VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Terça-feira, 22 de Março de 2016

Dificílimo

Foi uma vitória arrancada a ferros no último suspiro de um jogo dificílimo, que deve servir de exemplo para aquilo que nos espera nas sete finais que sobram. Mas a nossa equipa nunca desistiu de perseguir esta vitória e foi recompensada com os três pontos e a importante motivação adicional que ganhar um jogo desta forma proporciona.

 

 

Dificilmente o Benfica poderia ter mais contrariedades para formar uma equipa para este jogo. Mais de meia equipa indisponível - Júlio César, Luisão, Jardel, Fejsa, Gaitán, Mitroglou seriam, em condições normais, titulares - significaram um onze com muitas alterações. O Ederson manteve-se naturalmente na baliza, o Samaris formou dupla com o Lindelöf no centro da defesa, e na direita jogou o Nélson Semedo para permitir que o André Almeida jogasse no meio campo. O Salvio foi titular pela primeira vez esta época e 'empurrou' o Pizzi para a esquerda, tendo sem surpresas o Jiménez ocupado a vaga do Mitroglou no ataque. Com uma equipa tão alterada foi natural que o nosso jogo tenha sofrido com isso. O Pizzi perde influência na esquerda, no meio campo o André Almeida não tem a mesma influência no início da construção de jogo que o Samaris consegue ter - aliás, vi por diversas vezes o André Almeida a ficar atrás enquanto era o próprio Samaris quem subia da defesa com a bola, para dar início aos ataques - o Nélson Semedo e o Salvio ainda parecem estar longe da forma ideal, e no ataque o Jiménez dá uma presença na área menos forte do que o Mitroglou, que serve de referência e prende mais os centrais adversários. Por via disso o Vinícius teve muito mais liberdade para andar por ali a ser o bombeiro de serviço e a limpar quase tudo o que lhe aparecia pela frente, e o Jonas acabou também por ter menos liberdade. O Boavista fez o que podia para nos complicar ao máximo a tarefa, exercendo pressão quase no campo inteiro e inclusivamente atribuindo ao Renato Sanches a honra de ter um jogador praticamente dedicado a marcá-lo homem a homem assim que o Benfica tentava sair para o ataque. Depois houve também o incendiário de serviço, um tal de Rúben Ribeiro, que à menor brisa que lhe soprasse se deixava cair em estertores agonizantes, enquanto tentava armar quezílias e provocar qualquer jogador nosso que lhe passasse ao alcance. Resultou tudo isto num jogo em que dispusemos de uma quantidade anormalmente baixa de ocasiões de golo. Na primeira parte apenas me recordo de duas situações, uma num remate acrobático do Jiménez que foi defendido por instinto pelo Mika, para depois o Lindelöf fazer a recarga por cima, e a outra numa boa iniciativa do lado esquerdo, com a bola a chegar ao Pizzi que, depois de evitar bem um adversário, já dentro da área rematou ao lado. O Boavista tentava surpreender em saídas rápidas para o contra-ataque, mas apenas deu verdadeira sensação de perigo num lance em que o Ederson foi obrigado a sair aos pés do adversário para evitar males maiores. Nulo algo natural ao intervalo, portanto, e perspectivas de muitas dificuldades para o resto do jogo.

 

 

