VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Terça-feira, 29 de Abril de 2014

Jean-François Larios

 

 

Defendo que Larios deveria ser o próximo presidente da UEFA.

publicado por Pedro F. Ferreira às 21:57
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Descubra as diferenças.

 

As linhas com que se cose a corrupção.

publicado por p às 11:48
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Segunda-feira, 28 de Abril de 2014

Humilhação

Mesmo com uma equipa de segundas escolhas, mesmo a jogar novamente mais de uma hora com dez, uma vez mais o Porto foi incapaz de nos derrotar, e desta vez em casa. Na lotaria dos penáltis, fomos mais felizes, e garantimos a passagem à quinta final da Taça da Liga (em sete edições). Para o Porto, que durante anos desprezou a competição e que nestas últimas semanas lhe deu uma importância inusitada, mais uma humilhação.

 

Com toda a naturalidade, o Benfica mudou a equipa quase toda, apresentando apenas três habituais titulares de início: Oblak, Siqueira e Lima. As outras opções foram mais ou menos as esperadas, com destaque para o regresso do Rúben e a titularidade do Steven Vitória ao lado do Jardel no centro da defesa. A fase inicial do jogo foi má para nós: notou-se bastante a falta de ritmo do Steven (apenas um jogo disputado esta época, contra o Cinfães na Taça), e o Porto explorou-a bem, causando-nos bastantes problemas, sobretudo pelas movimentações do Herrera, raramente acompanhadas, e do Jackson. Valeu-nos o pouco acerto do Jackson e a atenção do Oblak para ir mantendo o marcador em branco. Por volta da meia hora de jogo deu-se o acontecimento que acabou se calhar por ser decisivo no jogo. O Jackson fugiu mais uma vez ao Steven e ele acabou por derrubá-lo à entrada da área, vendo o cartão vermelho. O livre muito perigoso não foi problema para nós, porque era óbvio que o Quaresma iria exigir marcá-lo. E a expulsão significou a entrada em jogo do Garay e uma muito melhor organização defensiva do Benfica, que a partir daí passou a conseguir controlar melhor os ataques do Porto (ainda com um grande susto logo a seguir à entrada do Garay, quando uma vez mais o Jackson não conseguiu marcar depois de aparecer isolado).

 

A segunda parte foi muito mais tranquila para nós. Entre a falta de ideias e soluções da parte do Porto para ultrapassar a nossa organização defensiva, e a colaboração do Quaresma a estragar jogadas de ataque, o Porto criou muito poucas ocasiões de verdadeiro perigo - recordo-me apenas de um remate do Herrera, já perto do final, que passou perto da baliza. Um dos momentos mais preocupantes foi quando o Luís Castro decidiu retirar o Quaresma do jogo, porque poderia ser que com isso o Porto se tornasse mais perigoso, mas o momento da substituição do homem foi bastante interessante. Foi uma boa demonstração do quão saudável deve ser ter um tipo daqueles num plantel - espero que o mantenham por lá durante muitos e bons anos. Foi por isso até com a sensação de alguma facilidade que o Benfica levou o jogo para os penáltis. E chegados aqui, a minha impressão era mesmo que a vantagem psicológica já estava do nosso lado - neste momento os fantasmas da última época já foram espantados, e parecem ter-se passado lá para cima. O Siqueira, o Jardel, e o Enzo (que classe!) marcaram, o Garay acertou na trave e o André Gomes permitiu a defesa ao Fabiano. Pelo Porto marcaram o Quintero, o Ghilas e o Varela, com o Jackson a chutar para a bancada e o Oblak a defender o penálti do Maicon. Fomos assim para a 'morte súbita' e aí o Ivan Cavaleiro não tremeu, enquanto o Fernando acertou no poste. Mais uma final para nós, mais uma humilhação para o Porto - não tanto por ter sido eliminado em casa, mas sim por isso ter outra vez acontecido depois de mais de uma hora a jogar contra dez.

