VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Terça-feira, 23 de Junho de 2009

Man on the Moon

A candidatura do director do Porto Canal tem a mesma génese que a presença de muita gente na oposição à actual direcção do Benfica: foi pedir esmola ao Benfica; viu-lhe recusadas as pretensões; toca a cuspir na mão que o rejeitou. O director do Porto Canal queria ser director da Benfica TV quando fosse grande. Como não lhe deram o brinquedo - e, na verdade, nunca chegou a crescer a não ser para os lados - fez birra, arranjou amigos com igual motivação e lançou de forma aparentemente inocente um blog que lhe serviu de poiso para dizer o que lhe ia na alma e debitar parvoíces. Após uns dois jantares que foram autênticos monumentos à hipocrisia e para os quais convidou estrategicamente elementos da direcção do Benfica, rapidamente se percebeu que o blog não era mais do que um quadro de recados para passear o seu exacerbado egotismo e paulatinamente começar a criticar de forma demagoga a direcção e, muito especificamente, Luís Filipe Vieira.

Isto tornou-se particularmente evidente quando, após um jantar em que lhe garantem toda a abertura para satisfazer as dúvidas que tivesse ou para discutir quaisquer ideias, dá uma facada nas costas das pessoas que o receberam com abertura e frontalidade e escreve um texto alarve e irresponsável sobre as finanças do clube, levantando suspeitas sem qualquer fundamento e tecendo considerações que me fizeram duvidar seriamente das suas habilitações – e até da sua sanidade mental - o que motivou inclusivamente dois posts meus como resposta. As trocas de impressões que tive com o indivíduo por essa altura, posso-o dizer hoje com segurança, à semelhança do que diz o Pedro, foram um claro desperdício do meu tempo de vida.
 
Daí em diante tornou-se particularmente clara a sua agenda. O blog, aberto sob uma capa de inocência e celebração do benfiquismo, não era mais do que um trampolim para uma candidatura. Alguns dos bloggers cúmplices da estratégia; os restantes bloggers, incautos convidados para uma festa-surpresa.
 
Habituámo-nos nos últimos meses às suas diatribes ridículas e assomos de arrogância próprios de alguém com síndrome de perturbação delirante, consubstanciada num inacreditável desfasamento da realidade no que respeita à imagem que tem de si próprio. 
 
Habituámo-nos à sua pouco saudável obsessão pela emulação dos métodos do FCP como estratégia para o sucesso do Benfica e habituámo-nos ao desavergonhado culto de Pinto da Costa.
Habituámo-nos à táctica de repetição exaustiva de chavões sem aderência à realidade, como o sistemático agitar da bandeira do passivo do Benfica de forma simplista e errada (quando eu próprio já lhe expliquei pelo menos 2 vezes o que ele devia ter aprendido nos cursos que andou a tirar: à primeira está-se errado, à segunda é-se pouco inteligente, à terceira percebe-se a agenda).
E habituámo-nos – fomo-nos habituando – ao uso dos mais variados mecanismos da mais baixa espécie, típicos de quem não olha a meios para atingir os fins.
 
Ainda assim, o que este indivíduo fez nestes últimos dias ultrapassa tudo. A forma como esperou até ao final do período de apresentação das candidaturas para apresentar a sua chico-espertice, de modo a evitar uma resposta em tempo útil, e a argumentação pseudo-jurídica sustentada no juízo de intenções para impedir a candidatura da direcção demissionária é de uma canalhice desavergonhada, ainda para mais quando é ele que quer violar os estatutos ao pretender candidatar-se sem ter condições para tal. E deixemo-nos de palhaçadas: é particularmente claro que não tem condições, à luz dos estatutos. Pode apresentar os pareceres que quiser, que se arranjam 20 que em sentido contrário.
 
