Já é longa a malapata do Benfica em jogos na Alemanha. Hoje tivemos uma boa oportunidade para acabar de vez com ela, mas as coisas voltaram a correr mal. Acima de tudo, julgo que ficamos com a sensação de que foi um jogo muito mal perdido. Mal perdido porque o adversário pareceu estar perfeitamente ao nosso alcance, mas os nossos erros acabaram por impedir uma vitória. Não posso considerar o resultado como injusto, porque o jogo foi relativamente equilibrado, e o Schalke soube simplesmente aproveitar as oportunidades que se lhe proporcionaram.
A mesma equipa do Funchal a jogar de início, e praticamente a mesma atitude também. O Benfica teve uma boa entrada no jogo, impondo o seu jogo e limitando o Schalke, apesar de jogar em casa, a tentar explorar o contra-ataque. Ao contrário do Funchal, no entanto, o Benfica não conseguiu muitas vezes traduzir o seu ascendente no jogo em lances de real perigo para a baliza alemã, sobretudo por culpa de maus últimos passes. Das vezes em que realmente conseguimos situações de finalização, os remates saíram tortos ou houve alguma hesitação na altura do remate, dando tempo para a intervenção de um adversário. A grande excepção foi a oportunidade flagrante de que o Saviola dispôs aos quinze minutos, em que após uma bola vinda da direita ele surgiu solto ao segundo poste, mas o seu remate de primeira saiu ao lado da baliza. Depois das oportunidades falhadas na Madeira, este falhanço parece mostrar que o argentino atravessa uma fase pouco habitual de desinspiração na finalização. Os primeiros vinte e cinco minutos foram de domínio do Benfica, mas depois disto o Schalke equilibrou o jogo e conseguiu construir também uma grande oportunidade de golo, já perto do intervalo, onde o Raúl atirou ao poste e depois o Roberto fez uma boa defesa à recarga.
A segunda parte, com o Salvio no lugar do apagado Gaitán, teve no equilíbrio a nota dominante. O Benfica até voltou a entrar bem, mas sem nunca atingir os níveis daqueles primeiros vinte e cinco minutos, e passado algum tempo comecei a convencer-me que o mais provável seria o jogo acabar com um empate. O Benfica substituiu a sua dupla de avançados - um por opção (Saviola) e outro por necessidade (Cardozo) - e parecia que as coisas iriam ficar por ali, com ambas as equipas mais ou menos conformadas. Só que aos setenta e três minutos de jogo, numa altura em que mostrava algum ascendente, o Schalke marcou, aproveitando um mau alívio de cabeça do Peixoto, que deixou a bola nos pés de um adversário solto ao segundo poste, e o Benfica pareceu acusar o golpe, já que jamais se reencontrou. O número de passes falhados aumentou e também a própria organização da equipa pareceu sofrer, com os sectores a ficarem mais desligados - quando uma bola era perdida no ataque, muitos jogadores já quase não recuavam. E foi a partir de uma perda de bola - infantil - do David Luiz a meio campo que o Schalke montou um contra-ataque que matou o jogo, permitindo uma finalização fácil ao Huntelaar.
O melhor do Benfica terá sido o Luisão, que fez um grande jogo no centro da defesa, cortando tudo o que podia. Foi bem secundado pelo Javi García, que foi incansável quer no trabalho no meio campo defensivo, quer nas muitas dobras que foi obrigado a fazer aos colegas da defesa, sobretudo nas laterais. Boa primeira parte do Coentrão, mas depois apagou-se um pouco na segunda, apesar de nunca ter baixado os braços. Pela negativa ficam o Peixoto e o David Luiz, por estarem directamente ligados aos golos sofridos.
Nada está perdido, excepto uma oportunidade flagrante para facilitarmos as nossas contas de apuramento, e acabarmos com esta história ridícula que temos nos jogos disputados em solo alemão. De positivo neste jogo fica para mim a capacidade do Benfica para ter ido a casa do Schalke jogar descomplexado e tentar impor o seu jogo. Podíamos ter ganho, mas apesar do resultado ser frustrante, já que julgo que o Schalke mostrou estar perfeitamente ao nosso alcance, também não seria correcto classificá-lo de injusto. No futebol, e sobretudo a este nível, os erros costumam pagar-se caro. É um chavão, mas não deixa de ser verdade.
