VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Segunda-feira, 30 de Agosto de 2010

TSF

O Benfica acabara de vencer o Setúbal. No noticiário das 00h00 de Domingo, a TSF noticiava essa vitória. Oiçam de que forma isso foi feito e reparem particularmente no que diz o jornalista entre os 16 e os 24 segundos.

 

Aqui fica a ligação para ouvirem a notícia no site da TSF.

 

Noticiário das 00h00

 

[caso a TSF retire esta vergonha do seu site, aqui está uma outra ligação: Noticiário da TSF das 00h00 de Domingo, 29 de Agosto]

 

Deixo também aqui alguns contactos que podem ser úteis:

 

TSF - Direcção Editorial:

Paulo Baldaia (Director) paulo.baldaia@tsf.pt

Arsénio Reis (Director-adjunto) arsenio.reis@tsf.pt

publicado por Pedro F. Ferreira às 11:37
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Domingo, 29 de Agosto de 2010

União

O nosso campeonato poderá começado esta noite. Não tanto pela vitória em si, mas mais pela forma como ela foi conseguida, e nas condições em que o foi. Gostei muito de ver como a equipa se uniu para fazer face à adversidade, e ainda mais de ver o público que foi esta noite à Luz unir-se à equipa, apoiando-a do primeiro ao último minuto.

Estreia do Salvio nos convocados e no onze titular, ocupando a direita do meio campo e relegando o Rúben Amorim para o banco. Na baliza, a mais que anunciada troca de guarda-redes, surgindo o Júlio César a titular. E o Benfica começou o jogo à Benfica. Aquele Benfica da época passada. Velocidade, movimentações constantes, pressão no meio campo adversário e, para nos mantermos no registo da época passada, um golo logo a abrir. Com três minutos decorridos, o Aimar lançou o Gaitán na esquerda e este, com um cruzamento soberbo, deixou ao Cardozo a tarefa de finalizar de cabeça, o que este fez como mandam as regras: de cima para baixo, apanhando o guarda-redes em contra pé. O golo madrugador era o melhor que poderia acontecer a uma equipa que parece precisar, acima de tudo, de confiança, e lançou-nos para vinte minutos de bom futebol, quase sempre sob a batuta do maestro Aimar. Mas este período foi interrompido de forma abrupta com um raro disparate do Maxi Pereira (péssimo atraso 'à queima'), que resultou em indiscutíveis penálti contra nós e expulsão do Júlio César.

Acho que praticamente toda a gente naquele estádio acreditou que recém-entrado Roberto (o sacrificado foi o Salvio) iria defender aquele penálti. E ele defendeu-o mesmo. Julgo que naquele momento, ficámos todos com a sensação de que não iríamos perder aquele jogo. A inferioridade numérica alterou o perfil do jogo, com o Setúbal a conseguir ter finalmente um pouco mais de bola. O Benfica, reduzido a dez, manteve a dupla atacante, fazendo o Gaitán e o Aimar - agora mais sobre a direita - juntarem-se um pouco mais ao Javi, com o Saviola a recuar esporadicamente para fechar o meio. A manutenção dos dois avançados terá talvez obrigado o Setúbal a não abdicar dos três centrais com que tinha iniciado o jogo, e apesar da superioridade a meio campo a verdade é que nunca conseguiram pressionar-nos com verdadeiro perigo. O Benfica manteve-se sempre muito organizado, e graças ao empenho dos seus jogadores nunca pareceu acusar muito ter menos um jogador em campo - exemplo disso foi o facto de conseguirmos continuar a pressionar os defesas do Setúbal, dentro do seu meio campo, quando tinham a bola. Dessa pressão resultou um canto a nosso favor, a fechar a primeira parte, e do canto marcado pelo Aimar resultou um fuzilamento de cabeça pelo Luisão para o segundo golo, reforçando a convicção de que este jogo era nosso.

