O triste espectáculo de prestidigitação dado na tarde de hoje por Vítor Pereira [link] é mais ofensivo do que todas as espúrias arbitragens que têm sido realizadas pelos homens de bolso que têm passeado falta de honra e de vergonha nas 5 jornadas que esta espécie de campeonato nos tem oferecido. Após tantos escândalos e roubos, Vítor Pereira lá concedeu, sob o tentáculo do costume, que o Benfica foi prejudicado em duas (2!) situações, que o Sporting beneficiou de um mísero lance e, enfim, os andrades também beneficiaram, coitaditos, de uma mísera situação...
Os roubos são feitos às claras, combinados às claras e com aviso prévio. Só faltava isto: serem legitimados 'a posteriori' por aquele que tem como principal função zelar para que eles nunca tivessem existido. A patética demonstração de como ajoelhar perante os tentáculos do polvo que Vítor Pereira hoje fez serve apenas para, de uma vez por todas, ficarmos esclarecidos com a laia de gente que serve de títere a quem realmente comanda a arbitragem em Portugal.
Vítor Pereira tem sido, ao longo da carreira, o espelho de quem detém o poder do qual depende. É, assim, natural que um Vítor Pereira dirigido por Hermínio Loureiro durante o tempo em que durou o processo “apito dourado” tivesse uma conduta diferente da que tem agora que é dirigido por Fernando Gomes, uma figura sinistra, parida (no que ao desporto respeita) num antro e apanhada nas escutas desse mesmo processo em conversas dignas do prostíbulo em que se movimentava (movimenta).
Sem margem para dúvidas, o que Vítor Pereira hoje fez foi apenas escarrar na verdade desportiva e ofender os adeptos de clubes como o Benfica e o Marítimo, que olham incrédulos para a passeata da ladroagem, emproada e com honrarias. Alguém puxe o autoclismo.
Vitória normal contra uma equipa banal. Venceu com naturalidade a melhor equipa, contra um adversário que, na minha opinião, foi a equipa mais mediana que já defrontámos esta época. É o problema das equipas pequenas que jogam contra nós apenas com a ideia de retardar o empate até ao limite, apostando num golito fortuito. Quando se apanham a perder, não existe 'plano B' e ficam sem saber o que fazer. Podemos mesmo dizer que a vitória por dois a zero foi um mau resultado, porque é escasso para as oportunidades por nós criadas e desperdiçadas. E nem foi preciso sermos brilhantes. Bastou sermos competentes.
A surpresa para este jogo foi a titularidade do Peixoto na esquerda da defesa, avançando o Coentrão - que assim controlou as possíveis subidas do João Pereira - e saindo da equipa o Gaitán, que tinha sido titular no último jogo. Também em relação ao último jogo, troca na direita da defesa, surgindo novamente a titular o Maxi, com o Rúben Amorim a ser relegado para o banco. O sportém apareceu a jogar com um meio campo sobrepovoado com cinco elementos - que na verdade pareciam uns seis ou sete, já que andava por lá um indivíduo rotundo com evidentes dificuldades de locomoção e que parecia serem dois ou três jogadores enfiados dentro da mesma camisola - em que os jogadores das alas se tentavam juntar ao escanzelado na frente sempre que tinha a posse de bola. E mostrou toda a sua pujança logo aos quatro minutos de jogo, com um remate de um chileno ao lado da nossa baliza. Foi o primeiro remate do sportém no jogo, e foi também o único que fizeram durante toda a primeira parte, o que é demonstrativo da sua incompetência. Na resposta o Cardozo, lançado pelo Saviola, fez o que quis do central que vale menos que uma maçã podre e atirou ao poste.
