Uma exibição sofrível, um jogo que chegou a parecer muito mal parado, mas uma boa reacção permitiu evitar a derrota e ver o apuramento carimbado após a derrota do Galatasaray em Madrid.
Com várias ausências, vimos o Lisandro e o miúdo Renato Sanches serem chamados para a titularidade. Os flancos ficaram entregues ao Pizzi e ao Gonçalo Guedes, face à suspensão do Gaitán, e no ataque o Jiménez voltou a ser o escolhido. O Benfica começou o jogo por cima, mas foi mais uma vez surpreendido num contra-ataque rápido, que permitiu ao Astana colocar-se em vantagem. Por mais de uma vez esta época já dei comigo a pensar que tínhamos uma boa dose de infelicidade, já que os adversários marcavam na primeira oportunidade que tinham, ou de cada vez que subiam ao ataque marcavam. Mas ao fim de ver estas coisas acontecer tantas vezes, dá para chegar à conclusão de que se calhar não é propriamente azar ou infelicidade, mas sim um resultado concreto da forma como (não) defendemos. Se há um ponto que tem que ser muito trabalhado na nossa equipa, ele é mesmo a quase total ausência de rotinas defensivas. Os erros são sempre os mesmos e repetem-se jogo atrás de jogo. Inexistência de uma linha de fora de jogo coordenada, que permite que as bolas colocadas nas costas da defesa encontrem adversários em jogo, buracos abertos entre os centrais e os laterais (ou pior, entre os próprios dois centrais) que não são tapados ou compensados, marcações à toa em bolas paradas, etc. Por isso, sem surpresas, na segunda vez que o Astana chegou à nossa baliza fez o segundo golo, desta vez no seguimento de um livre lateral. Não é que a vitória fosse fundamental para as nossas aspirações em seguir em frente (veio depois a comprovar-se, com o resultado do Galatasaray em Madrid, que até com uma derrota ficaríamos apurados), mas estar, à meia hora de jogo, a perder por dois contra uma equipa de mongóis estreantes na Champions cuja táctica mais elaborada era chutar bolas para as flechas africanas da frente era demasiado mau.
Felizmente o Benfica conseguiu reduzir a diferença ainda antes do intervalo, numa jogada simples mas bonita e eficaz, na qual o Jonas explorou as costas do lateral num lançamento e centrou para um cabeceamento do Jiménez na zona do primeiro poste. Isto permitiu ao Benfica vir para a segunda parte mais confiante e partir à procura do golo do empate. Fomos mais pressionantes e aproveitámos também o que me pareceu ser um progressivo estoiro físico do Astana, que à medida que o tempo passava se dedicava cada vez mais apenas a defender. A entrada do Talisca resultou mais uma vez em nada - não que o Samaris estivesse a ser particularmente feliz, mas o Talisca na posição oito conseguiu ser pior do que o miúdo, que por sua vez também perdeu ao recuar no terreno. Mas a pressão do Benfica acabou por dar resultados a vinte minutos do final, numa jogada de envolvimento entre o Jiménez, o Jonas e o André Almeida (tinha entrado para substituir o lesionado Sílvio) pela direita, que terminou com um cruzamento rasteiro deste último para um remate meio enrolado do mexicano, levando a bola a bater no poste mais distante e a entrar. A partir deste momento, quase que me pareceu que houve um pacto de não agressão entre as duas equipas, que estariam então satisfeitas com o resultado. O Benfica trocou o Jonas pelo Cristante para reforçar o meio campo, mas não forçou muito frente a um Astana que nesta fase parecia estar fisicamente de rastos e a desejar que o jogo terminasse o mais rapidamente possível.
