Nada melhor do que andarmos outra vez com a sensação de que a nossa equipa consegue golear com naturalidade e em ritmo de passeio. Foi o que aconteceu esta noite na Luz, em que aparentemente sem ser necessário um grande esforço, ao intervalo já tínhamos o jogo resolvido, e no final o resultado cifrava-se numa goleada, com bom futebol e golos bonitos à mistura.
Algumas alterações no onze: Júlio César na baliza, Rúben Amorim na direita da defesa, Airton a trinco, e o Carlos Martins a manter a titularidade, com o Aimar no banco. O jogo iniciou-se num ritmo agradável, e o Benfica a criar logo uma grande oportunidade, em que o Cardozo vê um seu cabeceamento, após cruzamento do Salvio da direita, só não resultar em golo devido a uma grande intervenção do guarda-redes. O Olhanense ainda conseguiu dar alguma réplica durante os primeiros minutos, mas a ilusão de algum eventual equilíbrio durou até o Benfica marcar o primeiro golo, aos vinte minutos. Deixado isolado na cara do guarda-redes após um bom passe do Carlos Martins, o Saviola fez o que lhe competia e desfez o nulo, mantendo a sua sequência goleadora. Outro jogador que tem estado em grande forma é o Salvio, e seis minutos depois encarregou-se de o demonstrar, aumentando a vantagem do Benfica, através de um remate cruzado da direita, quando parecia até que já tinha perdido a oportunidade de rematar. Estes dois golos, quase de seguida, arrumaram de vez com o Olhanense, que ainda sofreu o terceiro golo a cinco minutos do intervalo. Um grande golo do Cardozo, que ainda de fora da área e pressionado por um defesa, fez um chapéu perfeito ao guarda-redes (que nem sequer estava muito adiantado).
Com o jogo praticamente decidido, a segunda parte foi de simples gestão do resultado por parte do Benfica, que baixou claramente o ritmo do jogo, e limitou-se a deixar que o talento individual dos seus jogadores resolvesse. Deu para tirar o Saviola para permitir ao aniversariante Kardec participar no jogo, experimentar o Maxi a lateral esquerdo (sem um sucesso por aí além, diga-se de passagem), e ainda assim isto foi suficiente para que o resultado se avolumasse ainda mais, e assumisse contornos de goleada. Aos sessenta e dois minutos o Luisão aproveitou um cruzamento da esquerda do Saviola para dominar a bola e rematar cruzado para o quarto golo. E a dez minutos do final, o Cardozo fechou o resultado com mais um grande golo, rematando de primeira e de forma acrobática uma bola vinda do Salvio. Tudo feito sempre de forma aparentemente fácil, e sem necessidade de grandes esforços, o que até convém no meio de um calendário tão apertado como é o nosso neste mês de Janeiro.
Nem sei se é muito justo estar a fazer grandes destaques. A equipa voltou a estar muito bem num todo, há jogadores que estão a passar por um bom momento de forma e voltaram a demonstrá-lo neste jogo, e no geral, há uma aura positiva em redor da equipa. O Cardozo e os seus dois grandes golos merecem sempre uma menção, mas um coisa que me continua a deixar muito satisfeito é a solidez que a nossa defesa tem vindo a mostrar, e em especial a nossa dupla de centrais.
Passagem aos quartos-de-final confirmada, e agora enfrentaremos mais uma equipa da primeira Liga (a terceira consecutiva) no caminho até ao Jamor. Daqui a duas semanas, em Vila do Conde, teremos mais uma jornada decisiva para tentarmos conquistar um troféu que nos foge há meia dúzia de anos.
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O jogo era, em teoria, difícil. A União de Leiria está a fazer um bom campeonato, e o nosso desempenho fora de casa até este jogo não era propriamente brilhante (3V 3D). A resposta foi uma das exibições mais conseguidas esta época fora de portas (a par do jogo em Aveiro). A jogar desta forma é difícil, muito difícil mesmo não ganharmos um jogo. Mesmo não tendo uma qualidade constante ao longo de todos os noventa minutos, manter a concentração e disciplina ajuda a ultrapassar mesmo os momentos menos brilhantes sem grandes sobressaltos.