Este remate deu o mote para um período forte do Benfica, que tinha um claro ascendente no jogo. Depois de mais algumas ameaças, o golo acabou por surgir mesmo, na sequência de um canto. A cabeçada do Luisão fez a bola ressaltar num jogador do sportém, e esta foi cair nos pés do Cardozo, que no centro da área rematou rasteiro para o fundo da baliza. Estavam decorridos apenas treze minutos de jogo, mas logo ali todo o plano de jogo daquele rapaz sem sobrancelhas ruiu. O sportém tentou responder, é verdade, mas mostrou uma incompetência tão grande que nem sequer falo de rematarem à nossa baliza; a verdade é que eles nem sequer conseguiram levar a bola até dentro da nossa área, de forma a que o escanzelado pudesse tentar uma das suas usuais apoplexias para arrancar algum penálti - isto tem sido a arma mais eficaz deles nesta Liga. Pior ainda, obrigado a correr pelo resultado, abria largos espaços atrás - é difícil compreender como é que, jogando com quatro trincos (André Santos e Maniche), ainda assim havia tanto espaço entre a sua defesa e meio campo por onde os nossos jogadores deambulavam. Só mesmo por desinspiração nossa na altura do último passe é que não voltámos a marcar, porque por mais de uma ocasião houve situações de transição em que os jogadores do Benfica surgiam em superioridade numérica frente aos defesas do sportém. A fechar a primeira parte, o amigo Xistra, que já tinha deixado bem claro que não queria que tocassem nos seus meninos, deu uma demonstração claríssima daquilo que são os critérios disciplinares gerais seguidos nesta Liga, e a melhor explicação para a enxurrada de amarelos com que os nossos jogadores têm sido brindados. O amarelo ao Coentrão, inventado pelo escanzelado (quem mais?), é mais um lance para juntar ao anedotário da época.
A segunda parte começou com a surpresa do Aimar ter ficado nos balneários. Não sei qual o motivo, mas imagino que seja por razões físicas, já que ele estava a ser claramente um dos melhores na primeira parte. Para o seu lugar entrou o Rúben Amorim, que se encostou à direita, passando o Carlos Martins para o meio. E se com um golo de vantagem já parecia muito difícil que o sportém alguma vez conseguisse regressar ao jogo, com dois golos ficou tudo sentenciado. Foi logo após cinco minutos, e da forma mais simples possível: pontapé do Roberto, recepção do Cardozo, que toca de primeira para o Saviola, e este devolve, também de primeira, ao Cardozo. Ainda fora da área, remate colocado de primeira que o Patrício ainda consegue desviar ligeiramente, mas não o suficiente para evitar o golo. Depois, bastou fazer aquilo que de pior podem fazer a uma equipa como o sportém: dar-lhes a bola. Eles andam ali a mastigá-la, sem saberem o que fazer com ela, e quando a perdem é só aproveitar os buracos lá atrás. O que podia e devia mesmo ter acontecido por mais vezes, o que daria uma expressão mais justa ao resultado. O Cardozo esteve perto do hat trick por mais de uma vez, mas sobretudo a perdida do Coentrão (numa jogada que começa com uma recuperação de bola na zona lateral da nossa área) merecia ter tido outro desfecho. Apenas por uma vez o sportém esteve perto de marcar, após um erro do Amorim, que perdeu a bola em zona proibida, dando depois a oportunidade ao escanzelado de, na cara do Roberto, rematar ao lado. Foi isto o sportém esta noite.
O homem do jogo só pode ser o Cardozo. Dois golos, o primeiro pleno de oportunidade e o segundo numa grande finalização, à matador. Podia ter ainda marcado mais, sobretudo em duas ocasiões: no remate ao poste e num cabeceamento cruzado, após centro do Coentrão. A lagartagem gosta muito de falar do escanzelado contra nós, mas se calhar se formos ver bem, a meia dúzia de golos que o Cardozo já lhes meteu em apenas dez jogos se calhar daria para falar muito mais. O Coentrão, para não variar, esteve também num patamar muito alto, e só foi pena não ter coroado a exibição com aquele que seria o nosso terceiro golo. Bem também o Luisão no centro da defesa, praticamente anulando o escanzelado sem grandes dificuldades, e bem também o Carlos Martins. Gostei da exibição do Aimar na primeira parte, e espero que não tenha tido qualquer problema físico complicado.
Hoje vimos mais Benfica. Já vimos mais pressão sobre os defesas adversários, não os deixando sair a jogar. Vimos uma boa entreajuda em toda a equipa, que fez com que mesmo em inferioridade numérica no meio campo, conseguíssemos preencher melhor os espaços do que o adversário. Também é verdade que o adversário não foi dos mais difíceis (pelo jogo de hoje percebe-se muito bem o motivo pelo qual apenas devido a um apito amigo conseguiram não perder com o Olhanense em casa, ou vencer a Naval fora, porque em termos de fio de jogo o sportém mostrou zero), mas é inegável que estamos melhor, e esta vitória sobre o vizinho chato só pode mesmo contribuir para aumentar a confiança da equipa. Hoje até o comportamento do Jesus no banco parecia o do ano passado.