A vencer por dois, ao intervalo deu-se a esperada entrada do Rúben Amorim - fez uma segunda parte muito agradável - para reforçar o meio campo, por troca com o Saviola. O jogo não se alterou muito: o Setúbal continuava a ter um pouco mais de bola, mas revelava uma total incapacidade para ameaçar a nossa baliza, tendo que recorrer a tentativas de remates de meia distância - todos mal direccionados. Um dos grandes culpados disto foi o Javi García, que na minha opinião foi um gigante nas tarefas defensivas daquele meio campo. O Benfica, quando recuperava a bola, ia levando perigo através de investidas do Maxi pela direita ou, sobretudo, do Coentrão pela esquerda, e foi pela esquerda que matou de vez o jogo. Óptima combinação entre o Gaitán e o Coentrão, com o Gaitán a centrar tenso e o Aimar a aproveitar a má intervenção do guarda-redes para, oportuno, fazer o terceiro do Benfica. Ainda tínhamos um pouco mais de meia hora de jogo até final, mas a única dúvida seria se o Benfica ainda conseguiria avolumar o resultado, porque o Setúbal, claramente, não mostrou qualquer capacidade para marcar esta noite na Luz. Ficou o três a zero no marcador, que me parece ser um desfecho justo para o jogo que vimos.

Se o Roberto pode ser apelidado de 'herói do jogo', já que a defesa do penálti foi talvez o momento mais decisivo dos noventa minutos, ao Aimar eu chamo de 'homem do jogo'. Foi o coordenador de quase todo o jogo ofensivo da equipa, e foi também incansável nos aspectos mais defensivos do jogo, sobretudo a seguir à expulsão do Júlio César. Pressionou os adversários, lutou pela recuperação da bola, e juntou a isto um golo e uma assistência. Conforme referi antes, foi também muito importante a acção do Javi García, que me pareceu hoje ter sido o Javi dos 'bons velhos tempos'. Gaitán em bom plano, com duas assistências e começando a revelar alguns entendimentos interessantes com o Coentrão. Este, diga-se, está numa espécie de estado de graça, já que parece quase incapaz de fazer alguma coisa errada. E apesar de ter borrado a pintura no lance do penálti, é com agrado que noto a subida de forma do Maxi.

Foi só uma vitória sobre o Setúbal, mas este jogo pode ter sido muito importante. Porque nos permitiu rever várias coisas que fizeram do Benfica campeão indiscutível a época passada, incluindo a união entre público e equipa. Temos agora quinze dias de paragem, que poderão permitir-nos trabalhar e integrar melhor os novos elementos, quem sabe com um pouco mais de calma.

publicado por D'Arcy às 02:09
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Sábado, 28 de Agosto de 2010

Convicções

Houve dois momentos do jogo, e escrevo isto com toda a sinceridade, em que senti uma forte convicção:

1. Quando Roberto entrou em campo, estava absolutamente certo que ele iria defender o penalti;

2. Quando o Benfica ganhou um canto no final da primeira parte (e, portanto, já reduzido a 10 jogadores), não tive dúvidas que dali resultaria o 2º golo .

 

Tendo em conta a expulsão de Júlio César, que deu origem ao primeiro momento que assinalei (e o facto de, devido a esse lance, o Benfica ter jogado 3/4 do jogo com menos 1 jogador), estes foram para mim os momentos cruciais que determinaram a vitória do Benfica.

 

Já agora, considerando que no ano passado fomos "acusados" de vencer várias vezes contra adversários em inferioridade numérica, foi interessante ver o Benfica ganhar estando ele próprio em inferioridade numérica (mas espero que não tentem repetir a "gracinha"...).

 

Quanto a Roberto, e ao contrário dos outros 2 jogos, acabou por ser decisivo para a vitória. Da mesma forma que as intervenções infelizes que Roberto tem tido não fazem dele o pior guarda-redes do mundo, o facto de ter defendido o penalti e ter tido algumas boas intervenções também não faz dele o melhor do mundo na sua posição. Mas espero, acima de tudo, que isso tenha contribuído para ganhar a confiança que provavelmente lhe tem faltado até agora.

