A notícia não é notícia. A notícia é uma informação que, quando olhada de forma ingénua ou malévola, conduz a um título alarmista. Os senhores do Sol chegaram à brilhante conclusão de que o patrocínio da Sagres vai directo para o BES. Serviram esta informação como um anúncio do apocalipse. Como não acredito na ingenuidade de nenhum Escobar, resta-me acreditar que a notícia não tem a bondade tola dos ingénuos. [link]
Há uns tempos, sobre o mesmo assunto, já o Carlos Miguel Silva se pronunciara nesta Tertúlia:
«Há, evidentemente, contratos cujas receitas estão a ir directamente para os bancos com os quais se têm financiamentos de médio e longo prazo. Resulta directamente da reformulação da estrutura contratual associada ao project finance do estádio. É público, foi amplamente explicado pelos responsáveis do Benfica para quem verdadeiramente quis ouvir. A estrutura do financiamento passou inclusivamente por uma alteração no sentido da libertação de uma série de garantias e mordaças contratuais tipicamente associadas a um project finance - passando a assumir praticamente a natureza de uma dação ‘pro solvendo’, cuja figura jurídica implica o recebimento dos pagamentos de um conjunto de Contratos Comerciais associados ao Novo Estádio directamente em contas dos bancos, por forma a amortizar os financiamentos tidos com estes. O Contrato Comercial de Naming e Pouring Rights com a Centralcer era um deles.» [link]
Perceberam? Basta ter tantos neurónios como o Sá Pinto e ter uma honestidade intelectual ligeiramente superior à do Vítor Queirós para perceber. Lamentavelmente, parece que o antibenfiquismo primário do José António Lima impera acima destes dois simples pressupostos.
Lamentavelmente, o Sol assemelha-se ao The Sun em termos de seriedade e este, como sabemos, tem paralelo apenas no defunto Incrível. Neste momento, o Sol pare informação abaixo da folha do Lidl.
Actualmente, uma derrota do Braga é uma pequena facada em dois dos fantoches que melhor servem publicamente de lacaio ao responsável pela corrupção no futebol português das últimas décadas.
Recentemente, um tal Domingos, rapazito cheio de complexos de inferioridade mal compensados, decidiu tirar os chavelhos do chão (para onde convenientemente atira com os ditos em certos jogos) para olhar para cima, para o Glorioso, e desatou a regurgitar a cartilha encomendada. Tentou denegrir o nosso treinador, comportou-se como um capacho imaturo e expôs mais uma vez as ridicularias próprias.
Hoje, bastou uma equipazeca para pôr no seu sítio o embusteiro. Já viram a cara do roncolho depois de ter perdido com o Elfsborg? Parece que lhe coçaram o esfíncter com uma malagueta.
O pasquim publicou um apontamento sensato. Parece-me que este Nuno Pombo consegui escapar aos tentáculos da censura e publicou uma heresia, uma ofensa aos comentadeiros da nossa praça. Bom, para os que consideram que o Benfica tem jogadores a mais e etc., encontram naquele apontamento algumas boas razões para termos o plantel que temos, como a forte possibilidade de a época ser longa (a julgar pelo que vimos até agora, temos de acreditar), ou o facto de termos jogadores nas selecções nos jogos de apuramento para 2010, com as lamentáveis lesões e cansaços.
Ter jogadores a mais não me parece intrinsecamente um problema, mas é evidente para mim que o Jorge Jesus terá algum trabalho pela frente em termos de gestão emocional e motivacional. Essa, creio, será a sua grande tarefa, a par evidentemente da gestão dos recursos em função das tácticas específicas que ele quiser montar para os diferentes contextos (não esqueçamos que quem diz que o Benfica tem 6 ou 7 avançados ignora que eles têm características diferentes, basta comparar a importância do Cardozo com a importância - sem qualquer ironia - do Mantorras).
Além de tudo isto, não me parece que o Benfica contrate jogadores para que outras equipas não os contratem ou que os contratem por atacado para os pôr a rodar noutras equipas (ainda que isto garanta uns campeonatos), por isso, no mínimo, Rui Costa, Jorge Jesus e Luís Filipe Vieira merecem o benefício da dúvida.
Vem isto a propósito do último pedaço de esterco disfarçado de crónica saído da pena do MST (já uma lenda no mundo da ginástica artística e uma inspiração para todos os monges copistas) na edição de ontem d’A Bola.
Está confirmado, o Benfica garantiu o Keirrison por uma época, com mais outra de opção. Apesar da incógnita que poderá ser a sua adaptação ao futebol europeu, daquilo que conheço do jogador só posso estar convencido que será um grande reforço.
