[opinião pessoal]
- Figura do ano: Jorge Jesus.
Luís Filipe Vieira tem, nos últimos anos, sabido rodear-se, no que respeita ao futebol, das pessoas certas nos lugares certos. Depois de Rui Costa como Director Desportivo, a vinda de Jorge Jesus tem-se mostrado acertadíssima. Jorge Jesus tem demonstrado ser o treinador de que o Benfica necessita para regressar à sua real dimensão. Profundo conhecedor de futebol, e também do futebol português, Jorge Jesus colocou o Benfica a jogar um futebol exclamativo e está a conseguir, de forma célere e competente, apresentar a equipa num plano competitivo capaz de pôr em sentido os meandros de um polvo que tem arredado a verdade desportiva do campeonato português.
- Futebolista do ano: Ruben Amorim.
O Ruben não é o melhor, longe disso. Não é uma vedeta, longe disso. Mas tem aquilo que muito aprecio e que é essencial num plantel do Benfica: a garra, a determinação, o querer e o benfiquismo que fazem dele um de nós (adeptos)… com a diferença de que ele tem a supina honra de nos representar dentro do campo.
- Desilusão do ano: Balboa.
Pensei em Keirrison, mas Balboa acaba por lhe levar a palma. Quem viu a velocidade, técnica, poder de aceleração e fantasia que colocava em campo só podia esperar excelência e qualidade… o que se viu foi um futebolista tolhido, acabrunhado e sem conseguir lidar com a responsabilidade de jogar no Glorioso.
- Figurinha do ano: Bruno Carvalho pariu uma candidatura ao nível do candidato. Demasiado rasteiro para quem se julga a voar como as águias.
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Um bom ano de 2010 para todos os nossos leitores.
Parece que vem aí o Kardec e o Airton. Não sei quem são, não lhes conheço os defeitos, as virtudes e as potencialidades. Nem me preocupo. E é muito agradável sentir que esta despreocupação não se deve a nenhum desinteresse pelas contratações, mas sim a uma total confiança em Rui Costa e Jorge Jesus.
E é em momentos como este que recordo uma das maiores lições que levei sobre futebol: o momento em que o actual Director Desportivo do nosso Benfica me (nos) ensinou como se constrói um plantel…
Eu confio.
Aqui ficam os votos de um feliz Natal para todos os nossos leitores. Saibamos viver o Verbo encarnado.
Escaldados com o caldinho montado em Braga e em Olhão, os futebolistas do Benfica tiveram o cuidado de recolher aos balneários desencontrados com os futebolistas do clube dos andrades.
Antes do abandono do campo houve várias trocas de “bocas”, o que é habitual entre futebolistas de clubes rivais depois de um jogo intenso. Após a recolha aos balneários, e levados por uma genética cultura de violência gratuita, um grupo de futebolistas do clube regional tentou, de forma abusiva, entrar na zona dos balneários destinada ao Benfica. Os seguranças presentes no local tentaram evitar esta aberrante e injustificada invasão. De cabeça perdida, alguns futebolistas andrades agrediram a soco e pontapé os seguranças presentes. De entre os futebolistas, Hulk e Sapunaru estavam completamente descontrolados. Como resultado, um dos seguranças foi barbaramente agredido e teve de ser assistido, com urgência, tendo sido suturado com oito pontos na cabeça. Estes ferimentos surgiram na sequência de uma agressão a soco e do arremesso de uma chuteira.
Muita gente testemunhou mais um acto de violência gratuita de atletas de um clube que está pejado de gente que vive numa impunidade indecente.
Houve membros da equipa de arbitragem que assistiram a tudo e, perante a visibilidade e gravidade dos acontecimentos, se sentiram na obrigação de agir. Daqui resultaram duas expulsões, a de Sapunaru e a de Hulk.
As imagens captadas pelas câmaras de vigilância são, segundo sei, esclarecedoras. Espero que sejam esclarecedoras para os órgãos disciplinares da Liga e, também, para o Ministério Público.
Não permitamos que isto caia no esquecimento ou que se branqueie a realidade. O que está em causa é a alínea f) do artigo 115.º, Secção IV, do Regulamento Disciplinar da Liga. Espero que os relatórios do delegado e do árbitro não sofram, como aconteceu num passado recente, nenhum “ajuste” para amenizar a “coisa”.
Para mim, são "contratações" como esta que o Benfica realmente precisa.
No meu (e não só) entender, o Benfica é o actual líder do campeonato.
Usar, como o faz a comunicação social poruguesa, como primeiro critério de desempate o resultado do confronto directo quando ainda só se disputou um de dois jogos é abusivo.
O único critério que faz sentido é o da diferença de golos, e aí a nossa superioridade é inquestionável.
