Estou a ver o "Trio d'Ataque" e o António-Pedro Vasconcelos é muito bom a defender o Sporting no ataque ao sportinguista Vítor Pereira. Quase tão bom como a louvar o Hulk. Numa coisa o homem tem razão: isto no tempo do Eça resolver-se-ia à bengalada.
As eleições terminaram ontem. Ganhou o Sócrates. Não vou aqui discutir se foi bom ou mau, porque este blog não trata destes assuntos.
Apenas referir que com o Sócrates teremos TGV Porto-Lisboa. O autocarro é cada vez mais um meio de transporte pouco fiável. O que aconteceu este fim de semana ao Leixões é prova disso. Mesmo trazendo dois autocarros até à Luz estes de nada lhes serviram, pois avariaram-se os dois.
Como tal o TGV pode ser uma boa alternativa às equipas que se desloquem à Luz.
Já se começa a perceber que muito dificilmente o Benfica poderá contar com o treinador de andebol que melhores garantias lhe dá, pois o senhor Olímpio Bento tudo fez, faz e fará para inviabilizar tal possibilidade.
Não aceito, e menos ainda após a canhestra explicação publicada pelo referido devoto, as motivações do dito. Independentemente disso, parece-me que a perpetuação desta situação se torna impossível de sustentar, sob pena de hipotecarmos o futuro do nosso actual treinador, o professor José António.
Assim, resta lamentar que o feudo do professor Olímpio Bento não tenha a independência, a elevação e a qualidade da Faculdade de Motricidade Humana. Esta, ao contrário do quintal do dito Olímpio, não só não está debaixo de nenhuma canga despótica como, inclusivamente, se sente muito honrada por protocolar com instituições desportivas.
Apenas assim se explica que o Presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto inviabilize que um seu professor trabalhe no Benfica, e que, pelo contrário, a Faculdade de Motricidade Humana se sinta muito orgulhosa pelo facto de ter dois professores, o professor Pedro Mil-Homens [link] e o professor José Gomes Pereira [link], a trabalharem também no Sporting.
É a diferença entre pertencer a uma faculdade que está ao serviço do país ou pertencer a uma faculdade de que alguém se serve para prestar vassalagem ao dono.
Mais uma goleada, e por sinal bem saborosa num jogo em que do outro lado nos apareceu uma equipa anacrónica, que provavelmente encaixaria que nem uma luva num compêndio do pior catenaccio do início da década de oitenta. O Leixões parecia querer imitar aquilo que o Marítimo fez na primeira jornada, o que não deixa de ser estranho, já que normalmente as equipas do José Mota não jogam assim, e esta época já os vimos tentarem jogar de peito aberto no Estádio do Ladrão, tendo sofrido quatro golos em 45 minutos. O problema para o Leixões é que nem sempre se pode contar com tanta sorte como a que o Marítimo teve, e quando isso acontece o resultado mais provável é aquilo que vimos esta noite.
Onze sem surpresas, apresentando até o 'indisponível' Javi García de início, tal como o Ramires. Se estes dois estavam limitados, não se notou nada. A única dúvida habitual na constituição da equipa tem vindo a ser quem joga na esquerda da defesa, e hoje foi a vez do César Peixoto. O Benfica, para não variar, teve uma entrada muito forte em jogo, e logo ao segundo minuto esteve perto de marcar, com o Cardozo, Saviola e Maxi, na mesma jogada, a terem a oportunidade de fazê-lo (o Maxi fez a bola ir ao poste). O Leixões depressa terá percebido que não podia deixar o Benfica impor aquele ritmo, e dois minutos depois já o seu guarda-redes se tinha lesionado sozinho, tendo o jogo ficado parado mais de dois minutos para que fosse assistido, e começando a recordar-nos do espectáculo degradante que um certo Peçanha tinha dado na primeira jornada. Esta palhaçada encenada pelo guarda-redes leixonense foi só o mote para aquilo que se seguiria. Foi um sem fim de encenações, perdas de tempo em reposições de bola, quezílias, discussões, e tudo isto regado por faltas atrás de faltas para parar os nossos jogadores, muitas delas a serem pura violência (o Di María que o diga). O tempo útil de jogo deve ter baixado drasticamente durante este período, e os próprios jogadores do Benfica pareceram começar (naturalmente) a enervar-se com tudo isto. Talvez por isso tenhamos falhado alguns golos que, a terem entrado, dariam outra tranquilidade à equipa (as oportunidades do Cardozo e do Aimar, após tabela com o Saviola, foram as mais flagrantes).