 

Uma vez mais a equipa é o maior destaque: a solidariedade entre os jogadores e a disciplina táctica a defender foram o que nos garantiu este apuramento para a final. O Ivan e o Sulejmani estiveram impecáveis no auxílio aos laterais, e o Rúben fez também um jogo muito bom. O Garay entrou muito bem e o Jardel subiu imenso de produção a partir desse momento. O Oblak foi enorme, e uma das chaves deste resultado.

 

A motivação e força mental do nosso plantel é neste momento muito grande. A descrença que se instalou no final da época passada foi substituída por uma fé muito grande em si próprios e nas suas capacidades. Hoje, mesmo apresentando um onze menos forte e rotinado, conseguimos ainda assim em casa do maior adversário conquistar o acesso a mais uma final, e temos a oportunidade de lutar por um 'triplete' inédito nas provas nacionais. Mas como mal temos tempo para desfrutar cada vitória, é já altura de começarmos a pensar na tarefa hercúlea de quinta-feira, em Turim. Que poderá ser a diferença entre sonharmos com uma época brilhante, ou uma época inesquecível.

publicado por D'Arcy às 01:16
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Sexta-feira, 25 de Abril de 2014

Da coragem

Somos merecidamente campeões nacionais pela 33ª vez. Não fazendo o balanço da época, mas apenas do campeonato, importa fazer duas ou três considerações que, pela justiça, não posso esquecer.

Olho para este campeonato como aquele que se conquistou sob o signo da coragem. A coragem de um presidente que, contra quase todos, decidiu pelas suas convicções e não pelas encomendas externas e internas manter um treinador que se ficara pelo “quase” na época anterior. Ter a coragem de saber que uma convicção não é uma teimosia é um mérito. Ter a capacidade de não “emprenhar pelos ouvidos” (peço desculpa pelo plebeísmo, mas não estamos em tempos de floreados linguísticos) numa terra de alcoviteiras é um acto de coragem. Luís Filipe Vieira teve esse mérito. Jorge Jesus teve, além da coragem de enfrentar de peito feito as facas que já não lhe eram apenas espetadas nas costas, o talento de conseguir impor, pela qualidade, uma ideia de jogo, uma metodologia de treino e um conceito de futebol. Luís Filipe Vieira e Jorge Jesus vivem e não precisam de se colocar em bicos de pés para que se saiba que vivem. Outros há que, ou porque “já foram algo” ou porque “aspiram a ser algo” no mundo do Benfica, fazem prova de vida nos momentos em que as coisas não correm bem. Note-se que não falo dos que exercem a crítica desinteressada, genuína, justificada e apaixonada. Essa crítica é essencial no nosso Benfica. Falo dos que ao sabor dos resultados, dos interesses pessoais ou das passageiras tendências de opinião surgem, sempre e apenas nos momentos de ausência de vitória, a cavalgar a derrota, para que, como anões de salto alto, a multidão benfiquista se lembre da existência deles.

Nesta diferença entre a convicção e o interesse, a crítica genuína e o ‘bota-abaixismo’, vai a diferença entre a coragem e a cobardia. Esta vitória no campeonato deve-se à coragem.

 

_____

Artigo de opinião escrito e enviado para a redacção do jornal "O Benfica" no dia 22 de Abril, para publicação na edição de 25/04/2014 do jornal "O Benfica".

 

[Se alguém quiser manifestar-me a sua opinião, pode fazê-lo para este endereço: tertuliabenfiquista@gmail.com]

publicado por Pedro F. Ferreira às 12:12
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Aberto

Um jogo de duas partes distintas resultou numa vantagem mínima na eliminatória, que deixa tudo em aberto para a segunda mão. Parece-me no entanto que podemos esperar grandes dificuldades em Turim, face ao que a Juventus mostrou esta noite.

