VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Sábado, 30 de Dezembro de 2017

Regabofe

Ainda ontem dizia que os biltres que pululam pela comunicação social já perderam o último pingo de vergonha e não têm qualquer pejo em assumir abertamente o que são, fazendo os biscates para que são mandatados pelos departamentos de comunicação dos clubes de que são adeptos.

 

A notícia que saiu agora (sem pés nem cabeça - veja-se que alegadamente até aliciaram um jogador que não jogava no Rio Ave para facilitar a vitória do Benfica contra esse clube - mas convenientemente amplificada pelos serviçais da santa aliança) em vésperas do jogo que se aproxima é apenas mais uma confirmação daquilo que penso, e mais uma despudorada declaração de clubismo e serventilismo da parte de Octávios e Bernardos e afins.

 

Face ao regabofe a que temos sido sujeitos desde o início da época, em que até a divulgação pública de informações confidenciais de negócio da nossa SAD foi considerada inócua por um juiz que, antes de tomar essa decisão, fez questão de se assumir como adepto ferrenho de um rival (como que para aumentar ainda mais a nossa revolta), isto é a demonstração de que já não há qualquer limite ou pudor. Na comunicação social diz-se e escreve-se o quer quer que seja sobre o Benfica, transformam-se rumores da blogosfera em factos, insulta-se, calunia-se, rebaixa-se e falta-se ao respeito sem qualquer tipo de contenção. Dá-se destaque e faz-se notícia com os devaneios de qualquer inimigo do Benfica, mesmo que ele seja um assumido criminoso que lidera uma claque de um clube rival.

 

Tudo isto é normal, nada disto gera indignação. Grave mesmo parecem ser coisas como a generalidade dos clubes não ter querido perder tempo a discutir em AG propostas 'sérias' para o futuro do futebol português que parecem saídas da cabeça de um qualquer cocainómano e elaboradas com o intuito específico de atacar o Benfica, como proibir os clubes de transmitir os seus jogos em casa - só há um em Portugal com a capacidade para o fazer, e pelos vistos é este o grande problema do futebol português. Ou grave é também as autoridades competentes não cederem imediatamente à birra de alguma mente iluminada pelos narcóticos que quase um século depois descobriu que uma competição a eliminar na qual se disputava uma meia dúzia de jogos valia um título de campeão nacional, mas que outra competição, oficial, organizada pela FPF, na qual também sempre participaram (mas nunca a ganharam, esta é a grande diferença) e que punha todos os clubes a jogar entre si durante vários meses num sistema de todos contra todos, afinal não valia para nada - o que, convenientemente, retiraria três títulos ao Benfica. Que haja quem consiga dar crédito e até fazer eco desta pretensão, que deixa qualquer pessoa minimamente conhecedora da história do futebol português de cabelos arrepiados, é mais um sintoma de onde isto chegou.

 

Simplesmente estou farto e desisto. Não do Benfica, mas de todo o lodaçal infestado de antibenfiquismo primário em que a santa aliança transformou o panorama da comunicação social desportiva. Aquilo já não é jornalismo, tornou-se um campo de batalha em que os pseudo-jornalistas simplesmente amplificam os recados que lhes são enviados, seja em pequenos-almoços ou em telefonemas diários. Isto provoca em mim um reflexo condicionado de me sentir mal só de ouvir falar no futebol português, e tendo em conta aquilo que eu adoro futebol, é preciso mesmo muito para me deixar neste estado. A rivalidade foi substituída por completo pela animosidade, alimentada pelo ódio irracional e visceral ao Benfica, a que foi dada rédea completamente livre. De mim já há muito que não levam nada, porque deixei de comprar jornais. Agora já nem das visitas aos respectivos sites vão tirar partido.

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publicado por D'Arcy às 14:26
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Sexta-feira, 29 de Dezembro de 2017

Números

Um jogo contra o Setúbal apenas para cumprir calendário, sem qualquer interesse competitivo, no qual fizemos alinhar uma equipa de segundas escolhas e cujo principal aspecto positivo me parece ter sido apenas o brio suficiente para conseguirmos recuperar de uma desvantagem de dois golos e assim, com o empate, evitarmos uma despedida ainda mais negra de uma competição na qual detemos o melhor palmarés (a larga distância dos outros). De salientar também a intervenção directa da prata da casa (João Carvalho e Rúben Dias) na recuperação no marcador.

