No dia 01 de Maio de 2008, escrevi este texto pela memória de Carlos Alhinho [link].
Passado aproximadamente um ano, econtrei-me com o seu filho, o 'Kaika', numa sentida homenagem que, juntamente com um grupo de amigos de diferentes clubes, organizámos em memória do Carlos Alhinho.
Nessa homenagem cimentou-se ainda mais o meu respeito pela família do Carlos Alhinho e pela memória de um campeão, de uma Glória do futebol português.
Hoje, num dia que marca quatro anos de saudade, o 'Kaika' enviou-nos as seguintes palavras:
«Faz hoje 4 anos que o senhor meu pai nos deixou e, com a sua partida, partiu também um pouco de mim!
Como ele dizia... "repartido mas nunca dividido"! Repartiu-se pela família, pela profissão, pelos amigos! Estendeu sempre a mão a quem dela precisou, ajudou quem podia e quem não podia. Altruísta por natureza, anulou-se muitas vezes pela felicidade dos outros e nunca hesitou em despir para vestir quem menos tinha. Amou-nos incondicionalmente e é desse amor que me nutro sempre que a nostalgia insiste em fragilizar-me.
Projectava voltar um dia para Cabo Verde, dizia em tom de brincadeira "a minha missão em Portugal está cumprida, quero passar o resto dos meus dias a descansar os ossos em São Vicente com a família e com uma cana de pesca na mão"!
Defensor acérrimo da sua pátria, foi amado por uns e discriminado por outros, mas nunca vergou à xenofobia e ao preconceito, o que muitas vezes lhe trouxe dissabores, principalmente profissionais. Acreditava no lado bom das pessoas, regia-se pelos seus valores e defendia, acima de qualquer outra virtude, o respeito entre os homens. Era um homem bom, era um homem de bem! Resta-me o orgulho de ter partilhado a sua vida e a sua obra, de ter assistido ao toque "mágico" da sua grandeza em muitas vidas e de tê-lo visto contribuir activamente no sentido efectivo de fazer os outros felizes.
Pai, foste e serás sempre o meu ídolo. Coisas foram ditas a mais assim como outras ficaram por dizer. Faz parte da condição humana acharmos sempre que poderíamos ter feito mais qualquer coisa, mas o que seria das nossas vidas sem as suas imperfeições? Continuamos na luta aqui em baixo, daí de cima consegues ver que o mundo não pára de girar e nós, umas vezes a rir e outras a chorar, giramos com ele sem nunca virar a cara, sem nunca desistir, como nos ensinaste!
Sei que estás de mão dada com a mãe, quis o destino que assim fosse. Os nossos anjos da guarda! Uma verdadeira história de amor! Sinto a vossa falta e sei que um dia voltaremos a estar juntos. Fica bem, "Gigante"!»
Carlos Eduardo Alhinho
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A blogosfera benfiquista galga terrenos e assume, nos últimos dois dias, o papel que alguns órgãos de comunicação social não conseguem ter. Com irreverência, colocando o dedo na ferida e não fugindo ao que é essencial, são três as entrevistas que destaco:
- a de Rui Gomes da Silva ao "Novo Geração Benfica" [link, link]
- a da Leonor Pinhão ao "Ontem Vi-te no Estádio da Luz" [link]
e...
- a do Veiga ao "Bola na Rede b" [link]
Aqui, na Tertúlia, estamos a tentar entrevistar o Luciano Moggi, uma vez que o Pinto diz não estar disponível.
Esta troca de acusações entre o Benfica e o fcp a propósito do que se passou na final do Basquetebol está a atingir proporções nada edificantes para o desporto português. O que me parece que falta de parte a parte é uma compreensão da génese do outro clube e, consequentemente, de perceber de que modo é que o que está na sua base pode influenciar determinados tipos de comportamento.
Neste sentido, e para acalmar um pouco as hostes com uma manifestação de boa vontade, permito-me fazer aqui uma sugestão de contratação para o fcp. Julgo ser claro que existe aqui uma simbiose perfeita entre este jogador e o ADN daquele clube, e por isso seria certamente uma mais-valia para a sua equipa. Além de que ele sozinho facilitaria a compreensão por esse mundo fora do que é aquele clube.
Fica feita a sugestão. Escusam de agradecer. Estamos cá para ajudar.