O destaque maior vai para o Jiménez, que marcou os dois golos. Se calhar marcaria mais golos se se dedicasse a estar sobretudo na zona do ponta de lança, em vez de vaguear tanto pelo ataque. Acaba muitas vezes a interferir nas zonas de acção do Jonas, e quando o Benfica quer colocar a bola na área não tem quase ninguém por lá. O Pizzi é capaz de ter feito o melhor jogo pelo Benfica em muitos meses. E não fazendo uma exibição fulgurante, acabei no entanto por ficar bastante agradado com o Renato Sanches. Quanto mais não seja porque conseguiu ser um médio muito menos estático do que os colegas mais consagrados têm sido nos últimos jogos. Ao contrário deles, o Renato mexe-se quando não tem bola para proporcionar linhas de passe. Tentou integrar-se nos movimentos de ataque da equipa, e pressionou os adversários para recuperar a bola quando a equipa defendia. E quando a bola era recuperada e lhe chegava aos pés, fazia uma coisa que quase me deixava surpreendido, visto que há muito tempo que não a via: corria com ela nos pés e transportava-a para o ataque, dando oportunidade para que se fizesse uma transição rápida. Desconfio que não via um médio do Benfica fazer isto para aí desde a última vez que o Enzo jogou com a nossa camisola.
A questão da Champions ficou então mais ou menos arrumada (falta decidir o primeiro lugar) e agora é altura de regressar aos jogos para consumo interno. Segue-se um jogo muito complicado em Braga, com ausências importantes e arbitrado pelo maior lagarto que existe na arbitragem nacional, que não perde uma oportunidade para prejudicar o Benfica. As coisas já não estão famosas, mas não ganhar o próximo jogo pode significar um adeus muito precoce a quaisquer ambições em relação ao título.
É a única palavra que me vem constantemente à cabeça para descrever aquilo que o Benfica joga hoje em dia. Zero. Nadinha. Mandamos onze jogadores para dentro do campo, e depois pode ser que saia alguma jogada, ou alguma iniciativa individual. Porque em termos de equipa, nada me parece trabalhado nem vejo evolução por mais boa vontade que eu queira ter e por mais tempo que eu queira dar. Lamento, faço o que posso, mas simplesmente não consigo ver. A nossa equipa hoje em dia é uma manta de retalhos sem rei nem roque, que ataca mal e defende ainda pior e que vê cartões estúpidos numa série de jogos - hoje conseguimos ter dois jogadores expulsos por palavras (um deles no banco) - o que se calhar revelará alguma coisa acerca do estado de espírito actual do plantel.
Hoje até começámos da melhor maneira possível, com um golo no primeiro remate que fizemos, pelo Mitroglou logo aos seis minutos. Mas a mentalidade pequena não deu para mais, fomos recuando progressivamente no terreno, a partir do final do primeiro quarto de hora já o factor choque do golo a abrir tinha sido esbanjado, e como a equipa não sabe defender acabou por conceder um golo que só posso apelidar de anedótico no período de descontos antes do intervalo (quando o intervalo chegou, esse tal primeiro remate que fizemos e que deu golo continuava a manter-se teimosamente como o único remate feito). Depois pareceu que jogámos sobretudo a pensar no prolongamento, e a seguir a isso a pensar nos penáltis. Deu para o torto, sofremos mais um golo a oito minutos do final do prolongamento e acabou-se. E sim, o Jorge Sousa é um escroque, mas isso não é de hoje, é de sempre, e se calhar em vez de estarmos a fazer barulho agora deveríamos era não ter ficado a dormir no início da época enquanto os outros davam a golpada do Proença na Liga. Depois disso acontecer, tudo isto era previsível. Agora é chorar sobre leite derramado.
Para que conste, eu sou benfiquista e não um adepto do Jorge Jesus. A partir do momento em que ele é posto a andar do Benfica, é passado e assunto arrumado; estou-me positivamente nas tintas para ele. O meu problema, já o disse e volto a dizer, nunca foi dispensarem os serviços do Jorge Jesus. O meu problema foi sempre a escolha feita para o substituir. Era um ponto fulcral: era fundamental acertar na escolha. E na minha opinião, falhámos. Tenho a certeza de que o Rui Vitória tem o seu valor e as suas competências, mas sinceramente nunca o consegui ver como a pessoa certa para o lugar que ocupa. E quem me conhece sabe bem que esta já era a minha opinião muito antes de algum benfiquista sonhar sequer com a possibilidade de se trocar de treinador. Tendo em conta o futebol que sempre vi nas equipas por si orientadas, não acreditava que ele fosse o treinador certo para trazer sucesso ao clube. Infelizmente, e pelo menos até agora, ainda não consegui mudar de opinião. Eu não culpo o Rui Vitória pelo que se está a passar; ele faz o melhor que sabe e pode. Para mim a culpa é de quem o escolheu - e a culpa não mora apenas nessa escolha, porque houve ainda mais erros a acumularem-se, nomeadamente na construção do plantel. Mas pronto, o que eu mais desejo é estar espectacularmente errado e que no final da época venham aqui gozar comigo e acusarem-me de não perceber absolutamente nada sobre futebol depois dos títulos que conseguirmos conquistar. Acreditem que poucas coisas me darão tanto prazer.