A coerência desta triste figura fala por si. Chora desesperadamente por eleições antecipadas e quando lhas dão, critica a direcção por antecipar as eleições.
Quer tornear os estatutos para se poder candidatar e quando os órgãos sociais, de forma simpática e tolerante, o aceitam, invoca os estatutos para impedir a direcção demissionária de se recandidatar. Além de sofrer da síndrome de perturbação delirante, é aparentemente bipolar.
 
Se tem tanta confiança que vai ganhar porque é que quer evitar a recandidatura de LFV? É muito claro. O objectivo é concorrer sozinho, porque é a única maneira de assaltar o poder: está perfeitamente ciente do absoluto desprezo que a nação benfiquista tem por imitações (rascas ou não) de Pintos da Costa.
 
O que tenho a dizer é o seguinte, e isto é uma promessa: de mim, o que podem esperar é uma luta sem tréguas, sem quartel, no sentido de evitar que gente deste calibre entre no Benfica. Não consigo sequer conceber um mundo em que esta personagem nos ofendesse a todos ao ocupar o cargo máximo do Glorioso.
 
É particularmente irónico que um tipo que lança uma candidatura num avião para simbolizar que o ‘Benfica pode voar acima da mediocridade’ depois se comporte com a elevação de um lacrau.
publicado por Carlos Miguel Silva (Gwaihir) às 18:01
link do post | comentar | ver comentários (87)

Eleições parte 2

Depois de ontem ter desmitificado um dos pontos do parecer encomendado pelo candidato Bruno Carvalho, venho agora tocar noutros pontos do mesmo.

 

Afirma o dito parecer que os órgãos sociais do Benfica, com a demissão em bloco, violaram o disposto do artigo 22º nº1 e nº2, pois colocaram interesses próprios à frente dos do Benfica.

 

Ora, o candidato Bruno Carvalho deveria saber que o que interessa para indagar se essa demissão foi feita com interesses eleitorais ou não, não são meras declarações em público, mas sim o que foi apresentado junto dos órgãos socias do clube, neste caso, junto da mesa da Assembleia Geral.

 

Aliás, a mesa da Assembleia Geral é constituída por vários membros, e não apenas pelo Dr. Manuel Vilarinho, pelo que estes podem até não ter tido conhecimento dessas declarações. Quero com isto reforçar que o que vai interessar saber é a justificação que consta no pedido de demissão em bloco. E ao que consta, as razões prendem-se com garantir estabilidade ao Benfica. Logo, essas razões são no interesse do Benfica, não havendo lugar como tal a qualquer impedimento por parte dos órgãos sociais do Benfica demitidos em se voltarem a candidatar.

 

Outro ponto em aberto foi a data das eleições não ser na data habitual, entre 24 a 31 de Outubro. Se nos limitarmos a ler os estatutos do artigo 24º ao 28º, realmente estas eleições  violam os estatutos. Ou, em alternativa, se apenas lermos o artigo 31º dos estatutos de forma parcial, estas eleições deverão ser consideradas intercalares e, então, em Outubro iremos a votos outra vez.

 

No entanto, e para mal de alguns, os estatutos e normas devem ser lidos até ao fim, pois é o seu conjunto de normas que lhes dá consistência e sequência lógica.

 

Ora o artigo 31º dos estatutos explica bem que os órgãos que forem eleitos terão um mandato de 3 anos.

 

Dispõem o artigo 31ºnº1 que: "....ou se se verificar a demissão colectiva de algum dos citados órgãos sociais, proceder-se-á a eleições para a sua substituição". E no seu nº3: "no caso da eleição prevista no nº1 abranger a totalidade dos órgãos sociais, situação em que se considera iniciado um novo mandato, nos termos do nº1 do artigo 24º, bem como se tivessem eleitos em Outubro desse ano"

 

Ora, posto isto, concluímos que os motivos para convocar eleições são legítimos, - estabilidade do Benfica - e que as eleições podem ter lugar, não serão intercalares, e um novo mandato de 3 anos se irá iniciar.

