Para todos os leitores da Tertúlia Benfiquista os votos de um glorioso 2009. Que os corruptos sejam presos e que sejamos campeões!
E eis que, para finalizar o ano, «leio num asno»1 que a maior fraude a que o dito assistiu nas últimas décadas foi o mais recente campeonato ganho pelo Benfica. O referido que proferiu tal pilhéria chama-se Miguel Sousa Tavares.
Quando me atiraram com uma cópia da sua crónica para o e-mail, temi o pior. Mas o pior não aconteceu, pois MST continua a ser aquilo que sempre foi. A opinião que dele tenho enferma de parcialidade e falta de objectividade. Possivelmente está errada. Tenho-o como uma versão masculina da Margarida Rebelo Pinto da ligeirinha literatura de entretenimento. Uma espécie de José Castelo Branco da intelectualidade lusa. Daqueles que passam a vida a debitar banalidades presunçosas entre croquetes. Espécime interessante para a coquetterie… mas banal e de reduzida utilidade. Um daqueles herdeiros que puxa o lustre ao nome herdado para esconder o que não herdou do talento dos progenitores.
Supõe-se que exista ali o espírito crítico e a coragem que não abunda num roncolho. Mas vai-se a ver e fica-se entre um Robin dos Bosques da luta pela cigarrada a acompanhar a bica com cheirinho e o tom moralizador de um Grilo Falante que se recusa a ver o nariz de Pinóquio que lhe vai crescendo. Além disso é muito propenso à birra, à birrinha e ao esperneio… o que deixa de ter graça num homem daquele tamanho.
Grita-se constantemente independente apontando para o seu peito e chamando a atenção para as virtudes que ele insiste em reconhecer no espelho. E muito se enfada quando os que o rodeiam se enfadam com os espectáculos de onanismo com que nos vai brindando nas suas croniquetas.
Reconheço alguma piadola à sua verve zaragateira, mas até esta enferma de uma zaranza reles. Sobre zaragateiros, escreveu Camilo José Cela (excelente escritor, Prémio Nobel da Literatura que foi injustamente acusado de plágio) que um «cornudo zaragateiro é um cornudo desprezível com traços de cachondo e de palhaço. A sua simples presença costuma levantar a moral aos mais fracos. É espécie que utiliza o cateter para fins desonestos.» 2
Sinceramente não revejo MST nesta descrição de Camilo José Cela, pois nem os chifres nem o cateter são para aqui chamados. Mas só compreendo o desconchavo do que MST escreveu no jornal 'A Bola' como uma palhaçada para levantar a moral aos mais fracos.
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1- a expressão não é minha, pertence a Jorge de Sena e à obra “Reino da Estupidez II”
2- entrada 355 da obra “Rol de Cornudos” de Camilo José Cela.
Fim do ano, 12 passas. Este ano as minhas passas vão para:
1º ....o Pedro Henriques para ver se ele abria os olhos.
2º ....o Vitor Pereira para ver se ele tapava os ouvidos e deixava de se deixar influênciar.
3º ....o Pinto da Costa, apenas porque sim e porque me sabia bem.
4º.....o Jorge Coroado por todo o mal que ele fez e faz ao futebol nacional.
5º.....o Rui Santos para ver se ele aprendia a vestir-se melhor,a pentear-se melhor, a falar melhor, etc e etc melhor.
6º......o Miguel Sousa Tavares para ver se ele deixava de cuspir veneno.
7º......os abutres que por ai pairam para os mandar daqui para fora.
8º......o Olgário Benquerença para o acordar para a vida
9º......os senhores da UEFA que decidiram perdoar os corruptos, para que as linhas se endireitem.
10º....os jornalecos e seus escribas por toda a falta de coragem e de honestidade intelectual patente diariamente nas suas publicações para que se façam Homens.
11º....para o Cebola para aprender o valor da palavra
12º.....para todos os anti-benfiquistas para que ganhem vergonha na cara
Bom ano!!
No final do ano pede-se um balanço. Ser benfiquista, ser Benfica é, per si, garantia de balanço positivo. Depois, ficam as emoções. E é destas que aqui fica o registo em tom pessoal e intransmissível.
Guardo a mágoa de ter visto Camacho sair sem ter levado a equipa até ao final da época… esperava mais.
Guardo a mágoa de ter visto como Chalana sofria por não conseguir pôr a equipa a jogar o que ele sonhava para o seu Benfica. Guardo a dor de ter visto aquele meio-campo desmoronar-se no jogo da meia-final da Taça contra o sportém… e ver como se pode perder um jogo porque não houve a sagacidade de perceber que havia quem já não conseguisse correr.
