Vitória difícil mas inteiramente justa num campo e contra um adversário tradicionalmente complicados para o Benfica.
Apenas uma alteração forçada no onze que nos apurou para a fase de grupos da Champions, com a entrada do Jardel para o lugar do lesionado Garay. Da primeira parte não há muito para dizer, porque na verdade o nevoeiro pouco deixou ver. O Nacional teve uma entrada forte no jogo, e podia ter marcado cedo, não fosse o Artur defender com o pé o remate do isolado Mateus. Aos onze minutos o jogo foi interrompido por falta de visibilidade, e essa interrupção pareceu fazer bem à nossa equipa, que regressou mais concentrada, chegando ao golo à passagem dos vinte minutos, com o Cardozo, bem no centro da área, a corresponder com um cabeceamento exemplar, de cima para baixo, a um centro do Gaitán na direita. Do pouco que se conseguiu ver no resto da primeira parte (o jogo voltou a ser interrompido após a meia hora) realce apenas para um grande remate do Cardozo, a proporcionar uma boa defesa ao guarda-redes do Nacional.
Felizmente o nevoeiro foi-se embora na segunda parte, e permitiu-nos ver o Benfica a controlar perfeitamente o jogo, já com o Bruno César no lugar do Nolito. E de controlar o jogo o Benfica passou a dominá-lo após a expulsão do João Aurélio, por duplo amarelo, permanecendo em campo o Felipe Lopes, que se dedicava e continuou a dedicar afincadamente a distribuir porrada em tudo o que mexia (demonstrando particular afeição pelo Witsel) perante o olhar complacente do Soares Dias. Durante a meia hora que decorreu até ao final do jogo o Benfica desperdiçou várias ocasiões para marcar o golo que sentenciaria o jogo, mantendo-nos nervosos até quase ao final. E só não foi mesmo até ao final porque na última jogada do encontro, quando já passavam quatro minutos da hora, o Bruno César aproveitou a subida da equipa quase toda do Nacional para um canto, agarrou na bola à saída da nossa área e foi por ali fora, direito à baliza do Nacional, correndo uns bons setenta metros com a bola até finalizar sem dar hipóteses ao guarda-redes.
Não consigo escolher um jogador que me tenha impressionado particularmente. Se calhar fiquei condicionado pelo aborrecimento que foi não se conseguir ver quase nada da primeira parte. Fiquei satisfeito sobretudo com a organização que a equipa teve quase sempre (a excepção foram mesmo aqueles minutos iniciais até à primeira interrupção), a forma como ocupou bem os espaços em campo, e garra que os jogadores demonstraram num jogo que foi durinho.
A equipa continua a aparentar estar a crescer em futebol jogado e em confiança em si própria. Pelo menos já conseguimos melhor este ano do que tínhamos conseguido o ano passado no mesmo campo. Só tenho pena que agora tenhamos que parar por duas semanas para aturar os estarolas da equipa da FPF.
Nos 30 jogos da Liga Sagres do ano passado, os jogadores do fcp foram admoestados com 1 cartão vermelho directo e 2 cartões vermelhos por acumulação de amarelos. A cada 900 minutos de jogo, houve, portanto, um jogador expulso. Na Liga Europa, em 17 jogos, os mesmos jogadores viram 2 cartões vermelhos directos e dois cartões vermelhos por acumulação de amarelos, ou seja, precisaram de menos de metade do tempo (383 minutos) para serem expulsos. Apresento estes dados, apenas, por serem verdadeiros (de acordo com o zerozero.pt), e sempre servir a verdade para alguma coisa, e, também, para auxiliar quem se dedique a decifrar enigmas. Quanto a mim, lembrei-me disto porque achei curioso o facto de no jogo da Supertaça europeia a referida equipa ter visto tantos vermelhos directos quantos os que viu ao longo de um ano inteiro na Liga portuguesa. Quase que é caso para dizer que o senhor Björn Kuipers não deve ter gostado da fruta que lhe serviram na época passada. Quase.
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Adenda
Uma segunda curiosidade (por sugestão de alguns leitores): na Liga portuguesa do ano passado, foi expulso um jogador do Benfica a cada 300 minutos de jogo, mas nos jogos europeus, em 1260 minutos de jogo, foi expulso apenas um jogador.
