VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Domingo, 30 de Dezembro de 2018

Fogacho

Tinha escrito no final da fantástica exibição contra o Braga que seria fundamental manter o momento positivo já para o próximo jogo, porque se voltássemos a apresentar o nível exibicional dos jogos anteriores tudo teria sido em vão. Infelizmente, regressámos mesmo ao nível dos jogos anteriores, se é que não conseguimos jogar ainda pior. E assim fica no ar a sensação de que a exibição contra o Braga não terá sido mais do que um fogacho.

 

 

Nem podem ser as alterações na equipa a servir de justificação para uma quebra exibicional tão grande, já que elas foram apenas três e uma delas na baliza. Como habitualmente, jogou o Svilar entre os postes, e as outras duas mudanças no onze foram as entradas do Yuri e do Seferovic para os lugares do Grimaldo e do Jonas. Sobre o jogo, o que há a dizer? Entrámos mal nele e o Aves poderia ter marcado logo nos minutos iniciais. Depois ainda conseguimos equilibrar as coisas, sobretudo sendo capazes de ter mais posse de bola, mas sem conseguir causar grande perigo na frente. As poucas coisas boas que o Benfica ainda conseguia criar vinham quase todas dos pés do Zivkovic, mas o sérvio parecia quase sempre completamente desacompanhado pelo resto da equipa. Uma atitude muito pouco competitiva, que resultava na perda de quase todas as bolas divididas e muitos jogadores quase parados ou expectantes, a reagirem apenas quando a bola lhes era passada. De qualquer maneira quando fomos para intervalo até parecia que o pior tinha passado e que mesmo sem brilho acabaria por não ser demasiado complicado manter o empate, que nos garantia o apuramento.

 

 

Mas logo nos primeiros minutos da segunda parte o Aves colocou-se em vantagem. Um lance muito simples mas bastante ilustrativo das facilidades que o Benfica concedeu ao adversário. Uma perda de bola no ataque e o mesmo jogador que recuperou a bola correu praticamente dois terços do campo com ela sem que ninguém o parasse, até fazer o centro tenso para a área. Aí, o Baldé antecipou-se muito facilmente de cabeça ao André Almeida bem junto ao poste, sem possibilidades de defesa. Agora sim, estávamos em apuros e a equipa lá reagiu ao golo, ainda que de forma atabalhoada. O Aves também mudou de atitude (só nos dois minutos a seguir ao golo ficaram três jogadores estendidos no chão) e recuou na defesa de um resultado que lhe era obviamente interessante. E foi já com o Benfica a jogar em 4-4-2, depois do Jonas ter substituído o Cervi, que o Benfica chegou ao empate. Maior mérito para o Zivkovic, que aogra na esquerda conseguiu ganhar dois ressaltos e depois teve a lucidez suficiente para enviar a bola para a zona do segundo poste, onde o Seferovic estava suficientemente sozinho para de forma algo trapalhona ter tempo de tentar controlar a bola para depois a enviar para o fundo da baliza. Benfica novamente em situação vantajosa a vinte minutos do final, mas se o nosso futebol até então já não nos tinha dado motivos para grande satisfação então a partir desse momento foi simplesmente lamentável. O Aves tomou conta do jogo, dispôs de oportunidades para voltar a marcar que só não se concretizaram porque a pontaria deles estava desafinada, e o Benfica praticamente arrastou-se à espera do apito final que carimbaria o apuramento. Uma nota apenas para assinalar o regresso do Salvio à competição, após dois meses de ausência.

 

 

O melhor do Benfica claramente o Zivkovic, acompanhado a espaços pelo Gedson e pelo Fejsa, que foi dos poucos a meter o pé e a conseguir ganhar disputas de bola com os jogadores adversários. Tudo o resto foi demasiado pobre ou de má qualidade.

 

Não soubemos aproveitar o balanço que o jogo contra o Braga nos poderia ter dado e rapidamente voltámos ao nível de exibições de Montalegre. O resultado disto é o reforçar da desconfiança em relação à equipa. E se a exibição da equipa já deu motivos de insatisfação, as declarações do nosso treinador sobre o jogo no final apenas reforçaram essa insatisfação.

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publicado por D'Arcy às 01:07
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Segunda-feira, 24 de Dezembro de 2018

Redenção

And now for something completely different. Ganhámos bem. Jogámos bem. Dominámos o jogo e não deixámos a menor sombra de dúvida sobre qual era a melhor equipa em campo. E no final destroçámos por completo uma das equipas mais fortes e regulares deste campeonato, podendo afirmar sem dúvidas que o resultado não é melhor do que a exibição; pelo contrário, adequa-se-lhe perfeitamente.

