A candidatura do director do Porto Canal tem a mesma génese que a presença de muita gente na oposição à actual direcção do Benfica: foi pedir esmola ao Benfica; viu-lhe recusadas as pretensões; toca a cuspir na mão que o rejeitou. O director do Porto Canal queria ser director da Benfica TV quando fosse grande. Como não lhe deram o brinquedo - e, na verdade, nunca chegou a crescer a não ser para os lados - fez birra, arranjou amigos com igual motivação e lançou de forma aparentemente inocente um blog que lhe serviu de poiso para dizer o que lhe ia na alma e debitar parvoíces. Após uns dois jantares que foram autênticos monumentos à hipocrisia e para os quais convidou estrategicamente elementos da direcção do Benfica, rapidamente se percebeu que o blog não era mais do que um quadro de recados para passear o seu exacerbado egotismo e paulatinamente começar a criticar de forma demagoga a direcção e, muito especificamente, Luís Filipe Vieira.
Depois de ontem ter desmitificado um dos pontos do parecer encomendado pelo candidato Bruno Carvalho, venho agora tocar noutros pontos do mesmo.
Afirma o dito parecer que os órgãos sociais do Benfica, com a demissão em bloco, violaram o disposto do artigo 22º nº1 e nº2, pois colocaram interesses próprios à frente dos do Benfica.
Ora, o candidato Bruno Carvalho deveria saber que o que interessa para indagar se essa demissão foi feita com interesses eleitorais ou não, não são meras declarações em público, mas sim o que foi apresentado junto dos órgãos socias do clube, neste caso, junto da mesa da Assembleia Geral.
Aliás, a mesa da Assembleia Geral é constituída por vários membros, e não apenas pelo Dr. Manuel Vilarinho, pelo que estes podem até não ter tido conhecimento dessas declarações. Quero com isto reforçar que o que vai interessar saber é a justificação que consta no pedido de demissão em bloco. E ao que consta, as razões prendem-se com garantir estabilidade ao Benfica. Logo, essas razões são no interesse do Benfica, não havendo lugar como tal a qualquer impedimento por parte dos órgãos sociais do Benfica demitidos em se voltarem a candidatar.
Outro ponto em aberto foi a data das eleições não ser na data habitual, entre 24 a 31 de Outubro. Se nos limitarmos a ler os estatutos do artigo 24º ao 28º, realmente estas eleições violam os estatutos. Ou, em alternativa, se apenas lermos o artigo 31º dos estatutos de forma parcial, estas eleições deverão ser consideradas intercalares e, então, em Outubro iremos a votos outra vez.
No entanto, e para mal de alguns, os estatutos e normas devem ser lidos até ao fim, pois é o seu conjunto de normas que lhes dá consistência e sequência lógica.
Ora o artigo 31º dos estatutos explica bem que os órgãos que forem eleitos terão um mandato de 3 anos.
Dispõem o artigo 31ºnº1 que: "....ou se se verificar a demissão colectiva de algum dos citados órgãos sociais, proceder-se-á a eleições para a sua substituição". E no seu nº3: "no caso da eleição prevista no nº1 abranger a totalidade dos órgãos sociais, situação em que se considera iniciado um novo mandato, nos termos do nº1 do artigo 24º, bem como se tivessem eleitos em Outubro desse ano"
Ora, posto isto, concluímos que os motivos para convocar eleições são legítimos, - estabilidade do Benfica - e que as eleições podem ter lugar, não serão intercalares, e um novo mandato de 3 anos se irá iniciar.
p.s: Para ler os estatutos deixo aqui este link
http://www.scribd.com/doc/16599140/Estatutos-Sport-Lisboa-e-Benfica
Caros Benfiquistas,
Já que estamos numa de sair do armário, eu também vou sair do meu armário.
Usei, durante algum tempo, o nick Anastércio Leonardo que vinha de outros blogues anteriores de vertente menos séria do que o Benfica.
Como estamos numa altura de falar a sério, eu também vou revelar o meu verdadeiro nome. Chamo-me Luís Mesquita Brito, nascido e criado no Porto. Tenho 30 anos, continuo a viver no Porto e, por achar que não são 300 e tal quilómetros que me afastam do Benfica, sou Sócio Efectivo do Benfica desde 1988.
As eleições estão aí a chegar e, perante as perspectivas, obviamente que me inclino para votar em Luís Filipe Vieira.
Hoje vi a entrevista do candidato Bruno Carvalho, que resolveu encomendar um parecer em que viessem escritas as suas pretensões. O direito tem essa vantagem em relação à medicina, é que no direito é mais fácil encomendar prognósticos, na medicina, infelizmente, não dá.