O que há de mais fascinante no jogo é a imprevisibilidade do desfecho. Não sendo aleatório, é sempre impossível de determinar. Na esperança que antecede todos os jogos reside o fascínio do jogo. Antes do início de um jogo acreditamos que um desfecho é uma possibilidade e nunca uma certeza. Essa incerteza é o que nos faz ter a paixão pelo futebol.
Agora, imaginemos que deixamos de acreditar na imprevisibilidade, deixamos de acreditar que o desfecho do jogo se encontra no final do mesmo e passamos a saber que o desfecho do jogo foi determinado antes do seu início. Deixará de ser um jogo, passará a ser um embuste. Quando isso acontecer, matar-se-á o jogo, acabar-se-á o futebol, porque se acaba a inocência de acreditar.
Actualmente, o jogo está seriamente ameaçado. Declan Hill, em 2008, publicou “The Fix”, uma excelente obra sobre a falta de verdade no futebol. Essa obra foi recentemente publicada em Portugal e titulada “Máfia no Futebol”. Aconselho a sua leitura, sabendo que, após essa leitura, perdemos o que nos restava de inocência, mas percebemos melhor o comportamento de árbitros, dirigentes e futebolistas. Compreendemos melhor o que leva um determinado treinador, num qualquer minuto 58, a substituir os dois futebolistas que melhor estavam a jogar; compreendemos por que motivo um treinador se vê obrigado a substituir um excelente guarda-redes, ao intervalo, com o medo que esse futebolista facilite na segunda parte; compreendemos como a prostituição é tão importante para poder chantagear quem tem o poder de decidir um jogo…Percebemos que nem os jogos das fases finais dos Campeonatos do Mundo estão a salvo de serem decididos antes de terem começado.
Mais do que tudo, percebemos que a protecção do jogo não está na competência das regras, das leis ou dos regulamentos, está na seriedade das pessoas.
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Artigo de opinião escrito e enviado para a redacção do jornal "O Benfica" no dia 23 de Agosto e publicado na edição de 26/08/2011 do jornal "O Benfica".
[Se alguém quiser manifestar-me a sua opinião, pode fazê-lo para este endereço: tertuliabenfiquista@gmail.com]
Pote “Este era o que eu queria”:
Barcelona
BENFICA
BATE Borisov
Genk
Tenho a pecha de não ter visto o Maradona ao vivo, não queria passar pelo mesmo em relação ao Messi. Esta questão podia ficar despachada já e, com este grupo, o 2º lugar TINHA de ser nosso. Além disso, não levaríamos com o Barça nos oitavos.
Pote “O 1º lugar é possível”:
Arsenal
BENFICA
Basileia
Otelul Galati
Sem o Fabregas e o Nasri, os gunners estão mais fracos. Já lhes ganhámos este ano na Eusébio Cup. Os campeões suíços e os romenos têm que estar ao nosso alcance e 12 pontos contra eles não deveriam ser utopia.
Pote “E não querem que joguemos ao pé-coxinho para ser ainda mais difícil?”:
Real Madrid
BENFICA
Manchester City
Borrusia Dortmund
Sem comentários…
Pote “Se formos parar à Liga Europa, ao menos é com honra”:
Manchester United
BENFICA
Bayer Leverkusen
Nápoles
Perspectivas de grandes jogos e casas-cheias na Luz. Leverkusen traz-nos MUITO gratas recordações.
Agora mais a sério: estando no pote 2 somos sempre favoritos à qualificação para os oitavos-de-final, mas repito pela enésima vez que, dinheiro à parte, prefiro uma conquista da Liga Europa do que a chegada aos oitavos-de-final da Champions. O primeiro entra no palmarés, o segundo não. Isto por duas razões: por um lado, a Liga Europa do ano passado ainda me está atravessada na garganta, por outro, teremos mais hipóteses de ultrapassar os oitavos se ficarmos no 1º lugar e evitarmos os tubarões dos outros grupos.
Mas dado que o nosso grande objectivo é o campeonato, temos ainda mais razões para passarmos a fase de grupos da Liga do Campeões, onde teremos previsivelmente menos jogos que na Liga Europa. Espero que todos no Benfica tenham aprendido com a lição do ano passado e que este ano dispensemos Lacazettes para chegar onde quer que seja.
O Benfica esta noite massacrou literalmente o Twente e carimbou com distinção e brilho o apuramento para a fase de grupos da Champions League. A vitória tranquila por três a um só peca, e muito, por escassa. E para explicar isto nem sequer seriam necessárias muitas palavras, bastaria apresentar os seguintes números: durante o jogo, o Benfica fez vinte e cinco remates à baliza do Twente, enquanto que os holandeses apenas conseguiram rematar por quatro vezes.