Agora espero os argumentos do costume. Será que veio gozar a reforma para o Benfica. Parece-me que não, já que tem 20 anos. Será que só veio para o Benfica porque não é bom? Bem, quem o comprou foi o Barcelona, que desembolsou €14M por ele. Será que não faz falta? Já andava a ouvir dizer que se faltasse o Saviola ou o Cardozo o Benfica não teria um plano alternativo. Se calhar foi a novela que se arrastou muito tempo. Mas não, quando se dizia que o Benfica não era opção para o empréstimo, num dia tudo mudou e o jogador vem a caminho. Então se calhar o problema será que agora temos avançados a mais. Mesmo para quem há pouco dizia que o Weldon 'não é avançado para o Benfica', que o Nuno Gomes só interessa pelo peso no balneário, ou que o Mantorras é uma figura decorativa. De certeza que se arranjará um qualquer motivo de preocupação ou crítica.
Entretanto, e face às informações veiculadas pelo próprio Barcelona e pelo empresário do jogador, que deram conta das tentativas do sportém (pausa para risos) e do fóculporto para obterem o seu empréstimo, fico a aguardar por uma capa do Pasquim que dê conta deste 'roubo' perpetrado pelo Benfica.
TENHAM MEDO. Tenham muito medo.
Este ano só uma coisa pode derrotar-nos...o sistema.
Mas confio que nem assim conseguirão.
Esta época cumprir-se-á o Benfica. Tenho a certeza. Já o achava antes desta contratação.
Sente-se qualquer coisa poderosa no ar, neste arranque da época...
Que todos ajudem e ninguém se esconda, dentro e fora do campo.
Vamos a eles.
PS - Não se consegue despachar Bynia, Zoro, Makukula...? (E Carlos Martins, claro :-))
Agora fico ansiosamente à espera que os emprenhados comecem a arranjar formas de criticar o Keirrison. Há-de ser do corte do cabelo, do tamanho das unhas, do facto do cunhado do primo da mãe ter gases, do excesso de avançados no plantel ou do raio que os parta.
Desculpem, mas não há paciência.
O âmago do Benfica exige qualidade, espírito de sacrifício, capacidade de se transcender e vitórias. Esse mesmo âmago exige capacidade crítica e apoio incondicional dos adeptos.
Nesta pré-época a equipa está a jogar bem e recomenda-se. Demonstra claramente que o “sistema” terá de se esforçar ainda mais para nos afastar do título de campeão. Num momento como este esperar-se-ia um apoio total à equipa e uma união em torno do Clube. Apenas com essa união incondicional conseguiremos dar aquele 'extra 'que pode fazer a diferença e ajudar a que o “sistema” ganhe um pouco de vergonha nas suas práticas criminosas.
Ainda assim, e seguindo a opinião dos “queirózes” de mão que abundam pelos pasquins, vou vendo alguma gritaria vinda de onde menos se esperaria. Só o prazer de exibir o histerismo de quem se compraz na antecipação sistemática do apocalipse me permite perceber as reacções daqueles que, num momento de vitória, conseguem atirar as suas atenções para a boataria, para a especulação, para o diz-que-disse, para as fantásticas fontes de onde brotam diariamente as sementes que emprenham os tais apocalípticos de conveniência.
Um destes dias, pode ser a seguir à próxima vitória, ainda verei os emprenhadores do costume a especular, na sua douta sapiência de clínico geral, sobre a próxima anunciada venda de um, repentinamente, imprescindível futebolista; a contratação de uma mão cheia de novos "Eversons" que apenas servem para untar as patas dos intermediários; o tamanho das meias do Saviola; a qualidade e composição da água da rega do Estádio; a escala do poleiro da águia Vitória ou o facto de o referendo das cores da camisola alternativa para a próxima época não contemplar a possibilidade do voto nulo.
Sobre tudo isto escreverão e sobre tudo isto continuarei a ver muita gente emprenhar pelos ouvidos e, consequentemente, a parir ecos de boatagem pasquineira pela boca.
Nova vitória no Torneio de Amesterdão, e conquista do troféu. O Jorge Jesus já se pode pelo menos gabar de, em três semanas, ter conseguido ao serviço do Benfica um palmarés comparável ao do Nandinho.
