umas quantas barreiras físicas que façam a intermediação que o Ego deixa de fazer. Por esta razão é que os vice-presidentes Rui Cunha e Sílvio Cervan ficam no camarote presidencial (piso 1), eu e quase toda a malta da Tertúlia temos cativo no piso 3, o nosso amigo fundador do blog Antitripa fica a mais de 200 quilómetros do Estádio e o S.L.B. fica no piso 0… mas na companhia do progenitor (que acaba, como já testemunhei, por substituir o tal Ego que insiste em se ausentar). Ou seja, meu caro consórcio, ou se candidata à presidência do nosso Clube e garante lugar no camarote presidencial ou muda para o piso 3 ou vai viver para uma cidade acima do Mondego.
No entanto, há sempre uma outra possibilidade: adere à claque oficial dos andrades, atira com cadeiras e tudo o que tem à mão para o relvado e para os vizinhos do andar debaixo e vai ver que não só não é importunado pela polícia como até tem escolta enquanto avia umas estações de serviço pelo caminho. Se aderir à claque da sucursal dos andrades em Lisboa, terá apenas direito a invadir o campo durante uns 20 ou 30 metros com uma barra enorme nas mãos. É menos, mas não apanha pancada da polícia nem vê a matilha a babar-se com um acto seu para pedir a interdição do nosso estádio.
Como vê, meu caro, as soluções são muitas, mas nenhuma passa por expor o nosso Clube de forma inglória e inábil como o senhor fez. Aceite as minhas sinceras saudações benfiquistas e aprenda com esta farândola a abordar bandeirinhas.
Peço desculpa por não haver crónica do jogo de ontem, mas estou em Mainz (Alemanha) e não me foi possível ver o jogo. Apenas posso dizer que, assim que soube o resultado, que o fóculporto tinha marcado de penálti logo aos dez minutos, e que o Benfica tinha acabado com dez, num jogo arbitrado por um conhecido adepto do fóculporto, não fiquei surpreendido. Não vou discutir a justiça ou não dos lances em questão, apenas acho curioso o quão 'corajosos' os árbitros se tornam sempre que visitam a Luz. É que eu tenho que fazer um esforço de memória enorme, e mesmo assim não me consigo recordar do último penálti de que beneficiámos em casa dos nossos principais rivais. Já o contrário, ou seja, quando penso nos penáltis de que eles beneficiam na Luz, são às mãos cheias.
Já tive a oportunidade de ver o lance do penálti. O Lucho é claramente agarrado. Apenas acho curioso que não mostrem qualquer repetição do lance onde seja possível ver a posição do Lucho no momento do passe. É que ele aparece claramente à frente da nossa defesa. Por acaso ontem durante a transmissão foi possível ver essas imagens, ou isto é apenas mais uma daquelas situações em que a SportTV é pródiga?
De qualquer forma, o que fica é o resultado. Empatámos em casa com um adversário directo, perdemos dois pontos, e já vão quatro em duas jornadas. Infelizmente começo a temer uma repetição do cenário típico das últimas épocas, em que um mau início de época acaba por condicionar o resto dela.
O meu comentário mais desenvolvido está aqui, mas gostaria só de chamar a atenção para o seguinte aspecto: fui só eu que reparei ou os jogadores que deram mais o litro, depois da expulsão do Katsouranis, foram o Luisão, Carlos Martins e Nuno Gomes, já para não falar do Quim no seu posto específico? Para mim, o Yebda foi o melhor em campo e também se fartou de lutar, mas não acho que tenha sido coincidência que aqueles quatro se tenham destacado. Três deles são os últimos campeões que sobram no plantel (com o Moreira e o Mantorras) e o outro é português. Digam o que disserem, neste tipo de jogos, as coisas batem de outra maneira a quem está habituado a eles. E a quem sente a mística do Benfica.
Não se está à espera que, quando as coisas apertam, sejam os Reyes e os Di Marías que, apesar de toda a indiscutível categoria técnica que têm, corram atrás dos adversários, pois não? Vão dizer-me que não é essa a sua função. É verdade, só que passa a ser quando a equipa está em inferioridade numérica. Isto é só para relembrar a todos aqueles que acham que os jogadores que têm mais de três anos de casa são para ir embora, porque já cá estão há muito tempo. Como o Nuno Gomes, cuja possível saída se tem falado desde a contratação do Suazo. Os frutos não nascem se as árvores não tiverem raízes.
Como qualquer chafarica que se preze, também por esta se faz o lançamento / antevisão / antecipação / previsão e prognosticação imparcial do jogo de hoje.
O nosso Glorioso Benfica entrará em campo com a responsabilidade supina de dignificar a gloriosa História de que tantos e tantos milhões se orgulham. A vontade destes milhões será representada na arte, no talento, na capacidade de sofrimento e na capacidade de superação de onze futebolistas que têm a honra de poder envergar o sagrado manto vermelho. O Benfica, em princípio, jogará em 4x4x2.
