VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Sábado, 29 de Setembro de 2012

Mais um título no hóquei

 

O Benfica acaba de conquistar a Supertaça António Livramento em hóquei em patins. Mais uma grande vitória, mais um título no hóquei, mais uma alegria para os benfiquistas.

Para os lorpas que andam sempre à espreita do insucesso alheio para vomitar frustrações próprias, desculpem lá o mau jeito.

publicado por Anátema Device às 18:28
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Empenho

Exibição em crescendo do Benfica, que com uma segunda parte bastante melhor do que a primeira acabou por justificar uma vitória difícil, podendo uma vez mais lamentar-se da má finalização (sobretudo quando já estava em vantagem).

 

 

Onze esperado, com o Lima a ocupar o lugar do lesionado Cardozo na frente de ataque, e o Pérez a confirmar ser neste momento o dono da posição que pertencia ao Witsel. Depois de uma imprevista falha de electricidade, com apenas três minutos decorridos, o Benfica viu-se surpreendido por uma boa jogada do Paços pelo lado direito, logo aos sete minutos de jogo, que terminou em golo. Os potenciais estragos acabaram por ser minimizados porque logo no minuto seguinte, aproveitando uma falha clamorosa do guarda-redes Cássio, o Lima surgiu oportuno para fazer a recarga à bola por ele largada e repor a igualdade. Dois golos logo a abrir o jogo prometiam um encontro animado, mas a verdade é que apesar de muito disputado, a qualidade deixava muito a desejar. Durante a primeira parte o equilíbrio foi a nota dominante, sem que qualquer das equipas se conseguisse impor no jogo. Da parte do Benfica, parecemos revelar dificuldades na luta do meio campo, e fomos quase sempre incapazes de construir jogadas de perigo, com a desinspiração dos jogadores das alas a resultarem em demasiado jogo feito pelo meio. Apenas nos instantes finais o Benfica deu sinal de perigo, numa jogada do Rodrigo pela esquerda, que ofereceu o golo ao Lima, mas o guarda-redes conseguiu defender o primeiro remate, e depois o Salvio falhou a recarga de forma disparatada.

 

Não foi surpresa a saída do desinspirado Nolito ao intervalo, surgindo no seu lugar o Gaitán. O Benfica surgiu mais subido no terreno e francamente melhor em relação à primeira parte e as oportunidades de golo começaram finalmente a aparecer. A primeira delas foi precisamente do Gaitán, que quase colocou o Benfica na frente no que seria mais um frango do Cássio, mas a bola foi caprichosamente bater na barra. Depois foi o Pérez, que descaído sobre a direita fez a bola passar sobre o guarda-redes, mas desviou-a demasiado da baliza. E quando faltavam vinte minutos para o final, numa altura em que a procura do golo já tinha levado o Benfica a trocar o Matic pelo Carlos Martins, um desarme do Maxi no interior da área do Paços levou a bola até aos pés do Lima, que na cara do guarda-redes não desperdiçou. A partir daqui, em vantagem no marcador e com o Paços a arriscar mais, e ainda com alguma estabilidade adicional no meio campo após a troca do Rodrigo pelo André Almeida, o Benfica podia ter resolver a questão mais cedo: vimos o Lima desperdiçar a possibilidade do hat trick com um chapéu demasiado alto, o Gaitán desperdiçar um golo quando estava solto no meio da área (a bola acabou desviada pela mão de um defesa, mas neste caso pareceu-me claramente fortuito), o Sálvio rematar ligeiramente ao lado após uma boa jogada individual, e o Lima voltar a falhar, ao não conseguir acertar bem na bola cruzada pelo Salvio da direita. O suficiente para podermos acabar o jogo com menos preocupação.

 

O Lima é o homem do jogo, com os seus dois golos a darem a vitória ao Benfica. Grande jogo do Enzo Pérez, que foi tacticamente perfeito. Esta noite conseguiu jogar na posição oito, a extremo, a trinco, e até temporariamente a central, durante o período em que o Garay esteve de fora a ser assistido. A entrada do Gaitán foi importante na melhoria do nosso jogo, e o Salvio também melhorou muito da primeira para a segunda parte. O Nolito e o Maxi estiveram pouco inspirados, embora o nosso capitão tenha o mérito de ter assistido o Lima para o golo decisivo.

