VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Quarta-feira, 31 de Dezembro de 2008

Que seja um bom 2009

Para todos os leitores da Tertúlia Benfiquista os votos de um glorioso 2009. Que os corruptos sejam presos e que sejamos campeões!

publicado por Anátema Device às 20:02
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A propósito do que um croniqueiro escreveu ontem.

E eis que, para finalizar o ano, «leio num asno»1 que a maior fraude a que o dito assistiu nas últimas décadas foi o mais recente campeonato ganho pelo Benfica. O referido que proferiu tal pilhéria chama-se Miguel Sousa Tavares.

 

Quando me atiraram com uma cópia da sua crónica para o e-mail, temi o pior. Mas o pior não aconteceu, pois MST continua a ser aquilo que sempre foi. A opinião que dele tenho enferma de parcialidade e falta de objectividade. Possivelmente está errada. Tenho-o como uma versão masculina da Margarida Rebelo Pinto da ligeirinha literatura de entretenimento. Uma espécie de José Castelo Branco da intelectualidade lusa. Daqueles que passam a vida a debitar banalidades presunçosas entre croquetes. Espécime interessante para a coquetterie… mas banal e de reduzida utilidade. Um daqueles herdeiros que puxa o lustre ao nome herdado para esconder o que não herdou do talento dos progenitores.

 

Supõe-se que exista ali o espírito crítico e a coragem que não abunda num roncolho. Mas vai-se a ver e fica-se entre um Robin dos Bosques da luta pela cigarrada a acompanhar a bica com cheirinho e o tom moralizador de um Grilo Falante que se recusa a ver o nariz de Pinóquio que lhe vai crescendo. Além disso é muito propenso à birra, à birrinha e ao esperneio… o que deixa de ter graça num homem daquele tamanho.

 

Grita-se constantemente independente apontando para o seu peito e chamando a atenção para as virtudes que ele insiste em reconhecer no espelho. E muito se enfada quando os que o rodeiam se enfadam com os espectáculos de onanismo com que nos vai brindando nas suas croniquetas.

 

Reconheço alguma piadola à sua verve zaragateira, mas até esta enferma de uma zaranza reles. Sobre zaragateiros, escreveu Camilo José Cela (excelente escritor, Prémio Nobel da Literatura que foi injustamente acusado de plágio) que um «cornudo zaragateiro é um cornudo desprezível com traços de cachondo e de palhaço. A sua simples presença costuma levantar a moral aos mais fracos. É espécie que utiliza o cateter para fins desonestos.» 2

 

Sinceramente não revejo MST nesta descrição de Camilo José Cela, pois nem os chifres nem o cateter são para aqui chamados. Mas só compreendo o desconchavo do que MST escreveu no jornal 'A Bola' como uma palhaçada para levantar a moral aos mais fracos.

_____

 

1- a expressão não é minha, pertence a Jorge de Sena e à obra “Reino da Estupidez II”

2- entrada 355 da obra “Rol de Cornudos” de Camilo José Cela.

publicado por Pedro F. Ferreira às 14:38
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Terça-feira, 30 de Dezembro de 2008

As minhas 12 passas para o ano novo!!

Fim do ano, 12 passas. Este ano as minhas passas vão para:

 

1º ....o Pedro Henriques para ver se ele abria os olhos.

2º ....o Vitor Pereira para ver se ele tapava os ouvidos e deixava de se deixar influênciar.

3º ....o Pinto da Costa, apenas porque sim e porque me sabia bem.

4º.....o Jorge Coroado por todo o mal que ele fez e faz ao futebol nacional.

5º.....o Rui Santos para ver se ele aprendia a vestir-se melhor,a pentear-se melhor, a falar melhor, etc e etc melhor.

6º......o Miguel Sousa Tavares para ver se ele deixava de cuspir veneno.

7º......os abutres que por ai pairam para os mandar daqui para fora.

8º......o Olgário Benquerença para o acordar para a vida

9º......os senhores da UEFA que decidiram perdoar os corruptos, para que as linhas se endireitem.

10º....os jornalecos e seus escribas por toda a falta de coragem e de honestidade intelectual patente diariamente nas suas publicações para que se façam Homens.