 

 

Entrámos em campo com um onze sem surpresas, que será o mais previsível nesta altura. A defesa habitual, o Gedson a completar o trio do meio campo, e as alas entregues ao Zivkovic e ao Cervi. O Braga entrou na Luz disposto a justificar o estatuto de candidato ao título jogando de peito aberto, num 4-4-2 no qual os alas tentavam compensar a inferioridade numérica no meio. Durante os minutos iniciais até me pareceu que o Benfica não iria conseguir explorar isso, porque o Pizzi aparecia demasiadas vezes muito adiantado, ou encostado à direita, onde se sobrepunha ao Zivkovic e era redundante, ou perto do Jonas. Mas a partir dos dez minutos tudo isso mudou, com o Pizzi a aparecer em zonas mais centrais e recuadas, para pegar no jogo. Mas a principal diferença no nosso jogo esta noite, e que permitiu construir este resultado, residiu na atitude. Uma grande agressividade à perda de bola, com pressão quase constante sobre o adversário, muitas vezes com mais do que um jogador a atacar o portador da bola. E depois, uma vez recuperada, muito maior velocidade na transição, em particular pelo Gedson mas também pelo Cervi, Zivkovic ou Grimaldo. O domínio do Benfica começou a tomar forma, e depois de uma boa jogada colectiva o Jonas apareceu solto ao segundo poste em boa posição, mas falhou a tentativa de rematar de trivela e a bola saiu ao contrário daquilo que se queria. O Braga afastou a bola, e na insistência um passe do Grimaldo encontrou o Pizzi ainda na frente, descaído sobre a esquerda. Veio para o meio, tirou o defesa da frente, e rematou cruzado para o poste mais distante. 

 

 

Um belíssimo golo, a dar início às festividades na Luz, e ao qual se viriam a somar muitos outros golos de belo efeito. Estavam decorridos dezanove minutos de jogo, e nos minutos que se seguiram ao nosso golo o Braga teve o seu melhor período no jogo, deixando a ideia de que estava na discussão do resultado e que o empate poderia surgir. Foram três boas situações as que conseguiu construir: um remate de longe do Fransergio que ainda raspou na barra, um remate à malha lateral por parte do Dyego Sousa depois de um contra-ataque, e uma situação em que o Ricardo Horta apareceu em situação privilegiada para marcar, mas o Vlachodimos fez bem a mancha. Foram quase quinze minutos de equilíbrio, mas o lance do Horta foi o canto de cisne do Braga no jogo, porque a partir daí o Benfica pegou nele e não mais o largou. E aos trinta e nove minutos aumentou a vantagem, num cabeceamento do Jardel após canto marcado pelo Zivkovic na direita do nosso ataque - depois da longa travessia no deserto, dois jogos seguidos a marcar na sequência de pontapés de canto, ambos marcados pelo Zivkovic. Este golo fez lembrar um pouco o frango do Ricardo com o Luisão, que nos deu o título no ano do Trapattoni. O guarda-redes saiu para agarrar a bola e quando estava à espera que ela lhe chegasse às mãos, a cabeça do Jardel chegou primeiro. O segundo golo, mesmo obtido perto do intervalo, não foi sinal para que o Benfica abrandasse, e só não aumentámos para três logo no minuto seguinte porque o guarda-redes bracarense conseguiu fazer bem a mancha aos pés do Jonas, que lhe apareceu isolado à frente depois de um mau corte de um defesa. Até ao apito para intervalo continuámos sempre a procurar com afinco o terceiro golo.

 

 