Fico satisfeito por hoje ter podido assistir a um jogo em que houve, de um modo geral, normalidade (apesar da forma "xistrosa" como, mais uma vez, a nossa equipa foi carregada de amarelos).
Ganhou, de forma naturalíssima, a melhor equipa, perante um adversário que luta habitualmente pelo acesso à Euroliga.
E agora só quero ganhar ao Marítimo.
Adenda: Não entendo estas equipas que, apesar de lutarem pela Euroliga, passam o jogo inteiro a tentar contornar um barril parado a meio campo, ainda para mais colocado pelo treinador dessa equipa. Nunca percebi, também, por que é que estão todos (incluindo o barril) vestidos com lonas da praia da Figueira. O facto é que as dificuldades em contornar o barril foram imensas, a julgar pelo número de variações de flanco que sairam pela linha lateral.
Daniel Oliveira, jornalista do jornal Record (escrevi isto de propósito, porque lancei a mim próprio o desafio de escrever um duplo paradoxo com menos de 5 palavras), escreveu o seguinte: «O que o Benfica e os outros clubes deviam instituir era regras de civilidade e respeito pelo trabalho da imprensa, sem blackouts nem chantagens. Até porque precisam dela para promover a atividade a que se dedicam». Ando aqui às voltas e, honestamente, não consigo escrever nada de tão hilariante (também porque não uso o Acordo Ortográfico). Em primeiro lugar, descobri que, afinal, expressões como «regras de civilidade» e «respeito pelo trabalho» fazem parte do léxico activo dos jornalistas e cronistas desportivos (pergunto-me, seriamente, se algum dia o Daniel Oliveira leu o jornal para que escreve). Em segundo lugar, reconheço publicamente a minha ignorância relativamente aos jornais desportivos por nunca ter percebido que os jornais "promovem" o futebol. Para o dicionário, "promover" significa «elevar a posto mais graduado ou a dignidade maior», e a associação desta definição ao papel dos jornais é, efectivamente, um complexíssimo enigma para mim. Portanto, continuo sem perceber como é que os jornais promovem o futebol (não será antes o contrário?). Mas há mais. Este jornalista escreve ainda que «desde que começou a perder, o Benfica descobriu uma multidão de inimigos. Se no ano passado tudo estava na paz dos deuses, bastaram algumas derrotas para haver uma conspiração universal». Para mim, faz sentido apontar os problemas quando as coisas não estão bem, entendo menos bem que se procurem problemas quando as coisas estão bem. Mas isso deve ser uma coisa cá muito minha. Digo eu.
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Adenda: Daniel Oliveira é jornalista, mas não é "do" Record. É pena: continuo sem ser capaz de escrever um duplo paradoxo com menos de 5 palavras.
Se a Federação vai buscar o Mourinho por dois jogos, será que o Benfica não consegue resgatar o Pierluigi Collina?
Leonor Pinhão, hoje, no Correio da Manhã, resume tudo neste texto, que aqui deixo, com a devida vénia:
"Carlos Xistra foi muito bem escolhido porque beneficiou de um estágio no meio da semana junto de Olegário Benquerença e da sua dupla dourada de fiscais-de-linha. Xistra, na qualidade de árbitro adicional, não só esteve presente no M. United-Glasgow Rangers, de tão boa memória para a arbitragem lusa, como também, certamente, aproveitou o convívio com os Benquerenças para se aperfeiçoar na arte do apito, colhendo os ensinamentos do mestre"
O Polvo pôs a carne toda no assador esta época, em desespero. Era bom que a nossa equipa não ajudasse mais também. Mas não há duvida: eles conhecem a força do Benfica. Mesmo a 9 pontos, metemos medo.
"O modo como o Benfica geriu a vitória no campeonato mostra os quilómetros de distância que ainda o separam do FC Porto na gestão dos sucessos. Quando o FC Porto foi campeão europeu, perdeu a maior parte da equipa e manteve-se no topo. O Benfica ganhou o campeonato, valorizou os jogadores, vendeu dois – e desnorteou-se por completo."