 

p.s: Para ler os estatutos deixo aqui este link

http://www.scribd.com/doc/16599140/Estatutos-Sport-Lisboa-e-Benfica

 

publicado por LMB às 10:37
link do post | comentar | ver comentários (9)

Eleições

Caros Benfiquistas,

 

Já que estamos numa de sair do armário, eu também vou sair do meu armário.

 

Usei, durante algum tempo, o nick Anastércio Leonardo que vinha de outros blogues anteriores de vertente menos séria do que o Benfica.

 

Como estamos numa altura de falar a sério, eu também vou revelar o meu verdadeiro nome. Chamo-me Luís Mesquita Brito, nascido e criado no Porto. Tenho 30 anos, continuo a viver no Porto e, por achar que não são 300 e tal quilómetros que me afastam do Benfica, sou Sócio Efectivo do Benfica desde 1988.

 

As eleições estão aí a chegar e, perante as perspectivas, obviamente que me inclino para  votar em Luís Filipe Vieira.

 

Hoje vi a entrevista do candidato Bruno Carvalho, que resolveu encomendar um parecer em que viessem escritas as suas pretensões. O direito tem essa vantagem em relação à medicina, é que no direito é mais fácil encomendar prognósticos, na medicina, infelizmente, não dá.

 

Assim, levantou-se uma questão estatutária, nomeadamente a do artigo 29º dos Estatutos que "ao que parece "dispõem que  os membros dos órgãos sócias que tenham pendente contra si um processo disciplinar estão impedidos de serem reeleitos.

 

Ora várias questões me sobem à cabeça.

 

Em primeiro lugar, levar à letra e aceitar a interpretação do "parecer" do Bruno Carvalho impedia qualquer reeleição de qualquer presidente, pois a oposição, sempre que as eleições se aproximassem, instauraria um procedimento ao presidente só para impedir a candidatura. Ora, claro está, que não é esse o objectivo dos estatutos.

 

Em segundo lugar, esquece-se de algo tão simples e elementar, sendo aliás um direito constitucionalmente garantido, que é à presunção de inocência. Algum membro ter um processo disciplinar em curso não o poderá impedir de se candidatar, pois ser alvo de um processo disciplinar não significa ser condenado no mesmo. Não significa que essa pessoa é indigna e que não está apta ao exercício das competências dos órgãos a que se candidata.

 

Concluindo, a interpretação devida a dar ao 29º dos estatutos é de que todo o membro de órgão social que seja condenado num procedimento disciplinar por ter violado alguma norma dos estatutos não se poderá candidatar a uma reeleição a um órgão social do Benfica no mandato imediatamente a seguir.

 

publicado por LMB às 00:43
link do post | comentar | ver comentários (12)
Segunda-feira, 22 de Junho de 2009

Opinião parcial sobre o candidato Bruno Carvalho.

Troquei com Bruno Carvalho duas ou três palavras num jantar que o blogue para o qual ele escreve promoveu.

 

Não gostei do estilo, não gostei dos métodos, não gostei do discurso, não gostei do homem. Problema meu, obviamente.

 

Ao longo de todo este tempo evitei (e os que me conhecem sabem disso) comentar as práticas, as ideias e a estratégia do dito. Hoje o referido Bruno é candidato à presidência do Benfica. Hoje assumo que nunca votarei neste homem e sempre votarei, também, contra este homem.

 

Quando, em plena TVI 24, ouvi a voz de um andrade assumido e comentador num programa desportivo no canal televisivo que o dito Bruno dirige fazer-se passar por benfiquista perante o olhar impávido do, na altura, candidato a candidato deixei de ter dúvidas sobre os métodos de Bruno Carvalho. Repito: numa aparição televisiva, um andrade amigo de Bruno Carvalho, um tal de Rios, que se nomeou Norberto Vieira e que também assinava com esse nome nos comentários do blogue para que escreve o candidato Carvalho, defendeu o candidato  e  o seu benfiquismo. Impávido e sereno, cheio de uma 'sui generis' dignidade, o dito Bruno ufanou-se com os elogios que o seu amigo andrade lhe dirigiu, fazendo-se passar por benfiquista (o amigo, não o candidato).