O regresso para a segunda parte nem sequer foi a continuidade do fecho da primeira, porque a atitude foi ainda mais decidida. Rapidamente recompensada com um golo do Grimaldo, que depois de um grande passe do Cervi entrou na área pela esquerda, aproveitou um mau corte de um defesa, e de pé direito colocou a bola entre o guarda-redes e o poste. O Braga respondeu rapidamente e reduziu três minutos depois pelo Dyego Sousa, que de cabeça concluiu um cruzamento da esquerda - a bola desviou ligeiramente no Zivkovic, o que terá ajudado a que o Rúben tivesse ficado completamente fora do lance. Mas o Benfica pagou na mesma moeda, e também três minutos depois voltou a repor a vantagem com um golo do Jonas, na conclusão de uma belíssima jogada colectiva. Toque de primeira do Cervi a desmarcar o Gedson, corrida deste em direcção à área e quando flectiu para o meio toda a gente, incluindo os jogadores do Braga, anteciparam que iria rematar. Em vez disso, soltou a bola para a esquerda onde o o Cervi, que acompanhou a jogada, recebeu solto e passou a bola para um Jonas completamente à vontade à entrada da pequena área, que apenas teve que encostar para o golo. Foi uma forma eficaz de cortar cerce quaisquer ambições que o golo tivesse dado ao Braga de entrar na discussão do resultado. O jogo era nosso e, para vincar bem isso mesmo, mais dois golos de rajada, aos sessenta e três e sessenta e sete minutos, já com o Seferovic em campo no lugar do Jonas. O primeiro foi numa jogada rápida, simples e eficaz. Lançamento de linha lateral na direita, toque de primeira do Seferovic a desmarcar o Zivkovic e passe atrasado para o interior da área, onde surgiu o Cervi com um remate de primeira a fuzilar a baliza. O segundo, uma prova de que era mesmo uma noite em que tudo corria bem. Canto na esquerda, bola metida no Pizzi, que depois de uma boa incursão individual para ganhar a linha de fundo colocou a bola para o segundo poste. Esta foi afastada para a zona central na entrada da área onde, contra todas as probabilidades, apareceu o André Almeida a rematar meio de pé esquerdo, meio de canela, quase em queda, e a fazer a bola descrever um arco perfeito que a colocou na gaveta. Entrou mesmo junto ao ângulo superior, com o guarda-redes a não poder fazer mais nada senão olhar. O golo foi de certa forma o ponto final no jogo, já que o Benfica deixou de procurar o golo com tanta intensidade e o Braga percebeu que não havia mesmo nada mais a fazer senão lutar pelo brio. Ainda conseguiu reduzir a quinze minutos do final, num remate colocado do João Novais, mas pouco mais digno de realce aconteceu até final.

 

 

Gedson, Pizzi, Cervi, Zivkovic, Grimaldo, todos eles se destacaram numa grande exibição da nossa equipa. De realçar o 'regresso' do Pizzi, depois de ter andado completamente ausente durante várias semanas. Este foi aliás um dos factores que eu julgo mais terem contribuído para tão drástica melhoria exibicional. O Gedson foi importantíssimo quer na pressão, quer nas transiçõpes, o Cervi marcou um golo e fez duas assistências, o Zivkovic é provavelmente o jogador mais inteligente que temos no plantel e o Grimaldo cada vez mais me convence que esta será a última época que o verei jogar com a nossa camisola, já que em breve dará o salto para mais altos voos.

 

Fez mais este jogo pela recuperação da confiança e crença da e na equipa do que os seis anteriores. Esta exibição, resultado e consequente salto de dois lugares na classificação podem muito bem significar a redenção desta equipa. Mas para isso é fundamental que saibamos transportar tudo o que de positivo retirámos do jogo de hoje já para o próximo jogo. Porque se voltarmos a apresentar o nível exibicional dos jogos anteriores, tudo terá sido em vão.

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publicado por D'Arcy às 03:38
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Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2018

Festa

 

Mau tempo, mau relvado, mau futebol, bom resultado. Pelo menos na perspectiva que ganhámos o jogo e passámos aos quartos-de-final da Taça de Portugal. Fez-se a festa da Taça em Montalegre, deram-se minutos aos menos utilizados e o Conti marcou o golo da vitória ainda na primeira parte, depois de um pontapé de canto marcado pelo Zivkovic. Poderíamos ter pelo menos marcado mais um golo, mas o guarda-redes adversário esteve inspirado e no final o Montalegre ficou com a pequena alegria de ter sido derrotado apenas pela margem mínima. O Benfica deveria reflectir o facto do nosso futebol ter estado quase ao nível do de uma equipa do terceiro escalão. As vitórias têm vindo a a somar-se, mas não parecemos ver qualquer efeito motivacional daí resultante, e a bitola exibicional tem-se mantido inalterada.

 

Nada mais a dizer sobre este jogo - não me apetece, e o que jogámos nem sequer tem muito mais a dizer. Espero que no próximo jogo, frente ao Braga, possamos manter a sequência de vitórias. Se voltarmos a jogar mal e o jogo acabar com uma vitória por 1-0, ficarei encantado.

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publicado por D'Arcy às 00:13
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Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2018

Pouco

Nem vou perder muito tempo a escrever de um jogo sobre o qual pouco haverá a escrever. Ganhámos pela quinta vez consecutiva e voltámos a não sofrer golos, e é isso que se vai reter sobre o jogo.