A 'impetuosidade' dos jogadores do Leixões, apesar da 'boa vontade' (leia-se: passividade) do árbitro, acabou por ter a consequência lógica, ou seja, uma expulsão por acumulação de amarelos ainda antes da meia hora de jogo. E se antes disto já era notório que o único interesse do Leixões era defender (terão feito algum remate à nossa baliza?), depois então foram mesmo dez jogadores acantonados no último terço do terreno, e mais pancadaria, aproveitando o facto do árbitro, depois de já ter expulso um jogador, certamente não ter coragem para mostrar mais cartões tão cedo. Houve faltas que, com rigor, até poderiam ter dado vermelho directo, e nem o amarelo saiu do bolso do árbitro. Mas tenho que pelo menos dar-lhe os parabéns por ter tido a coragem de dar cinco minutos de descontos no final da primeira parte. Só a assistência ao guarda-redes do Leixões e cada um dos amarelos do Pouga foram mais do que isto, e regra geral um árbitro português teria dado, com muito boa vontade, dois minutos de descontos, fazendo o crime compensar. E foi precisamente durante este período de compensação que marcámos o importantíssimo primeiro golo. Num cenário que já vimos diversas vezes esta época, o Aimar marcou um livre para a área, e o David Luiz fez, muito à vontade, de cabeça o golo. O golo foi importantíssimo porque, com ele, desmoronava-se a estratégia do Leixões, e permitia à nossa equipa sair para o intervalo com outra tranquilidade. Já gora, convém mencionar que antes da marcação do livre o Aimar viu provavelmente um dos amarelos mais ridículos do campeonato, por ter movido a bola dez centímetros para o lado. Isto enquanto os sarrafeiros do Leixões iam vendo as suas pantufadas no Di María e no mesmo Aimar serem recompensadas com o tradicional gesto do 'não voltas a fazer isso!' por parte do árbitro. São critérios destes que depois levam a que o Bruto Alves seja um dos jogadores mais disciplinados da Liga, enquanto que o sarrafeiro do Aimar chega ao fim da época com mais amarelos do que ele.
Para a segunda parte, era expectável um avolumar do resultado. Para além de reduzido a dez, o Leixões teria que abrir um pouco mais, dado estar a perder, e também tinha que começar a encolher-se na estratégia de parar os nossos ataques à custa de faltas, porque os amarelos já abundavam. Nós limitámo-nos a fazer o nosso futebol, com muita mobilidade dos jogadores, pressão alta, e o Aimar a pegar na batuta do jogo. Demorámos dez minutos a marcar o segundo. Após o Aimar e o Saviola terem feito mais uma daquelas jogadas à futsal, com trocas de bola ao primeiro toque, o primeiro foi derrubado quando seguia isolado para a baliza. Penálti, expulsão, e bomba do Cardozo. E daqui até final, foi um desfilar de oportunidades, e contar a marcha do marcador. Três a zero após uma boa jogada entre o Coentrão e o Peixoto na esquerda, com este a centrar para o Ramires aparecer ao segundo poste a finalizar (e até me pareceu que houve penálti sobre o Nuno Gomes neste lance). Quatro a zero pelo Maxi, num remate cruzado da direita, após o Ramires ter recuperado a bola no seguimento de um grande remate do Di María, para defesa apertada do guarda-redes do Leixões. E cinco a zero num lance muito bonito pela sua simplicidade. Foi uma jogada de combinação entre o Coentrão, o Peixoto e o Cardozo, com o paraguaio a desmarcar o Peixoto na esquerda, e a surgir depois na área, ao primeiro poste, a cabecear exemplarmente o centro perfeito do Peixoto. Foram cinco, podiam até ter sido mais.
E quem é que não jogou bem hoje? Sinceramente, para mim, ninguém. O Aimar encheu o campo mais uma vez, o Cardozo marcou dois, o Di María não parou quieto, o Peixoto fez duas assistências, o David Luiz (ou o nosso Beckenbauer) está um portento e abriu a goleada, o Ramires é, provavelmente, uma das nossas melhores contratações desde o Valdo, o Coentrão voltou a entrar para dinamizar ainda mais o nosso jogo, enfim, nenhum dos nossos jogadores merece reparo por ter estado mal.
