A perda, em apenas 2 jornadas, da vantagem de 5 pontos que o Benfica tinha em relação ao FCP foi um tremendo choque para todos nós, benfiquistas. Entre opções tácticas questionáveis, menor rendimento da equipa (com algumas ausências por lesão) e, sobretudo em Coimbra, arbitragens "de encomenda", a realidade incontornável é que perdemos 5 pontos (e o ascendente moral que essa vantagem nos conferia) e agora partilhamos a liderança do campeonato com o adversário de próxima 6ª feira.
Se o desânimo, a frustração, a irritação são sensações naturais causadas por esta perda, a verdade é que de nada nos adianta ficarmos nesse estado, nem mesmo após saber quem será o árbitro do próximo jogo.
Quando, por exemplo, uma falha informática causa a perda de horas de trabalho, por muita irritação que isso me cause não me resta outra opção que não arregaçar as mangas e recomeçar a fazer o que já havia feito, se possível, melhor ainda, aprendendo com os erros cometidos (para os não voltar a repetir) e tomando as precauções necessárias para que, na eventualidade de nova falha, casual ou provocada, as perdas sejam mínimas.
De facto, nestas últimas jornadas a nossa equipa (treinador incluído) podia ter feito mais e melhor. Mas também não podemos ignorar, sobretudo no jogo em Coimbra, a existência de falhas graves na arbitragem que contribuíram para este perda.
No entanto, apesar da frustração causada, não resta outra opção que não arregaçar as mangas e recomeçar a construir a vantagem perdida, já no próximo jogo. A minha expectativa é (e só pode ser) que perante esta necessidade de recomeçar, a equipa técnica irá repensar algumas decisões tácticas (antes e durante o jogo), de modo a minimizar as nossas vulnerabilidades que possam ser exploradas pelas duas equipas que vamos defrontar, e suscitar nos nossos jogadores a vontade de fazer mais e melhor.
Olhando para tudo o que já foi feito nesta época (e não apenas para os últimos jogos), o Benfica é a equipa que melhor futebol tem praticado. Bem sei que, por si só, não é suficiente. Não basta ter, globalmente, o melhor futebol. É necessário demonstrá-lo em cada jogo. E, no caso do Benfica, é sabido que nem sempre basta ser melhor jogo após jogo. Por vezes é mesmo necessário ser muito melhor. E é já nesta 6ª feira que o Benfica vai ter de, inequivocamente, fazer essa demonstração. Mas mesmo vencendo, o que acredito que irá acontecer, ainda assim será como se nada tenha ficado demonstrado. Na jornada seguinte, terá de voltar a fazer semelhante demonstração. Só assim o Benfica poderá aspirar a ser campeão.
E a nós, adeptos, mesmo com todas as dúvidas que possamos ter, não nos resta outra coisa, sobretudo para quem vai estar na Catedral na próxima 6ª feira, que não apoiar intensamente o Benfica. Bem sei que é um lugar-comum dizer isto, mas o nosso apoio é essencial para que a nossa equipa acredite que é superior (acima de tudo porque, efectivamente, o é e já o demonstrou!)
Posto isto, partilho as palavras que, nos últimos dias tenho recordado constantemente e que nunca são demais recordar: o refrão do verdadeiro hino do Benfica.
Avante, Avante p'lo Benfica!
Que uma aura triunfante Glorifica!
E vós, ó rapazes, com fogo sagrado,
Honrai agora os ases
Que nos honraram o passado!
Ontem, no Coliseu, em dia de aniversário do nosso Benfica, ouvir as palavras genuínas do senhor Mário Wilson. [link]
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Qual foi árbitro que no Domingo passado foi, alegadamente, visto a sair do Dragão Caixa num BMW, no banco do passageiro da frente, pouco antes de terminar o jogo entre os andrades e o Feirense?
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Tive o cuidado de te fazer chegar, no tempo devido, a mensagem e o conselho. Era, e é, um conselho de quem te admira, mas que também sabe distinguir as águas.
Disse-te, e escrevi-o na altura devida, que escolher implica, mais do que uma posse, uma abdicação. Escolher algo implica abdicar de tudo o resto. Por vezes, o que se escolhe é superior a tudo o resto. Na maior parte das vezes, tudo o resto é superior ao que se escolhe. Disse-te que a tua - e apenas tua - escolha pelo Braga poderia implicar a abdicação do que era, e é, bem superior.
Digo-te agora o mesmo, uma vez que ninguém te obrigou a escolher estas palavras. O profissionalismo é a tua maior virtude. Estas palavras [link], porque não eram obrigatórias nem indispensáveis, ultrapassam o profissionalismo.
Atenção, meu caro Nuno, quem distingue as águas também sabe distinguir tudo o resto, e sabes tu tão bem quanto eu que quem não está por nós está contra nós.
Um grande abraço e que o futuro nos traga, ao Benfica, as vitórias que todos os benfiquistas desejam.
