É mais ou menos isto. Uns fazem os malabarismos, correm muito, correm depressa sem bola e ainda mais depressa com bola, fintam onze adversários numa cabina telefónica e por vezes encontram a porta. A maralha adora. O Cardozo marca golos. A maralha assobia...
Sou um apreciador das qualidades do Nélson e do Roderick (particularmente deste). Tenho grandes esperanças no futuro de qualquer um dos dois. Gosto de os ver no plantel e muito gostaria que por cá ficassem. O que há em mim de adepto puramente emocional defende que estes dois deveriam ficar no plantel e até gostaria de os ver sempre como titulares. O que há em mim de racional, percebe que Roderick seria a quinta opção como central (atrás de Luisão, Garay, Miguel Vítor e Jardel) e a terceira(?) opção como trinco (atrás de Javi e Matic). Na mesma medida, Nélson Oliveira dificilmente poderia jogar com a regularidade necessária numa posição onde Cardozo, Rodrigo e Saviola dificilmente deixarão espaço para Mora, Nélson Oliveira e Kardec.
Olhando para este panorama, o que fazer? Deixar estes dois futebolistas no plantel, treinando com os titulares, aprendendo com os mais experientes e perder experiência efectiva de competição? Ou emprestá-los, afastando-os da casa-mãe, de toda as vantagens em estar junto do seu Clube, mas dar-lhes a possibilidade de ganharem calo, em competição, numa liga competitiva, com um elevado grau de exposição?
Qualquer uma das opções é passível de ser defendida ou contestada.
Desde que este empréstimo ao Depor seja encarado como uma etapa efectiva no desenvolvimento dos futebolistas e não como uma forma de se descartar (desperdiçar) duas das maiores esperanças do futebol português, acaba por ser uma opção compreensível. A renovação do contrato destes futebolista, renovação feita no momento do empréstimo ao Depor, é um sinal de que, mais do que desperdiçar o futuro destes dois futebolistas, se está a acautelar o mesmo.
Esperemos que assim seja, para bem do Benfica.
Ganhámos nos seniores, ganhámos nos juniores! Pelo presente, pelo futuro, contra a cultura da corrupção no desporto.
Vitória previsível perante um Real Madrid desfalcado e em início de pré-temporada, num jogo em que foi possível ver algumas 'coisas bonitas'. Cinco golos, para todos os gostos, e alguns de muito belo efeito - o primeiro do Pérez, a ser intencional, é muito bom, mas o melhor de todos foi mesmo o quarto golo, da autoria do Carlos Martins, após uma jogada de ataque rápida e muito bonita. Na primeira parte foi algo preocupante a forma como o Real, nos primeiros dois remates, fez dois golos. No primeiro foi o Di María a aproveitar a pouca rotina do Melgarejo nas tarefas defensivas (destacou-se, sem surpresa, no ataque), e no segundo foi aproveitado um buraco que se abriu no centro da defesa quando a armadilha do fora-de-jogo falhou.
Os destaques maiores neste jogo vão para o Carlos Martins (para todos os efeitos, três assistências e um golo) e para o Enzo Pérez - é inegável que qualidade não lhe falta, e qualquer um que acompanhe minimamente o campeonato argentino sabe disso. Resta saber se tem motivação para a colocar ao serviço do Benfica. O Witsel voltou a fazer um grande jogo, desta vez para o Real ver.
Nós, os da bancada, servimos para viver o Clube, para sofrer e rir, para nos irmanarmos apenas no momento do festejo do golo. Servimos para comprar o bilhete, aplaudir, gritar pela equipa, acompanhar o Clube e sermos o próprio Benfica.
Nós, os da bancada, raramente estamos de acordo. Discutimos entre nós, ofendemo-nos e defendemo-nos, tentando defender o que consideramos ser o melhor para o Benfica. Nós, os da bancada, por vezes até acenamos lenços brancos, os mesmos que, enquanto são acenados, enxugam lágrimas feitas de mágoa. Nós, os da bancada, não percebemos nada de futebol. Perdão, nós, os bancada, não percebemos nada de futebol sem paixão. Não sabemos como potenciar um jogador (agora chamam-lhe activo) e não sabemos como tornar dinâmico um conceito táctico que se traduz em números estáticos. Para nós, os da bancada, um 4x3x3 e um 4x2x3x1 ou um 4x4x2 são processos que sabemos ler, mas não sabemos implementar. Nós, os da bancada, ouvimos “basculação” e “transição ofensiva”, “pressão alta” ou “jogar entre linhas” como chavões que os entendidos dominam para nos mostrar que nós, os da bancada, nada dominamos da arte de bem interpretar o texto de um jogo. Nós, os da bancada, não sabemos como transformar o sofrível em bom, não sabemos como fazer melhor do que os profissionais do futebol, nem sabemos como os profissionais do futebol conseguem fazer tão bem aquilo que nos parece tão bem feito.
No entanto, nós, os da bancada, sabemos quando algo não está bem. E nós, os da bancada, que nada sabemos de futebol, sabemos que nem tudo está bem no equilíbrio do nosso plantel ao nível das alas defensivas. Nem sempre, mas ouvir a voz preocupada dos leigos das bancadas, por vezes, não faz mal.
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Artigo de opinião escrito e enviado para a redacção do jornal "O Benfica" no dia 24 de Julho e publicado na edição de 27/07/2012 do jornal "O Benfica".
[Se alguém quiser manifestar-me a sua opinião, pode fazê-lo para este endereço: tertuliabenfiquista@gmail.com]
Safam-se sem castigo os criminosos que foram os incitadores da violência e os autores, de facto, do incêndio no Estádio da Luz, e pune-se quem - com todo o direito e manifestando o sentir dos milhões de Benfiquistas - se insurgiu, vendo a sua casa em perigo, contra esses hipócritas asquerosos e terroristas de trazer por casa que controlam a lagartagem hoje em dia. Os caloteiros que ainda não pagaram a porcaria que fizeram, como clube 'diferente' que são.
Isto, basicamente, é a mesma coisa que castigar um indivíduo por levantar a voz a um filho da puta que o tenha assaltado e lhe tenha tentado incendiar a casa. E como consequência de uma queixa do criminoso, um beto amaricado ainda com os fósforos na mão que terá ficado traumatizado com a linguagem, o pobre coitado habituado aos mais selectos ambientes.
Parece um sketch?
Já apanharam o ridículo da coisa?
Não?
Então, parabéns: Portugal já vos formatou.
Maldito Afonso Henriques.
Hoje, contra quem também sabe jogar minimamente à bola, aquilo de adaptar um defesa esquerdo não correu lá muito bem. Não era má ideia contratar um defesa esquerdo, dos bons, daqueles que são mesmo defesas esquerdos. Caso contrário, corremos o risco de ter um plantel campeão adaptado a ser segundo.
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