Sem surpresas, o Jorge Jesus fez o Witsel regressar ao onze, voltando o Benfica a jogar com apenas um avançado de raiz, o Cardozo. Quanto ao Twente, sinceramente, não sei se o Adriaanse já se esqueceu dos tempos em que trabalhou em Portugal, ou se é simplesmente lírico, porque a forma como o Twente se apresentou na Luz foi mesmo estar a pedir que algo assim acontecesse. Não há muitas equipas que tenham a capacidade de vir à Luz de peito feito e tentar jogar de igual para igual com o Benfica. E o jogo de hoje mostrou que o Twente, claramente, não é uma delas. Sistematicamente metiam pelo menos quatro jogadores na frente de ataque, deixando o meio campo e defesa bastante desprotegidos face a transições rápidas para o ataque. O resultado disso foi uma primeira parte massacrante do Benfica, e exasperante para os adeptos. Exasperante por vermos o tempo a passar e o Benfica a não ser capaz de aproveitar os muitos lances de ataque e ocasiões criadas, sabendo-se que bastaria ao Twente marcar um golo fortuito para se colocar em vantagem na eliminatória. Até ao intervalo o Twente conseguiu fazer apenas um remate contra quinze do Benfica, o que diz muito sobre o sentido do jogo. Faltou-nos apenas mais calma e alguma pontaria para traduzirmos esta avalanche ofensiva em golos.
Calma é o que nunca parece faltar ao Axel Witsel, e foi ele quem, logo no reinício do jogo, se encarregou de dar mais descanso aos adeptos e começar a colocar a eliminatória completamente fora do alcance do Twente. Logo na primeira jogada o Cardozo sofre uma falta sobre a direita do meio campo, o Gaitán marcou o livre para a área, o Luisão tocou de cabeça e depois surgiu o Witsel, de costas para a baliza, e rematar quase em bicicleta para o golo. Nada mudou com o golo, o Benfica continuou muito por cima no jogo, voltou a falhar (Cardozo, depois de um bom trabalho individual), mas antes de fechar o primeiro quarto de hora conseguimos mesmo dissipar quaisquer ténues dúvidas que ainda restassem sobre o desfecho da eliminatória. O Luisão, que tinha sido homenageado antes do jogo, retribuiu a homenagem surgindo ao primeiro poste para desviar de cabeça para o golo um canto da esquerda do Aimar. A partir daqui o Benfica limitou-se a deixar o jogo correr a seu favor, mantendo-se sólido a defender - apesar do Twente ter posse de bola, não conseguia sequer rematar - e depois aproveitando o muito espaço concedido pelos holandeses para criar perigo em transições rápidas de cada vez que recuperava a bola. Chegou assim ao terceiro golo, numa jogada bonita que começou numa recuperação de bola do Emerson, e continuou com diversos passes até o Cardozo isolar o Witsel, que depois correu quase meio campo sozinho para finalizar com um remate cruzado à saída do guarda-redes. A seguir a este terceiro golo o Benfica talvez tenha relaxado um pouco, e o Twente até conseguiu criar uma grande oportunidade de golo, com o Artur a fazer uma defesa impossível a um cabeceamento do Bryan Ruiz. Defendeu, literalmente, um golo. Já não conseguiu voltar a fazer o mesmo a cinco minutos do final, quando o mesmo Bryan Ruiz de cabeça - e tal como na primeira mão, após cruzamento do Ola John - fez um golo que o Twente não mereceu. Coincidência ou não, o golo aconteceu numa ocasião em que o Luisão estava ausente do centro da defesa, porque tinha ido fazer uma dobra à direita. Mas este golo não colocou em causa a justeza da nossa vitória.