11º....para o Cebola para aprender o valor da palavra

12º.....para todos os anti-benfiquistas para que ganhem vergonha na cara

 

 

Bom ano!!

publicado por LMB às 16:00
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Segunda-feira, 29 de Dezembro de 2008

2008: do “best of” ao “bosta of” (1)

No final do ano pede-se um balanço. Ser benfiquista, ser Benfica é, per si, garantia de balanço positivo. Depois, ficam as emoções. E é destas que aqui fica o registo em tom pessoal e intransmissível.

 

Guardo a mágoa de ter visto Camacho sair sem ter levado a equipa até ao final da época… esperava mais.

Guardo a mágoa de ter visto como Chalana sofria por não conseguir pôr a equipa a jogar o que ele sonhava para o seu Benfica. Guardo a dor de ter visto aquele meio-campo desmoronar-se no jogo da meia-final da Taça contra o sportém… e ver como se pode perder um jogo porque não houve a sagacidade de perceber que havia quem já não conseguisse correr.

Guardo a mágoa de ter estado numa assembleia-geral em que benfiquistas foram ameaçado por um grupelho de putos mal educados e com nome. Vi, nessa noite, a subversão de todos os valores do benfiquismo.

Guardo a mágoa de continuar a ver que os tentáculos do polvo se mantêm impune e desavergonhadamente a subverter a verdade desportiva, tal como o têm feito nas últimas três décadas.

 

Guardo a alegria de ter visto os atletas do Benfica Nélson Évora e Vanessa Fernandes a subir ao Olimpo.

Guardo a emoção sentida no jogo de despedida do enorme Rui Costa, do nosso Rui. É a mágoa da partida e a alegria da chegada do nosso Rui ao cargo de director desportivo. É, também, a esperança de um dia o poder ver como presidente do Clube.

Guardo o abraço sentido e sofrido que dei ao Sérgio, no pavilhão, no final do jogo que nos deu o título de campeões de andebol frente ao ABC.

Guardo a alegria sentida com a conquista de mais um campeonato de futsal.

Guardo a emoção sentida com a oportunidade de poder participar numa realidade chamada Benfica TV.

Guardo o orgulho que sinto quando vejo no nosso Benfica o capitão de equipa, Nuno Gomes, como exemplo do que é viver/sentir o benfiquismo.

Guardo as esperanças que a actual orientação desportiva e financeira do Benfica me dão para o futuro.

_____

Depois vêm as imagens do ano, a “bosta of” do ano.

Começo pela figurinha do ano: a figura que Pinto da Costa fez, em directo nas televisões, quando garantiu que não iria recorrer do facto de ter sido considerado um corrupto na forma tentada. Recordo particularmente a figura que fez, em desespero, garantido que a justiça Divina seria a única em que ele confiaria. Foi um momento digno da figurinha em causa.

 

Outra figura digna do “bosta of” do ano estava reservada para o final de Dezembro: a figura ridícula que o árbitro(?) Pedro Henriques fez ao tentar justificar o roubo descarado e despudorado que perpetrou em pleno Estádio da Luz, no jogo contra o Nacional da Madeira. O dito fez um figurão ao, convictamente, assumir a sua incompetência demonstrando não conhecer as regras do jogo que arbitra. De facto, comprova-se que, para a arbitragem portuguesa, as regras do “jogo” são outras.

_____

 

No final resta a honra de ser benfiquista e a certeza de que percorremos o caminho certo, mas corremos contra quem, com batota, nas margens, em surdina e de forma cobarde, nos quer impedir de vencer a corrida.

 

Há, ainda, uma outra certeza: em 2008 não matei a sede, limitei-me a enganar a sede.