 

 

Em vez de estar a perder muito tempo a escrever sobre este jogo, prefiro apenas registar os seguintes números após o último jogo oficial de 2017: vinte e oito jogos oficiais, catorze vitórias, seis empates e oito derrotas. É este o desempenho do Benfica na época até ao momento, o que significa que não ganhámos metade dos jogos oficiais que disputámos. Para mim, isto são números inadmissíveis, e que ajudam a perceber porque motivo viramos o ano envolvidos apenas numa competição. Não sei qual vai ser o nosso posicionamento na reabertura do mercado. Sei que é muito difícil a meio da época conseguir endireitar dramaticamente algo que começa torto, e os números que referi parecem-me ser uma prova suficientemente válida de que as coisas estão tortas. Parece-me no entanto que ficarmos passivamente à espera de que mais cedo ou mais tarde tudo acabará por se endireitar seria uma posição exageradamente optimista e com tudo para correr mal. Eu quero acreditar (porque até agora sempre me deram motivos para tal) que quem dirige os destinos do nosso futebol está atento à situação e saberá procurar soluções.

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publicado por D'Arcy às 23:42
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Quinta-feira, 21 de Dezembro de 2017

Desleixo

Parece que somos incapazes de fazer duas boas exibições seguidas. O que aconteceu esta noite foi acima de tudo o resultado de muito desleixo, e quase de certeza que vai significar deixar mais uma competição pelo caminho.

 

 

Com tudo a correr de feição - incluindo um golo na primeira jogada, logo aos cinquenta e três segundos de jogo - e uma vantagem ao intervalo de dois golos, entretanto ampliada pelo Lisandro, conseguimos fazer uma segunda parte completamente desinteressada que acabou por permitir o empate ao Portimonense. Com dois golos básicos, ambos na sequência de bolas paradas, um logo a abrir a segunda parte e outro a fechá-la, o Portimonense deixou-nos numa situação em que já não dependemos de nós próprios para seguir em frente, e a probabilidade mais elevada é mesmo ficarmos de fora. Nem me vou alongar muito mais; quem viu o jogo certamente que terá ficado desiludido com a forma como deixámos fugir uma vantagem de dois golos de uma forma inadmissível. É simplesmente incompreensível uma segunda parte tão desconcentrada e desgarrada, e nem sequer percebi as opções do nosso treinador para tentar corrigir o que se estava a passar. Numa altura em que o que provavelmente interessaria mais era acalmar o jogo e reter algum controlo sobre o mesmo, em vez de estarmos a assistir a uma toada de parada e resposta com ambas as equipas a dar demasiado espaço (e os jogadores do Portimonense sistematicamente a receberem a bola perfeitamente à vontade) as opções enfraqueceram o meio campo, primeiro retirando o Samaris (entrou outro médio, o Keaton Parks, que eu não classificaria propriamente como um médio de características defensivas) e depois regressando mesmo ao esquema de dois avançados, com a troca do Pizzi pelo Seferovic. O empate parecia-me um cenário tão provável que acabou mesmo por acontecer, depois de uma defesa do Svilar em que me parece que ele poderia ter feito bem melhor do que largar a bola para a frente, onde ficou à mercê de uma recarga fácil (enquanto o resto da equipa assistia de cadeirinha). Foi este tipo de passividade defensiva que nos custou a eliminação da Taça de Portugal, e provavelmente vai custar-nos também a eliminação da Taça da Liga.

 

Depois da injecção de confiança que a exibição e resultado em Tondela tinham dado, nada como um jogo destes para contrariar os efeitos disso. Já o escrevi várias vezes noutros anos: a Taça da Liga é uma competição oficial do calendário do futebol nacional, e como tal uma competição que eu quero sempre muito vencer. Deixa-me portanto profundamente irritado tanto desleixo.

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publicado por D'Arcy às 00:55
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Segunda-feira, 18 de Dezembro de 2017

Passeio

O Benfica não mostrou quaisquer sequelas da eliminação da Taça a meio da semana ou do esforço extra a que tinha sido obrigado, ao jogar um prolongamento reduzido a dez unidades, e acabou por transformar esta visita a Tondela num verdadeiro passeio.