 

 

Achei algo surpreendente a titularidade do Cardozo em vez do Lima. Na baliza jogou o Artur, e no lugar do Gaitán o Sulejmani. De resto, a equipa habitual, com o André Gomes a manter a titularidade no meio campo. O início do jogo foi de sonho para o Benfica, porque logo aos dois minutos já festejávamos o primeiro golo. Canto na esquerda apontado pelo Sulejmani (depois de uma arrancada do Enzo com passe para o Sulejmani desaproveitar) e cabeçada vitoriosa do Garay. A entrada do Benfica no jogo foi muito boa: conseguimos bloquear a construção de jogo da Juventus, não demos liberdade ao Pirlo (o Enzo ou o Rodrigo, à vez, caíam sobre ele) e fizemos uma boa posse de bola. Sempre que a Juventus tentava sair a jogar a partir da defesa, a nossa equipa subia muito no campo e bloqueava todas as possibilidades de passe para os três defesas e o médio defensivo, obrigando ao despejo da bola para a frente. Quando a Juventus se adiantava um pouco mais, fomos capazes de a manter em respeito com saídas rápidas para o contra-ataque. Neste particular foi onde se notou mais a ausência do Gaitán, pois o Sulejmani não tem a mesma velocidade com a bola nos pés, e muito menos ainda a técnica dele. Talvez com o argentino em campo tivéssemos conseguido marcar mais um golo na primeira parte. Mas à medida que o jogo foi caminhando para o intervalo a Juventus foi conseguindo assentar o seu jogo, e passou a ter cada vez mais bola. No entanto o Benfica manteve-se sempre organizado, não permitindo que a Juventus fizesse muito mais do que tentar surpreender com bolas longas para as costas da nossa defesa, capítulo em que os italianos estiveram muito pouco inspirados.

 

 

A segunda parte foi completamente diferente, e pertenceu à Juventus. A sensação que deu foi que os nossos jogadores acusaram o cansaço do trabalho que fizeram na primeira parte. No meio campo a Juventus ganhou superioridade, pois o Rodrigo deixou de recuar, o Pirlo passou a ter maior liberdade, e o Enzo não dá para tudo. Até porque o André Gomes passou a maior parte do jogo mais preocupado com uma marcação individual ao Pogba, e pouco ajudava no meio. A posse de bola passou a ser claramente favorável à Juventus, que passou a jogar mais no nosso meio campo e cada vez mais próxima da nossa área. O Benfica parecia mais preocupado em defender a magra vantagem, e a Juventus carregou, sendo agora a vez dos italianos exercerem uma pressão muito forte na saída de bola, que conseguiu fazer com que nós praticamente não jogássemos. Cada bola que recuperávamos era praticamente entregue no instante seguinte aos italianos. O cenário certamente não iria dar bons resultados, pelo que era necessário mudar algo. Quando o André Almeida substituiu o Sulejmani, que na altura já pouco mais fazia do que figura de corpo presente, pensei que fosse para passar o Rodrigo para a esquerda e reforçar a zona central, mas numa opção que me pareceu estranha foi o André Gomes quem ficou a fechar o lado esquerdo, ainda e sempre preocupado com o Pogba. Entrou também o Lima para o lugar do Cardozo (mais um jogo apagado), mas esta foi a pior fase do Benfica em todo o jogo. A Juventus era claramente a melhor equipa em campo, e acabou por chegar naturalmente ao golo, através do Tévez, que dentro da área conseguiu ultrapassar o Luisão e rematar à saída do Artur. Faltavam dezoito minutos para o final, e já não esperava que o Benfica conseguisse reagir, mas a entrada do Ivan Cavaleiro espevitou a equipa, e a seis minutos do final voltámos a colocar-nos em vantagem. Foi um golaço do Lima, num remate de primeira à entrada da área após uma simulação (ou um passe falhado, nem sequer percebi bem) do Ivan Cavaleiro a deixar passar a bola. Depois do golo, o jogo ficou mais aberto, e as duas equipas até poderiam ter voltado a marcar nos poucos minutos até ao final do jogo.

