O presidente do Vitória de Guimarães e candidato à reeleição já veio a público anunciar que não pretende renovar o protocolo de cooperação com o Benfica. Entretanto anuncia um "acordo de cavalheiros" com o braga.
É uma clara manobra oportunista de reaproximação ao fcp e daí extrair benefícios.
Entretanto, quanto ao dito "acordo de cavalheiros", outro candidato responde-lhe:
«Não se podem fazer acordos de cavalheiros, quanto mais não seja, pela ausência de cavalheiros do outro lado».
«Não me esqueço de, muito recentemente, ter visto os adeptos do Vitória obrigados a entrar descalços no estádio do Dragão num jogo em que António Salvador surgiu no camarote do FC Porto ao lado de Pinto da Costa»
Não posso deixar de achar preocupante este possível realinhamento do VG. Não sei se não poderíamos fazer mais para mantermos os nossos aliados.
Já eu, pessoalmente, costumo confundi-los com um circo: link.
Peço antecipadamente desculpa por haver uma menção aos Delfins no artigo.
Trata-se de moços que descobriram uma súbita e tocante preocupação com quem não se qualifica para a Liga dos Campeões: link. Altruísmo do mais alto nível, é o que é. Estou emocionado. Tenho uma lágrima no canto do olho. Ou então é remela.
Num avanço sem precedentes da medicina psiquiátrico-veterinária, investigadores descobrem que existem suínos com distúrbio da personalidade múltipla: link.
Só falta a seguir convocarem uma conferência de imprensa para, indignados, exigir que se castigue toda a corrupção e as manobras pouco éticas do clube do Porto que veste de azul e branco.
Nem sempre concordo com Manuel José (o que é perfeitamente normal, visto que nem comigo costumo estar sempre de acordo) e, por diversas vezes, discordei das palavras deste algarvio desassombrado.
Lembro-me (e como me poderia esquecer?!) das palavras pouco abonatórias e de desconfiança que ele teve antes da visita dos andrades à Luz, no passado mês de Dezembro. E por me lembrar dessas palavras e do cepticismo que nelas ia, mais valor tem o elogio público que ele fez à qualidade futebolística da nossa equipa. Foi no programa “Dia Seguinte”, na passada segunda-feira, e o que aqui reproduzo é um pequeno excerto do longo e merecido elogio que Manuel José fez ao Benfica. Foi interessante e foi importante.
Num país futebolístico em que o elogio, por parte dos agentes do futebol, costuma sair célere e gratuito relativamente às qualidades de gestão de quem ganha campeonatos com envelopes a árbitros e fruta para dormir, este tipo de elogios a quem anda de mãos limpas e cabeça erguida escasseiam pelo desassombro, pela frontalidade e pela justiça dos mesmos. Num programa em que dois toleirões tentam, de forma labrega, sujar o nome, a honra e a qualidade do Glorioso, foi muito interessante ver o incómodo (que neste pequeno excerto não é notório) que as palavras de Manuel José provocaram naquela gente, jornalista incluído.
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É sabido que sou um apoiante do César Peixoto. Sou porque tenho a impressão de que ele é, essencialmente, um jogador cumpridor. Admito a idiotice do argumento, afinal de contas quem não cumpre vai-se embora, porém não tenho outro mais racional: não, o Peixoto não é um jogador de levantar estádios, no entanto está lá e cumpre. Sendo isto manifestamente insuficiente para justificar os "sobe, Peixoto", "domina, Peixoto" e etc. que eu vou gritando quando o homem anda em campo, acrescento que o que me agrada realmente é que o Peixoto parece que vai para o campo jogar à bola (e só descobri isto com a ajuda de um adepto no jogo no Restelo). Isto é, andam ali uns tipos a jogar futebol, e o Peixoto anda ali, na boa, a jogar à bola. Bem sei que este "na boa" é, por vezes, enervante, mas o Peixoto, nitidamente, não joga futebol, joga à bola, sem grande stress. Além disso, quando jogamos aos domingos e ele sobe ao relavado, era capaz de jurar que o Peixoto, como diria o Carlos Miguel Silva, tem a vaga ideia de ter sido atropelado no sábado por um camião cisterna cheio de Sagres. Por estas razões, o Peixoto parece um de nós, e é por isso que quando a malta está na bancada e puxa pelo Peixoto, o Peixoto reage. Além de tudo isto, o Peixoto mandou os lagartos às favas no início do campeonato, logo só pode ser mesmo um de nós. Assim, tenho a certeza de que o vou encontrar a festejar o campeonato connosco, e pode trazer a Diana Chaves - há-de haver minis que cheguem para toda a gente (nota: não sou eu o tipo do cartaz que dizia "PEIXOTO, DÁ-ME A TUA DIANA CHAVES").