Perspectivas essas que se confirmaram, porque muito pouco se alterou no regresso do descanso. O Benfica tinha mais bola mas continuava a ter dificuldades em arranjar espaços para rematar à baliza adversária, e o Boavista começou até a conseguir ser mais perigoso nos contra-ataques, aproveitando os riscos cada vez maiores que o Benfica corria. Foi aliás deles o primeiro sinal de perigo, num remate cruzado que desviou ligeiramente no Lindelöf e fez a bola passar muito perto do poste da nossa baliza. Apesar do evidente domínio territorial do Benfica, começava a ser desesperante a incapacidade para o transformar em lances de perigo e a desinspiração da equipa para conseguir ultrapassar a pressão constante que os jogadores do Boavista continuavam a conseguir exercer sobre o portador da bola. Quando se quer e se precisa de ganhar um jogo, se não conseguimos sequer rematar à baliza então a nossa tarefa está muito complicada. As melhores ocasiões da segunda parte pertenceram, aliás, ao Boavista, que sempre a jogar em contra-ataque acabava por conseguir por vezes situações potencialmente perigosas em que apanhavam a nossa equipa com muito pouca gente a defender. Para além do remate que já referi, pelo menos por duas outras ocasiões criaram perigo, valendo-nos que os remates nunca saíram na direcção da nossa baliza. Na segunda dessas ocasiões, a cinco minutos do final, o Boavista saiu para o contra-ataque numa situação de três para apenas dois defesas nossos, e com um pouco mais de calma poderiam ter dado um golpe fatal no jogo. Nessa altura já o Benfica jogava em modo de risco quase total, com três avançados em campo (o Jovic tinha-se estreado, entrando para o lugar do Pizzi) mais o Talisca atrás deles, o Eliseu como uma espécie de lateral/extremo a fazer o flanco esquerdo todo, o Carcela na direita, o Renato era o meio campo do Benfica e a estratégia era despejar bolas para perto da área o mais depressa possível. Felizmente o que nos faltou em inspiração nunca faltou em querer, e já com dois minutos decorridos do período de descontos esse querer foi recompensado. O Eliseu despejou a bola para a entrada da área, o Carcela apareceu mais ou menos à vontade (com tanta gente na frente, alguma bola haveria de sobrar para nós) para tocá-la de cabeça para o interior, e o Jonas, descaído para a esquerda e talvez na primeira vez que conseguiu aparecer solto durante todo o jogo, rematou suavemente e de primeira com o pé esquerdo para marcar o golo que fez explodir o Bessa.

 

 

Foi um jogo de muita luta e pouco brilho individual, uma batalha entre duas equipas na qual não houve grandes oportunidades para brilharetes individuais. Parabéns portanto a todos os jogadores da nossa equipa, que juntos ultrapassaram mais este adversário, e apenas um cumprimento especial para o Jonas: uma oportunidade, um golo. Os grandes jogadores são mesmo assim.

 

Conforme escrevi no início, só com uma dose inusitada de infelicidade poderia o Benfica poderia apresentar-se mais desfalcado para um jogo do campeonato. Acho por isso perfeitamente natural que o nosso futebol tenha sofrido com isso, até porque do outro lado esteve uma equipa que nos complicou muito a tarefa. Por isso mesmo, por ter bem presentes as contrariedades que tivemos (e que temos tido nos últimos meses, para as quais a equipa continua sempre a encontrar soluções) quase me dá vontade de rir quando ouço 'especialistas' satisfeitos porque acham que este jogo mostra que o Benfica está em queda. Deviam era estar preocupados como facto de, mesmo assim, termos conseguido vencer e mantermo-nos no topo da tabela. É que nem assim perdemos pontos. E dificilmente voltaremos a apresentar uma equipa tão desfalcada até ao final da época.

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publicado por D'Arcy às 02:24
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Terça-feira, 15 de Março de 2016

Passeio

Não foi das exibições mais conseguidas ou agradáveis do Benfica mas mesmo assim, perante o último classificado da liga, acabámos por construir mais uma goleada. E foi obtida de forma muito natural, quase em ritmo de passeio, ainda que tenha ficado com a sensação de que o resultado até acaba por ser generoso para aquilo que foi o jogo.

 

 

O grande handicap do Benfica para este jogo era, em princípio, a ausência do Renato Sanches, que tem sido um dos dínamos da equipa. Tendo em conta o que já tinha sido feito na recepção ao União da Madeira, não surpreendeu que a escolha para o substituir tenha voltado a ser o Talisca. A única meia surpresa foi a manutenção do Nélson Semedo na direita da defesa face à disponibilidade do André Almeida. O Benfica não teve uma entrada muito forte no jogo, pois pareceu abordá-lo com alguma calma (se calhar a ausência do Renato no meio campo dá logo essa ideia). O Tondela jogava com três homens bem abertos na frente e procurava pressionar logo a saída de bola do Benfica, que mostrava alguma lentidão nas transições para o ataque, com a bola a demorar demasiado tempo nos pés dos dois médios centro, e o Talisca a mostrar pouca precisão no passe. Mas esta equipa está com uma confiança muito alta e tem tido uma eficácia muito grande, conseguindo regularmente concretizar logo um golo nas primeiras ocasiões que consegue criar. E hoje isso voltou a acontecer, pois no primeiro remate digno desse nome que fizemos, com onze minutos decorridos, marcámos. Após um canto marcado pelo Gaitán na esquerda, o Jardel soltou-se da marcação e cabeceou para o golo. O Tondela procurou reagir a este golo - verdade seja dita que, não sei se por influência do golo madrugador, o Tondela nunca se remeteu exclusivamente à defesa e tentou sempre pressionar em todo o campo - mas o Benfica foi uma vez mais terrivelmente eficaz e aos vinte e quatro minutos voltava a marcar, na segunda oportunidade criada e depois de ter acelerado um bocadinho. Desta vez o golo foi resultado de uma jogada muito bonita (a mais bonita de todo o jogo, parece-me) em que a bola passou pelos pés de diversos jogadores, quase sempre ao primeiro toque, até ao passe atrasado do Gaitán para o interior da área, onde o inevitável Jonas finalizou com um remate rasteiro de pé esquerdo. Assim quase sem forçar muito, o Benfica apanhava-se com o jogo praticamente resolvido, e isso notou-se no resto da primeira parte, que foi morna e sem muitos mais motivos de interesse.