Guardo a mágoa de ter estado numa assembleia-geral em que benfiquistas foram ameaçado por um grupelho de putos mal educados e com nome. Vi, nessa noite, a subversão de todos os valores do benfiquismo.
Guardo a mágoa de continuar a ver que os tentáculos do polvo se mantêm impune e desavergonhadamente a subverter a verdade desportiva, tal como o têm feito nas últimas três décadas.
Guardo a alegria de ter visto os atletas do Benfica Nélson Évora e Vanessa Fernandes a subir ao Olimpo.
Guardo a emoção sentida no jogo de despedida do enorme Rui Costa, do nosso Rui. É a mágoa da partida e a alegria da chegada do nosso Rui ao cargo de director desportivo. É, também, a esperança de um dia o poder ver como presidente do Clube.
Guardo o abraço sentido e sofrido que dei ao Sérgio, no pavilhão, no final do jogo que nos deu o título de campeões de andebol frente ao ABC.
Guardo a alegria sentida com a conquista de mais um campeonato de futsal.
Guardo a emoção sentida com a oportunidade de poder participar numa realidade chamada Benfica TV.
Guardo o orgulho que sinto quando vejo no nosso Benfica o capitão de equipa, Nuno Gomes, como exemplo do que é viver/sentir o benfiquismo.
Guardo as esperanças que a actual orientação desportiva e financeira do Benfica me dão para o futuro.
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Depois vêm as imagens do ano, a “bosta of” do ano.
Começo pela figurinha do ano: a figura que Pinto da Costa fez, em directo nas televisões, quando garantiu que não iria recorrer do facto de ter sido considerado um corrupto na forma tentada. Recordo particularmente a figura que fez, em desespero, garantido que a justiça Divina seria a única em que ele confiaria. Foi um momento digno da figurinha em causa.
Outra figura digna do “bosta of” do ano estava reservada para o final de Dezembro: a figura ridícula que o árbitro(?) Pedro Henriques fez ao tentar justificar o roubo descarado e despudorado que perpetrou em pleno Estádio da Luz, no jogo contra o Nacional da Madeira. O dito fez um figurão ao, convictamente, assumir a sua incompetência demonstrando não conhecer as regras do jogo que arbitra. De facto, comprova-se que, para a arbitragem portuguesa, as regras do “jogo” são outras.
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No final resta a honra de ser benfiquista e a certeza de que percorremos o caminho certo, mas corremos contra quem, com batota, nas margens, em surdina e de forma cobarde, nos quer impedir de vencer a corrida.
Há, ainda, uma outra certeza: em 2008 não matei a sede, limitei-me a enganar a sede.
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[Apostila: fica o desafio para que os outros escribas do blogue partilhem o seu balanço de 2008 entre o “best of” e o “bosta of”.]
O Benfica tem um bom treinador, óptimos jogadores, o Rui Costa como director desportivo e vai na frente do campeonato. Isto não se via há alguns anos. Para atacar este novo que vem aí, só é preciso explodir. Só é preciso encher o campo com mais intensidade, mais espectáculo, mais golos, mais pontos de exclamação! O Benfica está em primeiro sem ter feito grande coisa até esta altura e isso prova, embora de uma forma pouco afirmativa, a sua qualidade em relação às outras equipas. O que se pede é que o Carlos Martins volte em cheio e ponha a bola a circular do meio-campo para a frente, que o flanco direito provoque menos bocejos e mais arrepios e que as estrelas da companhia joguem ao seu melhor nível: o Aimar, o Di María, o Suazo e o Reyes. Para atacar o novo ano, saibamos ser campeões - e seremos campeões.
Tal como o brasão de uma família representa a sua identidade, o emblema de um clube há-de traduzir a sua essência, marcando a sua diferença relativamente aos demais. Uma mente iluminada, há mais de 100 anos, antevendo a grandiosidade futura do Benfica, elegeu a águia como um dos elementos do emblema do Grupo Sport Lisboa, mantendo-se aquela no emblema do Sport Lisboa e Benfica. Desde então a águia tem simbolizado o âmago do benfiquismo, ou seja, a nossa essência, aquilo com que nos identificamos, e por isso mesmo afirmei há uns meses, perante uma audiência de cristãos, que um verdadeiro cristão não poderia ser senão do Benfica, acrescentando inclusivamente que existem umas incompatibilidades curiosas entre ser-se adepto de alguns clubes e cristão ao mesmo tempo.
Numa época de renovação da Fé e em que nos devemos obrigar a olhar para o que verdadeiramente é essencial, saibamos viver a Luz que o Verbo encarnado (e quero crer que também encarnado) nos veio mostrar.
Votos de um feliz Natal para todos os benfiquistas e demais leitores.
Sistema: nome masculino que, também, significa um conjunto de partes dependentes umas das outras.