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[Apostila: fica o desafio para que os outros escribas do blogue partilhem o seu balanço de 2008 entre o “best of” e o “bosta of”.]

publicado por Pedro F. Ferreira às 20:39
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Sábado, 27 de Dezembro de 2008

Para atacar o ano novo

O Benfica tem um bom treinador, óptimos jogadores, o Rui Costa como director desportivo e vai na frente do campeonato. Isto não se via há alguns anos. Para atacar este novo que vem aí, só é preciso explodir. Só é preciso encher o campo com mais intensidade, mais espectáculo, mais golos, mais pontos de exclamação! O Benfica está em primeiro sem ter feito grande coisa até esta altura e isso prova, embora de uma forma pouco afirmativa, a sua qualidade em relação às outras equipas.  O que se pede é que o Carlos Martins volte em cheio e ponha a bola a circular do meio-campo para a frente,  que o flanco direito provoque menos bocejos e mais arrepios  e que as estrelas da companhia joguem ao seu melhor nível: o Aimar, o Di María, o Suazo e o Reyes. Para atacar o novo ano, saibamos ser campeões - e seremos campeões.

publicado por Simão às 22:41
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Há coisas que nunca mudam.

Tal como o brasão de uma família representa a sua identidade, o emblema de um clube há-de traduzir a sua essência, marcando a sua diferença relativamente aos demais. Uma mente iluminada, há mais de 100 anos, antevendo a grandiosidade futura do Benfica, elegeu a águia como um dos elementos do emblema do Grupo Sport Lisboa, mantendo-se aquela no emblema do Sport Lisboa e Benfica. Desde então a águia tem simbolizado o âmago do benfiquismo, ou seja, a nossa essência, aquilo com que nos identificamos, e por isso mesmo afirmei há uns meses, perante uma audiência de cristãos, que um verdadeiro cristão não poderia ser senão do Benfica, acrescentando inclusivamente que existem umas incompatibilidades curiosas entre ser-se adepto de alguns clubes e cristão ao mesmo tempo.

 