Lembrei-me disto tudo porque parece que o Peixoto anda a dar umas dicas ao colega Coentrão. Na 2ª feira, numa declaração à imprensa, o Coentrão sai-se com esta, quando interrogado acerca da sua chamada aos sub-23: «vou dar o máximo para mostrar ao Queirós que mereço estar lá». Vale a pena ouvir. Qual mister qual quê? «Ao Queirós» e mais nada. É claro que, depois, com respeitinho chama «mister» ao Jorge Jesus (e acaba por chamar «mister» ao Queirós apenas porque está a falar nos dois treinadores).
Eu só digo uma coisa: se este lado esquerdo do Benfica não for levado para a África do Sul, confirma-se a azelhice do Queirós. Eu ficarei contente se eles não forem convocados, e não é porque tenha dúvidas acerca da azelhice do Queirós.
Eu só digo mais uma coisa: o Peixoto é grande.
Só quero dizer mesmo mais uma coisa: o Coentrão também.
Eu, como sou mais básico, sonhei com moças avantajadas em topless e de cachecol do Benfica, a festejar o Benfica Campeão cheio de jogadores à Benfica, bons e dignos de envergar a camisola cor de sangue. Estou-me positivamente a borrifar se são portugueses ou não, que o Benfica é muito maior que Portugal. E é triste que haja benfiquistas que o não percebam.
Nos meus sonhos, como na realidade, eu dou o corpo ao manifesto pelo Glorioso. Sempre e em qualquer circunstância.
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ADENDA
Este post surgiu como complemento/resposta a um post anterior que entretanto foi retirado pelo próprio autor. Admito, portanto, que, descontextualizado, possa parecer estranho e pouco oportuno e até, vá, parvo.
Por respeito a quem aqui veio comentar, e porque apreciei muitos dos comentários, optei por não retirar o raio do meu post. Está explicado. A partir de agora quem vier mandar postas de pescada para a porcaria da caixa dos comentários e perguntar a que propósito vem isto (o que, convenhamos, facilmente se percebe através da leitura dos comentários, se se tiver dois dedos de testa), vai de maca para o limbo internético.
Como seria de esperar, uma eventual vitória do SCP perante o FCP no jogo de ontem (e que veio a concretizar-se) iria causar divisão entre os lagartos, porque a derrota do FCP é um resultado que beneficia o Benfica, que é precisamente a pior coisa que pode acontecer à maioria dos seus adeptos.
Nestas alturas que fico com a sensação que lidar com os adeptos do SCP é como pegar num lagarto pela cauda. Quanto tal acontece, o corpo do lagarto separa-se da cauda e foge para algum buraco.
Os adeptos que genuinamente festejaram a vitória de ontem são como a cauda: fica a vibrar durante alguns instantes (até à próxima exibição ridícula) mas não tem qualquer utilidade (pois estão desfasados do que é a verdadeira mentalidade do clube e por isso não são tidos em conta).
Os restantes, que para mim representam verdadeiramente aquilo que é o Cepórtêm e que, portanto, correspodem ao corpo do lagarto, fogem para baixo de uma pedra, amuados por o seu clube ter ajudado o Benfica. Reaparecerão na primeira oportunidade se porem ao lado de seja quem for que lhes proporcione uma oportunidade de manifestar o seu anti-benfiquismo congénito.
Por mais que nos dê jeito, sou incapaz de ficar contente com vitórias de agremiações patéticas que, a ganhar por 3-0 a uma organização de corruptos que inquinam o futebol português há mais de duas décadas, têm adeptos que cantam músicas ordinárias anti-Benfica nas bordas daquela sanita gigante do Alvalixo, quais farrapos de excremento que se recusam a ir na enxurrada do autoclismo.
Após uma vitória contranatural do sportém contra os andrades – contranatural porque acabou indirectamente por beneficiar o Glorioso – encontro um grupo alargado de lagartos com uma incrível sanha anti-benfiquista, dizendo que, se era para ver benfiquistas satisfeitos com os pontos perdidos pelos andrades, melhor fora que não tivesse sido o sportém a surripiá-los.
É em momentos como estes que me apercebo da importância de o sportém ter ontem jogado com futebolistas profissionais e não com adeptos. Caso tivessem jogado com onze adeptos, e a julgar pelo que hoje oiço, teríamos ontem visto metade de uma equipa a jogar contra o seu clube.
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