 

P.S.: Grande jogo do Gáitan e do Aimar (só para não mencionar, como sempre, o Coentrão...)

 

P.P.S: Com a derrota do Nacional, agora sim: apenas dependemos de nós próprios para sermos campeões :-)

publicado por tma às 23:36
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Quinta-feira, 26 de Agosto de 2010

Diferenças

Não vou alongar-me a analisar o que tem falhado neste início de época, pois estaria a repetir o que já foi escrito em análises racionais sobre o assunto.
De facto, e relativamente ao início da época passada, aponto a principal diferença a (falta de) eficácia defensiva. Recordo que no ano passado, por esta altura, tínhamos um empate e uma vitória, ambos os resultados obtidos já no período final do jogo e em jogos onde o Benfica esteve longe de ser brilhante (e pouco eficaz ofensivamente, para dificultar ainda mais).
Efectivamente, a eficácia ofensiva deste início de época é comparável à do início da época passada. Só à 3ª jornada, e precisamente contra o mesmo adversário da próxima jornada (também a 3ª), é que o Benfica "soltou" todo o potencial que havia então revelado na pré-época.
Aliás, nesta pré-época foi possível observar que, a nível ofensivo, o potencial continua a existir (ainda que as saída de Di Maria e Ramires, este pelo equilíbrio que davam à equipa, não sejam fáceis de compensar).
Onde reside a diferença, como já foi profusamente debatido, é a nível defensivo (tal como manifestado nesta pré-época, diga-se - por oposição à do ano passado...). Apontar Roberto como único culpado dessa falta de eficácia é uma análise profundamente redutora e mesquinha. Toda a equipa (e não apenas o "quarteto" defensivo e o guarda-redes) tem responsabilidades na matéria e o excessivo número de perdas de bola é disso uma evidência.
Mas, objectivamente, a realidade é que Roberto tem sido, infelizmente, parte do problema e não se vislumbra que seja parte da solução, pelo menos para já.

Nenhum Benfiquista que se orgulhe de tal pode encarar de ânimo leve este início de campeonato e as falhas (sobretudo defensivas) que já apontei.
No entanto, e isso também faz parte do meu orgulho Benfiquista, recuso-me a resignar-me e a perder a esperança.
Como tal, faz-me uma tremenda confusão a forma como demasiados benfiquistas embarcam na crítica fácil e em discursos derrotistas.
É óbvio que este início de época foi péssimo (eufemisticamente falando). É evidente que Roberto está longíssimo de corresponder às expectativas e que essas mesmas são proporcionais ao que o Benfica pagou por ele. Que o conjunto parece não estar ainda no seu máximo fulgor físico.
Mas, como já referi, esta pré-época permitiu observar que, do ponto de vista atacante, os princípios assimilados na época passada continuam lá. É uma questão de tempo (tal como no ano passado) até eles reaparecerem (e bem que podia ser, tal como no ano passado, à 3ª jornada!).
Quanto às fragilidades defensivas, também acredito que é uma questão de tempo até que as mesmas sejam colmatadas em simultâneo, pois à medida que a capacidade ofensiva for ressurgindo, a defesa acaba por ficar mais protegida.
E, claro, estou convicto que Júlio César estará à altura do momento (no ano passado fez uma boa Euroliga, com uma única falha grave - no jogo em Anfield Road - com a qual tenho a certeza que aprendeu). Da mesma forma que acredito que Moreira estaria, caso fosse ele o escolhido. E apesar deste início atribulado, acredito que Roberto valha muito mais do que aquilo que tem demonstrado - mas é inequívoco que, para já, não soube aproveitar as oportunidades que teve.