 

 

O jogo só não estava completamente resolvido porque o Tondela nunca baixou os braços nem desistiu de tentar voltar ao jogo. A pressão em todo o campo manteve-se na segunda parte, e a sensação que tinha era a de que o jogo estava num ponto em que podia cair para um de dois cenários: ou o Tondela reduzia, e aí o Benfica poderia sofrer um bocado, ou então o Benfica fazia o terceiro golo e arrumava definitivamente a questão. A primeira hipótese até foi a que esteve perto de acontecer primeiro, pois o Tondela fez a primeira ameaça na segunda parte com um remate por cima, e logo a seguir dispôs de uma ocasião muito boa para reduzir, mas o remate do seu jogador saiu muito ao lado quando estava em condições para fazer muito melhor. Faltava dinâmica ao nosso meio campo e cedo o nosso treinador fez uma alteração para corrigir isso, retirando o Talisca e colocando o Salvio, com o Pizzi a passar para o meio. Logo na primeira intervenção o argentino deu uma boa ocasião ao Mitroglou, mas a tentativa deste marcar de calcanhar não saiu bem. Logo a seguir, nova alteração, com a saída do Gaitán (pediu para sair, aparentemente tocado) e a entrada do Gonçalo Guedes. O nosso futebol agora tinha um pouco mais de velocidade e o jogo começou a pender nitidamente para a hipótese do terceiro golo que arrumaria a questão. Que surgiu aos sessenta e nove minutos, pelo inevitável Jonas, que no seguimento de um ressalto após um lançamento de linha lateral, com um cabeceamento sem muita força mas bem colocado colocou a bola fora do alcance do guarda-redes. A partir daqui a questão passou apenas a ser quantos golos mais conseguiríamos marcar, e apesar de mais algumas ocasiões a resposta foi apenas mais um, a três minutos do final, pelo Mitroglou. Um lance do mais simples que poderia haver, em que o Jardel fez um alívio desde a nossa defesa e a bola foi cair nas costas da defesa do Tondela, para depois o Mitroglou ganhar em velocidade aos adversários e marcar à saída do guarda-redes. Mas não gostei que tivesse tirado a camisola nos festejos, porque isso valeu-lhe o amarelo que completou a série de cinco e assim o deixou de fora do próximo jogo. Na última jogada do encontro, o Tondela conseguiu chegar ao golo de honra (que em abono da verdade, fez por merecer) depois do Pizzi perder uma bola no ataque quando a nossa equipa estava toda balanceada para tentar obter mais um golo, e depois fomos surpreendidos no contra-ataque.

 

 

Tenho alguma dificuldade em fazer destaques na exibição desta noite. O Gaitán somou duas assistências e mostrou mais empenho do que tem sido habitual nos últimos jogos. O Jonas marcou dois golos, mas até achei que à parte isso não foi dos jogos mais conseguidos dele. Acho que gostei do trabalho da dupla de centrais, mas foi pena o disparate que custou o amarelo ao Jardel que o retira também do próximo jogo, embora a culpa nesse lance seja repartida com o Fejsa. Mas o Fejsa voltou a mostrar ser um reforço muito importante para atacar a fase final da época.

 

Está ultrapassado o primeiro dos nove desafios até final. Confesso que apesar da diferença classificativa entre as duas equipas, até tinha algum receio deste jogo, por temer uma certa descompressão da equipa após vencer dois encontros decisivos. Mas a nossa equipa deu uma boa resposta e permitiu aos mais de cinquenta e um mil benfiquistas que numa noite de segunda-feira preencheram as bancadas da Luz criar um ambiente de entusiasmo quase permanente durante todo o jogo. Espero agora nova 'mini-Luz' no Bessa, para empurrar a nossa equipa e ajudá-la a superar mais um obstáculo no caminho para o desejado tricampeonato.