Túnel: nome masculino que, também, significa passagem subterrânea usada como via de comunicação; galeria subterrânea.
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Recentemente muito se tem falado de túneis. A história do futebol português está recheada de acontecimentos em túneis. A famosa história da camisola rasgada ao Rui Jorge pelo Mourinho, quando este treinava o FC Porto; a história da lambada enfiada pelo Sá Pinto no fim de um jogo contra o Boavista e que levou o árbitro Lucílio Baptista a exclamar “que grande bofetada!”, desconhecendo-se, no entanto, os motivos que provocaram a amnésia do nosso amigo Lucílio uns dias depois; as infindáveis histórias dos assessores de imprensa e outros descendentes do guarda Abel no túnel das Antas e no sucedâneo Dragão…
No entanto, podemos estar descansados, pois há uns senhores delegados da Liga que têm, também, a função de fiscalizar e relatar todos os abusos ocorridos nos túneis e balneários que possam colocar em risco a verdade desportiva.
Estes senhores delegados da Liga têm nome, têm passado e têm um futuro promissor.
Vejamos: o delegado da Liga que estava a desempenhar as suas funções no jogo entre o FC Porto e o Marítimo era o senhor Manuel Armindo que já exerceu funções nos órgãos de gestão do FC Porto, nomeadamente na área da formação. Eu quando soube deste seu currículo estranhei a nomeação, pois não me pareceu normal enviar um homem com este passado para delegado a um jogo do… FC Porto.
No entanto, o homem limitou-se a cumprir a missão que lhe fora dada. Logo, importava saber quem fora o mandante. O mandante, ou seja, o homem que nomeia os delegados da Liga é um senhor chamado Óscar Fernandes. O senhor Óscar Fernandes também tem um passado interessante: é, pasme-se, ex-director do FC Porto e, dizem-me, foi uma espécie de braço-direito de Reinaldo Teles.
Falo de homens que não parecem ter percebido que à mulher de César não basta ser séria, mas que parecem ter percebido que Roma não paga a traidores. Logo, há que não trair a causa.
Aos benfiquistas que acham que o golo limpo invalidado não é desculpa para não termos ganho o jogo:
- Porque é que o Benfica tem sempre que ser MUITO melhor que o adversário para ganhar jogos? Porque é que não pode ser "só" melhor? Porque é que temos sempre que ter índices de eficácia brilhantes para vencer? Somos o Maior Clube do Mundo e, segundo vocês, temos que ser sempre geniais em todos os jogos, não é? Os outros podem não jogar grande coisa e marcar um golito para ganhar, mas nós não, temos que ser sempre muitíssimos superiores para superarmos os golitos que marcamos e que nos são injustamente invalidados, não é? Meus amigos, desculpem lá, mas o futebol não é um jogo justo e por isso é que tem tantos adeptos. Pode não se merecer ganhar um jogo, mas quando se marca um golo é isso que deveria acontecer! E foi precisamente isso que alguém não deixou que nos acontecesse ontem. E escamotear esse facto, com o pretexto de “não jogámos lá grande coisa”, é, desculpem lá, ser-se parvo! Independentemente da nossa exibição, ontem DEVERÍAMOS ter vencido se Portugal não fosse um antro de corrupção.
- Mas, se mantiverem essa opinião, espero que ao menos sejam coerentes e não festejem os jogos que ganhamos “injustamente”. Aqueles em que somos dominados durante grande parte da partida e depois vamos lá à frente, marcamos e ganhamos por 1-0. E espero igualmente que não tenham festejado o último campeonato, porque fomos o campeão com a mais baixa percentagem de pontos de sempre e fizemos jogos miseráveis. Não, para vocês qualquer jogo ganho por menos de 3-0 não deveria contar, assim como campeonatos vencidos por menos de 10 pontos de diferença para o 2º classificado. Vejam se se enxergam, por favor!
Por último, uma pergunta ao Sr. Pedro Henriques, o LADRÃO que nos sonegou a vitória de ontem:
- Veio hoje dizer que “podemos sempre discutir a intencionalidade ou não da mão, mas a trajectória da bola foi alterada e portanto era falta.” Muito bem, imagine o seguinte caso: nas barreiras formadas dentro da área, os jogadores costumam proteger a cara e o “baixo-ventre” com os braços e a mão, respectivamente. A partir de agora, irei ver com muita curiosidade se marcará sempre penalty quando a bola lhes bater nesses sítios, porque a “trajectória” da mesma é sempre alterada...
Depois de tomar o seu cafezinho com leite, a frutita e o chocolatito, veja lá se relê as regras do futebol, por favor. Muito obrigado e que tenha o PIOR Natal possível!
bola nossa
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