No Eurosport, por exemplo, sempre que estivemos empatados em pontos com o braga era considerado que o primeiro lugar era nosso.
Eu sei que é um pormenor, que o que interessa é no final, mas é mais um pormenor na campanha anti-Benfica, esta de inisistirem que o líder é o braga.
Quando os resultados não aparecem, há uma corrente de opinião que imediatamente brame as lacunas estruturais. É a estrutura do futebol que não sabe responder. É a estrutura do futebol que é reactiva e não pró-activa. É a estrutura do futebol que não sabe proteger. É a estrutura do futebol que não sabe meter uma mordaça na bocarra dos jornalistas que anunciam, num delírio interessante, a vinda do Luca Toni (e quem diz Luca Toni também pode dizer o Zé Passarinho ou Homem Aranha). É a estrutura do futebol que dá explicações em demasia. É a estrutura do futebol que devia repetir à quinta-feira a explicação que deu na terça-feira, mas que foi ignorada pelos órgãos de comunicação à quarta-feira e, logo, provocará o histerismo na sexta-feira…
Depois, há os que apresentam como exemplo as estruturas modelo. E de entre as estruturas, há uma ou duas que são recorrentemente apresentadas. Uma é a do homem especialista em blindar balneários (balneários, portas de autocarro e contas bancárias próprias); a outra é estrutura do FC Porto, especialista na entrega de envelopes, colocação dos desempregados da Torre das Antas como observadores ou delegados da Liga e ainda entregas domiciliárias de quinhentinhos e viagens aos Amorins da vida.
Há, ainda, uma estrutura que peca por não copiar os métodos e as práticas das supracitadas. Uma estrutura liderada pelo Rui Costa. Uma estrutura que, na cabeça de uns quantos iluminados, só tinha a aprender com os sapientíssimos conselhos de todos aqueles que debitam doutrina sem nunca terem pisado um balneário. Essa estrutura manca, lacunar e condenada é aquela em que eu acredito. Essa estrutura permite-nos olhar olhos nos olhos e de cabeça erguida todos os adversários, pois nada temos a esconder, nada temos a temer e o que conquistarmos será de forma lícita.
Por último, resta recordar um pequeno pormenor que tem passado despercebido a todos os especialistas de estruturas: desde que Rui Costa é o Director Desportivo, nunca o nosso Benfica perdeu contra o modelo estrutural 'exemplar' do FC Porto. Deve ser porque tem muito a aprender com os métodos deles e de outros que andam por aí.
Já comecei enésimos posts a sublinhar a minha inteligência mediana e a minha sagacidade qb no que à análise de futebol diz respeito. E aliás, se quisermos (e queremos), ser totalmente sérios (repare-se como me pus a falar na primeira pessoa do plural sem qualquer razão aparente), devemos alargar essa introspecção aos demais assuntos aos quais dedico a parte do tempo que me resta, isto é, a infíma parte que o Benfica não toma.
Feito este esclarecimento e devido aos factos acima enunciados não posso (nem quero!!!) deixar de puxar para o meu lado o mérito que me assiste depois de ter visto o Benfica vencer ontem o fcp com as armas que eu tinha considerado fundamentais para que a vitória não nos escapasse: Agressividade positiva e capacidade de decisão no último terço do terreno. Não precisamos de muitas oportunidades para marcar o único golo da partida e quanto à agressividade, Javi demonstrou à saciedade o que eu queria dizer quando estavam decorridos pouco mais de 2 minutos de jogo.
Acredito piamente que nós, o público, fomos de facto determinantes naquela 1ª parte, como factor motivador/intimidatório consoante a camisola que cada jogador tinha a sorte/azar de envergar. Se não acreditam, vejam com os vossos próprios olhos.
Deixem-me acreditar que os jogadores saberão imitar o seu desempenho daqui em diante, mesmo se por algum motivo tiverem de encarar uma plateia que não lhes seja favorável. E que nesses escassos jogos saibam que apesar de distantes fisicamente têm milhões de adeptos (literalmente) a gritar por eles. Independentemente de saberem que os jogadores não os podem ouvir, servindo apenas (como se fosse pouco) como demonstração do amor que nutrem pelo clube.
Cigarrada final: se aquela bola do Luis Filipe tem entrado, ter-me-ia levantado do meu lugar e perguntado em voz bem alta onde é que estava exactamente a porta pela qual deveria passar para entrar na 6ª dimensão.
Nota do Editor: a menção final deve ser lida em sentido figurado não devendo os mais jovens optar pelo sempre nocivo uso do tabaco por mais visual que seja o exemplo que este escriba utilizou para reforçar o prazer que o mesmo proporciona após uma sodomização como a que ocorreu ontem entre as 20h15 e as 22h (horas aproximadas).