Perante tudo isto, a minha perspectiva é que, da mesma forma que, no ano passado, mesmo jogando futebol de uma qualidade que já não se via há décadas em Portugal, nunca dei o campeonato por ganho até que, matematicamente, tal se consumasse, recuso-me, com 28 jornadas por jogar, a dar este campeonato por perdido. É verdade que vamos ter (ainda) mais trabalho este ano do que tivemos no ano passado mas a realidade é esta: apenas dependemos de nós próprios para sermos campeões. E acredito que podemos consegui-lo.

Em suma:
VIVA O BENFICA!!!

publicado por tma às 23:45
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Mixed Feelings

Lyon

BENFICA

Schalke 04

Hapoel Tel-Aviv

 

Se, por um lado, nos calhou a equipa menos credenciada do pote 1, o que nos permite sonhar com o 1º lugar do grupo, por outro, vamos defrontar uma das mais fortes do pote 3 (ainda por cima, alemã) e a com o melhor ranking do pote 4. Não é um grupo fácil e é possível que o Lyon perca pontos com todas as outras equipas, tornando a classificação do grupo uma incógnita. Tal como disse aqui, o mínimo exigível para nós é o 3º lugar e, consequentemente, a passagem para a Liga Europa, mas se jogarmos como no ano passado, teremos fortes hipóteses de terminar em 1º. Que nos dará a vantagem de jogar a 2ª mão dos oitavos-de-final em casa e, mais importante do que isso, de possivelmente evitar os grandes tubarões europeus. A ordem dos jogos também será importante e, para começar bem e com uma vitória, queria o Hapoel em casa. Por outro lado, também será bom ir a Gelsenkirchen para limpar um dos momentos mais tristes, para quem gosta de um futebol honesto e justo, que aconteceu naquele estádio há uns anitos.

 

Mas que esta presença na Champions não desvie a atenção da equipa do que é prioritário este ano: tornarmo-nos bicampeões nacionais.

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publicado por S.L.B. às 18:22
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Pré-sorteio

Nos dias dos sorteios da Uefa, gosto sempre de especular qual seria o alinhamento de equipas ideal para nós. É um exercício que se esgota logo após o dito sorteio, mas que me permite vivê-lo como se estivesse a ver um jogo do Glorioso, a torcer para que nos calhe esta ou para que fujamos a sete pés daquela equipa.

 

Como estamos no pote 2 (cf. lista completa) e são apuradas duas equipas para os oitavos-de-final, teoricamente uma delas seremos nós. Todavia, os ditos potes por vezes escondem surpresas desagradáveis e, como o futebol (felizmente) não é matemática, nada é certo à partida. Devo dizer a priori que tenho uma idiossincrasia muito particular que é... gostar de ganhar títulos. “Parvoíce”, pensarão alguns, “todos gostamos”. Só que, neste caso, isto reflecte-se em não me importar muito que o Benfica jogue a Liga Europa a partir de Janeiro, porque nesta altura, convenhemos convenhamos, é mais fácil ganhá-la do que vencer a Champions. E entre uns oitavos-de-final da Liga dos Campeões e uma conquista da Liga Europa, nesta fase do nosso clube, eu prefiro mesmo o título. É óbvio que em termos financeiros é infinitamente melhor que prossigamos na Champions, mas como já não ganhamos nada na Europa há uns bons anitos, eu gostaria mesmo num destes anos de ir ao Mónaco em finais de Agosto. Claro que, na prática, como quero que o Benfica ganhe sempre, inevitavelmente acabo por torcer pela qualificação para os oitavos-de-final da maior competição europeia de clubes.

 

Bem, adiante, isto tudo para dizer que para o sorteio, qualquer que seja a combinação de equipas, o mínimo que devemos atingir será a passagem para a Liga Europa. Menos que isso será uma desilusão completa. Por isso mesmo, apresento aqui quatro possíveis grupos, consoante os nossos objectivos:

  

1) Grupo “Ai de nós que não nos qualifiquemos para os oitavos-de-final da Champions

Lyon

BENFICA

Copenhaga

Zilina

  

2) Grupo “A receita está garantida, teremos jogos estimulantes, mas devemos passar” (por isso mesmo, o meu preferido)

Barcelona

BENFICA

Glasgow Rangers

Auxerre

 

3) Grupo “Deixa lá estar isso, é melhor não”

Inter

BENFICA

Tottenham

Rubin Kazan

 

4) Grupo “Se é para ir para a Liga Europa, ao menos não deslustra”

Chelsea

BENFICA

Schalke 04

Twente

 

P.S. – Este post só é pertinente durante mais duas horas e meia... :-)

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publicado por S.L.B. às 14:30
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Quarta-feira, 25 de Agosto de 2010

Sábado, há bola!