O Witsel marcou dois golos e se calhar é o homem do jogo, mas quem me maravilhou foi mesmo o inigualável Pablo Aimar. É verdadeiramente um orgulho e um privilégio vê-lo jogar no nosso clube. Fez um jogo absolutamente fantástico, sendo o pivot de quase todos os nossos lances de ataque. Pareceu também estar numa forma física muito boa, tendo jogado os noventa minutos, o que nem é muito habitual. Claro que o Witsel é também um dos grandes destaques. É talvez o melhor reforço do Benfica esta época, não menosprezando os outros. Tacticamente é excelente, em qualquer função que lhe entreguem no meio campo. É bom na recuperação de bola e na construção de jogo. Mas o que mais me impressiona mesmo é a calma que revela em todos os momentos de jogo. A bola definitivamente não queima nos seus pés, e é quase impossível desarmá-lo, sendo frequente vê-lo sair a jogar ou entregar a bola jogável a um colega mesmo quando está rodeado de adversários. Grande jogo do Luisão, bem também o Cardozo numa missão de esforço, apesar de não ter estado feliz a finalizar, e talvez tenha sido o melhor jogo que vi o Emerson fazer desde que chegou ao Benfica.
Só para colocar as coisas em perspectiva: o Twente, vencedor da Supertaça da Holanda e líder do campeonato só com vitórias, foi simplesmente vulgarizado esta noite pelo Benfica. Escrevo isto porque sei que alguns, perante o que o Benfica conseguiu, vão agora tentar da forma do costume - desvalorizar o adversário - tirar valor ao que foi feito. O Twente não é uma equipa fraca. Foi o Benfica que o fez fraco.
Por culpa exclusivamente nossa, sofremos mais do que seria previsível para levarmos de vencida o Feirense. E as culpas distribuem-se entre o desperdício no ataque - em particular na primeira parte - e a insegurança na defesa a partir do momento em que consentimos o golo do empate.
O Jorge Jesus neste momento parece uma espécie de viciado, incapaz de largar o hábito a que está agarrado. Quando pensamos que já temos provas suficientes sobre qual é o sistema táctico que melhor parece adaptar-se às características do plantel, e que o treinador também já estará convencido, de repente distraímo-nos um pouco e quando damos por isso lá está ele outra vez agarrado aos velhos hábitos e a lançar o 4-1-3-2 para dentro do campo, relegando o Witsel para o banco. Foi o que aconteceu hoje, com o Benfica a apresentar um onze cuja maior novidade foi a presença do Capdevilla na esquerda da defesa. Mesmo sem grande brilho, o Benfica dominou completamente uma primeira parte de sentido único, durante a qual o Artur foi um mero espectador. Já depois de uma primeira grande oportunidade de golo desperdiçada, pelo Saviola, o golo chegou relativamente cedo, um pouco antes de atingido o primeiro quarto de hora, e pelo suspeito do costume: Nolito. Depois de um lançamento lateral do Maxi, o Cardozo na zona do primeiro poste tocou de cabeça para trás e o espanhol apareceu solto de marcação para fazer o seu quinto golo em cinco jogos. Daqui para a frente, a descrição da primeira parte quase que se resume às oportunidades falhadas pelo Benfica. Ou por falta de pontaria, ou por inspiração do guarda-redes Paulo Lopes, fomos incapazes de dar maior expressão ao resultado, e vimos o Aimar, o Nolito ou o Gaitán (acertou no poste) desperdiçar boas ocasiões, pelo que a vantagem mínima do Benfica com que se chegou ao intervalo era justa, mas escassa.
A segunda parte iniciou-se sob o mesma tendência do desperdício: depois de um canto do Aimar, o Luisão apareceu completamente sozinho junto da pequena área a cabecear (nem precisou de saltar) mas conseguiu o mais difícil, não acertando na baliza. Aos oito minuto, o Feirense teve uma rara subida ao ataque, beneficiou de um canto (tavez o primeiro do jogo) e, como não podia deixar de ser, marcou. O Benfica atá teve uma reacção positiva ao golo durante alguns minutos, voltou a criar perigo (teve um fora-de-jogo muito mal tirado ao Saviola, que o deixaria isolado), mas findo o primeiro quarto de hora o jogo ficou completamente aberto, atravessando-se um período em que o próprio Feirense parecia poder aspirar a vencer o jogo. Viu-se aquilo que costuma acontecer muitas vezes quando jogamos com esta táctica, ou seja, assim que a condição física começou a falhar um pouco a equipa ficou praticamente partida ao meio, com metade a defender, outra metade a atacar, e um vazio no meio, que ia sendo preenchido com esforço pelo Aimar. Após quinze minutos nesta indefinição, o Maxi decidiu ir por ali fora, ganhou a linha de fundo, entrou na área e centrou rasteiro para o Cardozo, em esforço, tocar para o golo. O mais difícil estava conseguido, mas o descanso só apareceu já em período de descontos com um grande golo do Bruno César, que tirou vários adversários do caminho, entrou na área pela esquerda, e com um remate cruzado fez um grande golo.