Para melhor se perceber o fundamento da minha afirmação, transcrevo o que sobre a águia é escrito no Dicionário dos Símbolos de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant.
Águia – Rainha das aves, encarnação, substituto ou mensageiro da mais alta divindade uraniana e do fogo celeste, o sol, que só ela ousa fixar sem queimar os olhos. Símbolo tão importante que não há narrativa ou imagem, histórica ou mítica, tanto na nossa civilização como em todas as outras, em que a águia não acompanhe, ou mesmo represente, os maiores deuses e os maiores heróis: é o atributo de Zeus (Júpiter) e de Cristo, o emblema imperial de César e de Napoleão, e, tanto na pradaria americana como na Sibéria, no Japão, na China ou em África, xamãs, sacerdotes e adivinhos, bem como reis e chefes guerreiros tomam os seus atributos para partilharem dos seus poderes. […] A águia coroa o simbolismo geral das aves, que é o dos estados espirituais superiores e, portanto, dos anjos, como a tradição bíblica o testemunha frequentemente: “Os quatro tinham uma face de águia. As suas asas estendiam-se para o alto; cada um tinha duas asas que se tocavam e duas asas que lhe cobriam o corpo; e seguiam para onde o espírito os levava” (Ezequiel, 1, 10). Estas imagens são uma expressão da transcendência: nada se parece com ela, mesmo multiplicando os atributos mais nobres da águia. […] A águia fixando o Sol é também o símbolo da percepção directa da luz intelectiva. […] Símbolo da contemplação, por isso se faz a atribuição da águia a S. João e ao seu Evangelho. Identificada com Cristo nalgumas obras de arte da Idade Média, exprime ao mesmo tempo a sua ascensão e a sua realeza. […] Os Salmos, por último, fazem dela um símbolo de regeneração espiritual […].
Deixando agora de lado a universalidade do símbolo, é-me difícil perceber, de acordo com a tradição bíblica, como é que um cristão não se revê na águia e não a defende apaixonadamente. Sendo a águia a encarnação do pulsar benfiquista, como é que há cristãos não benfiquistas? Repare-se, a este propósito, na seguinte passagem do Apocalipse:
Quando o Dragão se viu precipitado na terra, lançou-se na perseguição da Mulher que tinha dado à luz um Menino. Mas à Mulher foram dadas as duas asas da águia real, a fim de voar para o seu refúgio, no deserto, onde ia ser alimentada durante três anos e meio, longe da Serpente. Então, a Serpente, na perseguição da Mulher, lançou da sua boca um rio de água, a fim de a arrastar na corrente.Mas a terra veio em socorro da Mulher: abrindo a sua boca, a terra engoliu o rio que o Dragão tinha lançado atrás da Mulher.E, furioso contra a Mulher, o Dragão foi fazer guerra contra o resto da sua descendência, isto é, os que observam os mandamentos de Deus e guardam o testemunho de Jesus.Depois colocou-se na areia da praia.[…] Vi, depois, um anjo que descia do céu. Trazia na mão a chave do Abismo e uma grande corrente. Agarrou o Dragão, a Serpente antiga, que também se chama Diabo ou Satanás […].
Já que se falou de dragões aqui, repara-se, a partir do texto anterior, no paradoxo que é ser-se cristão e adepto de um clube cuja identidade seja representada por um dragão – é que o dragão representa, biblicamente, o mal. Mas vejamos também o que diz o Dicionário dos Símbolos sobre os dragões:
O dragão aparece-nos sobretudo como um guardião severo ou como um símbolo do mal e das tendências demoníacas. […] O dragão como símbolo demoníaco identifica-se com a serpente: […] as cabeças de dragões quebradas e as serpentes destruídas são a vitória de Cristo sobre o mal. Além das imagens bem conhecidas de São Miguel ou de São Jorge, o próprio Cristo é por vezes representado calcando aos pés um dragão. […] Os dragões representam também o exército de Lúcifer, oposto ao exército dos anjos de Deus. […] São Jorge ou São Miguel e o dragão, que os artistas representaram muitas vezes a combater, ilustram a luta perpétua do mal contra o bem. Sob as mais diversas formas, esta obsessão reaparece em todas as culturas e em todas as religiões […].
Posto isto, eu apenas posso sentir-me reconfortado por a minha casa ser a da Luz (que representa o bem, a inteligência, o conhecimento) e estranhar a existência de cristãos que dizem que a sua casa é a do Dragão. Existissem ainda as ordens militares da Idade Média e veríamos como tudo estaria reduzido a pó, mas a injustiça domina, os tentáculos do mal chegam muito longe e às vezes há dragões com crista que nos aborrecem com a sua presença na Luz.
Bom, naquele auditório a que fiz referência anteriormente, havia umas duas ou três vozes que perguntavam avidamente como é que era com o leão. E eu li-lhes uma passagem do Dicionário dos Símbolos que me pareceu significativa: “o leão, animal puramente emblemático, tem profundas afinidades com o dragão, com o qual chega a identificar-se”. Ficaram envergonhados, que é um estado frequente nesta gente que se identifica com o leão, e eu tive pena deles, como costumo ter, e li-lhes uma passagem do mesmo livro que os deixou aliviados: “[o leão] pode ser tão admirável como insuportável”. Há pouco falei de casas, mas não posso falar do Alvalade porque, de tão insignificante, não existem referências bíblicas nem simbólicas a essa casa.
Antes de terminar, queria fazer um reparo a este gente que se identifica com os leões. Quando foram à Luz admirar o voo da águia, exibiram uma tarja que perguntava ironicamente “Viemos ao circo?”. Gentinha ignorante, os animais do circo são os leões e os elefantes, não as águias, ou já ouviram alguém dizer “vamos ao circo ver as águias”? Às vezes, num desvario cujos contornos não chego bem a perceber, esta gente diz que qualquer dia também solta leões em Alvalade para comerem os benfiquistas. Reparem que até neste breve rasgo de agressividade conseguem revelar a relatividade do seu valor: soltam os leões para se alimentarem de nós, porque somos nós que efectivamente os sustentamos – como sabem, não há adeptos do sportem, há é adeptos anti-Benfica, que, sem o Benfica, perdem o sentido da existência. Bom, soltem lá os leões, só espero que não lhes aconteça o mesmo que aconteceu aos outros que se esqueceram do dragão a cuspir fogo dentro do autocarro.
Reli aquilo que acabo de escrever e fico impressionado com a actualidade da Bíblia, ainda que na altura não houvesse viagens ao Brasil (apesar de já haver fruta).
publicado por p às 18:53
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Quarta-feira, 24 de Dezembro de 2008

Um feliz Natal.

Numa época de renovação da Fé e em que nos devemos obrigar a olhar para o que verdadeiramente é essencial, saibamos viver a Luz que o Verbo encarnado (e quero crer que também encarnado) nos veio mostrar.