 

 

No Benfica destaco as exibições dos dois centrais, do Siqueira e do Enzo como as mais positivas. O Lima e o Ivan entraram bem no jogo e foram importantes para evitar a derrota. O André Gomes fez um jogo fraco. Andou demasiado tempo dedicado a funções de marcação para as quais não está claramente talhado, e foi até displicente em ocasiões nas quais tentou sair a jogar quando tal não era indicado. O Sulejmani não fez esquecer o Gaitán e o Cardozo fez aquilo que tem feito nos últimos tempos: quase nada (o jogo também nunca me pareceu, logo à partida, como o mais indicado para ele).

 

A discussão da eliminatória está em aberto, é certo, mas levamos uma vantagem bastante magra para Itália. Creio portanto que a estratégia do Benfica para a segunda mão deverá passar por tentar marcar em Turim, e não pensar exclusivamente em defender uma vantagem tão escassa (já vi o Benfica perder uma meia final assim, embora nesse caso a expulsão do Mozer à meia hora de jogo pouco mais nos deixasse fazer). Por aquilo que a Juventus mostrou na segunda parte, se formos para Itália apenas para defender parece-me que iremos passar um mau bocado.

 

P.S.- Acho que começo a perceber porque é que o Proença é tão bem cotado na UEFA.

publicado por D'Arcy às 01:20
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Quarta-feira, 23 de Abril de 2014

Lagartagem

 

No rescaldo do merecidíssimo título, cuja conquista garantimos no passado domingo, para além das naturais manifestações de júbilo da parte dos benfiquistas tenho sido massacrado com manifestações épicas da azia e inveja secularmente acumuladas pela vizinhança sita no Lumiar, e que a nossa vitória desencadeou. Entre manifestos nas caixas de comentários (obviamente varridos para o lixo), e-mails, posts no Facebook, links para blogs do sportém, tenho levado de tudo um pouco. Textos racistas e insultuosos aos nossos Eusébio e Coluna, textos aziados, opiniões peregrinas que reclamam exclusividade do Marquês (fiquei a saber que o Marquês de Pombal é, aparentemente, um símbolo daquele clube), até já cheguei a ver um texto em que é dito que o Cosme Damião utilizou o sportém como modelo para fundar o Benfica (o nosso Cosme era pelos vistos uma pessoa ainda mais notável do que eu pensava, visto que em 1904 já tinha decifrado os mistérios das viagens no tempo - o motivo pelo qual uma das primeiras acções tomadas pelo sportém após a sua fundação em 1906 foi roubar oito jogadores ao Sport Lisboa deve ter sido precisamente porque eles já estavam num clube que tinha sido formado usando o sportém como inspiração). O que me parece ser mais ou menos evidente é que aquele pessoal acha que é de extrema importância o reconhecimento ou não que eles fazem acerca da justiça do nosso título - é para isso que cá andamos, e se não conseguirmos que o sportém reconheça mérito nas nossas vitórias, então nada disto vale a pena.

 

Posto isto, apeteceu-me responder a todas estas parvoíces. Isto é o que eu penso acerca do sportém, do segundo lugar que conquistaram, da melhor academia do mundo, da exclusividade do Marquês ou do mérito que nos reconhecem ou não na conquista do título:

publicado por D'Arcy às 14:38
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Segunda-feira, 21 de Abril de 2014

Campeões

Não vale muito a pena estar a escrever uma crónica extensa para este jogo. Ganhámo-lo, como se esperava e exigia que o fizéssemos, e garantimos a conquista do título. O único ponto negativo no jogo e na festa foi a lesão do Salvio, que partiu o braço e ao que tudo indica terá terminado a época mais cedo.

