Segundo informação que um leitor nos fez chegar, mas que ainda não pudemos confirmar, hoje almoçaram no Restaurante Anadia, restaurante do Grande Hotel da Curia, três senhores na mesma mesa: um chamado Elias, um outro chamado Carlos, mas conhecido como Carlão, e um terceiro senhor chamado Carlos Freitas.
Até aqui nada de especial. E nem o facto de o Carlão e o Elias serem futebolistas da União de Leiria e de Carlos Freitas ser dirigente do Sporting de Braga confere um carácter excepcional ao almoço. Aliás, nem o facto da União de Leiria jogar, na quarta-feira, contra o Benfica confere um significado diferente a este almoço entre três amigos.
Há já uns tempos que se diz nos mentideros do futebol que Murilo Maia (empresário de Carlão) e António Araújo (empresário de Elias) deram ordem aos atletas para não se comprometerem com nenhum clube, pois caso assim o fizessem passariam a ver Braga por um canudo.
Portanto, certamente que este almoço, a ter acontecido, não indicia nada de especial. O facto de um dirigente do Sporting de Braga ter almoçado com dois atletas da União de Leiria na semana em que a União de Leiria joga com o Benfica só seria relevante se conseguíssemos provar que o almoço teria sido uma pratada de lentilhas e que teria sido pago pelo Freitas. Coisa que certamente não aconteceu, pois as lentilhas não são hábito saudável num futebol que costuma preferir fruta.
Pelo caminho, fala-se de túneis e ninguém se preocupará com a ementa deste suposto almoço.
O primeiro facto a destacar no jogo desta noite é o ambiente fantástico que se viveu na Luz. 52.616 espectadores estiveram presentes, e criaram um clima como normalmente se costuma viver nos grandes jogos europeus. A onda vermelha está em pleno. Depois, claro, a vitória convincente sobre a única equipa que esta época tinha vencido na Luz, que nos mantém colados ao primeiro lugar.
Alguma surpresa pela ausência do Ramires dos convocados. No seu lugar jogou o Carlos Martins. Na defesa, o Fábio Coentrão manteve a titularidade do lado esquerdo da defesa. Entrada forte do Benfica no jogo, com o Cardozo logo no primeiro minuto a dispor de uma boa situação após ser isolado por um passe do Javi, mas logo aí mostrou que não estava numa noite sim, pois demorou muito tempo a rematar e foi desarmado. O Vitória respondeu bem, com um esquema táctico semelhante ao que lhe trouxe bons resultados no jogo para a Taça. Não é fácil jogar contra eles, porque estão bem organizados na defesa, e depois sabem sair rápido para o contra-ataque. Apesar de algum ascendente do Benfica - até porque o Vitória ficava no seu meio campo à espera do Benfica - o equilíbrio estava a ser a nota dominante na partida, até que aos dezassete minutos o Benfica marcou. Numa incursão pelo centro o Aimar tentou passar a bola ao Cardozo, mas o passe foi interceptado e a bola voltou-lhe aos pés, tendo então ficado isolado e marcado com facilidade. Este golo acentuou o ascendente do Benfica, que parecia capaz de poder aumentar a vantagem. Mas pouco depois da meia-hora acabámos por ser surpreendidos num contra-ataque do Vitória, e o Nuno Assis (goste-se ou não dele, a verdade é que ele é claramente o melhor jogador do Vitória, e hoje fez um grande jogo) aproveitou para fazer o golo do empate, naquele que até a altura seria o primeiro remate do Vitória na partida. O Benfica acusou o golo, e durante alguns minutos voltámos a toada de equilíbrio da fase inicial do jogo, para depois nos últimos cinco minutos voltarmos a pressionar e a ameaçar chegar ao golo, mas sem sucesso.
A segunda parte foi diferente da primeira, e para melhor. O Benfica entrou mais uma vez bem, com maior agressividade e pressionando mais alto, e isto deu frutos logo aos cinco minutos, com o Carlos Martins a aproveitar para marcar com um remate colocado após uma boa iniciativa do Aimar na direita. E o bom momento do Benfica voltou a dar resultados dez minutos depois, mais uma vez através do Carlos Martins, desta vez a finalizar uma boa jogada de ataque do Benfica com um grande remate, ainda de muito longe, a resultar num golão de levantar o estádio. O jogo agora estava bastante aberto, com o Vitória à procura do golo, e esteve perto de o conseguir, mais uma vez pelo Nuno Assis, que viu o golo ser-lhe negado por uma boa intervenção do Quim. Pouco depois, quando ainda faltavam vinte minutos para o final, o Carlos Martins estragou um noite que estava a ser quase perfeita para ele, ao ver o segundo amarelo por uma inútil mão na bola, e deixando-nos reduzidos a dez. Mas esta desvantagem numérica pouco se notou. O Vitória passou naturalmente a ter mais posse de bola, mas o Benfica manteve a organização e conseguiu até criar duas oportunidades flagrantes para aumentar a vantagem. Primeiro foi o Cardozo, a partir completamente isolado desde a linha do meio campo após passe do Di María, a falhar o golo de forma inacreditável, permitindo a defesa ao Nílson. E depois foi o mesmo Nílson, com uma defesa incrível, a negar o golo ao Éder Luís, levando a bola a bater ainda na trave. Só quase no final do jogo o Vitória voltou a ameaçar seriamente a nossa baliza, mas o cabeceamento do Douglas saiu ao lado e manteve-se a nossa justa vantagem no marcador.