 

Votos de um feliz Natal para todos os benfiquistas e demais leitores.

publicado por Pedro F. Ferreira às 13:51
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História do Cerco da Luz - Resistir aos larápios

 

Nota prévia: este post contém asneiras como ‘árbitro’ e ‘Pedro Henriques’. Peço desde já desculpa e asseguro-vos que já lavei a língua com sabão.
 
Ontem, no Estádio da Luz, virou-se mais uma página negra deste livro pornográfico que é o futebol português. No nosso Estádio, em nossa casa, um gatuno roubou-nos (e é de roubo – descarado e revoltante – que se trata) 2 pontos, que poderão ser decisivos (serão certamente) no final do campeonato. Como serão também decisivos os outros 2 pontos que nos foram roubados por outro capanga por ocasião da visita da filial de Setúbal do Clube Regional.
Ontem o Benfica marcou um golo. Ou seja, fez o suficiente para ganhar o jogo. Uma coisa chamada Pedro Henriques resolveu inventar uma regra nova, que consiste num singelo ‘se for do Benfica não é golo’. Estamos, portanto, no domínio da anarquia, em que de repente cada um actua sem a menor observância às regras instituídas e vai inventando umas novas à medida que lhe apetece. Se assim é, façamo-lo a sério, e borrifemo-nos para as regras e leis que desaconselham o uso de barras de ferro como massajadores na carranca de árbitros.
Pode argumentar, quem o queira e para lá se sentir inclinado, que nos pusemos a jeito porque durante o resto do jogo andámos a ver o comboio passar sem pressionar a equipa adversária ou verdadeiramente cair em cima deles. É verdade. É um facto. Tivéssemos feito o que devíamos e não nos teríamos de sujeitar a este tipo de coisa. Não é desculpável a sobranceria com que encaramos alguns jogos, a passividade com que deixamos jogar as equipas adversárias e a pressão que não fazemos.  Mas isso não invalida – não pode invalidar - e não apaga – não pode apagar – o facto de termos sido roubados de 2 pontos por um larápio chamado Pedro Henriques que, não satisfeito em brincar com os sonhos e expectativas dos adeptos do Maior Clube do Mundo em sua própria casa, ainda estica a sua desfaçatez aos limites da repugnância e expulsa o capitão do Benfica já após o jogo ter terminado por razões que nem o Marcelo Rebelo Sousa sabe (e ele sabe tudo).
Igualmente revoltante é o facto da criatura defender, nos dias seguintes, a obscenidade que fez. Mas percebe-se. A um homem pede-se que, errando e perante a extrema evidência do facto, tenha a dignidade de o assumir. É pedir demais, no caso em questão, porque não se trata de um homem mas de mais um canídeo bem treinado que prefere continuar a acenar a cauda de cada vez que o dono manda a emancipar-se e ganhar alguma dignidade.
Já estamos habituados a ver - é um costume que me revolve as tripas – alguns árbitros virem a público pedir desculpa a um clube. Tipicamente, esse clube é o Sportem e, em boa verdade, as desculpas nem costumam ser devidas, mas o seu (dos árbitros) indisfarçável fervor clubístico leva a que clamem apaixonadamente por perdão quando os donos os chamam à atenção (mesmo que, inadvertidamente, tenham tomado a decisão correcta dentro das quatro linhas). É nojento e imoral, mas o que passa por imprensa desportiva neste país não tece considerações sobre o assunto, até porque – convenhamos – a maior parte deles partilha o fervor exactamente pelo mesmo clube.
O facto deste traste não vir a público retratar-se – depois de uma decisão tão bizarra que nem um único dos pasquins desportivos a conseguiu defender - só pode significar uma de duas coisas. Ou é um faccioso repugnante a quem o ódio ao Benfica turva a visão e impede que veja as coisas como elas são, preferindo continuar a soldo dos donos; ou é um incompetente flamejante que afinal não percebe as regras do jogo – o que é inexplicável, atendendo ao tempo que anda nisto. Aplique-se a hipótese que se aplicar, esta criatura não tem lugar no futebol.
O problema essencial de tudo isto é que ao Benfica não lhe é permitido (por aqueles senhores vestidos de preto, como os bois) jogar mal e ganhar. Que é, sabe-se, um dos atributos que contribui de forma decisiva para uma equipa ser campeã. Todas as equipas passam por altos e baixos exibicionais ao longo da época. Uma equipa, para ser regular (e a mais regular é normalmente campeã), necessita de ultrapassar essas fases de menor qualidade com pontos ganhos. O clube regional (e a filial do Alvalixo, que beneficia da colorida amizade institucional criada pelos interesses comuns – o ódio ao Benfica) sabe-o bem. Quando as coisas correm mal e a equipa joga o mesmo que um clube da distrital, dê por onde der há lá sempre maneira de garantir que, ou o jogo se ganha ou o principal adversário não ganha o jogo dele. E isto dá tranquilidade (percebem de onde vem a palavra?) para se trabalhar de forma menos sôfrega. E dá capacidade de resistência, e dá confiança acrescida para rapidamente se voltar a níveis exibicionais de maior qualidade.
Nós, por outro lado, sabemos que a premissa é a diametralmente oposta. Não basta jogar melhor e marcar mais golos que o adversário. Temos que jogar o dobro, o triplo, o quádruplo e garantir que marcamos golos suficientes para nos anularem uns quantos e ainda assim conseguirmos ganhar o jogo. É com estas armas desiguais que nos fazemos à luta, ano após ano.
É justo? Não. É revoltante? É. Faz-nos ser duros? Faz. O que não nos mata torna-nos mais fortes.
Por isso, venham eles. Venham os Pedros Henriques, os Carlos Xistras, os Olegários, os Lucílios, os Vítores Pereiras; mandem-nos os sumaríssimos, anulem-nos golos, tirem-nos foras de jogos inexistentes, expulsem-nos jogadores sem razão, cubram-nos de cartões amarelos, roubem-nos penalties atrás de penalties, assinalem-nos faltas à frente da nossa grande área em catadupa no final dos jogos, cortem-nos o fio de jogo com faltas inexistentes, não assinalem agressões sobre os nossos jogadores, inventem regras novas (dêem a lei da vantagem mas se for golo nosso voltem atrás; anulem golos limpos por mãos inexistentes de jogadores nossos que estão de costas, e depois de penalties não assinalados), sejam coniventes com o anti-jogo dos nossos adversários, provoquem os nossos jogadores, trocem de nós e da nossa massa associativa; aticem-nos capangas, façam de conta que não houve Apito Dourado, fabriquem histórias nos pasquins, inventem problemas no nosso balneário, persigam os nossos adeptos e os nossos dirigentes.
Venham com tudo, ponham toda a carne no assador, venham todos e ao mesmo tempo se quiserem.
Cá vos esperamos. Somos do BENFICA. Desistir não é uma opção.
 