Estes onze defrontarão um sistema táctico assente no 4x3x3x3, sendo que, dos catorze andrades, um tem uma gaita nos beiços, dois seguram pauzinhos e um outro é uma conhecida meretriz uruguaia com um peinado ridículo.
A única forma de ultrapassar esta espécie de adversário é com uma vontade de vencer superior à dimensão dos tentáculos do polvo que hoje combateremos. Assim, o grito / a palavra de ordem no nosso balneário tem de ser “A por ellos!” ou, traduzido para a meia dúzia de portugueses que lá temos e recordando as imorredoiras palavras de Fernando Cabrita, “Vamo-nos a eles que nem tarzões!”
Cheguei ontem das minhas merecidas férias! Quentes! Caraíbas! Upa, upa... quentinho, quentinho!
E surpreendido fiquei quando vi o resultado do primeiro jogo do nosso Benfica! Um enorme balde de gelo! Gelo daquele bom! Do mais gelado que há. Um empate! Um empate com uns senhores que subiram de divisão! Ah, claro, se subiram é porque têm valor! E muito pelos vistos...
"Épá! Tivemos azar. Mandámos uma ao barrote e o Aimar falhou em cima do minuto 90!" Azar? Falhou? Uma ao barrote?
No mínimo é para rir... milhões e milhões e lá arrancámos um empate! E não me venham com as tretas de que "temos que dar tempo ao homem p'ra fazer a equipa" ah e tal "os jogadores não se conhecem", "sempre a criticar... temos é que puxar pela equipa"!
Desculpem-me mas já vi este filme na época passada. Ou será que a época de 2007/08 ainda não acabou?
Estou muito esperançado com a equipa que se formou, com o treinador que veio... mas, um empate? Não poder perder pontos com os andrades à segunda jornada? Obviamente jogamos sempre para ganhar! Mas convenhamos que empatar ou perder com um dos candidatos é tido como mais ou menos normal. Nada mais ou menos normal é empatar com o Rio Ave.
O Benfica deve ser o único clube do mundo que à segunda jornada já vai com a pressão de ter que ganhar porque senão... pode dizer adeus ao título!
Estranho, não?
Estranho é eu começar a época como acabei a última... com um grande novelo na garganta!
Para o bem de todos nós que sofremos, espero que a coisa comece a encarrilar! E que comece já amanhã, pois o golo da última época do cigano ainda me está atravessado na goela!
Nada estranho seria eu amanhã apagar este post e dizer só maravilhas do nosso Glorioso!
Eis a nova Pantera Negra do Benfica. Se nos ajudar a conquistar metade das conquistas da Pantera Negra original, já seria fantástico.
Opiniões?
Pedidos?
Alguém?
Já sabem, é só pedir de boca, com Rui Costa aka "The Negotiator" em acção nada é impossível.
Considero que em Portugal há apenas dois tipos de árbitro: os corruptos e os incompetentes.
O apitador Jorge Sousa, conhecido adepto dos andrades, vai fingir que é árbitro no próximo sábado quando recebermos o clube do corrupto na forma tentada. O apitador Jorge Sousa já no ano passado apitou um jogo nosso com os andrades. Se bem se lembram, o dito Sousa fora castigado (protegido nas palavras do chefe da cambada, o senhor Vítor Pereira) com dois jogos de suspensão (protecção nas palavras do capataz dos apitadores) por erros grosseiros. Jorge Sousa, aos poucos, tem correspondido ao que dele se esperava na sua ascensão à primeira categoria (há paradoxos incríveis na linguagem da arbitragem portuguesa): tem sido, sempre que necessário, uma ajuda preciosa para o clube regional.
Sem grande esforço de memória lembro-me desta criatura, que eu gostaria de pensar que é incompetente, nos ter eliminado da Taça de Portugal num jogo contra o Guimarães em que o golo deles foi marcado numa interessante jogada de andebol; depois lembro-me, num outro jogo com o Guimarães, de um penálti que só ele viu (nem a alimária das azias que agora anda a tosquiar parentes lá pela encostas serranas do Xistra o conseguiu ver) por falta do Luisão sobre um vimaranense. Na época passada fomos vítimas daquilo que eu gostaria de acreditar ser incompetência grosseira do referido, por exemplo, nos jogos com o Leixões e com o Setúbal.
Eu bem gostaria e acreditar que aquilo é apenas incompetência…
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É nestes momentos que convém recordar este post. Percebem agora ou é preciso fazer um desenho?
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imagem retirada da Xafarica.