Estas frases fazem parte de (mais) uma crónica imbecil e parcial, assinada por José António Saraiva no Pasquim. Faz também parte de uma campanha concertada, que não fosse o seu objectivo (deitar abaixo o Benfica), seria louvável por conseguir unir tanta gente diferente em redor de um objectivo comum. É uma espécie de Live Aid da comunicação social desportiva portuguesa, que consegue unir broncos, crápulas, vigaristas, mentirosos, alcoólicos crónicos, casos clínicos de imbecilidade ou gente simplesmente desonesta - e em alguns casos extremos, há exemplares que conseguem reunir numa só pessoa diversas das qualidades que acabei de enunciar - no objectivo de atacar gratuitamente o Benfica.
No caso do excerto em questão que transcrevo, julgo que o autor deve pensar que as pessoas são estúpidas, ou então deve ter sofrido de um ataque súbito e brutal de Alzheimer na altura em que escreveu o texto. Só assim se explica que considere que após o porto ter sido campeão europeu, se tenha mantido 'no topo'. Ou então tem uns critérios bizarros sobre o que é manter-se 'no topo'. Pela parte que me toca, eu considero que, na época a seguir a ser-se campeão europeu, ter-se três treinadores (em que um é despedido ainda antes da época começar, e outro é o Couceiro), perderem-se todas as principais competições em que se participou, passarem-se por episódios como derrotas por 0-4 em casa contra o Nacional, e ver-se o principal rival conquistar o campeonato após um jejum de dez épocas não é exactamente manter-se 'no topo', e estará muito mais próximo de se estar desnorteado por completo do que estará eventualmente o Benfica após um mês de campeonato.
O objectivo de textos e opiniões destas (que, como digo, fazem parte do tal Live Aid imbecil) não é senão fazer passar a mensagem de que, após decorrido apenas um mês desde que a época começou, tudo está perdido para o Benfica. Nada seria mais conveniente para esta corja do que o Benfica e os benfiquistas convencerem-se disso mesmo tão cedo, atirarem a toalha ao chão, e se possível entrarem numa onda de contestação à equipa e treinador. Isto facilitar-lhes-ia muito a vida, e daí a sanha doentia com que se dedicam a mandar cá para fora opiniões deste calibre. Sanha essa que continua também na forma concertada como insistem em tentar fazer passar a mensagem de que o campeonato da época passada - conquistado da forma mais límpida e justa de que há memória nos últimos anos, assente num futebol que provavelmente desde os tempos da primeira passagem do Eriksson nunca vi outra equipa jogar em Portugal - foi conquistado graças a favores de arbitragem. E na sua lógica distorcida, esses supostos favores da época passada justificam plenamente as roubalheiras de que vamos sendo vítimas esta época.
E por falar em roubalheiras e arbitragens: a nomeação do lagartão Xistra para arbitrar o derby do próximo Domingo na Luz não revela apenas uma enorme falta de bom senso por parte da Comissão de Arbitragem da Liga. É, sem qualquer sombra de dúvidas, uma claríssima provocação ao Sport Lisboa e Benfica. É com isto que vamos ter que lidar durante toda a época.
A missão foi cumprida. A estreia na Champions resultou numa vitória tranquila e consequentes três pontos, conforme se exigia frente à equipa menos cotada do grupo, mas o jogo desta noite não deu propriamente para ficarmos eufóricos com a prestação da nossa equipa. Ganhámos sem contestação, a nossa superioridade nunca esteve em causa, mas a qualidade do nosso jogo não foi exactamente brilhante, em particular durante a primeira parte.
Apenas uma alteração no onze de Guimarães, que foi a troca do Maxi pelo Rúben Amorim na direita da defesa. A primeira parte foi, resumidamente, um longo bocejo, pontualmente interrompido por uma ou outra jogada. A posse de bola foi repartida entre as duas equipas, e o Hapoel, apesar de se revelar uma equipa bem organizada e com alguma habilidade para trocar a bola, raramente revelou capacidade para ameaçar seriamente a baliza do Benfica - o primeiro (e único) remate que fizeram nos primeiros quarenta e cinco minutos só surgiu bem após a meia hora de jogo, obrigando o Roberto a uma defesa algo apertada. Quanto ao Benfica, jogou de forma demasiado lenta e previsível, não parecendo ter muita vontade de arriscar por aí além - talvez um reflexo de alguma falta de confiança por causa dos últimos resultados, e a necessidade de um resultado positivo para normalizar um pouco as coisas. Apenas o Aimar (sobretudo este) e o Coentrão davam alguma velocidade ao nosso jogo. As interrupções ao bocejo da primeira parte foram um oportunidade do Cardozo, isolado por um passe do Aimar, que foi defendida pelo guarda-redes; o nosso golo, aos vinte minutos de jogo, num bonito remate de primeira do Luisão, dentro da área, a corresponder a um cruzamento do Carlos Martins; e finalmente um bonito remate de fora da área do mesmo Carlos Martins, que proporcionou uma grande defesa ao guarda-redes do Hapoel (Enyeama, que já tinha deixado uma boa impressão no Mundial e que hoje voltou a mostrar ter muita qualidade).