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Adenda ao post:
Aproveito para esclarecer quem não percebeu (certamente por culpa minha): Ao contrário da maioria (?) dos benfiquistas, defendo que o lugar do Nuno Gomes é no Benfica. O Nuno Gomes sempre foi um assunto delicado, uma vez que divide e dividiu os benfiquistas. A sua ida para o Braga não foi abonatória para a sua imagem junto da massa associativa. Deste modo, a gestão do seu discurso relativamente ao Benfica, enquanto está em Braga, deve ser feita com total cuidado. As declarações dele, extremamente profissionais, não são (dentro da tal lógica de um hipotético regresso) as mais indicadas (cf, por exemplo, com declarações recentes de Ruben Amorim acerca do Benfica). O meu texto alerta apenas e só para isto.
A doença é traiçoeira e apenas à traição conseguiu levar um dos nossos.
Para toda a família do grande Jaime Graça, aqui ficam ficam os nossos sentimentos.
Incompetência em frente à baliza, um guarda-redes excepcionalmente inspirado (e, porque não dizê-lo, uma arbitragem nefasta) conjugaram-se para resultar num empate injusto e na perda de dois pontos.
Rodrigo ausente dos convocados, Javi e Nolito no banco e regressos do Bruno César e Witsel ao onze, numa táctica com um único avançado (Cardozo) e o Aimar a apoiá-lo. Vi o jogo atrás de uma baliza e quase ao nível do relvado, e confesso que sinto bastantes dificuldades em seguir um jogo neste ângulo de visão. Mas seja de qual for o ângulo, foi evidente o domínio do Benfica no jogo, que foi quase todo disputado no meio campo da Académica. Com o Artur a ser praticamente um espectador, coube sempre ao Benfica a iniciativa no jogo, mas infelizmente as oportunidades criadas foram sendo esbanjadas pelos nossos jogadores, ou então esbarravam num irritante Peiser (que só parece ser capaz de arrancar estas exibições contra nós). Pareceu-me que durante o primeiro tempo o Aimar jogou demasiado adiantado e longe das funções de organização de jogo no meio campo, passando demasiado tempo encostado aos defesas adversários à espera que a bola lhe chegasse.
No segundo tempo isto alterou-se com a entrada do Nélson Oliveira, saindo o Matic com o consequente recuo do Witsel e do Aimar no campo. O Nélson entrou de rompante e podia ter marcado logo vinte e cinco segundos depois do recomeço, mas o seu remate falhou o alvo. A sua entrada mexeu com o jogo, e o primeiro quarto de hora foi de pressão muito intensa por parte do Benfica, mas o desperdício (em particular do próprio Nélson Oliveira, a quem contei pelo menos três ocasiões claras de golo desperdiçadas) e a inspiração do Peiser continuaram a negar-nos o merecido golo. Não sei se teríamos conseguido marcá-lo ou não, mas fiquei com a sensação de que deitámos fora vinte e cinco minutos (os que faltavam para o final mais os descontos) quando fizemos a substituição do Aimar pelo Djaló. Perdemos lucidez (o Bruno César não foi nada feliz nas funções do Aimar), o Djaló nada trouxe ao jogo, a equipa ficou praticamente partida ao meio, com cinco jogadores que só atacavam, e começámos demasiado cedo a apostar no futebol directo. A Académica, que já tinha mostrado estar mais do que satisfeita com o empate e tentava queimar tempo sempre que possível, até conseguiu nessa fase esboçar alguns contra-ataques, embora sem grande perigo, e o injusto nulo persistiu teimosamente até final.
Garay, Maxi Pereira e Witsel foram aqueles que, na minha opinião, estiveram melhor hoje. Sem surpresa, nenhum dos jogadores mais ofensivos me impressionou, tendo em conta o desperdício a que assistimos. O Nélson Oliveira mexeu com o jogo, mas falhou em demasia.
Se em Guimarães fiquei preocupado com a exibição e até a atitude da equipa, hoje nada tenho a apontar à equipa nesse aspecto. Saí do estádio com a convicção de que não desistiram de lutar até ao último segundo pela vitória, mesmo que na fase final já o tenham feito muito mais com o coração do que com a cabeça. Estou obviamente desapontado com a perda destes dois pontos que, repito, me parece bastante injusta, mas a minha confiança na conquista deste campeonato mantém-se inabalada. Agora no próximo jogo as opções são simplesmente ganhar ou ganhar. Estamos num momento menos feliz, mas lá estarei para apoiar e ajudar o meu clube a reerguer-se.
Agora, é matar ou morrer!
Estes atletas saúdam com uma conhecida saudação as claques que apoiam o seu clube - o Legia de Varsóvia - na recente visita ao Estádio de Alvalade. O comportamento de atletas e adeptos foi, com toda a justiça, denunciado nos jornais, como aconteceu com o Record, de onde esta fotografia foi retirada. Mas o que é curioso - e mais curioso ainda porque ninguém fala disso - é que estes atletas dirigem esta saudação para uma bancada em cujo topo se pode ler "orgulho, força, raça". Estariam mesmo estes atletas apenas a saudarem os seus orgulhosos, raçudos e fortes adeptos?
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