 

Como benfiquista sinto que tenho o dever de, no que de mim depender, tentar evitar que um homem que idolatra os métodos de Pinto da Costa chegue à presidência do nosso Glorioso Benfica.

 

Acabo, por agora, como comecei: troquei com Bruno Carvalho duas ou três palavras num jantar que o blogue para o qual ele escreve promoveu. Não tive dúvidas na altura e não tenho dúvidas agora de que foram duas ou três palavras desperdiçadas.

----

Atendendo a que neste post declaro uma intenção de voto abro a caixa de comentários, garantindo que não aprovarei comentários insultuosos.

publicado por Pedro F. Ferreira às 20:51
link do post | comentar | ver comentários (42)

Napoleão tenta tomar de assalto o Benfica

Bruno Napoleão 

publicado por Onyros às 19:22
link do post | comentar | ver comentários (31)

E pluribus unum.

Vai animada a discussão eleitoral. De tal forma que, há pouco, um benfiquista que eu não conhecia, veio ter comigo num restaurante e, entre considerações simpáticas sobre a minha vida profissional e o meu benfiquismo, espantou-me com a frase: "Você escreve no blog da candidatura do Vieira, não é?"

Não, expliquei-lhe e, explico agora aqui, juntando-me, de resto, aos esclarecimentos que vários colegas meus da Tertúlia já fizeram antes. Faço-o na esperança de que os leitores da Tertúlia saibam que uma das razões que me ligam ao blogue (além da amizade pessoal com alguns colegas que aqui escrevem, e em especial com o Pedro Ferreira, que me chamou para este blogue) é exactamente a independência de quem tem o prazer e a honra de aqui escrever. É pelo menos assim que eu vejo a Tertúlia e dela faço parte.

Todos nós sentimos o Benfica à nossa maneira e temos as nossas opiniões sobre a realidade do clube. Isto é válido para  as discussões sobre treinadores, jogadores e táctica; para SAD, clube, estatutos, decisões de toda a ordem, cor dos equipamentos alternativos, tudo. E é válido também para este processo eleitoral.

Uns são apoiantes de Luis Filipe Vieira, outros votarão noutro candidato. Uns aplaudiram e compreenderam a decisão da antecipação das eleições, outros não.

A Tertúlia Benfiquista é rica em diversidade de opiniões e só se une em volta do essencial: o amor pelo Sport Lisboa e Benfica.

Dito isto esclareço que hoje recebi um convite que muito me honrou: o de fazer parte da comissão de honra da candidatura de Luis Filipe Vieira. Não aceitei.

Eis as razões: Porque acho que não seria coerente da minha parte ser membro da comissão de honra de uma candidatura que nasce de um processo eleitoral que foi antecipado, a meu ver sem que existissem razões válidas para essa antecipação.

Escrevi-o aqui, na altura, e repito-o: acho que esta foi uma má decisão e não defende os superiores interesses do Benfica. Respeito quem pensa de outra maneira, mas esta é a minha opinião, à qual permaneço fiel. 

Esclarecimentos feitos, uma certeza: a inflamação da discussão à volta do nosso clube, voltará a ser feita entre uma grelhada mista ou um bacalhau com grão, um dia destes, ao almoço (para o caso do Pedro Ferreira terão de ser doses reforçadas, como sabemos).

Gostava que, independentemente das opiniões de cada um sobre as eleições, essas diferenças não nos fizessem esquecer o essencial: somos todos Benfica.