Nota do Editor à Nota do Editor: a primeira nota do Editor não deve de forma alguma ser descontextualizada, sendo na generalidade a sodomização, quando não aceite pelo sodomizado, uma prática a todos os títulos reprovável. Como a sodomização aqui referida teve na figura de sodomizado o clube fcp, esta além de socialmente aceite deve ser encarada por todos os bons chefes de família como uma óptima oportunidade de praticarem o chamado dever educacional e de chamarem os seus jovens petizes para uma conversa que começará necessariamente pelo habitual "Sabes filho, os pássaros e as abelhas..."
Tendo em conta que já ando por aqui na blogosfera a escrever umas coisas sobre os jogos do nosso Benfica há cinco anos (tudo começou numa fria noite de Dezembro de 2004, após uma noite desastrosa no Restelo) devem saber que, por norma, não tenho o hábito de utilizar excessos de linguagem nestas crónicas e, apesar do meu mais que natural facciosismo, tento analisar os acontecimentos dos nossos jogos de uma forma minimamente objectiva. Tendo isto em conta, fazendo então uso do máximo de objectividade que me é possível para falar deste jogo, o que me apetece escrever é:
INCHEM PORCOS!
OK, agora que já deitei isto cá para fora: é isto? É só isto que a maravilha futebolística do fóculporto, na sua máxima força, em plena recuperação e na mó de cima para este jogo, como não se cansaram de nos martelar, tem para apresentar? É por isto que me querem impingir que o Super Escarreta vale 100 milhões? Fomos melhores sem o Aimar, fomos melhores sem o Di María, sem o Coentrão, ou sem o Amorim. Fomos ainda melhores mais tarde, sem o Ramires. Fomos melhores com o Carlos Martins, com o Weldon, com o Luís Filipe, e tenho a certeza de que esta noite seríamos melhores mesmo que fosse necessário ir buscar o Balboa. Fomos melhores porque esta noite fomos uma equipa sólida, coesa, organizada e com garra e vontade de vencer. E do outro lado, o pessoal que não sabia quem era o Saviola e o Cardozo, que tinha a certeza que iria passar o ano na liderança, e que nem se preocupava connosco apresentou uma equipa medrosa na primeira parte, e que quando precisou de correr atrás do resultado a melhor jogada que conseguiu imaginar foi despejar livres assinalados perto da linha do meio campo para dentro da área.
Para este jogo, como sabíamos, tínhamos o extremo titular (Di María) suspenso. A opção óbvia para o substituir (Coentrão) também. Foram desenhados todos os cenários e mais alguns face a isto. David Luiz na esquerda, subindo o Peixoto, Menezes, etc. Temos mais um extremo no plantel, chama-se Urretavizcaya, e foi ele quem jogou. E bem. Conforme esperava, o Ramires recuperou e ocupou o seu lugar, e face à indisponibilidade do Aimar, avançou o Carlos Martins. Do outro lado, o receio do costume do Juju ficou desde logo expresso com a presença do insípido Guarín no onze. Deve ser a tradicional corrente de pensamento que defende que em campos em mau estado só mesmo jogadores brutos ou toscos é que conseguem jogar (basta vermos o sucesso que a equipa do sportém, recheada de toscos, brutos, ou ambos tem nos jogos em casa que esta teoria desmorona-se imediatamente).
A primeira parte resume-se à superioridade do Benfica. Primeiro, porque ganhámos claramente a luta do meio campo. O Javi foi o monstro do costume naquela zona, mas foi muito bem auxiliado nas suas tarefas pelo Carlos Martins e pelo Ramires, enquanto que o Urreta substituiu muito bem o Di María na tarefas de saída rápida para o ataque. Ganha esta luta, o Benfica subiu as linhas de pressão, tendo eu hoje visto aquela pressão sobre o jogador adversário portador da bola ainda no seu meio campo, a exemplo do que vimos tantas vezes no início da época. Juntando a isto a forma como soubemos ocupar os espaços e cortar linhas de passe, o resultado foram várias recuperações de bola logo sobre a linha do meio campo, ou mesmo ainda no meio campo adversário, sendo que estes praticamente não conseguiam sair para o ataque de uma forma minimamente organizada - a quantidade de passes errados dos andrades deve ter sido brutal. Em termos práticos, isto fica evidente num simples facto: durante a primeira parte, os andrades fizeram um remate, remate esse feito aos dois minutos de jogo, na sequência de um livre, e que o Homem dos 100 Milhões se encarregou de fazer passar, sem exagero, uns quinze metros acima da baliza (OK, houve outro remate, mas considerar aquilo que o Homem dos 100 Milhões fez, levando a bola a sair pela linha lateral, um remate parece-me um exagero). O nosso golo resulta aliás de mais uma recuperação de bola ainda no meio campo andrade. Com alguma felicidade, é certo, o corte do David Luíz apanhou a defesa adversária em contra pé, e fez a bola ir ter com o Saviola. Depois a frieza do argentino, com um simples toque na bola, fez o resto. Já agora, gostaria de saber quanto se terá que pagar para podermos sentarmo-nos confortavelmente e ver um golo do Benfica no lugar privilegiado que o Maxi ocupou.
