No dia de hoje, dia do seu 39º aniversário, saúdo no Rui Costa o que há de exemplo de benfiquismo, de entrega a uma causa e de vivência do Benfica como uma missão.
Saudar Rui Costa é, para mim e para muitos outros, saudar a garantia de que podemos confiar no futuro do benfiquismo, pois haverá a quem possamos confiar o futuro do Benfica.
Às 20 horas, o "Record" garantia a vitória de Bruno de Carvalho nas eleições do Sporting.
Alexandre Pais [http://twitter.com/#!/AlexandrePais], director do "Record", pelas 3 da matina, 'twitava' o seguinte, muito ufano com a competência demonstrada por si e pelos seus.
«Estavam à espera que falhássemos. Como explicava Artur Agostinho, os invejosos não perdoam aos que fazem. Lá tem de engolir o seu veneno.» [link]
«Agradeço aos repórteres no terreno, João, Lidia, Diogo e Inês, e aos que escrutinaram, ponderaram e arriscaram publicar esta projeção...» [link]
«...que prestigia o nosso grande jornal perante os leitores que são a maior razão da nossa existência. Parabéns a todos, viva o Record!» [link]
Ou seja, parece-me que Alexandre Pais considera prestigiante enganar os seus leitores.
Mais uma agressão cobarde, mais um momento de vergonha. Quando li a notícia de que o autocarro do Benfica e o automóvel do seu presidente haviam sido apedrejados, perto da cidade do Porto, só pude lamentar. O lamento pelo futebol, pelo país, pela banalidade com que se perpetra e encara a violência.
Estes actos são extremamente graves, recorrentes e recorrentemente são branqueados. Sabemos todos de quem é a mão escondida que atirou a pedra. Sabemos todos onde está o rosto da cobardia, da violência e do crime. Sabemos também que a impunidade do crime se deve a responsáveis políticos e judiciais que, durante décadas, se demitiram das suas responsabilidades.
Um dia – haverá sempre um dia – os que mais calaram, os que mais contribuíram para este reles estado de impunidade, serão os primeiros a rasgar vestes e a lamentar a tragédia que se adivinha. Caso não haja uma responsabilização clara e objectiva do maior dos responsáveis por esta camorra que mata o futebol e contamina o país, deixaremos as lágrimas do drama e entraremos no sangue da tragédia. Os indícios são claros e só os não vê quem tem algo a ganhar com a manutenção deste insustentável estado de podridão.
Perante mais uma agressão vil, importa que, por parte do benfiquismo, não se caia na tentação de responder na mesma moeda. Seria um erro, pois imediatamente as canetas de aluguer transformariam os verdugos em vítimas. Para aqueles que desesperam com a inoperância de quem tem de zelar pela lei e pela ordem; para aqueles que sentem ser impossível mudar esta cultura reles e suja que agride o futebol… resta confiar na certeza de que o impossível só demora um pouco mais. Mas chegará.
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Artigo de opinião publicado também na edição de 25/03/2011 do jornal "O Benfica".
[Se alguém quiser manifestar-me a sua opinião, pode fazê-lo para este endereço: tertuliabenfiquista@gmail.com]
Jara para Javi, este em esforço dá para Gaitan que de primeira dá para Aimar, este perante o pressing de um jogador adversário dá para Saviola que de primeira devolve a bola ao mesmo Aimar, que com dois toques mete a bola novamente em Gaitan, que novamente de primeira disponibiliza na direita para a entrada do Maxi - e aqui surge o exagero: o lateral uruguaio tem o desplante de dar 3 toques inteiros na bola antes de passar a um colega de equipa !- que após fintar um adversário coloca rasteiro na área onde surge Cardozo a amortecer para o remate em arco, LINDO!, MARAVILHOSO!, que mesmo que não tivesse a antecedê-lo a jogada que acabei de relatar já seria um hino ao futebol, do GAITAN sem qualquer hipótese para o guarda-redes adversário.
Mas mais do que palavras, fica o video.
É (também/sobretudo) por isto que amo este desporto!
Em tempo: Sintam-se à vontade para colocar na caixa de comentários links para outros golos do Benfica que rivalizem com este na sua beleza.