 

publicado por PR às 14:56
link do post | comentar | ver comentários (17)

Os falsos profetas

É-me difícil compreender quem ficou muito satisfeito com o advento do José Eduardo Moniz, unicamente com base numas declarações de breves minutos proferidas num circo mediático absolutamente onanista, e quem chegou inclusivamente a dizer (e foram alguns) que perfilava uma hipótese muito credível para presidente daqui em diante - qual espécie de espada que ficará como que pendurada sobre a cabeça de Luís Filipe Vieira se as coisas correrem mal (como muita gente, apesar do que de forma politicamente correcta diz, vai ficar ardentemente a desejar).

É incompreensível para mim a ligeireza e diligência com que esses benfiquistas foram evangelizados, não só porque demonstra uma superficialidade que me assusta quando associada aos destinos do Benfica, mas também pela natureza dos argumentos apresentados.
Onde e quando é que este homem mostrou ser mais capaz para dirigir os destinos do clube do que qualquer um de nós? O Benfiquismo de José Eduardo Moniz, esse, descobrimo-lo agora que o Benfica é um clube apetecível com um património incomparável e um motor de geração de receitas bem oleado e não noutras alturas em que as circunstâncias e as dificuldades exigiam gente de fibra, que colocasse o seu benfiquismo onde ele contasse. Gente que fosse à luta, que desse a cara pelo Benfica, que agisse. Gente como a que apareceu. É fácil, muito fácil chegar agora que o Benfica renasceu, tem as contas em dia e está na vanguarda do equipamento desportivo a nível mundial e de forma irresponsável, egoísta e demagoga vir lançar frases feitas e lugares comuns sobre hipotéticas ‘situações financeiras preocupantes’ e sobre como ‘o Benfica não pode lugar pelo 3º lugar’. Que o Benfica não pode lutar pelo 3º lugar todos nós sabemos, mas isso não nos dá competência para ser Presidentes do Benfica. Na verdade, a única ideia que lhe ouvimos consiste na brilhante intenção de colocar José Veiga no lugar de Rui Costa. Portanto: acabar precocemente com a carreira de gestão desportiva de quem respira Benfiquismo pelos poros, de quem tem experiência nos círculos mais elevados do futebol mundial, de quem tem um know how que será um crime não explorar e de quem apenas tem uns meses de trabalho efectuado e colocar no seu lugar um indivíduo que já ganhou um mundo de comissões à custa do Benfica, que já colocou o Benfica mais de uma vez em tribunal, que apenas se tornou sócio para poder ser funcionário, mas que é elevado à condição de profeta porque colaborou numa época em que fomos campeões com base numa equipa construída por Luís Filipe Vieira e Camacho. Equipa essa que tratou de destruir, colocando paulatinamente no seu lugar a mais cara equipa de sempre em termos de remunerações.
Por outro lado, o argumento que muitos utilizam na justificação da sua ingénua e súbita veneração do director geral da TVI é redutor e sintomático da ligeireza de apreciação da situação: a competência profissional. Deixemo-nos de tretas: o que não falta por aí é gente competente na sua actividade profissional e que pagou quotas toda a sua vida. José Eduardo Moniz tornou a TVI uma televisão de sucesso (sucesso de audiências, porque a nível da programação tem a qualidade de uma fossa séptica)? E Luís Filipe Vieira, que com menos meios e instrução, criou um grupo empresarial de dimensão considerável e sucesso com uma situação económico-financeira melhor do que a TVI? E Luís Filipe Vieira, que ao leme de uma equipa de qualidade inquestionável, recuperou a credibilidade e devolveu ao Benfica a grandeza também nas suas estruturas, promoveu a genial recuperação financeira e lutou como ninguém pelo aproveitamento do gigantesco potencial de uma das melhores marcas do mundo para gerar uma base de receitas estável e que já permitiu a sua entrada na lista dos 20 clubes com mais receitas no mundo? E Luís Filipe Vieira, cuja luta incansável pelo crescimento da base de sócios tornou o Benfica o maior clube do Mundo em número de sócios e em receitas de quotizações? E Luís Filipe Vieira, que viu o Benfica ganhar 166 títulos (em todas as modalidades) sob a sua presidência? Qual, na verdade, terá o melhor currículo?
Alguma vez ouviram José Eduardo Moniz vir a público defender o Benfica em qualquer circunstância em algum dos vossos anos de vida? Algum de vocês, no vosso perfeito juízo e sendo director da TVI, não pugnaria por uma informação desportiva isenta, ao invés da abjecta qualidade dos comentários dos jogos transmitidos pela TVI, objectiva e gritantemente anti-benfiquistas? Algum Benfiquista pactuaria com isto e conseguiria dormir à noite? Algum Benfiquista conseguiria albergar gente como os comentadores da TVI? Contem-me histórias, vendam-me a banha da cobra, tentem-me evangelizar. Vão ter muito pouca sorte.