 

 

Desta vez houve de facto mudanças no futebol do Benfica, e é justo admiti-lo. O modus operandi do Benfica tem sido fazer primeiras partes horríveis e depois apresentar melhorias nas segundas partes que nos permitem ganhar os jogos. Desta vez enganámos o adversário e depois da tradicional primeira parte horrível, voltámos para a segunda parte decididos a jogar ainda pior. O que foi conseguido com total sucesso. Na primeira parte, apesar do futebol pobre, ainda fomos criando uma ou outra ocasião de maior perigo, quase sempre com intervenção ou do Grimaldo, ou do Zivkovic. Acho que não é exagerado escrever que conseguimos ser melhores do que uma equipa que não vence desde Agosto e que tem o pior ataque do campeonato, pelo que a vantagem ao intervalo era justificada. Vantagem essa que foi conquistada através de um penálti cometido sobre o Jonas (depois de um bom cruzamento de trivela do Cervi) e convertido pelo mesmo. Na segunda parte, pouco mais fizemos do que segurar essa mesma vantagem. Com o Pizzi os noventa minutos em campo a espalhar toda a sua 'magia' - neste momento as exibições dele já passaram de fracas a patéticas, tendo na primeira parte protagonizado duas situação ridículas em que em posição de finalização primeiro falhou o remate, e depois hesitou e nem chegou a rematar - a qualidade do futebol foi sempre a decrescer ao longo do tempo, até terminarmos com uns vinte minutos finais penosos. É certo que o Marítimo foi tão mau que nem sequer conseguiu ameaçar grandemente o empate. Assistimos sobretudo a inúmeros livres despejados (mal) para a área, sem que algum deles chegasse sequer a causar grande perigo. Mas a nossa produção ofensiva foi quase nula e simplesmente parecemos abdicar de atacar ou sequer ter bola, o que é sempre uma receita para as coisas correrem mal. Felizmente não foi o caso e voltamos da Madeira com os três pontos.

 

 

Para mim os menos maus do Benfica foram o Zivkovic (em particular durante a primeira parte, já que na segunda acabou por se afundou também na mediocridade geral da equipa) e o Grimaldo. A titularidade do Pizzi neste momento, mais do que injustificada já começa a parecer-me uma afronta.

 

Desde o descalabro de Munique que tem sido só vitórias (cinco) e todas elas sem sofrer golos. O que não deixa de ser bom. Mas o futebol apresentado continua a deixar a desejar. À excepção da segunda parte contra o Feirense, regra geral continuamos a jogar de forma bastante desinspirada e previsível e não vislumbro particulares melhorias. Ainda bem que estamos a conseguir ganhar mesmo jogando assim, mas parece-me optimista esperar que esta situação se possa manter se continuarmos neste registo exibicional.

 

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publicado por D'Arcy às 17:48
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Quinta-feira, 13 de Dezembro de 2018

Longe

Num jogo em que o que estava em disputa eram os pontos para o ranking, que nos poderiam também dar o estatuto da cabeça de série depois da queda para a Liga Europa, e o prémio monetário pela vitória fizemos o suficiente para justificá-la, mas continuamos ainda longe das prometidas mudanças no nosso futebol.

 

 

Mudanças houve no ataque para este jogo, onde o João Félix e o Seferovic renderam o Zivkovic e o Jonas. Mais atrás, coube ao Alfa Semedo ocupar a posição do Fejsa. Sem grandes surpresas, já que o Jonas e o Fejsa têm treinado condicionados nos últimos dias. Quanto ao futebol, mais uma vez deitámos metade de um jogo fora. O que jogámos na primeira parte foi uma prova cabal do porquê das más prestações europeias nos últimos tempos e do consequente deslizar pela tabela abaixo em termos de ranking. Foi um compêndio do típico futebol sem objectivo concreto aparente que conseguimos tantas vezes jogar. Muita circulação de bola sem ninguém (acho que incluindo os próprios jogadores) conseguir perceber exactamente a que se destina, com quase nenhum remate ou situação de finalização. Por vezes fico com a sensação de que toda aquela circulação de bola tem como objectivo libertar um jogador mais atrasado no terreno para que a bola lhe possa ser passada com segurança. E depois parece que a equipa está obrigada a fazer sempre a bola passar pelos pés do Pizzi. Eu consigo ser dos maiores fãs do Pizzi quando ele está em forma, mas definitivamente isso não me parece o caso. Só em pouco mais de um quarto de hora acho que contei oito cruzamentos feitos para adversários ou zona de ninguém e outros tantos passes sem nexo. Isto inclui cantos e livres, que pelos vistos têm obrigatoriamente que ser marcados por ele, quase sempre da mesma maneira. Pergunto-me qual é a necessidade de ter sempre o Grimaldo perto da bola para simular que vai marcar para depois ser sempre o Pizzi a fazê-lo. Sempre. Toda a gente sabe que é o Pizzi quem vai marcar os livres que são para cruzar. Será que após cinquenta livres marcados da mesma forma, o adversário ainda estará desconfiado e na dúvida se será o Grimaldo a marcá-lo? O resultado deste futebol monótono que chegou mais uma vez a enervar o público nas bancadas foram duas ocasiões mais perigosas: um livre do Grimaldo que passou muito perto, e um remate do Seferovic perto do final da primeira parte, depois de recuperar a bola numa das raras ocasiões em que resolvemos ir incomodar e pressionar os defesas do AEK. De assinalar também que perdemos o Rafa por lesão, tendo dado o seu lugar ao Zivkovic.