O Benfica acabou por ir dar um passeio até Paços de Ferreira, resolvendo as coisas muito cedo com uma entrada em jogo simplesmente brilhante, passando depois a gerir o resultado, e encerrando o jogo da melhor forma com a entrada do capitão em campo para construir a nossa vitória mais robusta nesta Liga até ao momento.De fora do onze ficaram os dois jogadores em risco de suspensão: Coentrão e Salvio, rendidos pelo Carole e pelo Jara - que foi ocupar a esquerda, surgindo o Gaitán na direita. Também de fora ficou o Sídnei, por troca com o Jardel. A entrada do Benfica no jogo foi demolidora. Muita velocidade e jogadores em constante movimento, aproveitando o atrevimento do Paços, que raramente joga com grandes cautelas defensivas. E com cinco minutos de jogo, tivemos um penálti claro a nosso favor (espanto por o Artur Soares Dias assinalar o penálti...). O Cardozo desta vez não tremeu, e enviou a bola para um lado e o guarda-redes para o outro. Continuou o Benfica a atacar, e um minuto depois do Jardel ter falhado o golo de forma incrível, cabeceando mal e sem oposição após um canto quando o mais fácil era mesmo acertar na baliza, o Benfica voltou a marcar, numa jogada argentina: Jara para Saviola na direita, passe para o Aimar na área, que controlou com um toque e já perto da baliza, perante a saída do guarda-redes, com o outro fez a bola passar-lhe sob o corpo. Ia decorrida apenas uma dúzia de minutos. E o massacre do Benfica continuava, com ocasiões de perigo a surgir quase em cada ataque.
A conclusão lógica foi mais um golo do Benfica, numa jogada de ataque fantástica, com a bola a passar por vários jogadores em velocidade até chegar ao Maxi na direita, que passou rasteiro para o Cardozo e este tocou para trás, aparecendo depois o Gaitán ainda de fora da área e sobre a direita a fazer um remate de primeira e em arco que meteu a bola literalmente na gaveta. Estavam decorridos vinte e cinco minutos de jogo, e o Benfica já vencia por três golos sem resposta. Nesta altura, pelo que se via, se as coisas continuassem por este caminho o mais provável seria este jogo acabar com um resultado histórico. O que acabou por salvar o Paços foi o infeliz autogolo do Carole (tocou de raspão com a cabeça na bola, após livre da esquerda), três minutos depois, que serviu para arrefecer um pouco a euforia do Benfica e dar alguma confiança ao Paços. Que, dois minutos depois, poderia ter voltado a marcar, já que um livre de muito longe levou a bola a bater no poste da nossa baliza (pareceu-me que o Roberto ainda lhe tocou). O jogo entrou então numa toada mais equilibrada, com ataques de parte a parte, mas a cinco minutos do intervalo o jogador do Paços que cometeu o penálti voltou a fazer uma falta estúpida, agarrando o Saviola, e viu o segundo amarelo, facilitando ainda mais a tarefa ao Benfica.
A segunda parte foi bem menos interessante do que a primeira. O Benfica veio mais apostado em gerir a vantagem sem dispender grande esforço, e foi-o conseguindo apesar da boa vontade dos jogadores do Paços, que nunca baixaram os braços. Os nossos ataques eram feitos em menor velocidade e com menos jogadores, muitas vezes perdendo-se devido a excessos individuais. As coisas só voltaram a animar mesmo nos dez minutos finais, numa altura em que o Nuno Gomes, Carlos Martins e Peixoto já estavam em campo. Primeiro foi o Aimar que, isolado por um passe muito longo do Luisão, viu o golo ser-lhe negado pelo pé do guarda-redes do Paços (quase que saía um golo igual ao que ele marcou ao Guimarães, na altura a passe do Sídnei). Um minuto depois, apareceu o Nuno Gomes em cena para, aproveitando a liberdade que lhe foi concedida pela defesa do Paços, à segunda recarga a um primeiro remate do Peixoto, fazer o quarto golo. Animado por este golo, o Benfica voltou a imprimir mais velocidade, com o Carlos Martins bastante activo na direita, e ainda foi a tempo de fazer um quinto golo, novamente pelo Nuno Gomes, desviando de forma oportuna mais uma insistência do César Peixoto.