Não jogámos mal, mas voltámos a falhar na finalização, sobretudo na primeira parte (Cardozo e Saviola), em que podíamos ter resolvido o jogo. Depois destes falhanços (e, creio, na sua sequência), cometemos dois erros infantis, uma falha de marcação do César Peixoto e uma perda de bola do David Luiz. Os alemães marcaram, nestas duas oportunidades, dois golos. Além disto, tivemos um árbitro que deve ter andado na mesma escola que o Olarápio, mas a isso já devíamos estar habituados. Perdemos a hipótese de pontuar na Alemanha e, quiçá, ganhar lá pela primeira vez na nossa história, mas isso não é o fim do mundo: continuamos a ter todas as hipóteses de passar a fase de grupos. Por fim, e como se costuma dizer aqui pelo blogue, "agora quero é ganhar ao braga".
Imprensa, hoje:
"O Conselho Diretivo do Sporting anunciou, em diretiva interna, algumas novas normas de indumentária que os funcionários e colaboradores estão a cumprir desde o passado dia 20 de setembro. As calças de ganga estão, entre outras peças de vestuários, proibidas.
De acordo com os responsáveis leoninos, “é imperativo que os valores do Grupo Sporting se vejam refletidos em todos os seus funcionários, razão pela qual foi decidida a criação de normas”, por forma a que todos trabalhadores “tenham uma imagem profissional, dentro dos parâmetros habituais de higiene e de vestuário adequado, questão que tem um impacto muito importante na representação e imagem do próprio clube”, conforme reza a missiva que foi distribuída internamente em Alvalade em meados deste mês de setembro.
Para além da já referida proibição em usar calças de ganga em horário de expediente ou em atos em que os funcionários e colaboradores estejam a representar oficialmente o Sporting, está também desaconselhado o o uso de calções, bermudas, ténis, chinelos desportivos e havaianas.
Ainda no mesmo âmbito, o da apresentação, considera-se que é de evitar “a exposição de piercings e tatuagens”.
Sequência
A instituição de normas que visam a boa apresentação de todos os funcionários e colaboradores em nome da imagem e dos valores do Sporting já teve o seu início do decorrer da temporada transata.
Na altura, o Conselho Diretivo determinou a necessidade de usar blazer a todos os elementos que tinham assento na tribuna presidencial do Estádio José Alvalade nos compromissos oficiais da equipa." (link)
Bom, face a esta admirável demonstração de gestão de qualidade, o que se me apraz dizer?
Primeiro que tudo, que folgo em saber – descansa-me o espírito - que a lagartagem está preocupada com as questões de fundo e com as coisas verdadeiramente importantes. Como a tatuagem do palhaço Batatinha que o Costinha tem na nádega esquerda e o piercing de 20 cm que o Rui Oliveira e Costa tem enfiado no cérebro.
A coisa é, no entanto, demasiado vaga, e há coisas que temos todos (nós, os amantes da comédia) que ver esclarecidas. A saber:
- Os fatos de palhaço que o Costeletinha compra ao Circo Chen são bem aceites? Pode continuar a usar óculos comprados a prostitutas reformadas dos anos 70? A omissão quanto ao uso de roupa interior feminina é uma balda para o director desportivo?
- E as maracas, como é? Podem os dirigentes continuar a espalhar a sua indiscutível mestria no uso das mesmas, desde que estejam de calças de fazenda?
- Pode o Dias Ferreira continuar a fazer imitações do Zé Cabra em palco, desde que esteja todo pipi e vestido em condições?
- A camisa de forças do Ernesto Ferreira da Silva é tolerável se tiver um blazer por cima?
- Aquela coisa que o Maniche tem no lugar da cabeça conta como um piercing? Deve ser ocultada? E como, com um saco de serapilheira bem atado, ou uma coisa mais radical, como alcatrão e ferro fundido?
- Pode o João Pereira, em si, ser considerado um piercing?
- Confirma-se que aquilo da ‘imagem profissional, dentro dos parâmetros habituais de higiene’ é uma indirecta para o Rui Oliveira e Costa, para ver se toma banho mais de uma vez por semestre (e com sabão) e se tira os farrapos de papel higiénico da roupa interior? Por falar em ROC, o saco para o vómito e a garrafa de bolso podem fazer parte da indumentária se combinarem com os sapatos?