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publicado por D'Arcy às 02:48
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Quinta-feira, 10 de Março de 2016

Brilhante

Com um central disponível. Com um (enorme) guarda-redes a estrear-se na Champions - e que se estreou no passado fim-de-semana na liga. Com um golo adversário claramente precedido de uma ilegalidade. Mesmo assim, vitória e brilhante apuramento para os quartos da Champions League. E tudo isto sem cérebro.

 

 

Era uma tarefa complicada que tínhamos pela frente, quer pela margem mínima que levávamos para a Rússia, quer pelas ausências por lesões e castigos na defesa. Foi necessário recuar o Samaris para jogar ao lado do nosso quarto central do plantel, enquanto que na direita jogou o Nélson Semedo. No meio campo, em boa hora regressou o Fejsa. Quem esperava que o Benfica fosse jogar dedicado exclusivamente à defesa da magra vantagem deve ter tido uma surpresa, porque fomos tudo menos uma equipa defensiva na primeira parte. Tentámos jogar o jogo pelo jogo, sabendo que a vantagem era demasiado curta para podermos passar os noventa minutos a defendê-la, e sabendo que  um golo deixaria o desfecho da eliminatória muito favorável para as nossas cores. Por isso mesmo a posse de bola foi bastante repartida entre as duas equipas, com ataques de um lado e de outro. Na defesa, cedo se viu que o Samaris não estava a estranhar a nova posição, e que não seria por ali que a equipa iria tremer, até porque a dupla de centrais contou com a preciosa contribuição do Fejsa, que regressou ao mesmo nível em que estava quando se lesionou. Não foram muitas as ocasiões de perigo durante a primeira parte, e as que houve foram igualmente distribuídas entre as duas equipas. A nossa melhor ocasião foi um remate do Renato Sanches, que passou muito perto do poste, e do outro lado houve duas ocasiões nos pés do mesmo jogador, Dzyuba. Numa, o remate cruzado também passou muito perto do poste, e na outra foi o Ederson quem saiu aos pés do avançado e evitou o pior. À saída para o intervalo, as perspectivas eram as melhores: não só nunca passámos por nenhum sufoco, como a probabilidade do golo aparecer parecia ser igual para ambas as equipas, o que obviamente nos favorecia.

 

 

O segundo tempo não mostrou grandes mudanças logo no início, embora fosse já visível que era o Zenit quem agora conseguia ter mais posse de bola, mas depois do primeiro quarto de hora decorrido o cenário alterou-se bastante. Após uma dupla substituição operada pelos russos, a pressão destes aumentou e o perigo passou a rondar mais frequentemente a nossa baliza. Depois de algumas ameaças, a vinte minutos do final o golo chegou mesmo, quase a seguir à nossa primeira substituição (Jiménez no lugar do Mitroglou) e num lance em que pareceu haver uma falta clara cometida sobre o Nélson Semedo. Mas como não foi assinalada, o Zhirkov pôde progredir sem oposição até entrar na área e depois, já mesmo sobre a linha de fundo, centrar para a entrada de cabeça do Hulk já dentro da pequena área. Com o Zenit a chegar ao empate na eliminatória desta forma, isto podia ter sido um golpe capaz de abalar a confiança da equipa, mas isso não se verificou e a resposta surgiu quase de imediato. No seguimento de um canto o Lindelöf cabeceou a bola para o sítio certo, mesmo ao ângulo superior da baliza, só que o guarda-redes russo correspondeu com uma enorme defesa. O jogo voltava a ficar mais equilibrado, mas a grande oportunidade que se seguiu voltou a ser dos russos, quando o gigante Dzyuba resolveu arrancar com a bola por ali fora, deixando para trás todos os nossos jogadores que lhe saíram ao caminho até que o Ederson, que era o último obstáculo entre ele e o golo, conseguiu defender o remate. E a cinco minutos do final, numa altura em que o espectro do prolongamento já pairava, o Jiménez inventou um remate fantástico ainda de muito longe que levou a bola mais uma vez na direcção do cantinho superior da baliza. E mais uma vez o guarda-redes russo fez uma defesa fabulosa, só que desta vez fez a bola ir bater na trave e ressaltar para a frente da baliza, onde apareceu o Gaitán completamente à vontade a cabecear para o golo. A eliminatória ficava ali resolvida mas não o jogo, porque o Talisca, que tinha entrado já no período de descontos, ainda foi a tempo de, na primeira intervenção que teve e literalmente na última jogada da partida, aproveitar uma insistência do Gaitán pela zona central para tirar um adversário da frente e de pé direito marcar o golo da vitória.