 

 

Foi mesmo com quase o mesmo onze do jogo em Vila do Conde (a excepção foi a obrigatória troca do Luisão pelo Lisandro) que o Benfica entrou em campo. Os minutos iniciais até chegaram a fazer crer que teríamos uma noite complicada. O Tondela entrou no jogo fiel aos princípios que o Pepa tem apresentado esta época, a jogar sem exageradas cautelas defensivas e a pressionar alto. A equipa mudou mesmo o esquema táctico habitual, abdicando do segundo avançado para colocar mais um médio, muito provavelmente com a intenção de anular os nossos médios criativos. Mas ao fim de dez minutos o Benfica já tinha conseguido assentar o seu jogo e começou a impor-se com toda a naturalidade. Agressividade na procura da bola - muito importante pressionar imediatamente o jogador do Tondela que tinha a bola, para cortar logo as saídas para o ataque - jogadores próximos uns dos outros, laterais muito ofensivos, combinações rápidas a explorar os flancos e bastante dinamismo no jogo. Depois foi não sermos traídos pela falta de eficácia, como aconteceu noutros jogos, e o resultado começou a construir-se naturalmente. Porque dos dez minutos de jogo para a frente, só deu Benfica no jogo. O primeiro golo apareceu aos dezassete minutos, depois de um cruzamento largo do André Almeida que foi encontrar o Pizzi junto ao poste mais distante, com tempo para controlar a bola e rematar rasteiro para o golo. Nove minutos depois o resultado aumentava, desta vez na sequência de uma jogada pelo flanco oposto. Cruzamento do Grimaldo após tabela com o Pizzi e o Salvio cabeceou no centro da área, sem sequer precisar de tirar os pés do chão. O terceiro golo foi a forma ideal de encerrar uma primeira parte na qual o Benfica foi dono e senhor do jogo. Foi já no período de compensação, na melhor jogada de toda a partida, em que a bola andou pelos pés do Krovinovic, do Jonas, do Cervi, do Salvio, e acabou com um passe artístico deste para um remate cruzado de primeira do Pizzi, a colocar a bola junto ao poste mais distante e bem fora do alcance do guarda-redes. Simplesmente perfeito.

 

 

A segunda parte do Benfica foi naturalmente bem mais relaxada. Sem nunca perder o controlo do jogo, tirámos obviamente o pé do acelerador. O Tondela ao intervalo até tinha revertido para o esquema mais habitual de dois avançados, mas isso não teve qualquer influência no desenrolar dos acontecimentos, apesar de ter tido uma reentrada na partida a mostrar muita vontade de fazer melhor. O Benfica continuava perfeitamente tranquilo no jogo e a sensação que se tinha era a de que nem seria preciso acelerar muito para que surgissem mais golos, porque mesmo num ritmo mais controlado, as ocasiões acabariam por surgir. O Jonas estava estranhamente ainda em branco, mas a situação ficou corrigida à hora de jogo. Uma jogada estudada na marcação de um canto, que aliás o Benfica já fez esta época. O canto foi marcado pelo Grimaldo e a bola foi enviada rasteira para a zona central do limite da área, onde o Jonas surgiu a rematar de primeira para o golo. Depois deste quarto golo pareceu-me que o Benfica reduziu ainda mais o ritmo de jogo. Com tudo mais do que resolvido, trocámos o amarelado Fejsa pelo Samaris, e a equipa parecia mais apostada em trocar a bola à espera que o tempo fosse passando, por vezes até com toques de sobranceria - a superioridade no jogo era tão evidente que os excessos de confiança acabam por acontecer. Acabou por acontecer um golo do do Tondela a um quarto de hora do final, num erro da nossa equipa. Um mau passe do Krovinovic quando estava pressionado fez a bola passar fora do alcance do Jardel e ir para os pés de um adversário, que progrediu em direcção à baliza, ultrapassou facilmente o Lisandro, e fez o remate que o Varel ainda conseguiu defender. Mas não segurou a bola e esta seguiu para uma recarga fácil à boca da baliza. O golo serviu para despertar um pouco a nossa equipa e não é que fosse propriamente uma necessidade, mas rapidamente foi reposta a diferença. Apenas quatro minutos depois, o Jonas voltava a marcar, assistido pelo Pizzi depois de um bom passe do Salvio para as costas da defesa adversária. No fundo, uma espécie de confirmação daquilo que se percebia: que o Benfica tinha tudo perfeitamente controlado que que lhe bastaria apenas acelerar um pouco mais para causar perigo.