 

Com maior ou menor qualidade, pelo menos julgo que neste jogo o empenho dos nossos jogadores foi constante, tendo resultado numa vitória importante nesta fase. O Paços é uma equipa complicada em casa e que ainda não tinha perdido, pelo que julgo que haveria muita gente à espera que o Benfica voltasse a escorregar após o que se passou em Coimbra. Agora terão que continuar à espera.

publicado por D'Arcy às 00:21
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Sexta-feira, 28 de Setembro de 2012

Ano após ano

Ano após ano, vemos a maioria dos árbitros portugueses fazer tábua rasa da decência. Vemo-los errar sistematicamente em protecção do mesmo clube. Vemo-los sorrir nos finais dos jogos com o prejuízo causado ao desporto e à verdade. Vemo-los em subserviências bacocas, parolas, medrosas, cobardes e interesseiras ao mesmo poder que, ano após ano, garante a promoção dos árbitros mais medíocres e mais permeáveis à chantagem e ao servilismo.

 

Ano após ano, época após época, década após década fomos vendo como os nomes mudam e as práticas permanecem. Aos Garridos sucederam os Fortunatos, os Porém, os Donatos, os Pratas, os Isidoros, os Guímaros, os Calheiros (estes aos pares), os Coroados, os Lucílios, os Costas, os Proenças, os Soares Dias, os Sousas e todos os outros Xistras. São tantos e tão iguais que se distinguem apenas pela troca da bigodaça pelo gel no cabelo, do dinheiro pelas peças em ouro ou das viagens pelas prostitutas. Ano após ano vemo-los em actos de fartar vilanagem em público, em directo e com direito a promoções, louvores e homenagens. Sabendo nós que o erro é humano, ano após ano, querem-nos fazer acreditar que a premeditação do erro é uma fatalidade humana. E, assim, o erro premeditado passou a ser banal, humano, perdoável, louvado, defendido corporativamente, legitimado e condição essencial para se fazer carreira na arbitragem.

 

E enquanto chafurdam neste pântano nojento ainda nos dizem que o nosso Benfica tem de ser superior a tudo isto exactamente porque já sabe que, inevitavelmente, vai ter de se confrontar com tudo isto. Ou seja, há quem já aceite passivamente a viciação das regras como a primeira regra do jogo.

 

_____

Artigo de opinião escrito e enviado para a redacção do jornal "O Benfica" no dia 25 de Setembro e publicado na edição de 28/09/2012 do jornal "O Benfica".

 

[Se alguém quiser manifestar-me a sua opinião, pode fazê-lo para este endereço: tertuliabenfiquista@gmail.com]

publicado por Pedro F. Ferreira às 09:09
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A leitura de um chumbo

Não foi o R&C que ontem foi chumbado. Ontem foi "chumbado" o mais recente mandato da actual Direcção. A um mês das eleições, cabe agora aos diferentes intervenientes fazerem a leitura adequada do cartão amarelo que ontem foi mostrado a quem dirige o nosso Clube.

 

A Direcção deverá fazer um esforço real para perceber quais as medidas que conduziram a tão expressiva manifestação de contestação e tem de reflectir sobre a sua real capacidade de apresentar soluções que convençam a maioria dos benfiquistas até ao próximo dia 26. A oposição tem de tentar perceber o que fazer com a insatisfação manifestada na AG de ontem. Garantidamente, a actual Direcção terá de perceber que o escrutínio democrático é efectivo e permanente. Assim, importa que perceba que não se pode dirigir sem ter em atenção que há decisões estruturais incompreensíveis para a esmagadora maioria dos sócios (apoio a Fernando Gomes, cumplicidade com António Salvador, ambiguidade com Joaquim Oliveira...). A oposição deverá perceber que, para a maioria dos benfiquistas, contestar a política da Direcção não é sinónimo de apoiar 'qualquer um' para ocupar o lugar dos actuais dirigentes.