 

 

O Benfica entrou rápido e decidido a resolver cedo a questão, mas o acerto na hora de finalizar foi pouco, e durante os primeiros minutos de jogo desperdiçámos oportunidades flagrantes suficientes para poder fazer de todo o jogo um imenso e ininterrupto festejo - as oportunidades falhadas pelo Rodrigo (acertou mal na bola) e pelo Lima (atirou por cima com a baliza escancarada) foram particularmente escandalosas. Com o acumular de oportunidades falhadas pareceu-me que algum nervosismo se instalou na equipa, o que eu não esperava que acontecesse - e um exemplo disso foi uma ocasião flagrante (a única durante todo o jogo) de golo do Olhanense, nascida de um mau controlo de bola do Garay. O domínio do jogo por parte do Benfica foi quase total perante um Olhanense quase só preocupado em defender, mas a má finalização determinou que saíssemos para intervalo ainda com o nulo no marcador. 

 

Na segunda parte nada mudou, e o desacerto na finalização continuava - mais um remate disparatado do Lima por cima quando parecia ter tudo para marcar foi disso exemplo. Mas depois de tanto falhanço, acabou por ser mesmo o Lima a tornar-se no herói do jogo, quando apareceu no sítio certo para fazer a recarga de uma defesa incompleta do guarda-redes a um primeiro remate do Gaitán e inaugurar o marcador. Foi aos cinquenta e sete minutos, e dois minutos depois arrumou de vez o assunto, correndo meio campo com a bola para depois rematar por entre as pernas do guarda-redes, com a bola a viajar muito devagarinho até ultrapassar a linha. Estava tudo resolvido, o Olhanense nada ameaçou, e o tempo até final decorreu em ambiente de festa antecipada, que poderia até ter ficado mais abrilhantada com alguns golos, pois continuámos a desperdiçar ocasiões soberanas para marcar (Rodrigo e Lima, em particular) e ficou um penálti claro sobre o Rodrigo por marcar.

 

O Lima foi o homem do jogo pelos dois golos que marcou, mas podia ter marcado pelo menos outros tantos. O Salvio estava a ser dos melhores na primeira parte, o Enzo fez aquilo que costuma fazer, e achei que houve muito menos Gaitán do que costuma ser habitual. A entrada do Markovic foi importante.

 

Somos outra vez campeões nacionais, e com toda a justiça. Somos a melhor equipa, temos o ataque mais concretizador, a defesa menos batida, temos o nosso maior adversário e ex-tricampeão a quinze pontos, e a equipa que nos deu mais luta a sete, mesmo tendo esta há muito tempo que jogar apenas uma vez por semana, e menos dezasseis jogos (são vinte e quatro horas de futebol) nas pernas - e quando os defrontámos vulgarizámo-los de uma forma brutalmente evidente. Hoje festejamos este título, amanhã é tempo de nos concentrarmos já no que ainda há para ganhar. Devemos sentir orgulho nesta conquista, mas não podemos pensar que o trabalho acabou. O Benfica tem que manter o lugar de hegemonia do futebol português que lhe pertence, e para isso é fundamental continuarmos a ganhar, não repetindo os erros de 2010/11.

publicado por D'Arcy às 12:12
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33

 

Não jogamos nadinha, vai ser outra época igual. E o Jorge Jejum está comprado pelo PC, enquanto ele estiver no Benfica não vamos ganhar nada. O Cardozo é que tem razão. O PC é que se antecipou e fez bem, foi buscar o Paulo Fonseca quando nós é que devíamos ter aproveitado. À quinta jornada vamos estar afastados do título, e à procura de treinador. Do Natal o Jesus não passa. E a táctica que não presta. E os portugueses, que não jogam. Olhem mas é para o sportém, que com uma equipa de tostões vai ganhar mais do que nós. E perdemos com o PSG, que vergonha, metam o gajo na rua e vão buscar o Marco Silva. Enquanto o Jejum for treinador do Benfica não assino a Benfica TV nem pago quotas. Fiquem com o vosso 'benfiquinha', que este não é o meu Benfica. Somos um clube sem rumo nem liderança. Mas porque é que os portugueses não jogam? Agora vendemos o Matic a preço de saldo, o Vieira é um infiltrado que quer é destruir a equipa. Empatámos com o Gil Vicente, é o princípio do descalabro, fixem bem o que vos digo. E só ganhamos por um ou dois de diferença, que atitude vergonhosa, devíamos golear em todos os jogos. Ressuscitámos o Porto, é um escândalo, já lhes oferecemos a taça. Se o Jesus quer ir para o Porto é deixá-lo. Agora é que isto vai dar para o torto e vamos perder outra vez tudo no final, eu já sabia.