A segunda parte não trouxe grandes mudanças ao cariz do jogo durante os primeiros minutos, mas ainda antes de findo o primeiro quarto-de-hora o Jorge Jesus trocou o desinspirado Gaitán pelo Maxi Pereira, e a diferença notou-se imediatamente. O Maxi veio dinamizar um até então praticamente inexistente flanco direito (Rúben muito apagado e Carlos Martins constantemente a fugir para o centro), e o próprio Rúben Amorim subiu de produção com a passagem para o meio campo. Esta melhoria do Benfica acabou por ter resultados práticos aos sessenta e oito minutos, quando o Cardozo apareceu no lugar certo para fazer a recarga a um remate do Maxi, resultado de uma boa combinação entre ele e o Amorim. Com o jogo resolvido, de seguida deu-se a entrada do Airton para o lugar do Aimar, o que nos deu mais solidez no meio campo, onde até então o Javi tinha andado muito desacompanhado nas tarefas de recuperação da bola. O Hapoel foi também obrigado a arriscar um pouco mais, e até final do jogo o Benfica ainda dispôs de algumas ocasiões em que poderia ter dilatado o resultado, mas esta noite a inspiração andou um bocado alheada dos nossos jogadores. Mesmo em cima do final, um pequeno susto no segundo ameaço dos israelitas durante todo o jogo, quando atiraram a bola ao ferro da nossa baliza.
Melhores do Benfica, para mim, Aimar e Luisão. O primeiro foi dos poucos que, mesmo nas alturas mais estagnadas do jogo, não se cansou de tentar dar-lhe mais velocidade, quer com a bola nos pés, quer procurando espaços entre linhas, quer solicitando os colegas. Fartou-se ainda de correr para recuperar bolas e auxiliar o Javi, merecendo plenamente o aplauso aquando da sua substituição. Quanto ao nosso capitão, marcou o importante primeiro golo (e foi um grande golo), e esteve sempre sereno no centro da defesa. Quanto aos menos bons, escolheria o Gaitán e o Cardozo. O Gaitán passou ao lado do jogo. Não teve muita bola, e quando a teve nem sequer pareceu ter atrevimento para tentar um lance individual, optando por libertar-se da bola o mais rapidamente possível. Quanto ao Cardozo, só não é o pior mesmo porque apareceu uma vez no lugar certo para fazer aquilo que se lhe exige, e meter a bola dentro da baliza. Mas até aí esteve quase sempre apático e desinspirado. Esteve também muito mal no gesto que teve após marcar o golo, transformando um momento que poderia ser de redenção num momento de ainda maior contestação. Entendo que se sentisse frustrado por as coisas não lhe estarem a sair bem e ainda por cima ouvir contestação vinda das bancadas, mas ele deve compreender que tudo isso faz parte do jogo. Dou-lhe porém os parabéns por ter depois tomado a atitude correcta, pedindo desculpa aos adeptos pela atitude. É marcar um golo no próximo jogo e já ninguém se lembra mais disso.
O mais importante foi alcançado, e nem sequer ficou a sensação de ter sido necessário despender um grande esforço para conquistar esta vitória. Agora, é olhar já para o próximo jogo e pensar, apenas e só, na vitória. Já não há margem para menos do que isso. E, se possível, gostaria que nesse jogo os benfiquistas dissessem 'Presente!' em muito maior número do que o fizeram hoje.
Veta Ricardo Costa e propõe...Guilherme Alguidar.
Alguém, por esta altura, ainda tem dúvidas sobre a agenda deste Laurentino? Alguém ainda se surpreende por, por exemplo, o escroque do Cosme Machado, depois de ter cumprido o encomendado no jogo contra a Académica na Luz, ter ido jantar, à Mealhada, com um governante deste 'paraíso' à beira-mar plantado (segundo alguns testemunhos, seria, sim, o desavergonhado do Laurentino) e com um conhecido administrador da SAD dos andrades (seria o Reinaldo Teles?), à vista de todos? Alguém sequer tem um resquício de perplexidade quanto ao papel que esta sanguessuga (paga com os impostos de todos nós, não me canso de o repetir) tem na sobrevivência de um sistema que sufoca o futebol português e o arrasta pelo esgoto? Alguém tem alguma sombra de dificuldade em perceber porque é que esteve caladinho durante o processo do Apito Dourado?