 

 

Numa exibição muito personalizada e sólida da nossa equipa, o destaque maior vai para o regressado Fejsa, que foi um gigante no meio campo. Se dúvidas houvesse, o jogo de hoje só mostra o quanto o Benfica tem andado a perder com a sua indisponibilidade por lesão. Os miúdos Ederson e Lindelöf voltaram a mostrar que podemos contar com eles para o que der e vier, e o Samaris esteve praticamente impecável no centro da defesa - se calhar até melhor do que no meio campo, porque optou por jogar simples e limpar as jogadas, em vez de fazer daqueles passes de risco que ele por vezes resolve inventar. De resto, praticamente toda a equipa esteve num nível elevado, embora tenha sido visível o motivo pelo qual o Nélson Semedo não conseguiu recuperar a titularidade e é o André Almeida quem continua a merecê-la.

 

Aconteça o que acontecer daqui por diante, este é já um desempenho notável da nossa equipa nesta edição da Champions, ainda para mais tendo em conta todas as ausências e consequentes dificuldades para formar uma defesa para este jogo. Agora temos que mudar o registo e pensar no campeonato, pois segue-se a primeira das nove finais que temos para disputar. Depois de duas importantes e difíceis vitórias, a recepção ao Tondela tem que ser encarada com exactamente a mesma mentalidade desses dois jogos. O maior obstáculo que pode haver no caminho para o título somos nós quem o pode criar, se entrarmos num registo de excesso de confiança.

publicado por D'Arcy às 04:13
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Domingo, 6 de Março de 2016

Feito

Está feito. Sem gritarias, sem arrogância, sem faltas de educação ou de respeito. Com humildade, união, espírito de sacrifício e muito trabalho. À Benfica. 

 

 

Já sabíamos que o miúdo Lindelöf iria ter mais uma prova de fogo esta noite (se é que ele precisa de prestar mais alguma prova) mas pouco antes do jogo ficámos a saber da lesão do Júlio César, que implicava lançar o Ederson para a titularidade. Acredite quem quiser, mas não fiquei minimamente preocupado, e disse-o aos que me acompanharam nas bancadas de Alvalade. O Ederson tem dado sempre excelente conta de si sempre que foi chamado, e se formos ver bem as coisas, apesar do Júlio César ser um dos esteios da equipa, a verdade é que os jogos contra o Sporting nem foram dos que lhe correram melhor (teve peso na eliminação da taça, por exemplo). Aliás, confesso que já há muito tempo que não ia a Alvalade ver o Benfica sentindo-me tão tranquilo. Para além de uma inexplicável confiança de que iríamos sair de lá com um bom resultado (quanto maior a fanfarronice e as sucessivas faltas de respeito vindas daqueles lados, maior era a minha confiança), desde o empate do nosso adversário em Guimarães que praticamente deixei de me preocupar com este jogo. Simplesmente tinha a convicção de que mesmo em caso de derrota, face aos calendários de ambas as equipas até final, quatro pontos não seriam suficientes para o Sporting conseguir segurar a liderança. O jogo começou a ser jogado de forma relativamente aberta, o que até é habitual nestes jogos até que ambas as equipas encaixem uma na outra. Surpreendeu-me um pouco ver o que me pareceu ser uma maior insegurança do Sporting na defesa do que aquilo que esperava, já que logo nos instantes iniciais os defesas deixaram várias vezes passar bolas ou fugir os nossos jogadores, e revelando uma pouco usual permeabilidade pelo meio. Era notória a preocupação do William com as movimentações do Jonas, usando quase sempre até os braços para o agarrar em cada bola que disputava, mas hoje o Jonas revelou-se mais móvel do que tem sido habitual nestes jogos e por diversas vezes caiu para as faixas ou recuou muito no terreno para conseguir libertar-se e combinar com os colegas. A acção do Mitroglou na frente também era importante, ganhando bolas aos defesas e segurando-a para dar maior profundidade ao nosso jogo.