 


Somos campeões nacionais pela 33ª vez. Eu não disse? Nunca tive dúvidas.

publicado por D'Arcy às 01:40
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Quinta-feira, 17 de Abril de 2014

Épico

Simplesmente épico. Este foi um dos jogos a que assisti na Luz que mais prazer me deu ganhar. Foi um jogo em que o Benfica foi enorme, foi buscar forças onde provavelmente nem imaginávamos que existiriam, foi inteligente e soube reagir a todas as adversidades que lhe apareceram pela frente, e que incluíram uma expulsão madrugadora, e sofrermos um golo no primeiro (e único) remate digno desse nome que o Porto fez na direcção da nossa baliza.

 

 

Foram afinal várias as alterações que fizemos (algumas forçadas) no nosso onze habitual: Oblak, Luisão, Fejsa, Markovic e Lima, por um motivo ou outro, ficaram fora da equipa inicial. Como tem sido habitual, quem avançou para os seus lugares cumpriu a missão. Neste caso, Artur, Jardel, André Gomes, Salvio e Cardozo. Em relação ao jogo propriamente dito, começo por dizer que creio que nunca tinha visto um Porto entrar tão medroso na Luz, e já vi muitos jogos entre as duas equipas. O Porto entrou verdadeiramente 'borrado' em campo, encafuado no seu meio campo e procurando desde o apito inicial congelar o jogo e queimar tempo. O Benfica, pelo contrário, entrou como tinha que ser, caindo em cima do adversário e submetendo-o a pressão constante, o que ficou bem evidente quando assistimos a uma situação quase inédita de uma boa meia dúzia de cantos consecutivos a favor do Benfica. Houve jogadores como o Reyes (um jogador que voltou a parecer-me bastante medíocre e que o Porto quer fazer acreditar que nos 'roubou') que tremiam e muito sempre que pressionados, e no ataque o Porto era simplesmente inofensivo. Ou nem chegava lá, ou quando chegava o Quaresma encarregava-se de jogar sozinho e estragar quase todas as jogadas. O corolário lógico da nossa pressão foi o primeiro golo, construído em mais uma bonita jogada de envolvimento da nossa equipa, com o Gaitán a ser lançado na esquerda e depois a encontrar, com um cruzamento largo, o Salvio ao segundo poste, que cabeceou para o golo - a bola ainda bateu no poste antes de entrar. Demorámos dezassete minutos a anular a vantagem do Porto, e agora tínhamos pela frente mais cerca de uma hora e um quarto de futebol para vencer a eliminatória. E a julgar pelo que íamos vendo em campo, não parecia nada difícil conseguir isso. 

 

 

Mas o cenário alterou-se abruptamente ainda antes da meia hora, altura em que o Siqueira viu dois amarelos de rajada e nos deixou reduzidos a dez - não sei se o primeiro amarelo foi justo ou não, mas um jogador com um amarelo não podia ter entrado daquela forma, e por isso acho que foi um lance de profunda burrice da parte dele. O Benfica teve obviamente que se reorganizar e o sacrificado foi, naturalmente, o Cardozo, que cedeu o seu lugar ao André Almeida - nos últimos três jogos, contra o AZ jogou a lateral direito, contra o Arouca jogou a trinco, hoje jogou a lateral esquerdo, e em todos eles cumpriu. Só depois do Benfica assumir uma postura mais cautelosa, privilegiando sobretudo a organização defensiva, é que o Porto conseguiu passar a ter um pouco mais de bola e jogar mais no nosso meio campo, mas nunca conseguiu vincar qualquer tipo de superioridade em campo, criar uma oportunidade de golo, ou explorar a vantagem numérica. Apenas numa saída pouco ortodoxa do Artur, na sequência de um (raro) canto conseguiram criar algum tipo de sensação de perigo, mas para ser sincero, continuei sempre com a ideia de que continuavam com demasiado medo do Benfica.