 

 

Os melhores neste jogo foram, para mim, o Pizzi e o Salvio. Não distingo entre os dois, porque para mim estiveram ambos a um nível muito elevado, com golos, assistências e intervenção directa em quase todas as jogadas de perigo. Destaque também para os dois laterais, muito ofensivos e interventivos no ataque (somaram três assistências entre eles, duas para o Grimaldo e uma para o André Almeida). Outro bom jogo do Krovinovic, a quem destaco sobretudo a leitura de jogo, com uma grande capacidade para ocupar os espaços certos, mas acho que pode evoluir um pouco na questão de por vezes ter tendência para se agarrar demasiado à bola - quando a soltar mais rapidamente poderá dar mais dinamismo às nossas jogadas de ataque. Gostei também do Cervi (conforme disse no início, gostei bastante do nosso jogo pelas alas, por isso é natural que destaque os laterais e os extremos) e uma menção inevitável para o Jonas, que somou mais dois golos ao registo fantástico que leva esta época.

 

Na minha opinião nem sequer jogámos particularmente melhor do que o fizemos a meio da semana em Vila do Conde. As grandes diferenças foram uma muito maior eficácia no ataque, ao nível do que se exige aos nossos jogadores, e mais agressividade a defender, o que terá certamente contribuído para que o adversário não precisasse de meia oportunidade para marcar um golo. A nossa consistência esta época tem deixado muito a desejar, mas espero que os últimos jogos sejam uma indicação de que a solidificação dos processos associados ao novo esquema táctico seja uma realidade.

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publicado por D'Arcy às 00:07
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Quinta-feira, 14 de Dezembro de 2017

Masoquismo

Uma eliminação patética da Taça de Portugal graças a um supremo exercício de masoquismo. Foram tantos os tiros dados nos pés que era difícil outro resultado que não este.

 

 

Uma primeira parte quase exemplar, em que o Benfica não só anulou por completo a forma habitual de jogar do Rio Ave como controlou por completo o jogo, e uma justa vantagem ao intervalo graças a um grande golo do Jonas. O Benfica foi muito agressivo na pressão, exercendo-a em todo o terreno e impedindo o Rio Ave de sair a jogar ou de ter posse de bola. Infelizmente o domínio do jogo apenas deu para a magra vantagem no fim dos primeiros quarenta e cinco minutos. E que a vantagem era magra, isso depressa se verificou porque o Rio Ave marcou logo no início da segunda parte, praticamente no primeiro remate que fez à nossa baliza, depois de um disparate do Cervi, que perdeu a bola à entrada da nossa área. Para nosso mal, mostrámos aquilo que fizemos este ano na Europa: atacar mal e defender ainda pior, porque neste jogo o Rio Ave teve um aproveitamento quase de 100%. O segundo golo deles é patético. Aliás, é tão patético que mesmo antes do remate ser desferido eu já estava a adivinhar o golo. Quando vejo um jogador do Rio Ave, rodeado de quatro(!) jogadores nossos, a progredir para a área com toda a gente a parecer ter medo de chegar perto dele ou de meter o pé, disse para mim mesmo que ia ser golo. E foi mesmo, segundo remate, segundo golo. Depois foi o ataque cada vez mais em desespero, a reacção habitual do nosso treinador neste tipo de situações - mandar avançados lá para dentro - e o nosso desperdício a ir ao ponto de desperdiçarmos um penálti. Ainda assim o Luisão conseguiu empatar perto do final, mas como o sofrimento não era ainda suficiente, com as substituições esgotadas o Luisão saiu lesionado e ficámos reduzidos a dez. A perspectiva, nada animadora, era portanto enfrentar meia hora de prolongamento com menos um jogador e uma equipa que era naquela altura uma manta de retalhos - na defesa apenas o Jardel jogava na sua posição, tendo o André Almeida ao seu lado e o Salvio e o Zivkovic como laterais. E nem sequer deu para alimentar a perspectiva dos penáltis, porque mais uma vez pouco depois do reinício, nova demonstração de mau defender resultou no terceiro golo do Rio Ave. Bem sei que a defesa estava remendada e que a bola vem de um ressalto, mas deixar o ponta-de-lança do Rio Ave sozinho à entrada da pequena área não tem desculpa. A partir daí o jogo quase acabou. O Rio Ave dedicou-se afincadamente a queimar tempo levando a bola para os cantos e a simular lesões (o crime compensou, já que foram dados apenas três minutos de descontos) e o Benfica, quando fazia a bola chegar à frente, ou desperdiçava ocasiões de golo, ou dava cabo das jogadas com maus passes ou cruzamentos para a área. É que o Rio Ave mesmo contra dez tremia sempre que o Benfica pressionava, e foram várias as vezes em que conseguimos entrar e ganhar boas posições nas faixas. Mas à medida que o jogo se aproximava do final cada vez se jogava menos, e cada vez mostrávamos menos discernimento, acabando inevitavelmente no balão para a frente que em tudo favorecia o adversário.