 

 

O jogo andou neste figurino durante a fase inicial, e achei mais uma vez que o primeiro golo seria determinante - na primeira volta o início de jogo também foi semelhante, e depois o nosso adversário marcou na primeira ocasião que teve e foi o que se viu. Mas durante esta fase do jogo o Benfica era a equipa mais perigosa e estava por cima no jogo, conseguindo ignorar e até controlar a euforia quase incontida com que os adeptos da casa encaravam este jogo, e por isso não me surpreendeu que fôssemos nós a conseguir esse importante primeiro golo, com vinte minutos decorridos. O lance começa no Jonas, que sobre a esquerda centra largo para o Pizzi. A defesa do Sporting consegue aliviar para a entrada da área, onde o Samaris tenta o remate de primeira. A bola bate no William e sobra para o Mitroglou, que se voltou mais rápido (enquanto o William foi para o chão) e na cara do Patrício fez aquilo que um matador sabe fazer. Um a zero para o Benfica. Pouco depois o Jesus fez uma alteração táctica, passando o Ruiz, que até então estava a jogar como segundo avançado, para a esquerda, o Bruno César para a direita, e colocando o João Mário mais no meio como apoio ao avançado. Com isto o Sporting começou a ter mais frequentemente superioridade numérica no meio campo, até porque hoje o Pizzi esteve muito mais preso à faixa direita, já que tinha que ter em atenção as subidas do Jefferson. O Sporting passou a ter mais bola e a jogar mais tempo no nosso meio campo, mas felizmente quase sempre sem conseguir criar grandes ocasiões de perigo frente a uma equipa quase sempre muito certinha a defender, que conseguia manter as linhas muito juntas e dar pouco ou nenhum espaço para o Sporting jogar entre a defesa e a linha média, e onde o miúdo Lindelöf chegava e sobrava para o melhor avançado do mundo e arredores que os malvados benfiquistas tentaram à viva força arredar deste jogo. A excepção a esta quase constante tranquilidade (e que excepção) surgiu a cinco minutos do intervalo, quando o Gaitán ficou a ver o Bruno César progredir à vontade pela direita e fazer um passe atrasado para a entrada da área, onde a bola acabou por sobrar para o Jefferson que atirou com estrondo à barra.

 

 

Na segunda parte o Benfica pareceu querer entrar mais ou menos como o tinha feito no início do jogo, e ainda teve um par de remates nos minutos iniciais, do Renato Sanches e do Gaitán, que não passaram longe do alvo, mas depressa se tornou evidente que a preocupação maior era mesmo jogar com segurança e manter a vantagem no marcador. Manter a maior parte da equipa atrás da linha da bola, a defesa organizada (mesmo sem o Luisão em campo, hoje a linha do fora de jogo esteve quase sempre bastante bem coordenada) e mesmo quando a bola era recuperada, sair para o contra-ataque com poucos jogadores. O Benfica recuou linhas, o Sporting instalou-se definitivamente no nosso meio campo, e a partir do primeiro quarto de hora desta segunda parte o Sporting teve a sua melhor fase no jogo, e consequentemente foi aquela em que passámos mais dificuldades. Foi nesse período que o Sporting teve as suas melhores ocasiões de golo na segunda parte, ambas nos pés do Ruiz. Na primeira, com a baliza completamente aberta e a dois ou três metros da linha de golo, atirou inacreditavelmente por cima. Muita sorte para o Benfica neste lance. Na segunda, tentou fazer a bola passar sobre o Ederson mas este evitou o golo com a ponta dos dedos. Foi por altura desta segunda ocasião, quando faltava pouco mais de um quarto de hora para jogar, que o nosso treinador trocou o Pizzi pelo Fejsa e começou a resolver o problema da superioridade do Sporting no centro do campo. Minutos depois o treinador do Sporting deu a machadada final quando fez uma dupla substituição, na qual trocou de laterais direitos mas, mais importante, retirou um médio (Adrien) para colocar um extremo (Gélson). O Sporting praticamente morreu nesse momento, pois o Benfica ganhou superioridade total no meio - pouco depois ainda a reforçámos, pois trocámos o Jonas pelo Salvio e passámos a jogar em 4-3-3. Daí até final, incluindo os cinco minutos de tempo adicional dados pelo árbitro, apenas num remate desferido bem de longe pelo João Mário é que o Sporting conseguiu dar alguma ideia de perigo e foi, pelo menos de forma aparente, extremamente fácil ao Benfica levar a vantagem no marcador até ao apito final.