Com o Aimar ausente, a única alteração no onze 'base' foi a previsível entrada do Carlos Martins. E desde cedo que o Benfica não deixou quaisquer dúvidas acerca das suas intenções: logo aos dois minutos o Coentrão pegou na bola, foi por ali fora deixando todos pelo caminho, e o seu centro só não resultou em golo porque a cabeçada do Saviola (que se conseguiu antecipar aos três defesas do Leiria) não saiu com a pontaria mais afinada. Este lance deu um pouco o tom para aquilo que seria a primeira parte: domínio do Benfica, algum desperdício, e o Saviola em destaque - incluindo na parte do desperdício - os defesas do Leiria não pareciam encontrar forma de o marcar e anular as suas movimentações no ataque. O Benfica conseguiu jogar com as linhas bastante subidas, exercendo a famosa 'pressão alta', e conseguindo trocar bem a bola entre os seus jogadores, o que resultou num jogo quase de sentido único. As tímidas tentativas de ataque da União esbarravam na intransponibilidade da nossa dupla de centrais, ou então morriam na armadilha do fora-de-jogo, que hoje funcionou na perfeição.
Depois de diversas tentativas, o Saviola conseguiu finalmente marcar, quando estávamos perto da meia hora. E, ironicamente, depois de falhar oportunidades que pareciam mais fáceis, acabou por marcar de forma aparentemente mais complicada, com um pontapé de primeira à meia volta, aproveitando a assistência de cabeça do Salvio após centro do Gaitán na esquerda. No minuto seguinte, novo centro do Gaitán da esquerda e desta vez foi o Salvio quem falhou o golo por centímetros, com a bola cabeceada por si a passar muito perto do poste. Quando o árbitro apitou para o intervalo, a vantagem do Benfica não era apenas inteiramente justa; era também escassa face à superioridade que exibimos nos primeiros quarenta e cinco minutos, onde poderíamos ter construído um resultado que nos deixasse descansados para a segunda parte.
Segunda parte que foi muito diferente da primeira. Acima de tudo, mal jogada. A União de Leiria veio determinada em alterar o estado das coisas, e aumentou a pressão sobre os nossos jogadores, que não pareceram saber lidar com isso. A nossa posse de bola caiu bastante, com os nossos jogadores a falharem mais passes e a não conseguirem aguentar a bola mais do que alguns segundos antes de a entregarem ao adversário. Mas se a inspiração ofensiva não era grande, a concentração na defesa esteve sempre altíssima, e apesar da maior posse de bola e subida no terreno, a União de Leiria não conseguia criar qualquer perigo para a nossa baliza (a única oportunidade que tiveram - nos noventa minutos - foi na sequência de um canto, em que apareceu um jogador solto na pequena área, que cabeceou por cima). Neste período o único lance de realce foi um remate cruzado do Gaitán, a proporcionar uma boa defesa ao guarda-redes adversário.
A vinte minutos do final, o Jorge Jesus fez uma substituição que se impunha, retirando o pouco inspirado Carlos Martins para fazer entrar o Rúben Amorim, que se encostou à esquerda, passando o Gaitán para o centro. Não foi coincidência, para mim, que imediatamente o Benfica voltasse a assumir protagonismo no jogo, e começasse a criar perigo. O Cardozo viu um cabeceamento seu, a centro do Coentrão, ser defendido por instinto pelo guarda-redes, para depois a recarga do Salvio esbarrar no poste. E a dez minutos do final, o Benfica sentenciou o jogo: jogada do Salvio na direita, já dentro da área, centro, e assistência de cabeça do Cardozo, a antecipar-se ao defesa, para a finalização do Gaitán. Este golo deitou a União de Leiria por terra de vez. Desorganizada e sem capacidade física para manter a pressão que tinha exercido durante a primeira fase da segunda parte, os espaços que dava na defesa eram muitos, e era previsível que o Benfica ainda conseguisse ampliar o resultado. Esteve perto o Rúben Amorim, que viu o seu remate ser defendido com o pé do guarda-redes, não perdoou o Cardozo, que finalizou com uma bomba de primeira o centro rasteiro do Jara (tinha entrado para o lugar do Saviola) na esquerda, já em período de descontos - interrompendo assim uma sequência de onze golos 'argentinos' do Benfica.
Destaques neste jogo são sobretudo para a coesão e concentração da equipa. Souberam brilhar no ataque, e ser sólidos na defesa e uma equipa de combate quando foi necessário. Individualmente, destaco a dupla de centrais, que esteve praticamente intransponível. O Luisão ao seu estilo, e o David Luiz a parecer cada vez mais ter recuperado aquela alegria em jogar que lhe é característica. O Saviola é obviamente outro dos destaques, em especial pela primeira parte, em que foi um diabo à solta. O Salvio (esteve envolvido em dois dos golos) manteve as boas exibições, o Gaitán (criou bastante perigo pelo seu lado, marcou um golo e fez a jogada para outro) e o Cardozo (golo e assistência) também merecem destaque.