Assim, levantou-se uma questão estatutária, nomeadamente a do artigo 29º dos Estatutos que "ao que parece "dispõem que os membros dos órgãos sócias que tenham pendente contra si um processo disciplinar estão impedidos de serem reeleitos.
Ora várias questões me sobem à cabeça.
Em primeiro lugar, levar à letra e aceitar a interpretação do "parecer" do Bruno Carvalho impedia qualquer reeleição de qualquer presidente, pois a oposição, sempre que as eleições se aproximassem, instauraria um procedimento ao presidente só para impedir a candidatura. Ora, claro está, que não é esse o objectivo dos estatutos.
Em segundo lugar, esquece-se de algo tão simples e elementar, sendo aliás um direito constitucionalmente garantido, que é à presunção de inocência. Algum membro ter um processo disciplinar em curso não o poderá impedir de se candidatar, pois ser alvo de um processo disciplinar não significa ser condenado no mesmo. Não significa que essa pessoa é indigna e que não está apta ao exercício das competências dos órgãos a que se candidata.
Concluindo, a interpretação devida a dar ao 29º dos estatutos é de que todo o membro de órgão social que seja condenado num procedimento disciplinar por ter violado alguma norma dos estatutos não se poderá candidatar a uma reeleição a um órgão social do Benfica no mandato imediatamente a seguir.
Troquei com Bruno Carvalho duas ou três palavras num jantar que o blogue para o qual ele escreve promoveu.
Não gostei do estilo, não gostei dos métodos, não gostei do discurso, não gostei do homem. Problema meu, obviamente.
Ao longo de todo este tempo evitei (e os que me conhecem sabem disso) comentar as práticas, as ideias e a estratégia do dito. Hoje o referido Bruno é candidato à presidência do Benfica. Hoje assumo que nunca votarei neste homem e sempre votarei, também, contra este homem.
Quando, em plena TVI 24, ouvi a voz de um andrade assumido e comentador num programa desportivo no canal televisivo que o dito Bruno dirige fazer-se passar por benfiquista perante o olhar impávido do, na altura, candidato a candidato deixei de ter dúvidas sobre os métodos de Bruno Carvalho. Repito: numa aparição televisiva, um andrade amigo de Bruno Carvalho, um tal de Rios, que se nomeou Norberto Vieira e que também assinava com esse nome nos comentários do blogue para que escreve o candidato Carvalho, defendeu o candidato e o seu benfiquismo. Impávido e sereno, cheio de uma 'sui generis' dignidade, o dito Bruno ufanou-se com os elogios que o seu amigo andrade lhe dirigiu, fazendo-se passar por benfiquista (o amigo, não o candidato).
Como benfiquista sinto que tenho o dever de, no que de mim depender, tentar evitar que um homem que idolatra os métodos de Pinto da Costa chegue à presidência do nosso Glorioso Benfica.
Acabo, por agora, como comecei: troquei com Bruno Carvalho duas ou três palavras num jantar que o blogue para o qual ele escreve promoveu. Não tive dúvidas na altura e não tenho dúvidas agora de que foram duas ou três palavras desperdiçadas.
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Atendendo a que neste post declaro uma intenção de voto abro a caixa de comentários, garantindo que não aprovarei comentários insultuosos.
Vai animada a discussão eleitoral. De tal forma que, há pouco, um benfiquista que eu não conhecia, veio ter comigo num restaurante e, entre considerações simpáticas sobre a minha vida profissional e o meu benfiquismo, espantou-me com a frase: "Você escreve no blog da candidatura do Vieira, não é?"
Não, expliquei-lhe e, explico agora aqui, juntando-me, de resto, aos esclarecimentos que vários colegas meus da Tertúlia já fizeram antes. Faço-o na esperança de que os leitores da Tertúlia saibam que uma das razões que me ligam ao blogue (além da amizade pessoal com alguns colegas que aqui escrevem, e em especial com o Pedro Ferreira, que me chamou para este blogue) é exactamente a independência de quem tem o prazer e a honra de aqui escrever. É pelo menos assim que eu vejo a Tertúlia e dela faço parte.
Todos nós sentimos o Benfica à nossa maneira e temos as nossas opiniões sobre a realidade do clube. Isto é válido para as discussões sobre treinadores, jogadores e táctica; para SAD, clube, estatutos, decisões de toda a ordem, cor dos equipamentos alternativos, tudo. E é válido também para este processo eleitoral.
Uns são apoiantes de Luis Filipe Vieira, outros votarão noutro candidato. Uns aplaudiram e compreenderam a decisão da antecipação das eleições, outros não.
A Tertúlia Benfiquista é rica em diversidade de opiniões e só se une em volta do essencial: o amor pelo Sport Lisboa e Benfica.