 

 

A segunda parte não pareceu mostrar grandes diferenças em relação a isto. O Benfica manteve-se organizado, o Porto sem mostrar capacidade para fazer mossa. Foi por isso de forma algo surpreendente que, um pouco caído do céu, surgiu o golo do Porto. Foi uma grande iniciativa individual do Varela, que parecia não ter grande possibilidade de sucesso, mas que aproveitou o que me pareceu alguma passividade do André Almeida, que teve demasiado medo de meter o pé e fazer falta, furou pelo meio da defesa e rematou cruzado para o golo. O Benfica via-se agora em desvantagem numérica e na eliminatória, precisando de marcar dois golos. A resposta do Benfica foi à Benfica. Não houve baixar de braços (nem da equipa, nem do público), houve sim um arregaçar de mangas, ir buscar todas as forças possíveis, e partir para cima do adversário. O mais interessante foi que o Benfica não jogou exclusivamente em contra-ataque; o Benfica, apesar da inferioridade numérica, criava ocasiões de perigo em ataque organizado, em jogadas onde jogadores como o Enzo, Rodrigo, Gaitán, Salvio, Maxi, André Gomes pareciam multiplicar-se em campo e conseguir aparecer em todo o lado. O Porto não tirou qualquer benefício motivacional do golo, e pouco depois do golo já o Rodrigo desperdiçava uma ocasião quase de golo feito, a passe do Gaitán. Mas logo a seguir o Reyes derrubou claramente o Salvio na área, e incrivelmente o Pedro Proença assinalou penálti a nosso favor, que o Enzo transformou com muita calma e a fazer parecer que era fácil. 

 

 

A passagem na eliminatória estava agora a um golo de distância, o Porto abanou ainda mais, e não fosse o Rodrigo ter escorregado no último instante (depois de mais uma asneira do inevitável Reyes) e talvez esse golo tivesse chegado logo a seguir. O jogo foi-se aproximando do final, com o Porto a continuar a ser inofensivo e o Benfica, mesmo estando potencialmente eliminado, a nunca perder a cabeça ao ponto de cair na tentação de se atirar abertamente ao ataque, o que poderia proporcionar ao Porto a oportunidade de matar o jogo num contra-ataque. Até que, a dez minutos do final, apareceu o momento mágico e decisivo do jogo. Mais uma vez, num lance de ataque organizado, em que o Lima, o Gaitán e o André Gomes andaram a trocar a bola junto ao canto da área do Porto, no lado esquerdo, até que o Gaitán picou a bola para o André. Depois, dentro da área, ele recebeu-a no peito, sem a deixar cair levantou-a sobre o Fernando, e rodou para ficar cara a cara com o guarda-redes, rematando depois para o fundo da baliza para fechar um golo sublime. A Luz explodiu como poucas vezes a vi explodir, e apesar de ainda termos que enfrentar uns longos dez minutos até final, de alguma forma parecia ser quase impossível que o Porto conseguisse voltar a marcar um golo e impedir a nossa festa no final. A verdade é que até final pouco se jogou. Entre substituições, cartões, expulsões (de ambos os treinadores - e não percebo em que raio estava a pensar o Jesus para que de repente aparecesse dentro do campo - e do Quaresma, provavelmente com largos minutos de atraso) e o mero desnorte dos jogadores do Porto, a quem pouco mais ocorria do que enviar balões para a frente, já com o Mangala a avançado, os dezasseis minutos (dez de jogo mais seis de compensação) passaram a correr.