A nossa equipa está, neste momento, a atravessar talvez a sua melhor fase esta época. Uma fase em que as vitórias parecem surgir sem grande complicação ou dificuldade, e com grande naturalidade. A exemplo do que nos habituaram a época passada. A equipa parece ter encontrado o seu equilíbrio, recuperado a confiança, e os reforços (Salvio e Gaitán) parecem estar integrados no onze. Temos muito trabalho pela frente, mas resta-nos fazer a nossa obrigação: ir ganhando os jogos que se nos deparam. E isso, a manter esta dinâmica, não será muito difícil.
Foi nomeado para o jogo de hoje após um jogo desastroso. Estava perturbado, sabia quais as "recomendações" do fantoche Vítor Pereira, sabia quem o ia observar e quais os "critérios" actualmente em vigor. Mesmo assim, demonstrou serenidade e foi honesto na forma como soube arbitrar o jogo. Surpreendeu-me e, estou certo, surpreendeu o observador e o fantoche que o nomeou.
Faço minhas as palavras que Jorge Jesus lhe dedicou (e ele sabe, tal como eu e muitos, a coragem que o árbitro hoje teve ao não inventar um jogo paralelo) e envio-lhe os parabéns.
Além disso, o Benfica venceu a União de Leiria de forma justa e clara. Para complementar a satisfação, deu-me um gozo tremendo ver o Sá Pinto todo lixado, retorcendo as fuças a cada golo do Benfica.
A história demonstrou que, quando a justiça de Atenas matou o seu mais célebre pensador, a cicuta matou a justiça e ajudou a eternizar o pensador. Na miopia do presente, quem lidera os árbitros que no jogo têm a obrigação de aplicar as regras com justiça considera que faz justiça ameaçando quem se queixa das injustiças.
Na semana passada, Jorge Jesus referiu-se, numa entrevista, às más arbitragens que têm influenciado resultados e, consequentemente, a pontuação dos clubes.
A resposta de Vítor Pereira foi desajustada, canhestra e pequenina. Foi uma resposta tendenciosa, ao nível das arbitragens perpetradas pelos árbitros que ele dirige. Vítor Pereira não argumentou, não refutou com factos e não demonstrou a hipotética falta de razão de Jorge Jesus. Vítor Pereira, para demonstrar a sua razão em desfavor da razão alheia, limitou-se a ameaçar o Benfica, dizendo que quem se queixa das injustiças será ainda mais injustiçado.
Já me habituara a ver Vítor Pereira em ladainhas de circunstância. Durante bastante tempo era uma ladainha em tom de ‘ora pro nobis’, pedindo paciência, compreensão e profissionalização para os “seus” árbitros apanhados em escutas pouco dignas no processo “Apito Dourado”. Agora, ameaçando o Benfica, a ladainha saiu-lhe errada, pois, onde ele antecipa um silêncio medroso por parte dos benfiquistas, vai colher um dobre a finados sobre o seu feudo arbitral.
É importante que os ameaçadores do presente aprendam para o futuro uma lição que já vem do passado: o camelo e o burro são os únicos animais que ajoelham para aceitar a carga. Está para vir a primeira ameaça que faça ajoelhar o benfiquismo.
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Artigo de opinião publicado também na edição de 07/01/2011 do jornal "O Benfica".
[Se alguém quiser manifestar-me a sua opinião, pode fazê-lo para este endereço: tertuliabenfiquista@gmail.com]
Pepa foi um futebolista formado no Benfica. A sua estreia nos seniores foi inesquecível: entrou, tocou uma vez na bola e fez golo. Criaram-se expectativas, esperanças, chegou a fama e chegou também a desilusão de não corresponder às expectativas criadas. Saiu mal e a mal do Benfica, saiu do Benfica com garantia de que ia para os andrades com uma pequena passagem pelo Varzim.
O pior estava para vir: teve atitudes lamentáveis para com o Benfica, quando esteve no Varzim. Foram atitudes subservientes ao papado andrade, foram tentativas de escarrar no prato onde comeu e que acabaram por sujar apenas quem as teve e não o alvo. Não houve benfiquista que as tenha presenciado e que as tenha esquecido.
Ao contrário de Roma, o regresso de Pepa demonstra que o Benfica paga a traidores.
Não vejo qualquer mais-valia neste regresso. Quando muito, pode dar o seu testemunho aos miúdos da formação e mostrar-lhes que, ao contrário do que ele fez, não se deve cuspir no prato em que se comeu.