Comunicado do plenário dos órgãos sociais do Sport Lisboa e Benfica [link]
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Comentário suscinto aos principais pontos do comunicado:
a) Reafirmar a total confiança do Clube nos seus atletas e na sua equipa técnica, e a garantia de que ninguém vai desistir dos objectivos propostos no inicio da presente temporada. Resistir é próprio dos que nesta casa se bateram e continuarão a bater pela verdade no futebol português.
Uma excelente medida. Impunha-se este voto de confiança. Mais: se possível fosse, este seria o momento ideal para prolongar o contrato com a equipa técnica.
b) Compreendemos e associamo-nos ao movimento de indignação que desde sexta-feira varre o país. Face à adulteração da verdade desportiva, queremos pedir aos sócios e adeptos do Benfica que continuem a apoiar, de forma inequívoca e sem reservas, a equipa nos jogos que o Benfica realiza no Estádio da Luz, mas que se abstenham de se deslocar aos jogos fora de casa.
Compreendo os motivos, aceito a argumentação, mas esta é a medida com a qual mais me custa concordar, pois há uma lição de berço que dificilmente se coaduna com este pedido. Aprendi que nunca se deixam os nossos sozinhos.
c) Solicitar ao Presidente do Sport Lisboa e Benfica a suspensão imediata de quaisquer negociações relativas aos direitos televisivos relativos aos jogos da sua equipa profissional a partir da época 2012/13 que possam estar a decorrer com a Olivedesportos. Mais, foi igualmente solicitada uma avaliação no sentido de apurar a possibilidade do Clube passar a gerir de forma autónoma os seus direitos audiovisuais.
Esta é ‘a’ medida. Esta pode ser a chave de tudo isto. Esta medida peca apenas por não ir mais longe e exigir que a Olivedesportos não só não seja parte privilegiada nas negociações como seja estipulado que o Benfica só cederia os direitos televisivos à Olivedesportos se esta superasse em pelo menos 1/3 a proposta mais alta. Ou, em alternativa, assumir algum prejuízo financeiro, mas assumir que mais vale a gestão autónoma dos direitos audiovisuais do que ceder o que quer que fosse à Olivedesportos.
d) Equacionar, em face do desgaste e da falta de garantias de isenção na arbitragem agora evidenciadas, a participação na presente edição da Taça da Liga.
Nesta fase, interessa não gastar todos os trunfos. Mas, atendendo à delicadeza do assunto, penso que este deveria ser discutido em AG.
e) Solicitar à comunicação social que, fazendo o seu trabalho, denuncie quem adultera as regras. Que investigue as notas que alguns observadores têm atribuído a algumas actuações de árbitros. Que compare aquilo que sucedeu no campo com a nota posteriormente atribuída.
Solicitação legítima, mas vã.
f) Solicitar ao Senhor Ministro da Administração Interna uma audiência para debater a violência de que a equipa do Benfica tem sido alvo cada vez que se desloca ao Porto. Não queremos confundir as gentes do Porto – que seguramente não se revêem neste tipo de comportamento – com um grupo de delinquentes que organizada e reiteradamente e de forma impune têm vandalizado o autocarro do Benfica e atentado contra a integridade física dos seus atletas.
Outra das medidas que se impunham, mas que resultará em mais um apedrejamento selvagem por parte dos selvagens do costume.
g) Declarar o Secretário de Estado ‘persona non grata’ pelo trabalho que prestou ao futebol português. Abandonou a anterior Direcção da Liga no seu combate pela credibilização do futebol português, alheou-se – por completo – do processo “apito Dourado”. É, ainda, o responsável por nada fazer para aplicar a lei, pelo que a arbitragem e a Comissão Disciplinar continuam na Liga, quando já deviam estar na Federação Portuguesa de Futebol desde 1 de Julho.
É uma medida forte. É é para mim importante saber que o Benfica não teme a famosa ameaça de Jorge Coelho de que “quem se mete com o PS, leva.” Preparemo-nos para o pior e saibamos que só unidos teremos hipóteses de vencer esta batalha em particular.
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