Há vários jogadores que merecem destaque. O Aimar é um deles: fez um grande jogo, e aparenta estar numa forma física muito boa, sendo dos jogadores que amntiveram um ritmo mais constante durante todo o jogo. O Maxi Pereira já não é surpresa que se apresente num ritmo altíssimo, já que parece que nunca se cansa. Gostei, ao contrário do jogo com o Portimonense, do Jardel. Javi García o pêndulo do costume, e o Jara fez um jogo muito agradável, mas com o senão de não ter estado particularmente inspirado na altura do remate, sobretudo por demorar quase sempre demasiado tempo a fazê-lo. O Gaitán continua a mostrar a sua classe em cada toque na bola, e o golo que marcou foi sublime. Fiquei também agradado com o Carole, que não merecia aquele azar do autogolo. Mas parece estar a integrar-se, e o atrevimento que vai ganhando no ataque fica-lhe bem, porque parece saber subir bem no terreno. Finalmente, claro, o elogio para a eficácia do nosso capitão Nuno Gomes.
Aquela entrada do Benfica no jogo ter-nos-á deixado a todos muito satisfeitos, quer pela alta qualidade do futebol praticado, quer pela eficácia. E ainda por cima sem utilizar dois jogadores nucleares como o Coentrão e o Salvio. Mas hoje gostei também muito que a equipa tenha mostrado uma muito melhor condição física, ao contrário do que vinha acontecendo nos últimos jogos. Claro que marcar e resolver cedo permite gerir o jogo e o cansaço de forma muito mais eficaz, mas mesmo o Aimar, que não é dos jogadores fisicamente mais resistentes, fez os noventa minutos aparentemente sem quaisquer problemas. Agora espero que aproveitemos a paragem no campeonato para recuperar ainda mais, e atacarmos a fase final da época na melhor condição física possível. Ainda há muito para conquistar.
P.S.- Aparentemente, voltaram a 'simular' mais qualquer coisa lá por aqueles territórios sem lei. A quantidade de casos semelhantes à volta do Benfica sempre que se deslocou a esta zona do país só esta época seria suficiente para que alguém com responsabilidades fizesse alguma coisa, mas pelos vistos quando o mandante moral diz que são simulações, os supostos responsáveis baixam os cornos e enfiam a cabeça na areia, juntando-se aos indecorosos avençados espalhados pela comunicação social vergonhosa que temos. E isto é numa época em que conseguiram roubar uma Liga a seu bel-prazer. Imagino o que seria se não fosse assim. É de notar o facto do ataque ter partido do 'unico viaduto que não estava sob vigilância da GNR'. Como não quero ser mal intencionado, vou assumir que isto se tratou apenas de uma infeliz coincidência, e não o resultado de qualquer informação que tenha de alguma forma encontrado o caminho desde as autoridades até aos marginais que perpetraram o acto. Mais ou menos como a coincidência de alguém viajar subitamente para Vigo antes de uma rusga.
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Num Portugal em diminutivo, os pequenos tiranos de bairro espalham o terror, a vergonha e o ódio. São recebidos em cortejo patético pelos rafeiros que arrastam o rabo e a incompetência na Assembleia da República. Têm sempre à mão uns quantos jornalistas que tentam lavar a sujidade com o chamado “sabão macaco” e outros tantos comentadores que acham normal o crime e condenam a denúncia do mesmo.
Os cães de fila dos criminosos continuam, impunemente, a dar demonstrações públicas e descaradas da cultura vergonhosa que os norteia. Gente reles, comandada por gente reles que estende os tentáculos num reles país.
Noventa minutos de utilização total, cinco golos e duas assistências.
P.S. - Se o Nuno Gomes se quiser ir embora para ganhar mais num último contrato no estrangeiro, é óbvio que eu percebo e resta-nos agradecer-lhe e dar-lhe a despedida que ele merece. Mas se os responsáveis do Benfica não mostrarem interesse e nem sequer lhe propuserem a renovação, digo aqui claramente que considero isso um crime de lesa-benfiquismo. Além de ser um enorme disparate deixar ir embora um jogador que precisa de 18 minutos em campo para marcar um golo...
... ver o Benfica ganhar. É sempre um prazer ver o Benfica ganhar com dois golos do grande Nuno Gomes. É sempre um prazer ver o Nuno Gomes e o Jorge Jesus abraçados nos festejos dos golos. É sempre um prazer saber que, ao contrário do que as cuscas de cabeleireira que emprenham pelos ouvidos apregoam, os golos do Nuno Gomes são pelo Benfica e não contra ninguém dentro do Benfica. Todos somos Benfica.