Ainda assim, não adianta de muito a indignação (seja a minha ou a dos que partilham desta opinião), pois o Pepa regressou e resta-me desejar que saiba conjugar e viver o verbo remir, e que, com trabalho e qualidade, saiba agradecer esta (imerecida) nova oportunidade que lhe foi dada. [link]
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[Se alguém quiser manifestar-me a sua opinião, pode fazê-lo para este endereço: tertuliabenfiquista@gmail.com]
Tal como a nomeação de Olegário no jogo com o Guimarães, a de Duarte Gomes é cirúrgica. Quem viu a exibição de Duarte Gomes no recente Braga-Guimarães percebe o que é um árbitro perturbado pela pressão das instâncias superiores da própria arbitragem.
Para entregar a encomenda, contará com a ajuda de Pedro Garcia e José Lima. Humberto Gonçalves observará a preceito e não deixará de premiar o abanar de cauda ao dono. [link]
Teremos de ser muito mais fortes do que esta corja toda, para que um dia possamos viver num futebol limpo.
Vitória normal sobre o Marítimo na estreia da Taça da Liga deste ano, num jogo tranquilo em que as diversas ausências e a presença de jogadores pouco utilizados no onze inicial pouco se fizeram notar.
As maiores novidades na equipa forma as presenças do Moreira, Fábio Faria e Airton, sendo que os dois primeiros ainda não tinham sido utilizados esta época em jogos oficiais. No meio campo apareceu o Carlos Martins na posição do Aimar, e na frente de ataque o Alan Kardec regressou, para forma dupla com o Saviola. O jogo iniciou-se repartido pelas duas equipas, com o Marítimo a mostrar-se algo desinibido e sem particulares cautelas defensivas, pelo que o futebol era jogado de forma aberta e a um ritmo agradável. Ambas as equipas ameaçaram marcar, o Benfica pelo Kardec, que falhou um remate sobre a linha da pequena área, e o Marítimo num cabeceamento de um jogador isolado, que poderia ter causado muito perigo se não tivesse enviado a bola à figura do Moreira. O Benfica foi no entanto aumentando um pouco a pressão, e chegou ao golo por volta dos vinte e cinco minutos de jogo, numa transição ofensiva rápida iniciada no Gaitán, que passou pelo Carlos Martins, e terminou na direita do ataque com um bonito remate cruzado do Salvio. O Marítimo pareceu acusar este golo, e a superioridade do Benfica em campo tornou-se então mais clara. Sempre sem parecer forçar muito, chegámos ao segundo golo a cinco minutos do intervalo. Após um livre do Carlos Martins ser defendido com alguma dificuldade pelo guarda-redes, a bola sobrou para o Gaitán na esquerda, que rematou cruzado e a bola seguiria para fora, mas apareceu o Saviola ao segundo poste para encostar e fazer um golo fácil. Com dois golos de vantagem à saída para o intervalo, dava ideia do jogo estar praticamente resolvido.
E foi na verdade o que se acabou por ver na segunda parte. O Marítimo raramente mostrou capacidade para incomodar o Moreira (apenas nos minutos finais do jogo chegou a ameaçar um pouco), e o Benfica, de forma tranquila, foi gerindo o resultado. Não me consigo recordar de grandes oportunidades de golo criadas na segunda parte, embora tenha gostado de algumas jogadas e trocas de bola que fizemos no ataque, e em particular da velocidade que conseguimos colocar em várias transições ofensivas - o que se acentuou um pouco depois da entrada do Jara, que mostrou vontade mas também alguma precipitação na finalização das jogadas. Houve algumas situações em que poderíamos ter feito melhor na altura do remate, mas não estivemos muito inspirados nesse aspecto particular.
Gostei dos argentinos: depois dos cinco golos argentinos com que fechámos o ano, mais dois para abrir o novo ano. Salvio, Saviola e Gaitán deram bastante dinâmica ao ataque. O Salvio mostrou querer manter a dinâmica do último jogo, e o Saviola, para além da muita movimentação no ataque, manteve a tendência para marcar que tem vindo a demonstrar nos últimos jogos (já o ano passado, por esta altura, ele teve um sequência fantástica de jogos consecutivos a marcar). O Gaitán voltou a mostrar pormenores de classe, e esteve directamente envolvido nos dois golos. O David Luiz parece estar a voltar a mostrar alegria em jogar futebol, e tacticamente gostei de ver o Airton.
Importante ou não, a verdade é que a Taça da Liga tem sido nossa nos dois últimos anos, e gostaria de mantê-la. Foi importante começar a vencer, e ainda mais importante que a equipa, muito desfalcada (meia dúzia de habituais titulares ausentes), mostrasse que os sinais positivos que vinha dando antes da pausa de Natal pareçam manter-se. E não sendo propriamente brilhante, ainda assim gostei que estivessem quase 21.000 benfiquistas na Luz esta noite.
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