 

 

 

Explicando:

 

Nesta altura creio que a melhor opção para o Benfica passa por actuar num 4x3x3. A opção mais polémica poderá ser a inclusão do Airton sobre a meia direita, mas uma vez que já foi testado a lateral direito - na pré-época aquando da ausência do Maxi Pereira - e que a outra opção para o lugar não me tem convencido (Amorim) creio que as dúvidas que esta inclusão possa fazer surgir são suplantadas pelo acréscimo de poder que o meio campo necessariamente ganhará. O que permitirá uma maior liberdade do trio da frente, que além disso poderá contar com um apoio mais efectivo por parte dos dois laterais, salvaguardada que está a respectiva compensação defensiva.

 

Na baliza penso que é relativamente pacifico esperar a substituição do Roberto e a esperança é que com essa alteração os centrais possam igualmente melhorar o seu desempenho. É incrível, mas nesta altura no que a jogos oficiais diz respeito temos 6 golos sofridos tendo 4 deles nascido na sequência de lances de bola parada. Se o factor-Roberto tem a sua importância, a restante equipa não se pode eximir da sua quota-parte de responsabilidades.

 

No que ao meio-campo ofensivo e ataque diz respeito sou franco, penso que a lesão do Kardec veio na pior altura possível e que a troca de Aimar pelo Carlos Martins ou pelo Gaitan se justifica plenamente.

 

Tudo isto são perspectivas de um treinador de bancada encartado. Por isso, e como todos nós temos um treinador dentro de nós (salvo seja), gostava de saber a opinião dos restantes leitores da Tertúlia.

sinto-me: treinador de bancada
publicado por Superman Torras às 19:26
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Terça-feira, 24 de Agosto de 2010

Semiótica (sim, é um post sobre futebol)

Há pouco escrevi no meu facebook que não sei o que será mais doloroso, se é ler o clássico da semiótica de Charles Morris dos anos 30 "Foundations of Theory of Signs" ou se é ler as páginas do Benfica nos jornais desportivos!

Há inúmeras relações entre a teoria dos signos (chamemos-lhe símbolos para este post), vulgo Semiótica, e o momento menos bom da equipa do Benfica.

Resumidamente Morris diz que o processo se resume a três grandes elementos de comunicação: Sintaxe, Pragmática e Semântica, em que a Sintaxe é a relação de símbolos entre si, a Semântica refere-se ao que o símbolo significa e a Pragmática e a relação desse símbolo com o receptor.

Se entendermos a equipa do Benfica como um conjunto de símbolos, eles têm que relacionar-se entre si de modo a serem uma família coerente sob o ponto de vista formal comunicativo, ou seja, têm que jogar entre si de forma fluida. A pragmática será neste caso o feedback ou a forma como o futebol desta equipa chega ao receptor, nós o público, os adeptos. A semântica será obviamente o que cada um dos símbolos (jogadores) significa para nós.

Pois bem, se escolhermos um jogador aleatoriamente, sei lá um qualquer... talvez o guarda-redes, pergunto como se vai ele relacionar com a equipa? E como chega ele até nós? E sob o ponto de vista semântico, desculpem-me a honestidade, mas será que o significado de guarda-redes mudou?

Concluíndo, acredito que há símbolos que demoram um pouco mais a aparecer. Só espero que esta demora não ponha em causa a renovação do título!