p.s. Este não era o post que queria ter escrito antes do Natal, e por isso ainda tenho mais desprezo por essa criatura que dá pelo nome de Pedro Henriques. Só gostava que este inútil, sendo militar, fosse pára-quedista, para falhar um salto e aterrar de pernas abertas em cima de um poste de electricidade até lhe saírem faíscas pelos dentes.

 

publicado por Carlos Miguel Silva (Gwaihir) às 01:57
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Terça-feira, 23 de Dezembro de 2008

Sistema de túneis.

Sistema: nome masculino que, também, significa um conjunto de partes dependentes umas das outras.

Túnel: nome masculino que, também, significa passagem subterrânea usada como via de comunicação; galeria subterrânea.

_____

 

Recentemente muito se tem falado de túneis. A história do futebol português está recheada de acontecimentos em túneis. A famosa história da camisola rasgada ao Rui Jorge pelo Mourinho, quando este treinava o FC Porto; a história da lambada enfiada pelo Sá Pinto no fim de um jogo contra o Boavista e que levou o árbitro Lucílio Baptista a exclamar “que grande bofetada!”, desconhecendo-se, no entanto, os motivos que provocaram a amnésia do nosso amigo Lucílio uns dias depois; as infindáveis histórias dos assessores de imprensa e outros descendentes do guarda Abel no túnel das Antas e no sucedâneo Dragão…

 

No entanto, podemos estar descansados, pois há uns senhores delegados da Liga que têm, também, a função de fiscalizar e relatar todos os abusos ocorridos nos túneis e balneários que possam colocar em risco a verdade desportiva.