Por agora, para julgar tenho apenas os números daquilo que foi feito até agora. E esses dizem-me que em quatro meses conseguimos acumular tantas derrotas frente aos patetas do Lumiar quantas aquelas que tínhamos averbado nas últimas oito épocas juntas. E pelo caminho, já perdemos dois troféus. Pode ser apenas coincidência, ou um indicador de que alguma coisa está errada. Ou então, se calhar, só é preciso ter paciência e dar mais tempo.
Vitória indiscutível da única equipa que jogou para ganhar e que até poderia ter sido por números mais dilatados, ainda que a exibição tenha ficado longe do que seria mais desejável. Mas o Boavista nunca conseguiu apresentar argumentos em campo para dar ao Benfica uma oposição digna desse nome, em particular no ataque, e acabou por ser uma presa fácil.
Apenas uma alteração no onze que tinha jogado na Champions, com o regresso do Samaris a significar a saída do André Almeida das escolhas iniciais. O jogo foi, desde o início, aquilo que se esperava tendo em conta o conhecimento que tenho da equipa do Boavista. Montou um castelo em frente à sua área, apostou em defender o nulo até à exaustão, e literalmente não existiu em termos ofensivos - deixou apenas um homem sozinho na frente (Uchebo), que eu considero um dos avançados tecnicamente mais limitados que eu já vi jogar (a sério, o Martin Pringle seria um virtuoso comparado com este tipo). O Benfica no entanto revelou sempre muitas dificuldades para derrubar a muralha defensiva do Boavista. Pouca rapidez de processos, pouco jogo de equipa - frequentemente a imagem do portador da bola a esbracejar com os colegas porque estava quase toda a gente parada, entregue à marcação e sem dar linhas de passe - e assim ficámos dependentes sobretudo de acções individuais para tentar furar aquela defesa. O que, quando se apanha tanta gente à frente, tem menor probabilidade de sucesso. Mais uma vez houve a variação táctica de trocar os extremos, o que me deixa sempre com aquela sensação nostálgica de ter voltado vários anos atrás no tempo, mas que em termos concretos nos retira o melhor flanqueador que temos do seu lugar natural, e onde tem criado diversos golos para os colegas. O Gaitán na direita fez aquilo que, presumo, seria expectável e pedido dele, ou seja, flectiu sempre para o centro e tentou rematar, esbarrando sempre na floresta de defensores do Boavista. Claro que uma estratégia como a do Boavista desmorona-se assim que sofrem um golo, e felizmente conseguimo-lo a cinco minutos do intervalo, na melhor jogada da primeira parte (também não me recordo de muitas outras ocasiões de golo). Depois de um canto em que a bola foi aliviada, o Sílvio abriu na esquerda para o Jardel, este deixou para o Gaitán, e o passe atrasado para a entrada da área encontrou o Gonçalo Guedes, que com um remate colocado de primeira fez o golo.