 

publicado por Corto Maltese às 15:01
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Voando sobre um ninho de vespas disfarçadas de cucos

Ponto prévio:

É, para mim, particularmente evidente que o Roberto errou no jogo com o Nacional. Como errou muito mais gente, em todos os sectores. Honestamente, até estávamos a fazer um bom jogo, e estou convencido que se não fossem os erros defensivos (incluo aqui a defesa e o guarda-redes), que colocaram uma pressão acrescida sobre a equipa e a desnortearam (e cumpre reflectir sobre isto), teríamos ganho. O que é mau, porque no ano passado a consistência defensiva era a base que garantia a tranquilidade para gerar aquele jogo ofensivo demolidor. O guarda-redes do Nacional tratou de também ser determinante no resultado, e defendeu tudo o que havia a defender.

 

Portanto, há um problema – é óbvio que há um problema - penso que está identificado, e há que lidar com ele, sem berros nem histerias compulsivas. Com responsabilidade e sem perder o rumo. Estou preocupado? É óbvio que sim (quem é que no seu perfeito juízo não estará). Estou chateado? Claro que estou. Mas tenho confiança no futuro e no grupo que temos.

Pronto. Custa muito ficar por aqui?

 

Para muita gente, sim, custa muito.

 

E, portanto, quanto ao circo histérico que se montou, tenho uma série de coisas para dizer, nenhuma das quais particularmente bonita de se ler. Por isso, se forem tão susceptíveis de se ofenderem e tão sensíveis como são desequilibrados da pevide, é favor ir passear um bocado para outro lado, admirar e tecer loas à organização dos andrades ou fustigarem-se com chicotes (sei lá, o tipo de coisas que gente bipolar faz).

 

O problema do Benfica não é o Roberto, não são os defesas centrais, não é a falta de extremos, não é o sistema, o modelo ou a filosofia de jogo, não é o Jorge Jesus, não é o Rui Costa, não é o LFV e não é a publicidade azul da tmn. O problema do Benfica são os adeptos. Na essência, e ironicamente, o problema do Benfica é a sua grandeza, que obriga a albergar todo o tipo de adeptos, muitos dos quais não merecem o clube que têm. Quais? Os adeptos que andam todo o ano escondidos debaixo dos calhaus e só aparecem nas derrotas, sôfregos por dizer ‘eu sabia, eu sabia’ e ‘exijo explicações!!!’ e ‘vamos voltar à miséria de sempre’. E os que andam histericamente a festejar vitórias e que depois, com a mesma facilidade, assobiam no estádio e colocam tudo em causa. Sim, os mesmos que andam por estes dias a correr de um lado para o outro como perus enlouquecidos a arrancar cabelos e a berrar que está tudo perdido, e que o campeonato já foi, e que o ano é para esquecer, e que nenhum dos jogadores vale nada, e que vamos ser alvo de chacota, e ai que nos andam a roubar o clube (enquanto vão difamando uma série de gente de forma cobarde ao abrigo do anonimato) e ai isto e ai aquilo e ai o raio que os parta. Os mesmos adeptos, já agora, que desatam a escrever artigos de opinião em barda quando as coisas ameaçam correr mal, em locais que simpática e curiosamente se disponibilizam para lhes dar espaço especialmente nessas ocasiões.

 

Ninguém quer que se branqueie rigorosamente nada, ninguém quer enfiar a cabeça na areia, ninguém quer construir realidades alternativas. Entendam isto de uma vez por todas, porra (é óbvio que temos problemas). O problema não é a crítica em si, é a irresponsabilidade, a leviandade e a cobardia de muita dela, que mais não serve do que o jogo dos adversários (inimigos será um termo mais correcto). Só têm de ficar confortavelmente sentados com uma Super Bock na mão enquanto nos vamos consumindo nesta fogueira de ignição espontânea. Na adversidade, em vez de nos unirmos para ficarmos mais fortes, vão-se criando focos de divisão, sempre fomentados pelos mesmos. Em vez de se capitalizar esta massa humana gigantesca – e se calhar exactamente por ser gigantesca - criam-se clivagens e esquece-se o rumo. É triste, mas é verdade: como diz um grande amigo, só somos verdadeiramente unidos quando se trata de festejar no Marquês.