Para além da natural satisfação pela vitória do Benfica, e pela mão-cheia de golos marcados, hoje saí da Luz com o contentamento extra de ter visto a táctica anti-futebol que o José Mota tentou implementar ser castigada de forma exemplar. Tendo em conta aquilo que nós estamos a jogar, mesmo tácticas destas correm o risco de serem severamente punidas caso haja o menor erro. Hoje, nem mesmo ficando dois penáltis por marcar a nosso favor, nem mesmo com antijogo que atingiu níveis grotescos na primeira parte, nem mesmo com pancadaria de meia-noite a não ser devidamente punida, se conseguiram safar. E sempre que isso acontece, para além de ganhar o Benfica, sinto que também o futebol ganhou um bocadinho.
... via Estádio da Luz.
José Mota: vai para o "órgão sexual masculino"*.
(O que me custa reproduzir, porque para a personagem em questão será desejar-lhe profundo prazer)
* inserir impropério adequado.
Falamos muito do futebol, mas no hóquei a roubalheira é ainda mais à descarada. A Supertaça disputada hoje só mostrou que vamos ter mais do mesmo esta época. Os andrades já têm uma grande equipa, e ainda por cima, sempre que necessário, outros factores há que continuarão a desequilibrar o jogo para o seu lado sempre que necessário. Mesmo tendo metade da Selecção Nacional no nosso plantel, assim vai ser muito difícil.
Apesar do Sp. Braga ter vencido ontem e de ter tornado impossível a nossa passagem para o 1º lugar este fim de semana, nem por isso o dia de hoje deixará de ser muito importante para o futuro da Liga portuguesa. Com os outros 2 grandes a defrontarem-se entre si, temos obrigação de aproveitar a perda de pontos que uma equipa ou mesmo as duas perderão nesse confronto. E embora se possa considerar uma vantagem despicienda à 6ª jornada, a verdade é que podemos acabar o dia de hoje com 3, 5 ou 6 pontos de avanço dos nossos adversários directos. E eu tenho a nítida sensação de que se este ano nos deixam fugir, nunca mais nos apanham.
Na semana passada até cumprimos com aquela que é para mim a premissa fundamental do futebol moderno, sobretudo nos jogos em que uma das equipas é bem mais forte do que a outra, que é a de concretizar uma das duas ou três primeiras oportunidades de golo. O problema foi termos sofrido um golo passados poucos minutos e de tudo ter então voltado à estaca zero, com o Leiria a poder (re)entrincheirar-se no seu meio-campo, deixando a cargo de dois ou no máximo três jogadores a saída para o contra-ataque. Assim sendo, e como alguns dos nossos jogadores não estiveram tão bem como já nos habituaram (Rarmirez à cabeça), e também (porque não dizê-lo) por mérito do adversário que nos estudou muito bem, o resto do jogo foi um sofrimento atroz, felizmente com final feliz.
Infelizmente algumas mazelas terão ficado e ainda subsistem dúvidas de que Javi Garcia possa jogar hoje. Embora, como já disse, considere o jogo de hoje muito importante, não estou disposto a perder Javi por diversos jogos, nomeadamente no jogo da Liga Europa da próxima quinta-feira, caso seja esse o preço a pagar pela sua inclusão na equipa hoje. Estou certo que também Jorge Jesus pensa desta forma.
Caso Javi não jogue, deverá entrar Amorim para médio-defensivo. Perderemos necessariamente capacidade de choque mas com um apoio mais directo de Ramirez, deixando a ala direita para o regressado Maxi que é capaz de a fazer em toda a sua extensão, essa lacuna pode ser disfarçada. Cardozo deverá voltar a fazer dupla com Saviola, até porque se há coisa que o jogo de Leiria demonstrou foi que Keirisson ainda não é jogador para estas andanças. Aimar e Di Maria deverão completar o 11, isto caso JJ não esteja a pensar colocar Coentrão no lugar do extremo esquerdo. Tenho para mim que mais dia menos dia Coentrão vai ter essa oportunidade. E tem-na justificado nos poucos minutos que tem jogado na Liga. O problema dele chama-se Di Maria, mas a participar em várias competições e com jogos internacionais ao nível da selecção pelo meio haverá espaço para ambos. E quem sabe se não será hoje a primeira oportunidade do jovem esperança português.
Por último gostava de ver a Luz com mais de 50 mil espectadores hoje. Já não peço casa cheia mas um apoio substancial dos benfiquistas será meio caminho andado para vencermos mais um jogo.
'Velho'. 'Pré-reformado'. 'Acabado para o futebol ao mais alto nível'. Estas foram apenas algumas das expressões que os benfiquistas ouviram vindas das bocas de alguns invejosos (e também de alguns daqueles que, sendo das nossas cores, gostam sempre mais de criticar primeiro e pensar depois) quando o Rui Costa anunciou que o Aimar seria o seu sucessor como 'número 10' no Benfica.