 

Não vou estar a individualizar jogadores, sobretudo num jogo que acabou com a equipa remendada por todos os lados (e depois de um resultado destes, é melhor evitar escrever sobre uma série deles que conseguiram irritar-me profundamente). O que repito é que para mim foi uma derrota ridícula, sobretudo depois de uma primeira parte em que mostrámos ser superiores ao adversário. Mas quem comete tantos erros e defende de forma tão macia só pode mesmo sofrer dissabores. É mais um dos objectivos para esta época que se esfuma. Que se tirem daqui as necessárias conclusões.

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publicado por D'Arcy às 00:11
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Domingo, 10 de Dezembro de 2017

Superioridade

Uma vitória justa do Benfica, num jogo que até poderia ter sido mais fácil do que efectivamente foi. A nossa superioridade foi evidente, mas se o resultado acabou por não ser muito dilatado foi também por mérito do Estoril, que nunca se deu por vencido e veio à Luz para jogar futebol e não para tentar impedir-nos de jogar.

 

 

No regresso ao onze base do campeonato, assistimos a um jogo que no papel seria extremamente desequilibrado, já que defrontávamos o último classificado. Mas no campo acabou por ser bastante interessante, também por mérito do Estoril, que se apresentou interessado em jogar um futebol positivo, sem exageradas cautelas defensivas e sem recorrer ao antijogo. Foi por isso um jogo aberto e disputado a um bom ritmo, por oposição à grande maioria dos jogos com este perfil a que acabamos por assistir na Luz durante uma época. O Estoril tentava jogar com as linhas bastante subidas e em todo o campo, e com isso deixava sempre muito espaço nas costas da defesa, o que até obrigava o Moreira a jogar quase mais como líbero. Foi explorando esse espaço e as faixas que o Benfica ia criando perigo. O primeiro grande momento de perigo surgiu quando o Moreira foi desarmado pelo Pizzi, mas depois o nosso jogador foi demasiado egoista e optou pelo remate quando tinha colegas em melhor posição no centro da área. De qualquer maneira o jogo começou a simplificar-se cedo, já que não foi preciso esperar muito para que, no espaço de cinco minutos, marcássemos dois golos - aos treze e aos dezoito minutos. Um prova da forma relativamente aberta como o Estoril tentou jogar é o facto dos nossos dois primeiros golos terem surgido em lances de contra-ataque. O primeiro começou com o Krovinovic a conduzir a bola desde a entrada da nossa área até ao meio campo, onde foi desarmado mas a bola seguiu para a esquerda, onde o Cervi continuou a progressão até fazer o passe para o interior da área. Parece-me que a intenção dele seria servir o Jonas no meio, mas ainda houve um ligeiro desvio por parte de um defesa do Estoril e a bola acabou por seguir para o segundo poste, onde surgiu o Salvio para marcar sem grande dificuldade. No segundo, foi o Salvio a desmarcar-se pela direita após uma tabela com o André Almeida, a seguir até à linha de fundo, e a assistir o Jonas no meio para ele marcar facilmente. Continuando a tentar aproveitar o muito espaço nas costas da defesa adversária, o Benfica ia-se mostrando perigoso e ameaçando voltar a marcar. Mas como disse o Estoril nunca baixou os braços, e apesar de não ter conseguido pressionar-nos de forma consistente, conseguia esporadicamente chegar com perigo à nossa baliza, tendo obrigado o Varela a fazer uma grande defesa durante a primeira parte. Já mesmo a acabar a primeira parte, nada pôde fazer perante o cabeceamento fulgurante do Kléber, que ainda fez a bola embater na barra antes de entrar e assim recolocou o Estoril na discussão do resultado.

 

 