 

A bem do Benfica, pede-se que de ambas as partes surjam propostas que nos permitam escolher a melhor das soluções e não a menos má.

 

__________

Adenda:

Este post é sobre o significado/leitura do chumbo do R&C e não sobre as incidências da AG. No entanto, e como há quem leia no meu silêncio sobre as incidências uma hipotética conivência com as mesmas, aqui fica um esclarecimento:

 

Repudio e condeno todo e qualquer acto que procure condicionar, pela ameaça ou violência, a livre expressão da opinião. Ontem, isso aconteceu na AG e isso é um escarro na nossa tradição democrática.

publicado por Pedro F. Ferreira às 01:42
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Quinta-feira, 27 de Setembro de 2012

Antonino Silva

Dezembro de 2006


«Antonino Silva, um dos três elementos da Comissão de Arbitragem da Liga, presidida por Hermínio Loureiro, é um dos arguidos do ‘Apito Dourado’ no megaprocesso por alegada falsificação de classificações dos árbitros durante a época de 2003/04. O processo já está nas mãos de Maria José Morgado. Antonino Silva faz parte do rol de 61 arguidos suspeitos de crimes de falsificação de documentos agravada, que inclui como autores ou como cúmplices Pinto da Costa, Valentim Loureiro, Isabel Damasceno, Pinto de Sousa e João Loureiro. Em causa estão alegadas pressões sobre observadores de árbitros e falsificação dos relatórios, para beneficiar árbitros e prejudicar outros nas classificações, concluíram as investigações criminais. O vogal da Liga negou à PJ qualquer envolvimento no processo. OCM tentou contactar Hermínio Loureiro e Antonino Silva, que estiveram incontactáveis. Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga, afirmou ao CM desconhecer que Antonino Silva seja arguido»

[link]

 

___________

 

Agosto de 2007

 

«Segundo o despacho que o Correio Sport consultou, a conversa entre o árbitro e Pinto de Sousa aconteceu em finais de Dezembro de 2003. Lucílio Baptista estava descontente com a nota de um exame escrito que contava para a sua classificação final e fez queixa disso mesmo a Pinto de Sousa. Dias depois, o ex-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF e arguido do processo ‘Apito Dourado’, recebeu um telefonema de Antonino Silva, membro da Comissão de Análise da Liga, dando-lhe conta de que a nota havia “subido substancialmente”.»

[link]

 

__________

 

Setembro de 2012

 

«FC Porto: Reunião secreta para vetar Duarte Gomes e Bruno Paixão

 

O FC Porto vetou os árbitros Duarte Gomes e Bruno Paixão. Segundo soube o CM, no dia 14 de Setembro, o nº 2 dos dragões, Antero Henrique, esteve em Lisboa e reuniu-se com o presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da FPF, Vítor Pereira, o ‘vice’ Antonino Silva e o vogal Lucílio Baptista.»

[link]

publicado por Pedro F. Ferreira às 10:10
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Quarta-feira, 26 de Setembro de 2012

Lagartingratos

Portanto, os sem-abrigo da lagartagem, que nunca, nunca, nunca, usaram despudoradamente o nome do Glorioso para unir as hostes e nunca, nunca, mas nunca mesmo, teceram comentários avulsos, deslocados e provocatórios sobre o Glorioso para tentar passar por anjinhos, desviar atenções do essencial e ganhar eleições, agora publicam comunicados mais ou menos violentos (os lagartos que escrevem comunicados são incapazes de ser violentos porque têm medo de estragar os pólos Quebra-Mar ou que lhes pisem os sapatos de vela – os violentos são os que vivem agarrados aos jerricans para incendiar bancadas, e esses não sabem escrever) sobre o Presidente do Benfica porque este teria mencionado o Titanic Clube de Portugal e o gigantesco buraco negro onde desaparecem coisas como o dinheiro para os ordenados dos infelizes da equipa de futebol e coisas como, sei lá,  € 2.000 em notas pequenas para depositar em contas de fiscais de linha. Sendo que o Presidente do Benfica nunca referiu directamente a lagartagem, mas – dando-lhes essa de barato, porque afinal quantos prejuízos milionários é que existem cá no burgo – teria todo e mais algum direito de o fazer como resposta aos sistemáticos comentários cretinos dessa mesma lagartagem sobre as transferências do Glorioso e a sua gestão (a obsessão pelo Glorioso a isso obriga, como o comunicado em apreço bem exemplifica). Em boa verdade, até se pode muito bem ter dúvidas de que LFV se estaria mesmo a referir ao Sportém, uma vez que mencionou a resistência dos tais clubes com prejuízos a vender jogadores, e me custa muito a acreditar que haja alguém capaz de pensamento racional que esteja interessado em oferecer mais do que um saco de berlindes por algum dos monos que brilha no Circo do Alvalixo sob as ordens do delinquente do Sá Pinto.