- Faz sentido andar com grandes conversas sobre vestuário e higiene quando depois se manda o Eduardo Barroso para a televisão naquele estado, e quando se tem adeptos como o João Braga?
Vejam lá isso.
Hoje o presidente da associação recriativa das antas resolveu dizer estas belas palavras:
«Na nossa história temos conquistas em várias modalidades, só não ganhámos o campeonato dos túneis. Mas fora isso, ganhámos nos campos, nos ringues, nas piscinas ou onde quer que seja»,
Ora podemos ver isto de várias perspectivas: positiva, negativa, revoltada, admirada
1º A perspectiva positiva é que para o presidente da associação recreativa das antas ter dito isto é porque está esquecido e deve estar com Alzheimer. Apenas o Alzheimer justifica que este senhor se tenha esquecido das simpáticas recepções do guarda Abel no conhecido "túnel das Antas".
2º A negativa é que o sentimento de impunidade continua e com a maior das latas se afirma ser um santo quando no fundo o santo é o Al Capone comparado com esta personagem.
3º A revoltada é a pouca vergonha e a lata que esta declaração tráz consigo. Já não sei onde está a lata e onde está o lateiro.
4º A admirada é porque o presidente da associação recreativa com esta declaração acaba por confessar-se culpado. Confessa que a associação recreativa das antas ganhou: 1º Nos campos - onde a fruta era plantada e tratada , 2º Nos ringues - onde treinaram o exercito de pulhas que fazem o exercito "do Vaticano do papa" que tanta ameaça e medo causaram em árbitros, dirigentes e jogadores adversários e até nos próprios da sua equipa quando mal amados, 3º Nas piscinas - todo o Motel por mais foleiro que seja tem a sua piscina. Por certo era ai que as meninas tratavam de dar descanso e tratamento aos árbitros. Acho que um dos motéis era para os lados da Madalena, 4º Onde quer que seja - Sim para ganhar iam a qualquer lado sem olhar a meios.
Nesta altura e apesar de já ter sido quase tudo dito acerca dos últimos jogos que disputamos, falta ainda uma coisa muito importante. O quê? A minha opinião.
A subida de forma que revelamos, tanto como equipa em termos colectivos como no que concerne às prestações individuais de vários jogadores que haviam sido nucleares para a(s) conquista(s) da época passada, parece-me evidente. Infelizmente valeu-nos menos 3 pontos do que deveria ter valido caso a verdade desportiva não estivesse em parte incerta na noite em que jogamos na cidade berço.
Não querendo agoirar, no jogo do estádio dos Barreiros até tivemos um guarda-redes que vale pontos mas para a própria equipa. Roberto esteve excepcional, não falhando uma saída - e agarrando a bola em quase todas - e fazendo uma daquelas defesas impossíveis, cuja ausência era uma das minhas principais criticas ao Quim.
Teremos igualmente sido beneficiados pela necessidade, devido a lesão do habitual titular, de colocar Carlos Martins no centro do terreno. Embora fosse trocando de posição com o Gaitan (bom jogo, a dar aquilo de que estávamos mais necessitados, isto é velocidade para o contra-golpe) penso que nesta fase está em melhor forma que o Aimar e eu subscreveria a ideia de ambos alternarem a titularidade dependendo dos adversários e dos respectivos momentos de forma. De resto, Javi e Saviola regressam aos níveis da época anterior e até me pareceu ver o argentino com um pique mais consentâneo com a sua imagem de marca dos tempos áureos do Barcelona, Sevilha e Mónaco. Já que falo no Saviola não gostava de deixar passar a oportunidade de vos dar conta de algo que sucedeu no último Benfica vs Sporting. Como é óbvio, saí do estádio muito feliz pelo resultado e também pela exibição, mas tinha ficado com a ideia que o Saviola não tinha estado particularmente inspirado, nomeadamente no que concerne ao último passe ou nas situações de finalização. Devido ao resultado, lá acabei por rever o jogo na Benfica TV e tive (tenho!) de dar a mão à palmatória: Saviola foi fundamental. As suas movimentações de trás para a frente, muitas vezes abrindo linhas de passe no nosso meio campo (!) ajudaram a destruir completamente as transições defensivas do nosso adversário. O nervosismo com que vimos os jogos do Benfica - tomo a liberdade de escrever não digo por todos mas por muitos - talvez não nos permitam ter o discernimento e o distanciamento suficiente para ver aquilo que se encontra logo abaixo da superfície, todos aqueles pormenores que fazem deste o desporto-rei.