 

Nestas alturas preferia que fôssemos muito mais pequenos, mas que fôssemos todos gente mais autêntica, rija e com os tomates no sítio (mulheres incluídas, que as há com muito mais tomates do que muito espantalho que por aqui pulula). Estou farto de gente histérica que resolve invadir o blog sempre que há problemas, de olhos raiados de sangue, aos berros a exigir tudo a toda a gente (e ainda alguém terá de me explicar por que raio vêm ao blog exigir-nos coisas a nós). Um tipo não está já chateado o suficiente com o facto de o Benfica não ganhar, e ainda tem de aturar todo o tipo de parasitas internéticos que saltam para cima de uma mesa e berram em falsete sempre que vêem uma barata no chão.

 

Em resumo, o que tenho a dizer a essa gente é o seguinte: se não têm estômago para isto dediquem-se ao macramé. Há que saber lidar com as derrotas com dignidade. E se tencionam ir assobiar para o estádio, fazem lá tanta falta como um furúnculo no rabo.

 

Os outros, os que estão de corpo e alma na guerra (porque isto é verdadeiramente uma guerra, feita de inúmeras batalhas), venham ao estádio apoiar o Benfica, sem reservas e de peito aberto. Sei que são muitos e bons.

 

Quem não gostar disto ponha na borda do prato e não coma. Sempre ouvi dizer que quem não quer não come e quem não come não caga (é brejeiro, isto? Parafraseando um grande amigo e companheiro de luta, 'dá-se-me cá um abalo ao pífaro que até se me abana a gaita'. Ou qualquer coisa como isto).

 

 

Viva o Benfica, sempre!

publicado por Carlos Miguel Silva (Gwaihir) às 11:18
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Segunda-feira, 23 de Agosto de 2010

Registei.

Na época passada, salvo erro por meados de Dezembro, houve uns quantos percalços e fracos resultados. Nesse momento, o benfiquista José Veiga surgiu, numa meia página interior da revista do Expresso, a apontar responsabilidades. Depois, certamente que o continuou a fazer, mas, garantidamente por distracção minha, não o tornei a ler nesse discurso algures entre o troar da artilharia e o dobre a finados.

 

Neste mau início de época, leio hoje, no Record, um texto interessante de José Eduardo Moniz. O texto começa com o desabafo de quem, desamparado, procura amparo nas palavras próprias que escreve no computador e termina com a inocente, irrefutável e clara sentença “Discursos inflamados e promessas verbais de ganhar campeonatos de nada valem. As palavras perdem-se no vento. Os golos contam-se na baliza.”

 

Li-o com atenção, com a atenção que me merece um ilustre benfiquista que há muito não ouvia pronunciar-se sobre o Benfica (Deus lá saberá porquê) e lembrei-me de umas célebres palavras de Bagão Félix proferidas há aproximadamente ano e meio.

 

E já que falamos de benfiquistas conhecidos que não foram exactamente apoiantes da actual Direcção, partilho convosco uma sms de um deles que me foi enviada ontem (não divulgo o nome do remetente, porque não tenho autorização para tal): “Hoje é um dia duríssimo, mas pela minha parte, a mesma confiança de sempre nos nossos: vamos ser campeões. […] Vamos a eles, de cabeça erguida, tratando as feridas dentro de casa. Viva o Benfica!”

 

Assim, com a liberdade individual que cada um tem de melhor contribuir para o bem colectivo que é o Benfica, resta-me expressar mais uma vez a minha grande preocupação pelo actual momento. Preocupação acompanhada de uma grande confiança na vitória dos nossos já no próximo jogo, em que estarei na bancada, como sempre, incondicionalmente com o Glorioso.

publicado por Pedro F. Ferreira às 11:55
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