 

E depois, a lagartagem que nunca, nunca, nunca enganou ninguém sobre as suas magníficas e impolutas contas e que definitivamente não andou anos e anos e anos a mentir sobre ‘gestão rigorosa’, ‘projectos financeiros sustentáveis’ e ‘finanças controladas’, indigna-se muito no comunicado e diz que o Benfica tem o maior Passivo de sempre no futebol português, sem perceber que, sim temos o maior Passivo, assim como temos o maior Activo de sempre do futebol português, o maior património de sempre do futebol português e a maior fonte de receitas de sempre do futebol português (é como acusar a ExxonMobil ou a General Electric de terem um Passivo maior do que a Panificações Fonseca & Filhos), mas o maior buraco, esse, têm-no eles e não é só entre as orelhas, é mesmo naquele emaranhado de contas de merceeiro feitas em folhas de papel quadriculado que passa pelas contas do Sportém. Não têm dinheiro, não têm património, não têm gente, não têm títulos, não têm dignidade, não têm vergonha na cara, não têm noção do ridículo, mas têm um buraco de um tamanho respeitável. Só por isso deviam estimá-lo. Abracem o buraco, acarinhem-no. É vosso, foda-se. Ao contrário do resto, que está hipotecado e penhorado.

 

E depois, ainda, em vez de agradecer a ajuda que amavelmente o Presidente do Benfica lhes deu no sentido de orientarem a sua vida e as dicas que candidamente lhes ofereceu para ver se arranjam dinheiro para pagar a gasolina do autocarro e para comprar sandes para aquele rapazito em dificuldades que joga lá à frente, o Volkswagen, ainda mandam a moeda de volta e se comportam como um sem-abrigo mal educado ao dizer que ‘não recebem lições do Presidente do Benfica’. Pois, pois não, gostam é de receber lições do Presidente do fcp, mas são maus alunos e burros como portas e depois são apanhados com a boca na botija a fazer transferências para fiscais de linha ou nas câmaras de vigilância a incendiar bancadas.

 

Ou seja, a lagartagem, vendo objectivamente mais uma vez o barco esburacado a ir na direcção do iceberg (o que é natural, dado que quem vai a conduzir é um Sá Pinto encharcado em Xanax e Valium 10), disparam o SOS do costume para salvar os rabos e desviar as atenções dos passageiros (a lagartagem que está entretida lá em baixo no salão de festas a beber VAT 69 e a ver o musical do Sportém, enquanto no convés começam a cair os primeiros pedaços de gelo), e atacam, de forma boçal e ordinária (mas com o dedo mindinho espetado de forma presunçosa) o Benfica, para desviar as atenções e unir as hostes, enquanto acusam o Presidente do Benfica de fazer isso mesmo.

 

Salão de Festas do Titanic

 

Nada disto é novo, tudo isto é fado. O que me irrita verdadeiramente nisto tudo não são os pobres desgraçados da lagartagem, coitados, que não sabem nem nunca saberão mais do que isto.

O que irrita são alguns benfiquistas que, cegos pela animosidade ao Presidente do Benfica e sem sequer querer saber os factos, usam esta imbecilidade como mais uma oportunidade bacoca, hipócrita e estúpida para fazer o trabalho do inimigo e atacar o próprio Benfica, enquanto fazem uma defesa paternalista e filhadaputa do Sportém.