Mais uma época, e mais um início de campeonato com o pé esquerdo, para não variar. E nem sequer vou dizer que estou particularmente surpreendido, porque regra geral estou sempre à espera de uma coisa destas. Já estou farto de ver qualquer equipazita atirar onze troncos para dentro do campo, a chutarem bolas para onde estão virados, e a comerem a relva com o único objectivo de sacarem um empate que aparentemente valerá muitas vezes o seu peso em ouro, e depois os nossos jogadores, cujos ordenados de um mês pagariam o orçamento da época inteira dos referidos troncos, não serem capazes de ultrapassar este obstáculo.
É evidente que há melhorias. O Benfica ontem, do primeiro ao último minuto, procurou sempre jogar futebol. Nunca pareceu ser uma equipa perdida em campo, mostrou sempre ter um rumo definido, e nunca optou pelo irritante chutão dos defesas centrais directamente para a frente, táctica a que nos habituámos nos últimos anos. Houve sempre a preocupação de jogar pelos flancos, procurar a linha e centrar (mesmo que depois 90% dos centros fossem feitos para cima do guarda-redes adversário). Mas caramba, isso serve-me de pouco consolo. O Benfica precisa é de ganhar, nem que seja com o chutão para a frente.
Nunca pensei vir a dizer isto, mas fiquei lixado com a saída do Carlos Martins a meio da primeira parte (se ele continua com o velho hábito de se lesionar semana sim, semana não estamos tramados). Até porque a dupla Bastos/Yebda no centro não é propriamente prendada no capítulo do passe - têm outros méritos, mas a distribuição de jogo definitivamente não é um deles. O Aimar continua a não me convencer naquela posição de segundo avançado, porque pura e simplesmente desaparece do campo. Eu não vi o início do jogo, e durante a primeira parte cheguei a pensar se o Aimar estaria a jogar ou não, porque não o via intervir em qualquer jogada. Quando, na segunda parte, ele se foi encostar ao lado esquerdo passou a estar muito mais em jogo.
Com 0-0 ao intervalo, sendo que as maiores ameaças que conseguimos fazer foram na sequência de bolas paradas (uma cabeçada à trave do Yebda foi o mais próximo que estivemos de marcar), fiquei à espera do típico golpe de teatro, em que invariavelmente a equipa que quer empatar consegue colocar-se em vantagem. Num lance muito consentido por nós, isso aconteceu mesmo, tendo o adversário saltado quase à vontade na sequência de um canto, o Quim não conseguiu segurar a bola, e apesar desta ter ficado numa zona em que estavam três jogadores do Benfica, foi um jogador do Rio Ave quem conseguiu chegar primeiro e marcar. Os males só não foram maiores porque praticamente na jogada seguinte empatámos. Na sequência de mais um centro feito para cima do guarda-redes, este conseguiu afastar a bola direitinha para a cabeça do Nuno Gomes ao segundo poste, que empurrou para golo. A este golo seguiu-se aquele que terá sido o melhor período do Benfica no jogo, mas sempre sem arte nem engenho para chegramos ao segundo golo.
Numa apreciação global, fiquei desiludido com a nossa estreia no campeonato. Era importante termos começado com uma vitória, e um empate contra uma equipa recém-promovida não é um bom cartão de apresentação. Gostei das exibições do Luisão e do Léo, mas parece-me que o problema maior está no ataque, já que revelamos sempre dificuldades em marcar golos. Os últimos passes ou toques saem mal, e há alguns posicionamentos que continuam a não me agradar: o já referido do Aimar como segundo avançado, e também o do Amorim como médio direito; pareceu-me que com a entrada do Balboa para aquele lado fomos capazes de criar muito mais perigo de uma forma consistente sempre que atacávamos por ali. Talvez com as previsíveis entradas do Reyes e do Di María na equipa isto possa sofrer alterações.
A coisa recomeçou hoje. A coisa recomeçou, em termos substantivos, como começara na época passada: com um ridículo empate na casa de uma equipa acabada de subir à primeira divisão.
O jogo acaba e um gajo fica a olhar para aquilo sem saber o que pensar. Sim, é o primeiro jogo e tal e coisa, ainda falta muito campeonato, não podemos desistir já, há que acreditar, há que dar tempo ao tempo… tudo isso é a realidade. Tudo isso é a realidade que me sinto obrigado a sentir. E em tudo isso me obrigo a acreditar… porque é verdade.
Mas também é verdade que hoje, assim que o jogo acabou, a única coisa que me passou pela cabeça foi comparar a folha de vencimentos dos profissionais do nosso Benfica com a dos profissionais do Rio Ave e esfregar esta última nas ventas dos nossos. Com toda a carga de possível injustiça que esteja presente nestas palavras aqui fica o desabafo sobre mais um coxo começo de campeonato e a certeza de que no próximo fim-de-semana lá estarei, na nossa casa, a apoiar o nosso Benfica.
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