Diz ainda quem gostou das declarações de José Eduardo Moniz na conferência de imprensa (promovida apenas para anunciar que não era candidato e para sub-repticiamente lançar suspeitas maliciosas) que umas das coisas que mais apreciaram foi o suposto ‘distanciamento’ face ao Movimento dos rejeitados. Espero que depois de ouvir as declarações de José Eduardo Moniz nos últimos dias tenham ficado suficientemente elucidados. O Movimento anda há meses a dizer que José Veiga é apenas mais um, apenas alguém que lhes dá apoio. Mas depois é Veiga quem anda pelos hotéis a ‘contratar’ os candidatos do Movimento à presidência. É Veiga que é profusamente osculado nos eventos do Movimento, como Marlon Brando chegou a ser em determinadas aventuras cinematográficas. Ficou claro, muito claro, nas declarações que José Eduardo Moniz tem proferido e, muito particularmente, na entrevista que deu à RTP2, que o cargo de Director Desportivo estava garantido para Veiga. José Eduardo Moniz e José Veiga vêm em pacote, são inseparáveis. José Eduardo Moniz seria (será) sempre o candidato do Movimento.
Em boa verdade, se há algo que as declarações e a entrevista de José Eduardo Moniz demonstram é uma total irresponsabilidade e leviandade nas considerações que faz sobre o clube e a sua situação actual, o que denuncia uma clara primazia dos interesses pessoais (seus e do Movimento) sobre os interesses do Benfica.
O mais evidente exemplo dessa irresponsabilidade, que assume a forma da mais pura e dura demagogia, é a forma como diz que não foi possível aferir da situação financeira do Benfica. Para mim é muito claro: se não conseguiu foi porque não sabe fazê-lo, o que é grave; ou foi porque não quis, o que mais grave é. E isto, convenhamos, é incompreensível, sabendo nós que o Movimento anda nisto há meses. Porque eu e muita mais gente de boa fé, sem recurso a qualquer tipo de informação que não a que está publicada e a que o Benfica disponibiliza a quem a solicite, conseguimos ter uma ideia mesmo muito clara da situação financeira. Que nos permite, pelo menos, não vomitar imbecilidades intencionalmente vagas e intelectualmente desonestas.
A informação está disponível para toda a gente e, como toda a gente sabe, o Benfica é o único clube que consolida todo o seu universo empresarial (apresentando contas consolidadas globais e auditadas pela KMPG), o que não só facilita o trabalho de ‘conhecer a situação financeira’, como o torna o único clube que o possibilita, e de forma rigorosa e honesta. Quem não quer utilizar esta informação e usufruir desta transparência, das duas uma: ou não sabe (o que diria alguma coisa sobre a competência da gente envolvida no Movimento), ou não quer, porque sabe que as conclusões sobre a situação financeira não lhe serve os propósitos, e prefere utilizar demagogia barata.
É caso, aliás, para perguntar: o Movimento anda há meio ano a trabalhar e teria supostamente um project finance preparado - são alguns dos seus estrategas que o dizem - e o seu candidato diz que lhe foi impossível aferir da situação financeira do Benfica? Então em 6 meses não foram capaz de fazer o que qualquer pessoa com noções básicas faria num dia ou dois? Mais: andaram a brincar aos project finances, aos financiamentos estruturados e às projecções económico-financeiras com base em que contas? Tudo isto é incompetência, tudo isto é demagogia, tudo isto é fado.
Não pactuo com irresponsabilidades e demagogia. Não pactuo com interesses pouco claros, com negociatas obscuras e compadrios com investidores na sombra com o objectivo de, por um lado, tornar o Benfica o brinquedo/instrumento de um antigo presidente de uma casa do FCP na sua guerra pessoal contra o antigo amigalhaço Pinto da Costa e, por outro lado, para se apoderarem dos direitos televisivos do Benfica a partir da época 2012/2013.
Quanto à providência cautelar, é apenas mais um episódio na turbulenta viagem pela triste ética do Movimento. E tem como intuito, mais uma vez, a promoção dos interesses do Movimento e não aquilo que nos deve sempre mover a todos: os interesses do Benfica. É disso que se trata. É disso que sempre se devia tratar.
Resta saber se o juiz que irá apreciar a providência cautelar se rege por padrões de ética semelhantes aos do Movimento. Resta saber, mais uma vez, se o Benfica vai ser prejudicado por falsos profetas com séquitos de fiéis que gostavam, eles próprios, de ser profetas.
publicado por Carlos Miguel Silva (Gwaihir) às 00:22
link do post | comentar | ver comentários (58)
Domingo, 21 de Junho de 2009