 

 

Foi uma exibição muito solidária da nossa equipa, e uma vitória que exigiu muito trabalho. É certo que mostrámos muito pouco no ataque, mas para conseguir limitar as ocasiões de golo de uma equipa treinada pelo Jesus apenas às três que mencionei no texto foi preciso um grande trabalho. E apesar da equipa num todo estar de parabéns, o primeiro que quero destacar é o Ederson. Repito, não me senti minimamente intranquilo por saber que ele iria jogar, e no jogo confirmou que não tinha mesmo razões para tal. Esteve sempre seguríssimo, e começou nele esta vitória. Destaque também para a exibição dos nossos centrais, e em especial para o nosso puto sueco, que voltou a revelar uma frieza e lucidez impressionantes, boa colocação em campo e boa leitura do jogo. Acho que durante os noventa minutos deve ter tido um erro, em que falhou um cabeceamento. O Slimani praticamente não rematou à nossa baliza, e isso em muito se deveu à actuação da nossa dupla central. Menciono em mais uma crónica, e não me vou cansar de o fazer, o 'patinho feio' da nossa equipa, o Eliseu. Sim, não é um dos mais virtuosos do plantel. Mas dá sempre o que tem e o que não tem, e a sua experiência é cada vez mais importante. É benfiquista e sente a camisola. Para mim já merecia uma proposta de renovação. A dupla de avançados trabalhou muito, o Jonas não marcou mas ao contrário de outros jogos deste calibre, em que parece apagar-se, hoje esteve bastante em jogo, mesmo com a carraça do William a agarrar-se a ele o tempo todo. O Mitroglou teve a importância que já referi, e na altura certa mostrou o instinto de matador. Uma oportunidade, um golo. Não se lhe pode pedir mais. O Gaitán esteve apagado, tal como o Pizzi, ambos mais preocupados em fechar as alas e menos influentes pelo centro, como é mais habitual. O Renato Sanches foi importante na ocupação dos espaços e na batalha táctica no meio campo, mas perdeu-se demasiado em iniciativas individuais. O Samaris foi importante a destruir jogo e cortar linhas de passe, mas continua a ser demasiado perigoso nos passes que faz.

 

Com o Ederson, o Lindelöf e o Renato Sanches no onze, que não tiveram que nascer sequer duas vezes, quanto mais dez, fomos a casa do campeão auto-anunciado desde Julho passado conquistar a liderança e passar a ser a única equipa que agora depende apenas de si própria para conquistar o título. E fizemo-lo bem nas trombas do ordinário que anda a brincar aos presidentes de clube. Temos agora mais nove finais pela frente, que há que encarar com a mesma seriedade e humildade para que possamos, em Maio, ter mais uma vez a satisfação do dever cumprido.

 

P.S.- É algo que o Benfica já fazia a época passada, mas não deixa de merecer elogio a acção motivacional fantástica de preparar o balneário nos jogos fora para ficar como vemos na foto inicial que ilustra este post. Ninguém diria que se trata de um dos balneários do estádio de Alvalade.

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publicado por D'Arcy às 02:30
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Terça-feira, 1 de Março de 2016

Inequívoca

Foi a exibição possível frente a uma equipa do União que veio à Luz para jogar da forma mais retraída possível. Não sendo brilhante, o Benfica jogou no entanto mais do que o suficiente para vencer de forma inequívoca, devendo a si próprio (e ao guarda-redes do União) um resultado mais desnivelado.

 

 

O perigo de suspensão para o próximo jogo fez com que apresentássemos um onze algo diferente do habitual, no qual o André Almeida e o Renato Sanches cederam os seus lugares ao Nélson Semedo e ao Talisca. O único jogador em risco de exclusão que fez parte da equipa foi o Jardel, tendo ao seu lado o Lindelöf, que continua a manter a titularidade apesar da recuperação do Lisandro. Na esquerda da defesa, devido à suspensão do Eliseu, o Grimaldo teve a oportunidade de se estrear em jogos da liga. O jogo foi aquilo que se esperava, com um União ultra defensivo acantonado nos últimos trinta metros e que saía para o ataque com dois, no máximo três jogadores, e o Benfica a fazer a bola circular na tentativa de encontrar uma brecha naquela muralha defensiva. Felizmente aconteceu o melhor que podia acontecer num jogo assim, que foi marcar um golo cedo. Logo aos cinco minutos, um mau alívio da defesa do União a um livre marcado pelo Pizzi na esquerda fez a bola ir parar aos pés do Jonas, que no limite da área rematou sem deixar a bola cair para um bonito golo. A grande vantagem de um golo cedo num encontro em que o adversário só vem para defender é que evita o acumular do nervosismo à medida que o tempo corre e o nulo se mantém. Outra possível vantagem é obrigar o adversário a desmontar a estratégia defensiva, mas não foi esse o caso com o União, que se manteve a jogar exactamente da mesma forma, como se ainda estivesse empatado. O Benfica continuou o exercício de paciência, e nos minutos seguintes construiu diversas ocasiões claras de golo que poderiam ter permitido resolver desde logo o assunto. O Pizzi e o Mitroglou, por duas vezes cada, tiveram oportunidades claras para marcar, mas o guarda-redes do União acabou por resolver. União que, conforme disse, quase não atacava e quando o fazia era com dois ou três jogadores, mas mesmo assim ainda conseguiu criar uma ocasião de bastante perigo, numa bola colocada nas costas da nossa defesa, que obrigou o Júlio César a sair da área para cortar de carrinho perante um adversário isolado. Nos minutos finais da primeira parte o Benfica abrandou bastante o ritmo e quase se limitou a circular a bola lentamente entre os seus jogadores, sem criar grandes ocasiões - apenas me recordo de um cabeceamento do Pizzi já quase sobre o intervalo.