 

Ide fazer sexo oral a equídeos.

publicado por Carlos Miguel Silva (Gwaihir) às 15:46
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Segunda-feira, 24 de Setembro de 2012

A premeditação de Xistra

Rui Gomes da Silva garante hoje que o Benfica fora avisado de que o Xistra vinha com a premeditação de nos prejudicar. [link]

 

Atendendo ao passado do Xistra, é bastante credível a denúncia de Rui Gomes da Silva. No entanto, o Benfica tem de saber se quer verdadeiramente entrar nesta guerra sem quartel ou se quer continuar a fazer cócegas aos pulhas que sujam, há três décadas, o futebol português. Se quiserem, de facto, entrar nesta guerra, têm de pôr os nomes aos bois, denunciar todos os poderes estabelecidos, retirar imediatamente o apoio que em má hora foi dado a Fernando Gomes, assumir que não negociarão qualquer contrato com a Olivedesportos e denunciar, com estrondo, o dirigente de arbitragem Vítor Pereira (o mesmo que conduz os automóveis cedidos por Joaquim Oliveira). Isto deverá ser feito sem medos e dispostos a ir até ao fim.

 

Se assim for, da próxima vez que um Xistra de ocasião (seja este ou outro qualquer Proença ou Sousa da vida) se preparar para nos roubar, não se esqueçam de o denunciar antes, para evitar queixinhas posteriores.

publicado por Pedro F. Ferreira às 12:41
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Domingo, 23 de Setembro de 2012

X

Apesar de ter ficado algo preocupado quando o Xistra foi nomeado para este jogo, que já de si seria previsivelmente difícil, só fiquei realmente apreensivo quando um jogador do Porto veio falar, ainda antes mesmo de ter feito o seu jogo, que esperava uma escorregadela do Benfica. É um cenário que já vi diversas vezes, e repetiu-se mais uma vez. O Xistra é um árbitro muito competente.

 

 

De regresso aos dois avançados, desta vez com o Bruno César no onze para a saída do Gaitán, o Benfica entrou no jogo a todo o gás. Velocidade e pressão sobre a Académica, com as oportunidades a sucederem-se nos primeiros minutos. Mas a falta de pontaria e de alguma sorte, já que por mais do que uma vez vimos a bola embater nos ferros da baliza da Académica, não permitiram que o Benfica materializasse o seu domínio em golos. Estava a Académica ocupada a pensar como é que iria sobreviver a isto, quando após vinte e cinco minutos de jogo conseguiu finalmente sair lá de trás e nos espaço de uns minutos criou um lance de perigo, precedido de fora-de-jogo, e viu o Xistra assinalar-lhe um penálti, que lhe permitiu dar uma expressão mentirosa ao marcador. O Benfica acusou o golpe e o seu jogo perdeu a qualidade dos primeiros minutos, mas perto do intervalo voltou a carregar e viu mais uma vez a bola embater no poste, deixando antever que hoje não seria mesmo a nossa noite.

 

Mas logo no reinício da segunda parte tudo pareceu poder mudar, pois um remate do Nolito (tinha entrado para o lugar do Bruno César) na direcção da baliza foi interceptado com o braço por um jogador da Académica, resultando num penálti a nosso favor e expulsão do infractor. Convertido o penálti, pelo Cardozo, o Benfica dispunha agora de pelo menos quarenta minutos para procurar a vitória. Se a Académica com onze pouco mais tinha feito do que defender, com dez então acantonou-se toda perto da sua área, procurando sobreviver a todo o custo. O Benfica tomou naturalmente conta do jogo, mas nesta fase revelou muitas dificuldades para ultrapassar a muralha da Académica. Seria expectável que, contra dez, conseguissem fazer um pouco melhor. Porque o perigoso Xistra continuava em campo, e bastou que a Académica fosse à frente uma vez - numa jogada, diga-se, onde houve displicência da parte dos nossos jogadores, porque foi feita apenas por dois jogadores da Académica e nós ficámos a vê-los até permitirmos que um avançasse para a área com a bola controlada. O Garay cortou a bola, mas o Xistra marcou penálti na mesma e a Académica apanhou-se outra vez na frente. O Benfica continuou a pressionar à procura do golo, mas continuou também a fazê-lo de forma pouco eficiente. Não criámos grandes oportunidades para marcar, excepto num cabeceamento do Salvio que foi cortado sobre a linha de golo, e numa desmarcação do Cardozo a passe do Nolito, que terminou com um remate para defesa do guarda-redes. Foi apenas com uma bomba do estreante Lima, de fora da área, que evitámos a derrota.

