Não tenho dúvidas sobre a superior qualidade do nosso Benfica.
Não tenho dúvidas de que para sermos campeões neste futebolzinho de corruptozinhos teremos de sofrer muito, lutar muito e nunca deixar de apoiar e acreditar nos nossos.
Não tenho dúvidas de que Jorge Sousa não terá hoje, ao chegar a casa, o comité de boas vindas que teve depois de ter apitado o jogo de Benfica em Leiria.
Acredito que seremos campeões, de forma limpa e cabeça erguida.
[subscrevo inteiramente o post do Onyros que antecede este]
... mas venham-me cá agora com aqueles moralismos de merda dizer que não se deve falar das arbitragens.
Quando o Benfica deu 4 em Belém os meus amigos portistas apelidaram o Belenenses de equipa fraca e sem nível, uma das piores da Primeira Liga.
A pergunta que deixo é esta:
"Agora que os defrontaram ainda os consideram fracos?"
O desespero é tal que o sistema já manda às urtigas as aparências e a discrição enquanto esperneia e esbraceja enraivecido numa tentativa de manter o status quo. O Vítor Pereira, enlouquecido e pressionado, provoca-nos de forma quase pornográfica.
Dada a gravidade das acusações proferidas, aqui fica a flash interview de Manuel Machado, no final do jogo da passada segunda-feira, depois de ter sido goleado por 6-1 pelo Benfica.
É de notar a grande evolução na fluidez de discurso do treinador do Nacional, que durante anos nos habituou ao 'manuelmachadês' cerrado, sendo agora muito mais perceptível aquilo que quer dizer. É notório também que os ares da Madeira lhe têm feito bem, já que anda com muito melhor cara.
Andam por aí a circular umas imagens alteradas do senhor nosso treinador, e eu vi-me na obrigação de repor a verdade. A única imagem válida daquele dia é esta e mostra o senhor nosso treinador num gesto que revela a sua correcção relativamente a certos seres humanos. Admirem a sublimidade deste treinador ao dirigir-se aos bípedes que habitam no esterco (sim, no plural).
Quatro dedos levantados na direcção dos quatro defesas da sua equipa. Eis o gesto de Jorge Jesus que foi interpretado com maior ou menor bondade, a que se seguiu uma explicação que foi interpretada na mesma medida. Um gesto que deu azo a que o moralismo bacoco, parolo e pequeno ressurgisse das entranhas de um povinho que teme as labaredas do inferno enquanto se benze ao saltar as fogueiras do São João.
Alguns dos adeptos portistas que, em nome do desporto e dos seus valores, ignoram o gesto de um dirigente desportivo receber árbitros nas antevésperas dos jogos para efeitos de aconselhamento familiar fornecido em providencial envelope são os mesmos que rasgam vestes pelo gesto de quatro dedos levantados por Jorge Jesus.
Alguns dos adeptos sportinguistas que, ao verem um presidente “diferente” de um clube “diferente” apresentar futebolistas saltitando enquanto entoa o cântico “quem não salta é lampião”, interpretam o gesto como uma interessante estratégia de agregação das bases são os mesmos que agora se insurgem contra o gesto dos quatro dedos de Jorge Jesus.
Alguns dos responsáveis pelo futebol português que ignoram olimpicamente a vergonha que é o facto de a Federação Portuguesa de Futebol ainda não ter adequado os seus estatutos ao novo Regime Jurídico são os mesmos que, em surdina, se preparam para dar uma lição de moral ao futebol. A lição surgirá, exemplar e implacável, suportada no gesto dos quatro dedos.
Alguns dos jornalistas que são agredidos, ameaçados, coagidos e pressionados a nada divulgar sobre, por exemplo, as malas de dinheiro que desde o início do campeonato têm sido prometidas a todos (todos!) os adversários do Benfica para que nos consigam tirar pelo menos dois pontitos são os mesmos que, imediatamente, levantaram a pena contra o crime de lesa futebol que foi o gesto dos quatro dedos.
Alguns dos benfiquistas embarcaram (certamente devido a valores tão ou mais nobres do que os supracitados) no mesmo discurso. Um houve, num programa televisivo, que chegou a anuir num possível castigo para Jorge Jesus.
São todos perfeitos. Como escreveu o heterónimo Álvaro de Campos, no “Poema em Linha Recta”, são «todos eles príncipes - na vida». Eu, tal como Álvaro de Campos, «estou farto de semideuses!»
Fiquem lá com a sua impoluta moral e bons costumes, batam no peito e ufanem-se, puxem dos galões da cartilha das aparências e vão para o raio que os parta!
Sócio, Red Pass, cervejinha antes, bifaninha depois... e tal! Todas essas coisas boas!
Mas este ano não estou a gostar muito de ir ao estádio... passo o jogo no "senta-levanta-senta", golo aqui, golo ali! Um gajo às tantas nem sabe quem marcou os golos!
Ontem ganhámos por 3 não foi? Ãh? 4?
A partir de determinada altura perdi a conta...
Quem marcou?
E o Coentrão jogou?
Infelizmente Jorge Jesus já veio explicar que aqueles 4 dedos levantados não eram um sinal para o cretino do Manuel Machado. [link para um site ranhoso]
E digo infelizmente porque cheguei a ler que naqueles 4 dedos estava também o meu grito contra um cretino que ao longo dos anos tem destilado ódio contra o meu clube. No entanto, ainda que fossem para o Manuel cretino Machado, aqueles 4 dedos não representariam a minha revolta, porque, por mim, o cretino levava apenas com um... bem esticado e com a respectiva parelha de acompanhantes.
Fica para a próxima. Por agora, o dedo estica-se na direcção das virgens ofendidas… que lo chupen.
O sexto golo... Na verdade, nada tenho a dizer de especial sobre o sexto golo. A não ser que houve um sexto golo e por causa disso posso estar aqui a escrever "o sexto golo" num jogo do meu Benfica.
Há quantos anos não podíamos dizer ou escrever "o sexto golo" num jogo do Glorioso? E este ano já é a terceira vez que o podemos fazer. O sexto golo. (a falta de hábito é tanta que até o D'Arcy na sua crónica "viu" dois "quintos golos").
A mim dá-me um gozo do caraças escrever isto. Experimentar várias fontes. O sexto golo. O sexto golo. O Sexto Golo. O SEXTO GOLO. O sexto golo. O sexto golo.
Querem mais? o sexto golo, o sexto golo, o sexto golo... Não me canso! Só quero é brevemente poder (novamente) escrever O Sétimo Golo!
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