A pergunta que se impõe é "Quando?"

Surgiu, na sexta-feira, o que se previa: uma providência cautelar para tentar o adiamento das eleições. Desde o início que sei (sabemos) que interesses serve esta providência cautelar.

 

Sabendo alguns dos meus mais próximos amigos benfiquistas de onde vem a referida providência, nesse mesmo dia recebi umas SMS de bons amigos e grandes benfiquistas que me perguntavam se a dita providência “tinha pernas para andar”. Telefonei a dois amigos juristas e benfiquistas que me diziam que não, aquilo não “tinha pernas para andar”. Hoje procurei o parecer de um amigo jurista dos velhos tempos de Coimbra. Apelei à sua competência publicamente reconhecida como jurista e à sua imparcialidade (sócio e adepto apenas da Briosa).

 

A resposta foi elucidativa: a questão está no tempo. O que importa neste caso é o tempo que o Juiz vai demorar até comunicar que a dita providência cautelar não tem “pernas para andar”. Acreditando na independência do juiz, seja ele quem for, certamente que a decisão surgirá em tempo útil e permitirá a realização de eleições para a data aprazada. Perante esta minha convicção, o meu amigo apenas me perguntou, entre sorrisos, se a minha permanência em Lisboa fizera de mim um ser ingénuo. Não fez. Efectivamente, não fez. E, por isso, é que ficarei muito atento não a um qualquer “movimento”, mas ao que um movimento faz. Logo, ficarei atento às movimentações.

publicado por Pedro F. Ferreira às 14:48
link do post
Sexta-feira, 19 de Junho de 2009

Rapidinhas do dia

 

Abelha avariada
 
De que vale ter a Maya no Movimento se não consegue adivinhar a antecipação das eleições?
 
 
Prémio ‘Deixa de beber 4 garrafas de vinho ao almoço que isso passa-te’
 
“Hoje não há árbitros corruptos” – Vítor Pereira.
 
Pois não. E também não há dirigentes da arbitragem incompetentes.
 