Num jogo em que não me pareceu haver grandes motivos de destaque, os melhores do Benfica acabaram por ser, para mim, o Nolito, pelo golo marcado e por estar envolvdo na maioria dos lances de ataque mais perigosos, e o Aimar, cujos esforços para fazer a ligação entre os sectores da equipa chegam a cansar so de ver. O Witsel teve uma boa entrada em jogo e ajudou a trazer mais alguma organização ao nosso meio campo.
Saí da Luz satisfeito com o resultado, mas não muito contente com a exibição. O Benfica não deveria ter que sofrer tanto para levar de vencida o Feirense. Houve, mais uma vez, desperdício no ataque, mas mais preocupante foi o muito espaço que a nossa defesa deu a partir do momento em que sofremos o golo. Além disso isto foi um jogo que, pela forma como correu, me pareceu ter obrigado os nossos jogadores a um esforço mais intenso do que seria desejável antes do playoff da Champions. Esperemos que não haja consequências disto na quarta-feira.
Pergunta-se no BnRb (de onde foi olegariada esta imagem) até quando?
Até que os benfiquistas se deixem de paneleirices do género "temos é de olhar para nós", "não falemos dos outros", "temos de ser superiores a estas coisas". Até que tenhamos memória superior a 7 meses (será que conseguem?) e no final do campeonato não se esqueçam de que estas merdas roubam campeonatos.
Além disso, há tijolos e pedras da calçada que costumam argumentar bem (que o diga o Ricardo Bexiga), mas nós não iremos por esse caminho.
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(final do post alterado, para que as mentes mais sensíveis não vomitem escandalizadas)
Árbitro que esteve suspenso 20 meses no âmbito do "Apito Dourado" vai apitar FC Porto - Gil Vicente
Continue a ler aqui: Planeta Benfica.
E depois continuem a dizer que sobre este tipo de merdas não se deve escrever...
Numa das escutas telefónicas que imortalizam a prestação do sr. Costa como dirigente desportivo, ouve-se o dito defender que Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, fica bem de cócoras.
De facto, os ‘vitores pereiras’ que andam há trinta anos pelo futebol português têm-se habituado a ter perante o sr. Costa essa atitude de fiel subserviência de quem abana o rabo na expectativa do osso. Só assim se percebe a nomeação de Olegário Benquerença para apitar o jogo do clube do sr. Costa frente ao Vitória de Guimarães. Já na época passada, este mesmo Olegário decidiu contribuir para a farsa de campeonato a que assistimos, ao ir àquele mesmo estádio prejudicar despudoradamente o nosso Benfica. Agora, foi lá prejudicar os da casa. Nos dois casos há uma constante: de cócoras, foi beneficiado o clube do sr. Costa. Para os mais saudosistas, dá para reviver os tempos de António Garrido, José Pratas, Martins dos Santos, Carlos Calheiros, José Guímaro, António Costa, Isidoro Rodrigues, Donato Ramos, Fortunato Azevedo e tantos outros ‘Coroados’ da vida.
No final, e afinal, está tudo como sempre esteve. E, de cócoras, a comunicação social subverte o primeiro dos seus propósitos, ou seja, silencia-se. Fá-lo de forma cobarde, conivente e hipócrita. No final da primeira jornada, todos – e bem – escreveram como o Benfica perdeu pontos por culpas e responsabilidades próprias; mas todos se esqueceram de referir que o clube do sr. Costa ganhou pontos à custa de ajudas alheias. E, assim, de cócoras e branqueando a voz do dono, ainda nos querem convencer de que as palavras de Falcao a pedir que o deixem sair é apenas uma brilhante estratégia urdida por quem nunca falha, nunca, nem quando o treinador lhe foge na véspera do começo da época…
Nesta imensa farsa, os únicos que nunca falham são os que, solícitos, ficam de cócoras perante o sr. Costa. Esses, realmente, há trinta anos que não lhe falham.
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Artigo de opinião escrito e enviado para a redacção do jornal "O Benfica" no dia 16 de Agosto e publicado na edição de 19/08/2011 do jornal "O Benfica".
[Se alguém quiser manifestar-me a sua opinião, pode fazê-lo para este endereço: tertuliabenfiquista@gmail.com]
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