A quantidade de jogos que temos feito de certeza que já pesa, e talvez por isso o Cardozo e o Aimar ficaram no banco de início. Para os seus lugares, Nuno Gomes e Carlos Martins. Foi um dos jogos mais complicados que o Benfica fez nesta pré-época. O Ajax joga bem e rápido no ataque, e entrou decidido, mas se há coisa de que não nos podemos queixar é de falta de sorte neste jogo. É que o Ajax resolveu dar uma ajuda, e quando ainda pouco tínhamos feito no ataque já nos víamos a ganhar, graças a um 'autogolão', com a bola a fazer um chapéu perfeito ao guarda-redes adversário. Este golo quebrou o ímpeto inicial do Ajax, e permitiu-nos assentar o jogo. Hoje não houve, no entanto, aquela pressão alta e muitas trocas de bola no ataque (notou-se a diferença no estilo de jogo do Aimar - que traz a bola para a frente colada aos pés, e em passes curtos - para o Carlos Martins, que dá preferência a passes longos), mas em vez disso viram-se bastantes saídas rápidas para o contra-ataque, aproveitando o balanceamento atacante do Ajax. Numa dessas saídas o Di María fez o segundo golo, numa jogada bonita em que a bola ainda passou pelos pés do Ramires, Nuno Gomes e Saviola. Isto deixava adivinhar um jogo mais ou menos tranquilo. Só que nos minutos finais da primeira parte o Ajax pressionou bastante, a chegou ao merecido golo, num grande remate à entrada da área após uma tabela que tirou o Luisão do lance.
Na segunda parte o Benfica parecia apostado apenas em gerir o resultado, tendo mais uma vez o Ajax entrado bem. E mais uma vez aproveitando uma falha da defesa holandesa, marcámos o golo da tranquilidade, sendo o David Luiz à boca da baliza quem aproveitou um mau corte de um defesa adversário. Seguiram-se alguns minutos de desorientação do Ajax, durante os quais o Benfica deu a impressão de poder marcar um quarto golo quase em cada ataque que fazia, e só nos quinze minutos finais é que o Ajax voltou a tomar conta do jogo e a pressionar, chegando ao segundo golo e ainda ameaçando o empate um par de vezes. Não o conseguiu, e assim o Benfica saiu de Amesterdão com o pleno: duas vitórias e o troféu.
Di María e David Luiz foram para mim os melhores. Bem acompanhados pelo Javi García (muito bom nas compensações e a destruir o jogo do adversário, não hesitando em recorrer à falta quando necessário) e pelo Ramires, cuja primeira parte me agradou mesmo muito, sobretudo nas ajudas defensivas e subsequentes saídas para o ataque. O Maxi esteve ao nível habitual, e o Shaffer voltou a mostrar-se mais no ataque, e melhorou um pouco na defesa (embora ainda com algumas falhas). Menos bem pareceu-me o Luisão na primeira parte, em que acumulou erros. Não é propriamente uma surpresa, pois o Luisão tem tendência a ter estas falhas enquanto não ganha ritmo, e ele até agora apenas tem dois ou três dias de treinos nas pernas. Na segunda parte já melhorou a sua prestação.
Agora são cinco dias sem jogos até ao Torneio de Guimarães. Vai parecer uma eternidade.
O pasquim traz hoje uma notícia que me deixaria preocupado se... não fosse dada pelo pasquim. É-me difícil de acreditar que o nosso subcapitão (mas que será o capitão na maior parte dos jogos) possa ser vendido por... 10 milhões de euros, quando a sua cláusula de rescisão é de 20 milhões (e não 25 como dizem eles). Ainda por cima, depois escrevem que o Benfica não está interessado no Manuel da Costa da Fiorentina porque “os responsáveis benfiquistas preferem um central mais experiente para substituir Luisão”. Quer dizer, estes senhores do pasquim argumentam que o Benfica quer vender o Luisão por metade da cláusula de rescisão para depois comprar um “central mais experiente”. Portanto, entre o “deve” e o “haver” ganharíamos... trocos! Isto quando o Luís Filipe Vieira já disse mais do que uma vez que não iria sair ninguém importante do plantel. E não me parece que o tenha dito levianamente. Mas também de uma publicação que rouba um golo ao Cardozo logo na 1ª página (Sion, Shakhtar, Olhanense, Atl. Madrid e Sunderland dá cinco nas minhas contas) é de esperar tudo menos rigor...
Por outro lado, muito se tem falado do interesse do Benfica no Júlio César do Belenenses. A minha posição em relação aos guarda-redes é muito simples: ou vamos buscar alguém que seja um titular indiscutível e, portanto, bastante melhor do que os que cá estão, ou não vale a pena. Alguém no seu perfeito juízo considera que o Júlio César é muito superior aos três guarda-redes do plantel? Fala-se na idade dele (22 anos), mas não precisamos de um “guarda-redes para o futuro”. Necessitamos, sim, para o imediato. Com o devido respeito, o titular de um clube que desceu de divisão é o indicado para a baliza do Benfica? Hello?! Já viram estas imagens? A diferença entre o Moretto e este é a mesma que entre a A22 e a Via do Infante...
P.S. - Tenho pena que o Javi García tenha ficado com o nº 6. Mas entretanto o 11 ficou livre. Um número mais apropriado para um... extremo e/ou avançado.
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