Correndo esse risco de peito feito, devo dizer que o que que vi nos Barreiros me deixou entusiasmado. Continuo a achar que temos um plantel curto, ou mais curto do que aquilo com que me sentiria plenamente satisfeito, mas é o que temos e não deixa de ser suficiente para o panorama nacional. Ou sê-lo-ia desde que estivéssemos na presença de uma competição sadia e em que todos os participantes gozassem dos mesmos critérios. Chega a ser exasperante aquilo que nos tem sido feito desde o início da época. No sábado lá ficou mais uma grande penalidade por assinalar. E daquelas tão evidentes, mas tão evidentes que me parece francamente impossível não ter sido vista por quem de direito. Mais parece que esta época há uma qualquer regra sub-reptícia que invalida a possibilidade de serem marcados penalties a favor do Benfica.
Antes de dar conta da equipa que eu faria alinhar na próxima quarta-feira, gostava de deixar uma palavra para o Fábio Coentrão. Muitos parabéns míudo. Continua o bom trabalho. Se no que respeita à prestação dentro do campo não tens ficado atrás de ninguém, fora do campo tens conseguido o extraordinário feito de suplantar tudo aquilo que tens feito dentro das 4 linhas! A renovação hoje dada a conhecer à CMVM, se alicerçada num aumento de ordenado, é das operações mais justificadas que a SAD já teve oportunidade de fazer.
Ora então, sem mais delongas - esta foi à narrador de relatos radiofónicos, e por falar em relatos não compreendo todas as criticas que fui lendo por aqui e noutros sítios, e não compreendo porque eu deixei de ouvir o som da televisão há muito tempo, o que por acaso neste jogo não deu jeito nenhum tendo contribuído para eu ganhar mais alguns cabelos brancos devido à opção da TVI em tirar o mostrador dos minutos decorridos na 2ª parte ficando eu completamente à nora sobre o tempo que ainda faltava disputar - aqui vai a equipa que eu gostaria que actuasse de inicio na Alemanha.
Explicando em poucas palavras: apesar de estar a fazer um início de época verdadeiramente desastroso, o Schalke 04 é uma das mais fortes equipas alemãs, e uma das que mais se reforçou neste Verão. Penso que é fundamental conter a sua entrada previsivelmente forte e isto a meu ver garante-se com o domínio do meio campo. Dependendo da estratégia é possível que o Javi Garcia tenha de recuar alguns metros para ajudar na marcação ao Huntelaar e daí a opção Airton. Ruben Amorim também seria uma alternativa caso estivesse: a) em condições de jogar; b) num momento de forma semelhante ao que apresentou na época passada.
A maior dúvida é mesmo Gaitan. Gostei de ver o seu jogo nos Barreiros, apesar de alguns falhanços que me deixaram exasperado (nada que se parecesse no entanto com o que o Cardozo fez, embora este tenha um crédito imenso por tudo aquilo que já fez) e não me oporia à sua substituição pelo Salvio. Tal como já disse num parágrafo anterior, caso estivesse a 100%, daria a titularidade ao Carlos Martins em detrimento do Aimar, mas se for o argentino a jogar não terá neste escriba um opositor. O que não gostaria mesmo era que jogassem os dois ao mesmo tempo.
E agora, a palavra a quem sabe. A caixa de comentários é tua.
O Benfica venceu esta tarde a Supertaça de hóquei em patins, após derrotar o porto por 8-4. Gosto muito de hóquei, e gostei ainda mais de ver-nos derrotar contundentemente o campeão nacional crónico dos últimos anos, dando seguimento à vitória na Taça de Portugal da época passada. Sei bem que a tarefa de vencermos o campeonato se afigura hercúlea, já que é necessário sermos melhores do que uma grande equipa (e, quer gostemos, quer não, a verdade é que os andrades têm-na), e derrotarmos também o enorme edifício de trafulhice que a suporta (ao pé das que se praticam no hóquei, a roubalheira do Olegário em Guimarães foi uma brincadeira de meninos). Mas esta vitória é um bom prenúncio. Parabéns, Benfica!