Pouco mais de um ano depois, ei-lo de regresso aos convocados da selecção da Argentina. Algo que me orgulha como benfiquista, e que me enche de satisfação, pois sou um admirador do futebol do Aimar, que considero ser uma peça fundamental na nossa equipa. Esta convocação não deixa de ser uma vitória pessoal do Rui Costa, dado ser o Aimar uma sua aposta pessoal, e também uma demonstração de competência por parte da estrutura de suporte ao futebol do nosso clube, particularmente do L.O.R.D.. E já agora, também do Jorge Jesus, que colocou o Aimar a jogar na sua posição e lhe devolveu os níveis de confiança. Normalmente já torço sempre pela Argentina nos Mundiais, mas com Di María e Aimar na equipa, mais ainda vou torcer para que se apurem. Até porque espero em breve poder ver o Saviola juntar-se-lhes.
(A pedido de várias famílias)
Dentro do espaço que dedicamos aqui na Tertúlia às espécies raras e em vias de extinção, apresentamos hoje o último exemplar do Homem-de-Neandertal que ainda subsiste à face da Terra. Segundo a Wikipedia, este homem "tem sido descrito no imaginário popular de forma negativa em comparação com o Homo sapiens, sendo apresentado como um ser simiesco, grosseiro e pouco inteligente". O que me parece que se aplica perfeitamente à figura em causa. Mas quem, senão ele próprio, para o definir melhor?
Excertos do programa Trio d’Ataque de dia 22-9-2009.
“Não há nenhum benfiquista ferrenho que diga que é penalty”
[Curioso, eu ainda não vi, li, ou ouvi nenhum benfiquista a dizer que não é...]
“Houve uma altura em que o Toni mandava nos árbitros na Luz, o Humberto levantava a mão e era o fiscal-de-linha. Isso é manifesto. Durante uma década foi assim. Um fartar, vilanagem. Isso é um dado objectivo.”
[Como se depreende, este tipo era um frequentador habitual do Estádio da Luz e naquela altura já havia 20 câmaras em cada jogo que tiravam as dúvidas todas acerca dos lances... Reparem na precisão da criatura: “dado objectivo”.]
“Ele não pode levantar o pé àquela altura?! (...) Mas qual altura da cabeça?! O Aimar é que é baixinho! Achas que o pé está à altura da cabeça? É que não está à altura da cabeça. Não passou a estar à altura da cabeça. (...) Mas que não levantou o pé à altura da cabeça, não levantou. Pode-se medir.”
[Esta imagem é o momento do toque na bola. O pé está à altura do peito do Aimar, o que só por si já constitui “jogo perigoso”. Como lhe toca, passa a ser "jogo perigoso" com contacto físico e punível portanto com livre directo ou, dentro da área, penalty. Gostaram da magia da repetição "o pé à altura da cabeça"?]
“E há pessoas que, depois de verem na televisão, dizem que a bola está à altura da cabeça. O Aimar é baixo e até baixa um pouco a cabeça e é duvidoso quem é que faz jogo perigoso. Uma coisa que se pode ver, que se pode medir, a bola está a 1,60m no máximo e dizem que está à altura da cabeça. Isto presume o pior.”
[Presume, de facto, o pior. Esta imagem é o momento em que o pé do jogador do Leiria está mais alto. E, como se pode verificar, este espécime deveria ser preservado pela Humanidade. Reparem: “bola está a 1,60m no máximo e dizem que está à altura da cabeça”. Nem com as imagens vai ao sítio. Lá está, a definição de neandertal: “pouco inteligente”. Ou então, visionário: "é duvidoso quem é que faz jogo perigoso". O Aimar pode estar a fazer "jogo perigoso" em pé e com a cabeça perfeitamente levantada!]
“Depois disto, depois de ver isto, dizer-se que o pé foi à altura da cabeça, quer dizer, que o pé foi à altura da cabeça, é comparar a Torre de Belém à Torre Eiffel.”
[Tal como em excertos anteriores, a poesia da repetição: "que o pé foi à altura da cabeça, quer dizer, que o pé foi à altura da cabeça". Repetição, imitação: “simiesco”.]
“Este penalty marcado ao Leiria é dos casos mais flagrantes dos últimos três / quatro anos. (...) Admito que não haja mais nenhum penalty como este nesta época. É altamente suspeito.”
[Isto dito apenas 24 horas(!) depois deste lance no jogo do clube dele. Fabuloso!]
P.S. – E quer esta criatura acertar nos resultados eleitorais...!
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