Dito isto esclareço que hoje recebi um convite que muito me honrou: o de fazer parte da comissão de honra da candidatura de Luis Filipe Vieira. Não aceitei.
Eis as razões: Porque acho que não seria coerente da minha parte ser membro da comissão de honra de uma candidatura que nasce de um processo eleitoral que foi antecipado, a meu ver sem que existissem razões válidas para essa antecipação.
Escrevi-o aqui, na altura, e repito-o: acho que esta foi uma má decisão e não defende os superiores interesses do Benfica. Respeito quem pensa de outra maneira, mas esta é a minha opinião, à qual permaneço fiel.
Esclarecimentos feitos, uma certeza: a inflamação da discussão à volta do nosso clube, voltará a ser feita entre uma grelhada mista ou um bacalhau com grão, um dia destes, ao almoço (para o caso do Pedro Ferreira terão de ser doses reforçadas, como sabemos).
Gostava que, independentemente das opiniões de cada um sobre as eleições, essas diferenças não nos fizessem esquecer o essencial: somos todos Benfica.
É-me difícil compreender quem ficou muito satisfeito com o advento do José Eduardo Moniz, unicamente com base numas declarações de breves minutos proferidas num circo mediático absolutamente onanista, e quem chegou inclusivamente a dizer (e foram alguns) que perfilava uma hipótese muito credível para presidente daqui em diante - qual espécie de espada que ficará como que pendurada sobre a cabeça de Luís Filipe Vieira se as coisas correrem mal (como muita gente, apesar do que de forma politicamente correcta diz, vai ficar ardentemente a desejar).
Surgiu, na sexta-feira, o que se previa: uma providência cautelar para tentar o adiamento das eleições. Desde o início que sei (sabemos) que interesses serve esta providência cautelar.
Sabendo alguns dos meus mais próximos amigos benfiquistas de onde vem a referida providência, nesse mesmo dia recebi umas SMS de bons amigos e grandes benfiquistas que me perguntavam se a dita providência “tinha pernas para andar”. Telefonei a dois amigos juristas e benfiquistas que me diziam que não, aquilo não “tinha pernas para andar”. Hoje procurei o parecer de um amigo jurista dos velhos tempos de Coimbra. Apelei à sua competência publicamente reconhecida como jurista e à sua imparcialidade (sócio e adepto apenas da Briosa).
A resposta foi elucidativa: a questão está no tempo. O que importa neste caso é o tempo que o Juiz vai demorar até comunicar que a dita providência cautelar não tem “pernas para andar”. Acreditando na independência do juiz, seja ele quem for, certamente que a decisão surgirá em tempo útil e permitirá a realização de eleições para a data aprazada. Perante esta minha convicção, o meu amigo apenas me perguntou, entre sorrisos, se a minha permanência em Lisboa fizera de mim um ser ingénuo. Não fez. Efectivamente, não fez. E, por isso, é que ficarei muito atento não a um qualquer “movimento”, mas ao que um movimento faz. Logo, ficarei atento às movimentações.
Espero estar enganado mas, face à recusa ontem do José Eduardo Moniz, começa a parecer-me provável que o Movimento Benfica Vencer, Vencer acabe mesmo por não apresentar qualquer candidato às eleições do próximo dia 3 de Julho. Isto é uma decisão perfeitamente legítima mas, se tomada nesta altura, praticamente vazia do significado e impacto que poderia ter tido caso tivesse sido assumida como uma posição de princípio, e com o timing correcto, ou seja, desde o momento em que a antecipação das eleições foi anunciada. Nessa altura, isso seria uma verdadeira jogada de mestre. A ser tomada agora, a imagem que fica é a de que isto acontece não por uma questão de princípios, mas sim por falta de opções após levarem negas de potenciais candidatos.
Este é um dos motivos pelos quais eu continuo a discordar da antecipação das eleições, e a dizer que foi um péssimo acto de relações públicas por parte da actual direcção. Isto deixa a porta aberta à oposição para assumir a sempre confortável posição de vítima, que desculpa praticamente qualquer decisão que venham a tomar - e que no futuro poderá dar sempre azo a mais clivagens. Apesar de ser evidente que, caso não se apresentem, será simplesmente porque não encontraram um benfiquista presidenciável com vontade de queimar a sua imagem associando-se ao 'Grupo do Veiga' (o que não é surpreendente dado que, até agora, a única trave mestra que consegui identificar no movimento é mais ou menos 'Se não gostas do Vieira, junta-te a nós'), a imagem que terá que ser vendida é a de que isso acontece porque não lhes terá sido dado tempo suficiente para se prepararem.
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