Há dois anos, vencemos nos Barreiros por seis a zero. O ano passado ficámo-nos pelos cinco a zero. Este ano, tendo em conta o que se passou no jogo, o resultado deveria ter sido da mesma ordem de grandeza dos dois anos anteriores, mas com tanto desperdício da nossa parte temos mesmo que nos contentar com uma vitória pela diferença mínima, e sentirmo-nos agradecidos por não termos sido poupados a uma injustiça atroz, caso a vitória não nos tivesse sorrido.
Apenas uma alteração no onze que bateu o sportém - a entrada do Gaitán para o lugar do Aimar. Não foi uma troca directa, porque o Gaitán jogou encostado à direita, pertencendo ao Carlos Martins o papel de organizador de jogo. Após um primeiro quarto de hora aborrecido, o Benfica pegou definitivamente no jogo, e foi à procura do golo. E criou ocasiões mais do que suficientes para o conseguir. Em particular, dois remates do Saviola, que foram defendidos quase que por instinto pelo guarda-redes do Marítimo, mereciam melhor sorte. O Benfica dominava por completo o jogo, e o Marítimo limitava-se a tentar de vez em quando sair em contra-ataque. E contra a corrente do jogo, quase poderia ter-se colocado em vantagem muito perto do intervalo, mas o Roberto acabou por fazer uma grande defesa e, com o pé, negar o golo ao avançado do Marítimo que apareceu na sua cara. Na resposta, mais uma perdida incrível do Benfica, desta vez pelo Gaitán. Isolado pelo Cardozo, rematou muito mal, nem sequer enviando a bola na direcção da baliza. O nulo ao intervalo era injusto, e um castigo para a nossa falta de eficácia.
Se o desperdício da primeira parte já tinha enervado, o início da segunda parte foi ainda pior, porque as oportunidades falhadas pelo Cardozo foram ainda mais escandalosas. Primeiro, completamente isolado e com tempo para tudo, acabou por permitir a defesa do guarda-redes do Marítimo. Logo a seguir, e depois de um grande centro do Coentrão, finalizou de forma desastrada um centro do Coentrão, fazendo a bola bater no relvado e subir para passar por cima da baliza. Ainda antes de fechar o primeiro quarto de hora, finalmente o Benfica conseguiu introduzir a bola na baliza. Foi uma jogada rápida no ataque, com o Saviola a variar o flanco de jogo da direita para a esquerda, onde apareceu o Coentrão, perto da pequena área, a receber e a rematar cruzado com a parte de fora do pé esquerdo (se fosse um certo jogador num certo clube a fazer isto diriam logo que era o génio da trivela) para o poste mais distante. Honestamente, face à produção das duas equipas, o mais lógico seria pensar que naquela altura o jogo ficava resolvido a nosso favor, até porque o Benfica continuou a dominar após o golo e a levar perigo à baliza do Marítimo, sobretudo através de iniciativas do Coentrão, mas no futebol o que não faltam são surpresas. O Cardozo ainda teve mais uma situação em que demonstrou estar em noite não, quando foi mais uma vez isolado, desta vez descaído sobre a direita, e tentou rematar de primeira, fazendo a bola sair torta e devagar. Depois, nos minutos finais, ainda deu para ficar um bocadinho nervoso, mas sobretudo por causa da irritação pelo facto do Marítimo ainda poder sonhar com um empate, quando o resultado certo seria uma vitória folgada do Benfica. Porque a verdade é que o Marítimo não conseguiu ameaçar seriamente a nossa baliza uma única vez - onde o Roberto esteve seguríssimo a sair a todas as bolas despejadas para a nossa área.