O silêncio está por todo o lado no futebol português. No fim-de-semana, vimos, no final da Final da Taça, um árbitro a ser cuspido e a levar com uma garrafada, enquanto a polícia tentava, a custo, protegê-lo de uma valente carga de pancada por parte de centenas de adeptos enfurecidos com a derrota do seu clube. Vimo-lo todos pela televisão. Viram-no os mais altos dirigentes do futebol português. Sobre isso caiu o silêncio. Um silêncio opaco que nos mostra como não são transparentes os interesses do futebol português.
Adeptos desse mesmo clube incendiaram uma bancada do nosso Estádio. Não foi há cinco décadas, foi há pouco mais de cinco meses. Não passou à História porque a ausência de palavras, a presença do silêncio, caiu pesadamente sobre a ignomínia dos factos. Não passará a ser História porque o silêncio impede que a palavra avive a memória e se constitua como inscrição. Quebrar esse silêncio é, nos dias que correm, agitar a modorra em que medram os pirómanos que chantageiam a voz alheia, para que a revolta se conforme ao silêncio conivente.
Foi às custas desse silêncio sujo que gente como o ex-presidente da Juventus Luciano Moggi constituiu a imagem de ter uma ‘estrutura’ perfeita e louvável. Até ao dia em que o silêncio se quebrou e o grito de revolta mostrou ao mundo os tentáculos da ‘estrutura’ perfeita. Moggi tem os seus descendentes, os seus imitadores, os seus seguidores e os seus herdeiros. Conhecemos-lhes os rostos, as falas, as ameaças e as ironias. Sabemos que quem cala consente. Sabemos que o Benfica não se pode calar e que, sempre que se calou (e isso aconteceu recentemente), consentiu. Sabemos que não pode haver silêncio quando se impõe a justa indignação.
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Artigo de opinião escrito e enviado para a redacção do jornal "O Benfica" no dia 22 de Maio e publicado na edição de 25/05/2012 do jornal "O Benfica".
[Se alguém quiser manifestar-me a sua opinião, pode fazê-lo para este endereço: tertuliabenfiquista@gmail.com]
Velhos hábitos e a impunidade do costume.
Campeões, sem medo, no antro da corrupção, perante o olhar esgazeado do guru do aconselhamento familiar. Agredidos, fechados no balneário, impedidos de receber as medalhas e a Taça. E, no entanto, percorre-se a comunicação social e o silêncio é ensurdecedor. Vivem na impunidade há mais de 30 anos. Um dia isto vai acabar.
Enquanto o Benfica confirma a sua Grandeza, o fc porto confirma, com estrondo, a sua pequenez, que os amordaça sem perdão à sua condição de agremiação mesquinha. Aquilo não é um clube, é um conjunto de criminosos que se acham legitimados pela impunidade.
Impõe-se perguntar: onde anda a polícia do Porto, num jogo que se adivinhava de alto risco? A encher o bandulho em marisqueiras? E o Ministro da Administração Interna? E o cretino do Relvas, entretido a ameaçar jornalistas? País de merda.
Dedicado, com ternura, ao Porco Canal, essa homenagem a George Orwell.
Ao contrário de um ou outro dos que escrevinham aqui na tasca, eu não conheço o Nuno Gomes pessoalmente, mas não tenho dúvidas de que é um senhor. Nesta entrevista fala de várias personalidades e de todas tem algo simpático para dizer, apesar de ser interessante ler algumas "coisas" nas entrelinhas do que é dito. Sobre JJ e Pinto da Costa, duas figuras que não lhe são gratas, destaco a nota de que Jesus é bom... "como muitos outros", e de Pinto da Costa realço o "tudo" que está disposto a fazer para que o seu clube ganhe. Quanto ao resto, duas confirmações (a amizade e admiração por Rui Costa e Luís Figo) e uma novidade (o apreço, inclusivamente pessoal, que tem por Luís Filipe Vieira).
Parece um Nuno Gomes a preparar um hipotético regresso, não para jogar futebol, ao Benfica... Será?
Final da Taça, o Sporting perdera contra a Académica, o árbitro, Paulo Baptista, segue o protocolo e vai à tribuna de honra. Pelo caminho, e sob escolta policial, é escarrado e agredido por adeptos do Sporting, chegam a acertar-lhe com uma garrafa. As imagens televisivas provam-no. Aquilo aconteceu nas barbas e sob o olhar dos mais altos dirigentes do futebol português.
Consequências?
bola nossa
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Diário de um adepto benfiquista
Escolas Futebol “Geração Benfica"
bola dividida
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para além da bola
Churrascos e comentários são aqui
bola nostálgica
comunicação social
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