O Carlos Martins, com a expulsão, conseguiu estragar uma noite que estava a ser perfeita para ele. Foi pena, mas como a expulsão acabou por não ter resultados nefastos para o Benfica, isso não lhe tira a distinção de melhor jogador do Benfica esta noite. Marcou dois grandes golos, e mesmo durante a primeira parte já tinha sido um dos jogadores mais activos. Bom jogo também do Aimar, com um golo e uma assistência, e no geral muito mais participativo e decisivo do que tinha mostrado nos últimos jogos, após regressar da lesão. Menção também para o bom jogo do Di María. No campo oposto, o Cardozo teve uma noite que de certeza preferirá esquecer rapidamente. Começou mal o jogo, e isso acabou por dar o mote para o resto da noite. A intervenção mais positiva que teve foi o toque de calcanhar para o Carlos Martins marcar o terceiro golo. De resto esteve quase sempre lento a decidir e a reagir.
Foi mais uma boa vitória frente a um adversário difícil. Temos conseguido ultrapassar estes últimos desafios, potencialmente de dificuldade elevada, com relativa facilidade e categoria. Neste momento é muito difícil travarem-nos.
Confirma-se: os lagartos não servem mesmo para nada.
Agora que o assunto das malas de dinheiro e eventuais incentivos aos adversários do Benfica está na ordem do dia, não deixa de ser interessante recordarmos esta intervenção do Guillherme Aguiar no 'Dia Seguinte':
Segundo o Alguidar, 'ainda não era ele dirigente da Liga' quando isto se passava (nota: antes de ser dirigente da Liga, o Sr.Alguidar era vice-presidente do fóculporto). Mas o mais interessante mesmo é o evidente embaraço do senhor quando, após o comentário do Sílvio Cervan 'É uma vergonha', ele parece de repente aperceber-se que terá falado demais. A partir daí a frase-chave do seu discurso passa a ser 'Não sei'. Parece ser mais um caso do peixe (ou neste caso, de um tubarão de águas profundas) a morrer pela boca.
Receoso das represálias de Sá Pinto, Salema tenta fugir para a Nova Zelândia disfarçado de alemão e com o plantel e a equipa técnica dentro das cuecas:
O Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa foi mais uma vez apanhado em escutas telefónicas. Desta vez foi a falar com o jogador Ruben Micael, a combinar uma noticia. E logo a seguir, com Antero Henriques
Ruben Micael: Tou!
Pinto da Costa: Ruben fala o Presidente!
RM: Sr. Presidente Alberto Jardim...
PC: Não, o outro!
RM: Professor??
PC: Oh pá... é o Presidente... o teu chefe
RM: Ah... peço desculpa, Sr. Presidente
PC: Olha Ruben, que foi aquela cena que se passou na Luz?
RM: Qual cena presidente... jogámos mal, levámos na boca....!
PC: Não, aquela cena que disseste que se passou no túnel?
RM: Oh, não se passou nada... era só para meter nojo. Estava chateado com a derrota... e pus-me a inventar!
PC: Olha que acho que estás enganado...!
RM: Ah?
PC: Sim... estás enganado. O Jorge Jesus no túnel colocou-te dois dedos...
RM: Oh presidente... não foi a mim, nem foi no túnel e foram quatro dedos. Foi ao mister Machado... e na altura até me ri com a piada do Jesus.
PC: Ruben... escuta... foi a ti, foi, e nada que vem do Benfica tem piada. E escuta, não me voltes a interromper, percebeste?
RM: Desculpe presidente,.....
PC: Então é assim, tu vais dizer isto aos jornais: "Que o Luisão estava a falar com o Cléber. Como o Luisão tinha amarelo, de repente vem o Jesus em direcção ao Cléber e empurrou-o. Como estavas lá perto, disseste ao Rui Costa para pedir ao Jesus para ter calma. Depois vieste embora, em direcção ao balneário, e no túnel aparece o Rui Costa num lado e o Jesus noutro. O Rui Costa a dizer muitos palavrões, repetindo-os várias vezes, e o Jesus põe-te dois dedos na cara. Quando viu que não respondias, afirmas que ele voltou a pôr-te os dois dedos. Terminas a dizer que começaste a rir e foste para o balneário."