Como melhor escolheria o Coentrão, quanto mais não seja por ter marcado o golo que decidiu o jogo. Teve uma primeira parte algo apagada, mas na segunda parte foi dos pés dele que saíram grande parte das nossas iniciativas mais perigosas. Depois, menciono também o Roberto. Não o tenho destacado nos últimos jogos por achar que ele tem andado a fazer precisamente aquilo que se espera dele. Mas é justo mencionar a notória subida de confiança dele. Hoje teve uma defesa daquelas que valem pontos (e momentos antes já tinha feito outra grande defesa, mas a jogada até acabou por ser interrompida por fora-de-jogo), e mostrou-se muito mais seguro e confiante a sair da baliza e aos cruzamentos. Que isto seja para continuar. Gostei também do jogo do Javi e do Saviola, cujas movimentações já começam a fazer mossa nas defesas, mas hoje pecou pela falta de eficácia, algo que nem é muito habitual nele. Quanto ao menos positivo, foi o Cardozo. O herói do jogo com o sportém esteve hoje desastrado na finalização, e mais preso de movimentos do que tinha mostrado a semana passada.
Uma vitória conseguida de forma mais sofrida do que merecíamos, mas que nos mantém no caminho certo. Apesar do resultado escasso, o Benfica hoje voltou a mostrar evolução, criando diversas oportunidades para marcar. Criou também mais um lance para penálti que, sem surpresas, o árbitro decidiu não assinalar. Se calhar nove pontos ainda não são suficientes para se sentirem completamente tranquilos.
Na edição de hoje do "Correio da Manhã" lê-se a seguinte notícia:
No fim-de-semana passado aconteceu isto:
O árbitro foi Bruno Paixão.
Se há coisa que eu detesto na vida é pisar caca de cão na rua. Porque, por mais que limpemos os sapatos, parece que fica sempre um bocado colada a eles. Ora, o actual treinador do CRAC é um bom exemplo disso. Qualquer coisa que tenha a ver com o Benfica e lá vem ele, qual caca de cão, sempre colado ao nosso sapato. A ânsia de mostrar serviço ao dono é tal que não tem noção da figura ridícula que faz.
Vem este preâmbulo a propósito das últimas declarações dele acerca da conferência de imprensa do Sr. Vítor Pereira. Entre outras pérolas, diz esta alimária sobre o V. Guimarães - Benfica que "não me parece que esse jogo tenha sido tão mau quanto isso e que seja suficiente para abrir um precedente". Alguém que treina o clube que treina com todo o historial dos últimos 30 anos e já mesmo desta época, é natural que pense que dois fora-de-jogo mal assinalados em que jogadores ficavam isolados e dois penalties por marcar "não tenha sido assim tão mau"... Continua dizendo que "mesmo nesses erros que o Benfica aponta, o FC Porto acabaria sempre por ganhar esses jogos". Repetindo a analogia que o meu amigo Gwaihir disse ontem no debate, é o mesmo que um serial-killer dizer que não faz mal ter cometido vários homicídios, porque essas pessoas morreriam mais tarde ou mais cedo. Se aquele mentecapto não percebe que um penalty mal-assinalado a seu favor perto do fim do jogo, ou dois penalties escamoteados aos seus adversários quando o resultado estava em 1-0 poderia ter influência no desenrolar da partida, ou é profundamente desonesto em termos intelectuais ou sabe, mas finge que não sabe, qualquer uma das duas hipóteses diz tudo acerca da sua pessoa.
Mas numa coisa estou de acordo com este tipo: "o FC Porto refugia-se na sua organização, que é forte." Lá isso é verdade. E, com o fim do Apito Dourado e a impunidade que infelizmente grassa neste país, esta máfia voltou tão forte quanto era.
Fui convidado a fazer uma Master Class aos alunos "caloiros", na abertura do ano lectivo da Universidade onde lecciono.
E lá pelo meio da sessão eis senão quando... se fez luz nas cabecinhas daquela gente!
- Então que tipos de letra conhecem? - pergunto eu.
- A Comic Sans! - diz um.
- Isso não é um tipo de letra! Quero dizer... é um tipo de letra mas não conta! É como o Maniche no Sporting! Percebem?
PS
Já vi gente ser despedida por menos... mas eles tinham que perceber que há coisas que são inadmissíveis nos projectos de design de cominicação! Nos projectos de design de comunicação e no futebol... inadmissíveis como o Maniche!
bola nossa
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