 

 

publicado por Carlos Miguel Silva (Gwaihir) às 18:33
link do post | comentar | ver comentários (32)

Timing

Espero estar enganado mas, face à recusa ontem do José Eduardo Moniz, começa a parecer-me provável que o Movimento Benfica Vencer, Vencer acabe mesmo por não apresentar qualquer candidato às eleições do próximo dia 3 de Julho. Isto é uma decisão perfeitamente legítima mas, se tomada nesta altura, praticamente vazia do significado e impacto que poderia ter tido caso tivesse sido assumida como uma posição de princípio, e com o timing correcto, ou seja, desde o momento em que a antecipação das eleições foi anunciada. Nessa altura, isso seria uma verdadeira jogada de mestre. A ser tomada agora, a imagem que fica é a de que isto acontece não por uma questão de princípios, mas sim por falta de opções após levarem negas de potenciais candidatos.

Este é um dos motivos pelos quais eu continuo a discordar da antecipação das eleições, e a dizer que foi um péssimo acto de relações públicas por parte da actual direcção. Isto deixa a porta aberta à oposição para assumir a sempre confortável posição de vítima, que desculpa praticamente qualquer decisão que venham a tomar - e que no futuro poderá dar sempre azo a mais clivagens. Apesar de ser evidente que, caso não se apresentem, será simplesmente porque não encontraram um benfiquista presidenciável com vontade de queimar a sua imagem associando-se ao 'Grupo do Veiga' (o que não é surpreendente dado que, até agora, a única trave mestra que consegui identificar no movimento é mais ou menos 'Se não gostas do Vieira, junta-te a nós'), a imagem que terá que ser vendida é a de que isso acontece porque não lhes terá sido dado tempo suficiente para se prepararem.

publicado por D'Arcy às 15:38
link do post | comentar | ver comentários (27)

escribas

pesquisar

links

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

arquivos

Setembro 2023

Agosto 2023

Maio 2023

Abril 2023

Março 2023

Fevereiro 2023

Janeiro 2023

Dezembro 2022

Novembro 2022

Outubro 2022

Setembro 2022

Agosto 2022

Maio 2022

Abril 2022

Março 2022

Fevereiro 2022

Janeiro 2022

Dezembro 2021

Novembro 2021

Outubro 2021

Setembro 2021

Agosto 2021

Maio 2021

Abril 2021

Março 2021

Fevereiro 2021

Janeiro 2021

Dezembro 2020

Novembro 2020

Outubro 2020

Setembro 2020

Agosto 2020

Julho 2020

Março 2020

Fevereiro 2020

Janeiro 2020

Dezembro 2019

Novembro 2019

Outubro 2019

Setembro 2019

Agosto 2019

Maio 2019

Abril 2019

Março 2019

Fevereiro 2019

Janeiro 2019

Dezembro 2018

Novembro 2018

Outubro 2018

Setembro 2018

Agosto 2018

Maio 2018

Abril 2018

Março 2018

Fevereiro 2018

Janeiro 2018

Dezembro 2017

Novembro 2017

Outubro 2017

Setembro 2017

Agosto 2017

Maio 2017

Abril 2017

Março 2017

Fevereiro 2017

Janeiro 2017

Dezembro 2016

Novembro 2016

Outubro 2016

Setembro 2016

Agosto 2016

Julho 2016

Maio 2016

Abril 2016

Março 2016

Fevereiro 2016

Janeiro 2016

Dezembro 2015

Novembro 2015

Outubro 2015

Setembro 2015

Agosto 2015

Junho 2015

Maio 2015

Abril 2015

Março 2015

Fevereiro 2015

Janeiro 2015

Dezembro 2014

Novembro 2014

Outubro 2014

Setembro 2014

Agosto 2014

Julho 2014

Junho 2014

Maio 2014

Abril 2014

Março 2014

Fevereiro 2014

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Agosto 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Março 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

tags

todas as tags

posts recentes

Paciência

Semelhanças

Quinze

Desnecessário

Risco

Nervos

Falso

Regresso

Campeões

Adiada

origem

E-mail da Tertúlia

tertuliabenfiquista@gmail.com
blogs SAPO

subscrever feeds