E começámos a segunda parte com um enorme susto, quando um remate de fora da área ainda desviou num jogador nosso e obrigou o Varela a mais uma enorme intervenção. Teria sido o golo do empate, e provavelmente significaria um jogo completamente diferente. O Benfica pressentiu o perigo e foi à procura do golo que desse maior tranquilidade na partida, o que acabou por conseguir ao fim de um quarto de hora. Desta vez não foi num lance de contra-ataque, mas sim numa boa jogada ofensiva, na qual o Krovinovic parecia estar já em boa posição à entrada da área para tentar o remate. Em vez disso optou por soltar a bola mais para a esquerda no Cervi, que depois a devolveu já para o interior da área, onde o mesmo Krovinovic se antecipou a um defesa e a empurrou para a baliza. Poder-se-ia pensar que o jogo estaria mais ou menos resolvido mas, conforme disse, o Estoril não nos fez a vida fácil e continuou a lutar por um resultado positivo. O Benfica também me pareceu ter mostrado aquela sua má faceta de descansar imediatamente a seguir a marcar, e nos minutos que se seguiram ao nosso golo o Estoril apareceu mais junto da nossa área. E voltaram a assustar, porque a bola chegou mesmo a entrar na nossa baliza, numa recarga do Kléber após uma defesa por instinto do Varela. Mas logo na altura pareceu-me que o golo tinha sido obtido com o braço, e após alguns momentos de expectativa o vídeo-árbitro acabou por confirmar isso mesmo, poupando-nos a uma fase final do encontro cheia de preocupações. Provavelmente pensando já no jogo a meio da semana o Benfica foi também poupando alguns jogadores (Fejsa, Jonas, Salvio) mas mesmo assim, à medida que o jogo caminhou para o seu final, os riscos corridos pelo Estoril davam espaço suficiente para que o Benfica ameaçasse ampliar a vantagem - num desses lances só mesmo uma saída quase suicida do Moreira que resultou num corte quase miraculoso com a cabeça é que evitou o golo. Mas em geral parece-me que o resultado final se ajusta ao que se viu em campo, e se fosse mais dilatado talvez fosse uma penalização excessiva para o Estoril.

 

 

Começo por destacar neste jogo os extremos, Salvio e Cervi. Um golo e uma assistência para o primeiro e duas assistências para o segundo são números que mostram a influência que tiveram neste jogo. Gostei também do Krovinovic, embora ache que por vezes tem tendência para se agarrar demasiado à bola e com isso acaba por travar algumas possibilidades de contra-ataque. Por último, uma menção para o Varela. Já escrevi anteriormente que parece ter regressado à baliza com muita motivação para agarrar a oportunidade, e neste jogo voltou a mostrá-lo. Não teve muito trabalho, mas conseguiu ter pelo menos três intervenções de altíssima qualidade.

 

Era importante vencer, e de forma convincente. Creio que esse objectivo foi conseguido, e que conseguimos também fazer uma boa gestão do esforço para o difícil jogo que se segue contra o Rio Ave, a contar para a Taça de Portugal. Não sendo uma exibição deslumbrante, foi minimamente segura para me deixar confiante em relação ao jogos que se seguem.

publicado por D'Arcy às 22:42
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Terça-feira, 5 de Dezembro de 2017

Desolador

Um Estádio da Luz com as bancadas preenchidas por um vazio desolador acolheu a triste despedida de uma campanha europeia igualmente desoladora. E a exibição da nossa equipa neste jogo não quis destoar deste cenário, tendo como resultado mais uma derrota, que significa um registo perfeitamente negativo para esta nossa participação.

 

 

Muitas mudanças no onze - que já tinham sido anunciadas. Apenas dois jogadores repetiram a titularidade do último jogo, o Jardel e o Pizzi. O resto foram regressos e novidades: Svilar, Douglas, Lisandro, Eliseu, Samaris, João Carvalho, Zivkovic, Diogo Gonçalves e Seferovic. Se havia alguma expectativa em ver algo diferente para melhor neste jogo, depressa ficou gorada. Bastaram cinco minutos e o Basileia subir à nossa área pela primeira vez para nos vermos atrás no marcador. Um cruzamento largo e um adversário a surgir completamente solto na área onde nunca poderia estar, ou seja, no espaço entre o lateral direito e o central, para cabecear com sucesso (acho que nem precisou de saltar). E pouco mais o Basileia precisou de fazer durante a primeira parte. O Benfica naturalmente que tentou reagir, mas raramente mostrou saber como fazê-lo. Perante os três centrais adversários, foi preciso esperar algum tempo para vermos a equipa parar de tentar exclusivamente jogar pelo centro e começar a tentar explorar as faixas. E conseguimos de facto criar alguns lances mais perigosos, mas a finalização/decisão foi sempre exasperantemente má. O Basileia limitava-se a manter a organização defensiva e a esperar por nós, para depois aproveitar alguma asneira para sair rapidamente. E causar perigo: acho que perto do intervalo, na segunda vez em que desceram com perigo à nossa área (depois de um corte patético do Lisandro, que deixou a bola nos pés de um adversário) só não marcaram porque o jogador que se isolou preferiu tentar a assistência para um colega e o Jardel fez o corte já na pequena área.