A vantagem ao intervalo era mais que justa, e a segunda parte trouxe um Benfica um pouco mais retraído, sem no entanto perder o controlo. Os andrades, naturalmente, tinham que forçar para chegar ao golo, e deixaram o Guarín no balneário, entrando o Varela para o seu lugar, e passando o Homem dos 100 Milhões para o lado do Falcao. Durante os primeiros quinze minutos não se passou nada de extraordinário, mas depois começou a ser visível que jogadores com menor ritmo competitivo, como o Carlos Martins e o Urreta, estavam a perder gás, e isto permitiu aos andrades subirem um pouco mais, e ter os seus dois melhores momentos no jogo: um remate do Pereira que o Quim defendeu, e um outro do Meireles que tabelou num jogador nosso e acabou por passar pouco ao lado. O Jorge Jesus viu bem e mexeu bem na equipa. As entradas do Weldon (foi encostar-se à esquerda) e do Luís Filipe (para médio direito, passando o Ramires para o centro - depois o Luís Filipe acabou por trocar com com o Maxi), quando faltavam cerca de vinte e cinco minutos para o final, acabaram com quaisquer veleidades do nosso adversário. Infelizmente o Ramires lesionou-se pouco depois, e teve que ser substituído pelo Menezes. O certo é que depois das substituições o Benfica voltou a ter o jogo na mão, e raramente o nosso adversário deu ideia de poder discutir o resultado, já que nesta fase já optava quase exclusivamente pelo pontapé para a frente. Segurámos a justíssima vitória, que até poderia ter sido mais dilatada, sobretudo se um penálti absolutamente incrível cometido pela Meretriz Uruguaia tem sido assinalado. Há lances que são duvidosos, e que muitas vezes até depois das repetições em câmara lenta se continua com dúvidas. Mas aquilo? Alguém pode ter ficado com dúvidas? Acho que só em Portugal, e só aquele clube é que se safaria de ter aquele penálti assinalado contra. Ah, e para os amantes de estatísticas que pululam na comunicação social, sugiro que vão verificar quantos jogos da Liga o fóculporto conseguiu vencer depois do adversário marcar primeiro.
Já o disse antes: vencemos esta noite sobretudo por termos jogado como um equipa. Não quero cometer injustiças ao destacar este ou aquele jogador. Mas quero mencionar o óptimo jogo feito pelo miúdo Urreta enquanto teve pernas. Não sei como seria o jogo se tivesse jogado o Di María ou o Coentrão, mas o Urreta fez com que não ficássemos com saudades deles. Depois, e porque nem sempre sou muito simpático com ele, quero também elogiar o Carlos Martins. Foi importantíssimo na organização de jogo, e uma ajuda fundamental na luta do meio campo. Também, enquanto teve pernas. A defesa esteve bem num todo, mas o David Luiz esteve ao nível do costume, ou seja simplesmente imperial. O Javi foi um monstro no meio campo, e que dizer do Ramires? Esteve lesionado e em dúvida para este jogo? Não se notou nada, porque em campo foi o guerreiro do costume, e só foi pena ter saído lesionado.
O jogo de hoje mostrou, claramente, quem é a melhor equipa. Os nossos jogadores estão de parabéns. Foi uma vitória à campeão, conquistada à custa de muita luta, e de todos terem trabalhado em prol da equipa. Sinto-me muito, muito orgulhoso da nossa equipa. Tem piada que os nossos adversários e inimigos gostam de acusar a comunicação social de nos ser simpática, e sobrevalorizar a nossa equipa e jogadores. Depois do que eu vi esta noite, não só fiquei sem dúvidas sobre qual é a melhor equipa, mas fiquei também sem muitas dúvidas sobre quem é que andará a ser sobrevalorizado.
Como tinha previsto a associação recreativa das antas não passou.
O Benfica fez um grande jogo na primeira parte, e geriu bem na segunda parte.
Parabéns ao Jorge Jesus pela coragem de lançar um jogador jovem com muita qualidade e que ainda não tinha jogado, o Urreta. O puto fez um grande jogo.
Estamos com 4 pontos de avanço sobre a Associação Recreativa das Antas, é um bom tónico para o resto do campeonato.
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