 

Estes senhores delegados da Liga têm nome, têm passado e têm um futuro promissor.

 

Vejamos: o delegado da Liga que estava a desempenhar as suas funções no jogo entre o FC Porto e o Marítimo era o senhor Manuel Armindo que já exerceu funções nos órgãos de gestão do FC Porto, nomeadamente na área da formação. Eu quando soube deste seu currículo estranhei a nomeação, pois não me pareceu normal enviar um homem com este passado para delegado a um jogo do… FC Porto.

 

No entanto, o homem limitou-se a cumprir a missão que lhe fora dada. Logo, importava saber quem fora o mandante. O mandante, ou seja, o homem que nomeia os delegados da Liga é um senhor chamado Óscar Fernandes. O senhor Óscar Fernandes também tem um passado interessante: é, pasme-se, ex-director do FC Porto e, dizem-me, foi uma espécie de braço-direito de Reinaldo Teles.

 

Falo de homens que não parecem ter percebido que à mulher de César não basta ser séria, mas que parecem ter percebido que Roma não paga a traidores. Logo, há que não trair a causa.

publicado por Pedro F. Ferreira às 19:54
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No seguimento do brilhante post do Corto Maltese

Aos benfiquistas que acham que o golo limpo invalidado não é desculpa para não termos ganho o jogo:

 

- Porque é que o Benfica tem sempre que ser MUITO melhor que o adversário para ganhar jogos? Porque é que não pode ser "só" melhor? Porque é que temos sempre que ter índices de eficácia brilhantes para vencer? Somos o Maior Clube do Mundo e, segundo vocês, temos que ser sempre geniais em todos os jogos, não é? Os outros podem não jogar grande coisa e marcar um golito para ganhar, mas nós não, temos que ser sempre muitíssimos superiores para superarmos os golitos que marcamos e que nos são injustamente invalidados, não é? Meus amigos, desculpem lá, mas o futebol não é um jogo justo e por isso é que tem tantos adeptos. Pode não se merecer ganhar um jogo, mas quando se marca um golo é isso que deveria acontecer! E foi precisamente isso que alguém não deixou que nos acontecesse ontem. E escamotear esse facto, com o pretexto de “não jogámos lá grande coisa”, é, desculpem lá, ser-se parvo! Independentemente da nossa exibição, ontem DEVERÍAMOS ter vencido se Portugal não fosse um antro de corrupção.

 

- Mas, se mantiverem essa opinião, espero que ao menos sejam coerentes e não festejem os jogos que ganhamos “injustamente”. Aqueles em que somos dominados durante grande parte da partida e depois vamos lá à frente, marcamos e ganhamos por 1-0. E espero igualmente que não tenham festejado o último campeonato, porque fomos o campeão com a mais baixa percentagem de pontos de sempre e fizemos jogos miseráveis. Não, para vocês qualquer jogo ganho por menos de 3-0 não deveria contar, assim como campeonatos vencidos por menos de 10 pontos de diferença para o 2º classificado. Vejam se se enxergam, por favor!

 

Por último, uma pergunta ao Sr. Pedro Henriques, o LADRÃO que nos sonegou a vitória de ontem:

 

- Veio hoje dizer que “podemos sempre discutir a intencionalidade ou não da mão, mas a trajectória da bola foi alterada e portanto era falta.” Muito bem, imagine o seguinte caso: nas barreiras formadas dentro da área, os jogadores costumam proteger a cara e o “baixo-ventre” com os braços e a mão, respectivamente. A partir de agora, irei ver com muita curiosidade se marcará sempre penalty quando a bola lhes bater nesses sítios, porque a “trajectória” da mesma é sempre alterada...

 

Depois de tomar o seu cafezinho com leite, a frutita e o chocolatito, veja lá se relê as regras do futebol, por favor. Muito obrigado e que tenha o PIOR Natal possível!

publicado por S.L.B. às 16:38
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