 

Não sei quem foi o nosso melhor jogador. O Salvio esteve bem, o Nolito e o Lima entraram bem no jogo. O Cardozo esteve perdulário. Mas o que quer que qualquer um dos nossos jogadores tenha feito, a sua exibição será sempre pálida em comparação com a do Xistra. O homem encheu o campo.

 

Há árbitros que quando são nomeados para jogos do Benfica, toda a gente (mas toda, mesmo) sabe que vão fazer. Por isso é que continuam a nomeá-los nas alturas certas. Podemos estar aqui a discutir que perdemos o Witsel e o Javi, que o Luisão está suspenso, que falhámos demasiados golos, que não jogámos muito bem durante a segunda parte, que o Jesus não percebe nada disto ou que a culpa é do Vieira. O facto indesmentível é que sem o factor X neste jogo, o mais provável é que o tivéssemos ganho.

publicado por D'Arcy às 23:10
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Bardaxistra

O covilhanense Carlos Miguel Taborda Xistra é conhecido no lodaçal do futebol português por muitos nomes e pelos piores motivos. Hoje, em Coimbra, fez mais um favor à sua carreira de árbitro. Mais uma vez protegeu quem lhe garantiu a gamela da "primeira categoria", mais uma vez garante que no final da época lá receberá o seu osso. Na nota de rodapé que o seu nome garante na história do futebol português, continuará a ser o Bardaxistra de sempre, continuará a ser uma espécie de árbitro de bolso e de ocasião. Continuará a ser digno deste futebolzinho português, rasteirinho e do tamanhinho dos Xistras da vida. Em suma, o Bardaxistra continuará e esse é o problema.

publicado por Pedro F. Ferreira às 23:10
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Sexta-feira, 21 de Setembro de 2012

Alternativas

Tornou-se voz corrente, repetida e amplificada, que o Benfica não tem alternativas no plantel capazes de suprir as ausências de alguns futebolistas titulares.

 

Imagino o estado de espírito dos futebolistas que estão na calha para substituir os habituais titulares quando ouvem tal afirmação. Afirmação esta que para uns é opinião, para outros profecia e para a maioria é desejo. Imagino-os indignados e desejosos de mostrar a todos os desconfiados que eles, os substitutos, têm todas as capacidades para se suplantarem e ultrapassarem as desconfianças. Imagino-os desejosos de provar o seu valor e esfregar o mesmo na cara de todos os que, por antecipação, lhes garantem um fim ainda antes de terem começado. Imagino-os espicaçados para aproveitarem esta soberana oportunidade que o destino lhes pôs nas mãos. Tudo o que for uma atitude aquém da referida não é compatível com a galhardia que se impõe a um futebolista do Benfica.

 

Assim, é chegado o momento de futebolistas como Matic ou Jardel aproveitarem os próximos tempos para demonstrarem todo o seu valor. A ausência de uns pode ser aproveitada para marcar definitivamente a presença de outros. É esta a oportunidade, o tal momento que pode marcar o sucesso ou insucesso de toda uma carreira. Estou convencido de que os que brevemente serão chamados à titularidade têm a percepção de que agora se joga muito do seu futuro profissional. E quando os mais cépticos evocam a inexperiência destes jogadores num clube grande, pergunto, sinceramente, quem é que pode dizer que tem a experiência de jogar num clube grande antes de chegar ao Benfica?

 

_____

Artigo de opinião escrito e enviado para a redacção do jornal "O Benfica" no dia 18 de Setembro e publicado na edição de 21/09/2012 do jornal "O Benfica".

 

[Se alguém quiser manifestar-me a sua opinião, pode fazê-lo para este endereço: tertuliabenfiquista@gmail.com]

publicado por Pedro F. Ferreira às 09:09
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