 

 

Mais uma vez, o maior destaque tem que ser a equipa. Uma equipa que ao ver-se em inferioridade numérica tão cedo nunca perdeu a cabeça, que soube reagir ao golo indo em busca daquilo que precisava para dar a volta à situação perante um adversário como o Porto, tem obrigatoriamente que ser uma grande equipa (e ainda por cima sabendo nós que nos faltaram jogadores que têm sido importantes esta época). Mas é impossível não ficar maravilhado com aquilo que jogadores como o Gaitán, o Enzo (encheu o campo), o Salvio (está definitivamente a regressar ao que nos habituou) ou o Rodrigo fizeram. Com o jogo enorme, e não, não é pelo golo, do André Gomes - já o elogiei antes e considerei injustas as críticas quase que formatadas que lhe fazem sobre a falta de velocidade ou intensidade: continuo a dizer que acho é um jogador que guarda bem a bola, sabe quase sempre o que vai fazer com ela assim que a recebe, e tem uma inteligência táctica invulgar. Com o pulmão do Maxi, a segurança do Garay, o espírito guerreiro do Jardel, hoje todos foram enormes.

 

Escreveu-se hoje uma página bonita da nossa história, mas o mais importante foi mesmo os fantasmas que foram exorcizados esta noite. A forma como fomos para cima do Porto, o receio e respeito que eles pareceram sempre ter por nós, até mesmo termos ganho um clássico arbitrado pelo Proença, tudo isto pode significar um passo muito importante para fazer desabar a 'estrutura' bafienta. A nossa Luz não esteve cheia, mas esteve muito bem composta e soube ser o décimo-primeiro jogador de que a equipa precisava, criando um ambiente incrível. Tenho pena de quem poderia ter ido e decidiu ficar em casa, porque perdeu uma noite linda de benfiquismo.

publicado por D'Arcy às 02:54
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Quarta-feira, 16 de Abril de 2014

27 anos

Gostaria só de recordar pela enésima vez a quem de direito (jogadores e equipa técnica do Glorioso) que, se não somos campeões há quatro anos, há mais de duas décadas e meia(!) que não ganhamos a dobradinha. Este ano temos novamente uma oportunidade de ouro para matar este borrego. Só isso bastaria para tornar o jogo de hoje muito importante. O mais importante dos últimos 27 anos.

 

Acontece que a importância deste jogo vai ainda mais além desse facto. Não vamos defrontar um adversário qualquer. Aliás, nem sequer vamos defrontar um adversário. Vamos defrontar o inimigo. Que representa, com uma competência assinalável, as forças do Mal. Estamos a falar da equipa de Mordor, meus caros jogadores e equipa técnica do Benfica. Tenham isto sempre em mente! O campeonato está muito perto de estar garantido, portanto é nossa obrigação NÃO deixarmos que a equipa que envergonha o desporto possa festejar ainda esta época. Este jogo é FUNDAMENTAL para eles, não tenhamos dúvidas. Viu-se pela gestão que fizeram em Braga. Se terminarem a época com as duas taças (a da Liga, no meio da eliminatória com a Juventus, será obviamente secundária para nós e eles, que sempre a desdenharam, não se atreverão a festejar se esse for o único troféu que ganhem este ano), não será uma época assim tão má. NÃO lhes podemos dar esta abébia, METAM isso na cabeça!

 

Com o domínio que evidenciámos, tendo o campeonato a meros dois pontos de distância, confesso que não ficarei totalmente satisfeito se nos limitarmos a ser campeões. Depois do que se passou no ano passado, merecemos festejar mais do que uma vez esta temporada. E a Taça de Portugal é a melhor oportunidade para tal. Para além da referida (e incontornável) questão dos 27 anos de jejum. Eles estão a 15 pontos de nós no campeonato. Nós somos MUITO melhor do que eles. Perante o inimigo, não há complacências! Não desperdicemos a oportunidade de os eliminar!

 

P.S. – O Estádio da Luz não esgotar num jogo desta importância é, não há outra maneira de o dizer, uma VERGONHA!

publicado por S.L.B. às 08:04
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