RM: Mas isso é mentir....!
PC: Está calado que quem manda sou eu. Anotaste tudo??
RM: Sim, sim presidente......!
PC: Vê lá se fazes isso bem feito, senão acontece-te a ti o que aconteceu ao outro ilhéu, ao Bruno, voltas para a Madeira de carrinho!
RM: Está bem presidente....está bem!
PC: Pronto, bem-vindo ao clube... e se tiveres saudades de uma frutinha tropical para recordar a Madeira, avisa
RM: Obrigado, Presidente
Entretanto, Pinto da Costa fala a Antero Henriques
AH: Então Presidente?
PC: Olha já falei com Ruben... para ele inventar uma cena no túnel no jogo com o Benfica
AH: Génio...o senhor é um Génio. Ele aceitou?
PC: O gajo fez-se de dificil... mas eu... mostrei quem manda
AH: Um génio Presidente... um génio!
PC: Vá... abraço!
AH: Um génio presidente... um génio!
P.S.: Estas conversas não passam de mera ficção, inspiradas nas conversas reais tidas entre Deco e Pinto da Costa, e entre Pinto da Costa e Antero Henriques
- Isto é algo que já sabíamos que tem sido prática corrente na maioria dos jogos contra o Benfica (e que já denunciámos tanto aqui como no programa), e é apenas a ponta do iceberg. Talvez alguns agora percebam melhor as declarações histéricas e desajustadas de vários jogadores adversários no final dos jogos com o Glorioso, como os cretinos do Rúben Micael e Peçanha.
Este ano vale, mais uma vez, tudo. Metam lá a carne toda no assador, enquanto fazem sessões espíritas. E a fruta toda que quiserem, já agora. É por isso que os festejos em Maio vão ser ainda maiores. Contra tudo e contra todos, como sempre;
- Por falar em fruta, o Rúben Micael é um moço saudável obcecado por fruta. Sai de uma ilha onde há muita e vai para um clube que a oferece a torto e a direito. Adequadamente, até já faz declarações com melões enfiados no rabo;
- Dá-se um bocado de protagonismo ao Salema e começa imediatamente a fazer cenas em público e a tentar redecorar o Alvalixo ('Querido, Mudei o Estádio'). ‘Ah, devíamos lá ter mais uma taça no Mundo Lagarto’. ‘E os cortinados deviam jogar com a cor das prateleiras’. Tem um ar zangado. Ou partiu uma unha ou rasgou uma meia.
Só para completar a ideia da importância do Jogo Contra a Pobreza como forma de projectar o nome do Benfica no mundo, expressa neste post do Artur, aqui vai um exemplo disso mesmo, recolhido da secção de desporto da edição de hoje do "The Times of India".
O facto de o autor do 3º golo dos "Amigos do Zidane" ser indiano foi a nota de destaque...
(em complemento ao post sobre o MST)
O MST é, muito provavelmente, um dos exemplos mais flagrantes de petulância bacoca disfarçada de militância clubista. Acha-se mais esperto que os outros, quando no fundo é um burro de proporções eduardobarrosianas, mas agita a sua deslocada presunção como uma bandeira pejada de erros ortográficos. MST comete o erro habitual dos desonestos presunçosos: acha que os outros é que são burros.
Foi uma emoção e um orgulho estar ontem no Estádio da Luz.
Orgulho-me de ser Benfiquista, de ver o meu Clube associado a uma iniciativa que além de meritória tem impacto mundial, de sermos o primeiro Clube a organizar um destes jogos, orgulho-me de ver a águia Vitória admirada por algumas das maiores estrelas do futebol mundial, de olhar em volta e ver as bancadas cheias maioritariamente de Benfiquistas como eu. Sim, porque foi essencialmente o público Benfiquista que lá esteve.
Emocionei-me ao rever em jogo o Humberto, o Néné, o Shéu (que bem que ainda joga, que grande sentido posicional), o Schwartz, o Magnusson, o Chalana, o Mozer, o Veloso, de ver jogadores ainda no activo como Miccoli, Katsouranis e Karagounis que quiseram estar aqui vestidos com o Manto Sagrado (dos que gostei menos de ver ali não vou falar; foi dia de festa, e quem os convidou merece o meu respeito).
Foi uma festa bonita; viram-se momentos de futebol com qualidade, como o fantástico passe do Miccoli para o primeiro golo, e alguns momentos mágicos do Zidane, do Káká; rendeu mais de meio milhão de euros para o Haiti; projectou mais uma vez o nome do Glorioso no Mundo.
Grande noite de Benfiquismo!
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