 

Os nossos jogadores entraram decididos para a segunda parte, a pressionar alto, mas a repetir os erros da primeira parte. Má finalização, más decisões (não só no ataque, mas em todo o terreno, com perdas de bola sucessivas na saída para o ataque) e pior de tudo, a desconcentração defensiva que foi a norma nesta edição da Champions, e que explica em muito a prestação conseguida. O Basileia não precisou de fazer grande coisa para garantir a vitória. Uma vez mais, simplesmente manter a organização e esperar pelas asneiras. O segundo golo foi básico: um livre a meio do nosso meio campo, balão para a área, um jogador ganha ao segundo poste e coloca no primeiro, onde aparece alguém solto de marcação a empurrar para a baliza (com o Svilar a hesitar na saída ao cruzamento, Samaris a marcar com os olhos). Depois do segundo golo a equipa continuou a tentar como melhor podia, mas foi um desnorte quase total, com muita gente a jogar para si mesma e erros de principiante a resultarem em perdas de bola comprometedoras. O Benfica teve mais de 60% de posse de bola e fez mais de vinte remates, mas ter mais bola de pouco serve quando como equipa não sabemos o que fazer com ela - e os números da posse de bola foram uma constante nesta campanha europeia. Em apenas meia dúzia de remates o Basileia marcou dois golos, e poderia ter marcado outros tantos. Entre tantos números negativos para recordar (sim, para recordar e não para esquecer) como a nossa pior prestação de sempre na Champions League - e pior cabeça de série de sempre - há mais um que é exemplificativo do quão mal estivemos: neste momento estamos há 518 minutos sem marcar um golo na Champions. São oito horas e trinta e oito minutos de futebol sem conseguirmos marcar um golo para amostra. Desde que o Seferovic, ao minuto cinquenta do jogo contra o CSKA na primeira jornada, marcou, mais nada. Quando se ataca assim tão mal e se defende ainda pior numa competição deste nível, o resultado só pode ser o que vimos.

 

É difícil elogiar alguém num jogo destes. Sim, houve jogadores que mostraram vontade, como o Seferovic ou o Zivkovic, mas houve outros que foram um desastre e não aproveitaram a oportunidade. O Douglas, se for embora em Janeiro, já vai tarde. Não podemos ter um lateral que parece desconhecer as noções mais básicas de como defender. O Lisandro pode ter muito boa vontade, mas é outro desastre a defender. Os miúdos Diogo Gonçalves e João Carvalho passaram completamente ao lado do jogo, e no caso do segundo até acho que esteve tempo a mais em campo, porque quando começou a aparecer mais em jogo na fase final, em que só jogávamos com dois médios, somou um disparate a seguir ao outro. O Samaris foi tenebroso, o Svilar quase conseguiu somar mais um lance ao anedotário desta Champions, quando passou a bola para os pés de um adversário, o Pizzi quis tanto mostrar serviço que quase só fez asneiras, incluindo uma mão cheia de passes inacreditavelmente maus, e podia continuar.

 

Fechado este capítulo negro na nossa história, temos agora que saber limpar a cabeça e mostrar já no próximo sábado, contra o Estoril, o nosso empenho na conquista do campeonato. E por limpar a cabeça quero dizer não deixar que esta péssima prestação europeia, totalmente indigna dos nossos pergaminhos, afecte o nosso desempenho nas provas internas. Esquecê-la é impossível.

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publicado por D'Arcy às 23:50
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Sábado, 2 de Dezembro de 2017

Vivos

Num jogo que foi uma guerra táctica entre duas equipas que na maior parte do tempo se conseguiram anular entre si, o Benfica saiu do Dragão com um empate a zero que mantém as nossas aspirações perfeitamente intactas.

 

 

Não mudou nada o Benfica do jogo contra o Setúbal para o jogo contra o Porto. O que é sempre uma boa indicação. Entrámos no jogo praticamente a criar uma boa ocasião de golo, pelo Jonas no seguimento de um canto, o que foi mais uma boa indicação e terá certamente dado confiança à equipa. Mas depressa se percebeu que as duas equipas, a jogar em esquemas tácticos semelhantes, encaixaram perfeitamente uma na outra, e daí resultou um jogo extremamente disputado na zona do meio campo. Nenhuma das equipas conseguia manter a posse da bola por períodos prolongados, e as jogadas eram depressa interrompidas ou por perdas de bola, ou por faltas. Não havia tempo ou espaço para pensar ou jogar muito, nem para explorar contra-ataques - o Porto é uma equipa bastante agressiva na fase de recuperação da bola, e o Benfica hoje, com o meio campo mais povoado e a equipa a jogar de forma solidária e a ocupar bem os espaços, conseguiu bater-se nesse aspecto praticamente de igual para igual. Obviamente que isto significou um jogo quase sempre disputado longe das balizas e com poucas ocasiões de perigo - o primeiro remate do Porto, por exemplo, surgiu aos vinte e cinco minutos de jogo (e foi completamente disparatado). O cenário apontava claramente para um nulo no marcador, e parecia que apenas algum lance fortuito poderia fazê-lo mudar, pelo que o resultado em branco ao intervalo era perfeitamente ajustado.