A segunda parte foi um bocadinho melhor do que a primeira, o que até tem sido mais ou menos frequente esta época. Houve um pouco mais de velocidade, mais envolvimento ofensivo dos laterais, e provavelmente uma tímida tentativa do Boavista de subir mais terá também acabado por nos dar mais algum espaço para atacar. O Jonas ficou perto do segundo, num remate colocado de fora da área que levou a bola a bater pela primeira de três vezes nos ferros da baliza. As arrancadas sobretudo do Gaitán e do Gonçalo Guedes iam dando alguma animação ao jogo, que nesta altura me parecia ter apenas dois desfechos possíveis: ou ficava tudo como estava, porque conforme disse antes o Boavista não mostrava a menor capacidade para fazer o que quer que fosse no ataque, ou então o Benfica fazia o segundo golo e arrumava de vez com a questão. Acabou por se verificar a segunda hipótese, ainda que tenha sido necessário esperar quase até ao final do jogo para ver esse segundo golo acontecer. Antes disso o Talisca, de livre, fez a bola acertar pela segunda vez nos ferros, depois de desviar na barreira. Incrível a forma como não entrou mesmo tendo batido na parte interior do poste. Mas desta vez aplicou-se mesmo o ditado de que à terceira é de vez, porque já à beirinha do fim o Carcela (que tinha entrado para o lugar do Jonas) aproveitou a recarga a um cabeceamento do Jardel à barra para acabar com quaisquer dúvidas que pudessem haver, marcando pela segunda jornada consecutiva. O centro para o tal cabeceamento do Jardel veio, como não podia deixar de ser, dos pés do Gaitán. Até final, realce para a estreia do Renato Sanches no Estádio da Luz (que hoje esteve muito bem composto, com mais de 46.000 espectadores). Já se tinha estreado oficialmente pela equipa principal na última jornada, desta vez pôde fazer a estreia em casa. Foram apenas trinta segundos, mas ainda deu para tocar duas vezes na bola.
Não foi uma exibição de encher o olho e portanto nem houve desempenhos individuais particularmente brilhantes. O Gonçalo Guedes foi um dos melhores. Trabalhou como sempre, marcou o golo que desfez o nulo, e só fiquei com pena que não tivesse sido um pouquinho mais egoísta num lance em que, sozinho, teve uma arrancada fantástica onde deixou todos os defesas para trás, e quando estava em frente ao guarda-redes decidiu tentar passar a bola para a entrada da área em vez de finalizar. Se tivesse marcado esse golo, provavelmente via a cotação subir em flecha. O Gaitán esteve mais discreto do que é habitual, mas é impossível passar ao lado do jogo, e deixou a sua marca com uma assistência e a participação no lance do segundo golo. Gosto também quase sempre de ver o Samaris jogar, mas por vezes parece-me que se desperdiça a fazer mais do que aquilo que deveria ser necessário. Mas neste momento, fazendo dupla com o Talisca, por vezes parece que é o único médio da equipa. O Sílvio parece estar a subir lentamente de forma e hoje fez um jogo bastante razoável. Quanto ao Jonas, achei que hoje exagerou no individualismo e agarrou-se demasiado à bola - certamente também pelos motivos que apontei antes.
Foi uma vitória natural e esperada, mas importante como todas as vitórias o são. Agora vamos ver se conseguimos aproveitar a pausa competitiva para consolidar processos e continuar a recuperar jogadores. Anseio pelos regressos do Salvio e do Nélson Semedo, que nos trarão muito mais opções e qualidade.
Uma vitória suada mas inteiramente merecida do Benfica sobre o Galatasaray, que desde já garante a continuidade nas competições europeias e nos deixa também com muito boas perspectivas de apuramento para a fase seguinte da Champions (bastará para isso que o Galatasaray não vença os seus próximos dois jogos).
Com a equipa privada do contributo do Samaris (suspenso), o André Almeida regressou à titularidade no meio campo, ao lado do Talisca. Na defesa, a experiência Clésio não podia ser repetida porque ele não está inscrito na Champions, pelo que o Sílvio voltou para a direita e o Eliseu, depois de ter passado directamente da titularidade para a bancada, fez agora o percurso inverso. A entrada do Benfica no jogo foi animadora e prometia. Velocidade, agressividade, e o Benfica a carregar desde o apito inicial. Ameaçou o Gaitán, o Jiménez, e o jogo passava-se quase sempre no meio campo turco. O Galatasaray parecia satisfeito com o empate, o que era algo estranho considerando a sua posição no grupo. Mas a pujança do Benfica durou mais ou menos vinte e poucos minutos. Depois disso o nosso jogo foi-se tornando progressivamente menos fluido e cada vez mais confuso. Não ajudou, pelo menos na minha opinião, a opção de trocar os extremos de flancos. O Gaitán tem sido um enorme desequilibrador a jogar pela esquerda. É o jogador que mais facilmente consegue ganhar a linha de fundo (e na ausência do Nélson Semedo é praticamente o único que o faz) e tem criado diversos golos dessa forma. A jogar na direita a tendência era naturalmente a de flectir para o centro, onde os turcos amontoavam jogadores. Deixámos de ameaçar tanto a baliza adversária, pese uma ou outra jogada - ficou-me na memória sobretudo um passe do Gaitán que isolaria o Gonçalo Guedes na cara do guarda-redes, mas ele hoje não esteve nos seus dias e tropeçou quando tentava receber a bola. Por outro lado, também o árbitro da partida desatou a disparatar com um critério aparentemente aleatório na mostragem dos amarelos, tendo talvez perdoado o segundo a um jogador turco por jogar de forma ostensiva a bola com o braço.