Iremos defrontar o PSV Eindhoven nos quartos-de-final da Euroliga, com o jogo da 1ª mão a ser disputado pela terceira vez consecutiva na Luz. O PSV está em 1º lugar do campeonato holandês, mas teremos uma grande oportunidade para nos vingarmos da final perdida em 1988. Apesar de nos termos dado bem até agora com a 2ª mão disputada no terreno do adversário, a única coisa que eu alteraria era a ordem dos jogos, já que a 1ª mão disputar-se-á apenas quatro dias depois de recebermos o CRAC para o campeonato. E estarmos a assumir as despesas de duas partidas em casa, que se prevêem intensas, com tão pouco tempo de intervalo, era algo que evitaria se eu pudesse. De qualquer modo, espero que desta vez não consintamos golos caseiros ao adversário…
Mas dado que as equipas mais credenciadas eram o CRAC e o Villarreal que não só não nos calharam agora, como também não as defrontaremos numas possíveis meias-finais, fiquei contente com o sorteio. Se (e convém por agora só pensarmos em eliminar o PSV) passarmos, iremos jogar contra o vencedor do Braga – Dínamo Kiev. Teoricamente bastante mais favorável que um Liverpool – Manchester City… E aqui, sim, gostei inclusive da ordem dos jogos, já que teremos a 2ª mão na Luz.
Eu, que sou um pessimista por natureza, tenho que dizer o seguinte: temos uma oportunidade muito grande de voltarmos a uma final europeia. Sim, claro, temos que pensar jogo a jogo e por enquanto ainda faltam (esperemos bem) quatro, mas no ranking da Uefa só o CRAC está acima de nós. Acredito que o plantel e equipa técnica estejam todos concentrados nisto e se lembrem que o sorteio da Champions também poderia ter sido teoricamente muito pior, estávamos no pote 2 e depois aconteceu o que aconteceu. Pelo que fizeram no ano passado, a equipa técnica e os jogadores já entraram na história do Benfica. Este ano têm hipótese de acrescentar mais um capítulo, com a pequena diferença que um capítulo destes não é escrito há quase 50 anos…
FORÇA BENFICA!!!
P.S. – E é aconselhável fazer muitos treinos de conjunto com a equipa que defrontou o Portimonense. Sem o descanso dos titulares, tenho grandes dúvidas que tivéssemos eliminado o PSG. Por mim, o último jogo que os titulares fariam para o campeonato seria contra o CRAC… (Até porque me lembro sempre do que aconteceu ao Diamantino na véspera da final de Estugarda…)
Experimentar as tensões do confronto de ideias só é negativo para quem ignora a possibilidade de as resolver pelo discernimento. A resposta possível às tensões é procurar o discernimento de nos situarmos nas balizas – e não à margem – dos valores edificantes.
Rui Gomes da Silva, vice-presidente do Benfica, sabe onde se situa, não foge às tensões, apresenta-se e expõe (expondo-se) pública e corajosamente as suas ideias na defesa do nosso Benfica. Isto só é crime para criminosos que não têm o discernimento de resolver as tensões e norteiam os seus valores pela razão da violência. Foi por não abdicar da defesa intransigente do Benfica que aquele benfiquista foi gratuitamente agredido na cidade do Porto.
Qualquer pessoa de bem só pode lamentar e solidarizar-se com Rui Gomes da Silva. Muitas pessoas de bem o fizeram. O presidente do FC Porto não o fez e, pior, agrediu-o verbalmente. Ao fazê-lo, legitimou, mais uma vez, uma espúria manifestação de cultura doentia, perversa e reles que envergonha qualquer pessoa e qualquer instituição de bem.
Ao chamar “palhaço” ao vice-presidente do Benfica, o presidente do FC Porto assumiu-se publicamente como um modelo de líder que vive valores precários e provisórios. Valores que, tal como a sua liderança, estão condenados à derrota porque estão alicerçados na periferia da verdade e da honra. São valores incapazes de contagiar pela positiva e que medram na violência, no ódio e em todas as margens da civilidade. Por isso, as suas palavras envergonham todos os que não são marginais. Por isso, as suas palavras são seguidas apenas por marginais. Por isso, só podem ser classificados como marginais os que, cobardemente, agrediram um vice-presidente do Benfica.
Na vertigem do momento e na impaciência do presente, os vis tiranetes vivem a ilusão da vitória. No entanto, a História demonstra que a vitória nunca é agarrada pelos que vivem na margem e à margem da verdade e da justiça.
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Artigo de opinião publicado também na edição de 18/03/2011 do jornal "O Benfica".
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