 

As equipas vieram para a segunda parte a jogar praticamente como tinham acabado a primeira, mas o nulo era um resultado que obviamente interessaria menos ao Porto. Por isso foi com alguma naturalidade que à medida que os minutos foram decorrendo, e sobretudo a partir do meio desta segunda parte, o Porto se tenha adiantado mais no terreno e o jogo passou a ser disputado mais no nosso meio campo. O nosso treinador terá reparado nisso e refrescou o centro, com a troca do Pizzi pelo Samaris e a consequente inversão do triângulo teórico que era desenhado no nosso meio campo. Mas na minha opinião, apesar do Porto ter passado a rondar mais as zonas próximas da nossa área, não eram muitas as ocasiões de grande perigo, pelo que me senti quase sempre tranquilo - a situação de maior perigo surgiu no seguimento de um pontapé de canto, em que a bola foi cortada para a entrada da área e o Felipe rematou de primeira ao lado. Apenas me incomodava o progressivo desaparecer do Benfica no ataque, onde o Jonas e o Salvio praticamente deixaram de existir. A parte pior de suportar foi mesmo quando, no espaço de dois minutos, o Zivkovic viu dois amarelos e acabou expulso, poucos minutos depois de ter entrado para o lugar do Cervi. Não vou questionar a justeza dos dois amarelos, mas depois de ter visto o Felipe ceifar por trás o Jonas pela raiz e ser simplesmente avisado, lamento a diferença no critério disciplinar aplicado. O que é certo é que ainda faltavam oito minutos para o final (mais os descontos) e o Porto, que já estava por cima no jogo, certamente quereria tirar partido da superioridade numérica. Até foi o Benfica quem, imediatamente a seguir, teve um ocasião flagrante para marcar, quando um ressalto de bola deixou o Krovinovic isolado na área, descaído sobre a esquerda. Mas o José Sá fez bem a mancha. Na resposta, o Marega acertou com a canela na bola quando estava em posição privilegiada e acabou por fazer um passe para o Varela. A pressão do Porto intensificou-se, e mesmo a acabar o jogo o mesmo Marega teve a ocasião mais flagrante de todo o jogo: completamente solto sobre a linha da pequena área e com a bola a vir redondinha para a sua cabeça (nem foi preciso saltar) enviou-a por cima da baliza. E assim acabou o jogo.

 

Não foi um jogo de grandes destaques individuais, mas sim de muito trabalho e entreajuda. De qualquer forma deixou uma menção para o Varela, que se mostrou sempre bastante seguro. Conforme disse no jogo anterior, ele não parece mostrar qualquer sequela da perda da titularidade após o erro contra o Boavista, e mostra-se disposto a aproveitar esta nova oportunidade para a voltar a agarrar.

 

Após a visita ao Porto, o empate deixa-nos a três pontos do topo da tabela, o que equivale a dizer que dependemos apenas de nós para lá chegar. É uma forma de dizer que continuamos bem vivos na luta pelo objectivo que perseguimos. Nada mau para uma equipa que foi dada como morta, e a quem anunciavam o enterro precisamente para este jogo. Tal como na época passada aquela cabeçada do Lisandro no último minuto no jogo do Dragão, que garantiu o empate, significou uma arrancada quase imparável para o tetra, espero que este resultado possa significar o mesmo esta época. Parece-me que no final do jogo ficou bem visível qual das equipas ficou mais afectada pelo empate.

 

P.S:- Perto do final do jogo, um adepto da casa invadiu o campo e foi agredir o Pizzi, na zona do nosso banco. Imagino que isto não tenha consequências algumas. Não só não deverá acontecer nada em termos disciplinares, como até suspeito que uma boa parte da nossa querida comunicação social vai fazer os possíveis e os impossíveis para passar uma esponja sobre o assunto, fingindo que nada aconteceu (ou então o Cervi vai acabar castigado por o ter agarrado).

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publicado por D'Arcy às 11:56
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