Voltou o Benfica a entrar bem no início da segunda parte. Novamente mais velocidade, Gaitán de regresso à esquerda e com mais apoio do Eliseu nas acções ofensivas, e o Benfica a acercar-se da baliza turca. Cedo chegou ao golo, pois tinham decorrido apenas sete minutos quando isso aconteceu. Livre do Talisca para a cabeça do Jardel, a bola a ir ter com o Luisão que ficou meio embrulhado com ela, mas depois apareceu o Jonas para chutar de primeira de pé esquerdo e fazer o primeiro golo na Champions este ano. Parecia tudo bem encaminhado, mas fiquei com a sensação de que recuámos imediatamente após o golo. O Galatasaray, talvez pela primeira vez no jogo, veio para a frente e demorou apenas seis minutos a repor a igualdade. Foi num lance enervante em que a nossa defesa pareceu incapaz de afastar da área a bola vinda de um lançamento lateral, e esta acabou por sobrar para um remate cruzado de primeira do Podolski que não deixou possibilidade de defesa ao Júlio César. Praticamente no primeiro remate que os turcos fizeram à nossa baliza, marcaram. Lá teve que vir o Benfica novamente para a frente em busca da vitória, e voltou a empurrar o Galatasaray para o seu meio campo. Também não foi preciso esperar muito tempo para que o golo voltasse a surgir. Nove minutos após o empate, numa insistência após um canto o Jiménez cruzou a bola da zona do primeiro poste para o segundo, onde o Luisão, sozinho, a controlou e rematou para o ângulo da baliza. Desta vez o Benfica não cometeu o erro de querer defender logo a vantagem, e como resultado disso podia e devia tê-la aumentado, já que teve ocasiões para o fazer. As mais flagrantes tiveram assinatura do Gaitán, primeiro num livre onde fez passar a bola por baixo da barreira, mas a que o Muslera respondeu com uma grande defesa, e depois numa jogada individual de contra-ataque, na qual deixou a bola de calcanhar para um golo fácil do Jiménez. Mas o mexicano acabou por permitir a (grande) defesa do Muslera. A parte de maior sofrimento veio a cinco minutos do final, quando o critério disciplinar do árbitro valeu um segundo amarelo ao Gaitán e consequente expulsão. Aí foi tempo de cerrar fileiras e defender a vantagem. O que conseguimos fazer, embora passando por dois sobressaltos: um remate de fora da área que não passou muito longe, e uma situação já no período de descontos na qual após uma enorme defesa do Júlio César um jogador turco ficou com tudo para marcar na recarga, mas atirou por cima.
Não foi dos melhores jogos que já o vi fazer, mas ainda assim parece-me que o Gaitán foi dos jogadores em maior destaque na nossa equipa. Sobretudo quando jogou na esquerda - não gosto tanto de o ver do lado oposto. O Jiménez corre e luta muito, pressiona, mas um avançado vive de golos e estes parecem fugir dele. Ocasiões como a que desperdiçou hoje não podem acontecer. O Gonçalo Guedes hoje teve um jogo infeliz, em que pouca coisa lhe saiu bem. Nunca desiste e luta por todas as bolas, mas hoje não esteve nos seus dias. E porque passam a vida a bater no homem, sinceramente, achei que o Eliseu fez um jogo bastante razoável.
Esta vitória era fundamental para as nossas aspirações europeias, e foi por isso de extrema importância tê-la conseguido. Parece-me que o Benfica é uma equipa claramente superior ao Galatasaray, apesar de alguns nomes sonantes que jogam na formação turca, e por os jogadores sentirem isso a derrota na Turquia deve ter custado muito. Foi por isso muito bom corrigir o erro. Agora é tempo de voltar a centrar as atenções no campeonato e no jogo que se segue, contra o Boavista.
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