 

 

O ritmo lento manteve-se no regresso para a segunda parte, o que ao fim de algum tempo até levou a alguns sinais de impaciência por parte dos adeptos - apesar do controlo absoluto do jogo por parte do Benfica, a vantagem mínima deixava-nos sempre expostos a um qualquer azar que pudesse ocorrer, mesmo tendo em conta que o União conseguia agora ser ainda mais inofensivo no ataque do que o tinha sido durante a primeira parte. A posse de bola do Benfica deve ter andado por valores à volta dos 70% ou ainda superiores, mas faltava-nos velocidade para desorganizar o amontoado de jogadores do União em redor da sua área, e por isso, ao contrário do que tinha sucedido na primeira parte, não estávamos a ser capazes de criar ocasiões de golo. Melhorámos um pouco nesse aspecto na segunda metade desta parte, sobretudo depois do nosso treinador ter decidido retirar finalmente o Talisca do jogo, substituindo-o pelo Salvio e passando o Pizzi para o centro. Houve também mais envolvimento ofensivo do Néslon Semedo e do Grimaldo, e o Benfica carregou mais na busca do golo da tranquilidade. Que surgiu a um quarto de hora do final, pelo inevitável Jonas. Na jogada anterior o guarda-redes do União tinha conseguido negar, de forma incrível, o golo ao Mitroglou, com uma defesa por instinto para canto. Na sequência do mesmo, novo remate do Mitroglou, mas desta vez um desvio subtil do Jonas tirou a bola do caminho do guarda-redes. Com a vitória praticamente assegurada, foi então possível gerir tranquilamente o jogo até final - o único risco foi mesmo que não havia nenhum defesa central no banco que permitisse retirar o Jardel do campo. Houve apenas um sobressalto, quando um jogador adversário conseguiu ficar completamente isolado, mas complicou demasiado na hora de rematar e acabou desarmado à entrada da área.

 

 

O Jonas foi inevitavelmente o homem do jogo, com mais dois golos - o primeiro foi muito bom - que decidiram o jogo. O Lindelöf voltou a mostrar grande sobriedade e segurança na defesa nas poucas vezes que teve que intervir. É um defesa que joga simples e não complica nada, e acima de tudo é isso que se lhe pede nesta fase. Também me agradou a exibição do Pizzi, embora me irrite o facto de parecer ter desaprendido a marcar cantos. O Grimaldo fez um jogo em crescendo, nada de muito brilhante mas parecendo ganhar confiança à medida que os minutos passavam. Mas neste momento parece-me claro que o Eliseu é o dono do lugar. O Nélson Semedo ainda está com notória falta de ritmo. O Gaitán foi muito pouco influente neste jogo, e dele espera-se sempre algo especial. O pior mesmo, para mim, foi o Talisca, que jogou a um ritmo excessivamente pausado e não pareceu mostrar grande empenho.

 

Reduzimos a diferença para o topo da tabela para um ponto, e no próximo jogo teremos a oportunidade para disputar essa posição. O Benfica é neste momento uma equipa muito diferente daquela que, na fase inicial da época, tão má imagem deixou, pelo que me parece legítimo acalentar esperanças que possamos conquistar um resultado que nos deixe em aberto todas as possibilidades de continuarmos a defender o título que nos pertence. Haja atitude e brio para lutar por esse objectivo, e deixar orgulhosos os benfiquistas que não deixam de acreditar nesse objectivo - e que hoje voltaram a marcar presença significativa na Luz.

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publicado por D'Arcy às 02:23
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