 

 

Para a segunda parte pelo menos a atitude voltou logo um pouco diferente. Houve mais velocidade e agressividade, e a equipa tentou jogar de uma forma mais vertical. Muito por culpa do Grimaldo, que já tinha sido dos mais decididos na primeira parte, e também do Gedson, que melhorou bastante de produção. Mesmo sem deslumbrar, pelo menos começámos a rematar bastante mais (acho que chegámos ao intervalo com meia dúzia de remates feitos, e no final do jogo tínhamos bem mais de vinte). Mas o futebol da equipa só melhorou visivelmente a partir da hora de jogo, altura em que o Pizzi cedeu o seu lugar ao Cervi. Este foi encostar-se à esquerda, o João Félix passou para a direita, e o Zivkovic passou a jogar como interior esquerdo. O lado esquerdo ganhou bastante vitalidade e as triangulações e constantes trocas de posição entre o Grimaldo, o Cervi e o Zivkovic começaram a causar problemas ao AEK, que se mantinha firme na disposição de segurar um empate que não lhes tinha qualquer utilidade. Os gregos apenas por uma vez criaram algum perigo, num pontapé de canto em que conseguiram fazer a bola passar perto do poste num cabeceamento (de notar que numa dúzia de cantos, creio que o Benfica não conseguiu transformar sequer um numa ocasião de remate à baliza). O Seferovic entretanto também se fixou um pouco mais no centro do ataque e quando não era ele a finalizar, servia como boa referência para as entradas dos médios. O suíço teve a maior ocasião para inaugurar o marcador, ao cabecear à barra após cruzamento do Zivkovic, e na fase final do jogo foi dos que mais tentaram a finalização. Para os minutos finais o nosso treinador apostou no Castillo para o lugar do João Félix, mas numa fase inicial o chileno foi ocupar exactamente o mesmo lugar, encostando-se à direita e não jogando no meio para formar uma dupla com o Seferovic. O AEK nesta altura apenas tentava arrastar o empate até final e parecia que o iria conseguir, porque o Benfica rematava muito e acertava pouco. Chegámos a ter uma situação em que o guarda-redes grego ficou fora da baliza durante algum tempo e andou por ali perdido, e não conseguimos que nenhum dos nossos jogadores ficasse em situação de rematar, até que finalmente quando o Grimaldo o fez foi na direcção das mãos do guarda-redes, que entretanto tinha conseguido recuperar a posição. O Gedson ficou isolado após tabelar com o Seferovic, mas o guarda-redes grego conseguiu evitar o golo. A justiça no marcador acabou por acontecer a dois minutos do final, num livre directo superiormente marcado pelo Grimaldo, após uma falta de um jogador grego que lhe valeu o segundo amarelo. Logo a seguir, mais infelicidade para o Seferovic, que viu um grande remate à entrada da área levar a bola a bater na barra e depois no poste, antes de ressaltar para fora. O final chegou com o Benfica como justo vencedor, já que mesmo sem deslumbrar fomos de longe a única equipa que tentou ganhar este jogo.

 

 

O melhor do Benfica foi claramente o Grimaldo. Foi sempre dos mais decididos a ir para cima do adversário e a romper com o futebol de passes laterais sem objectivo que praticámos durante a primeira parte. Creio que quando o nosso lateral esquerdo é, durante largos minutos, o nosso jogador mais perigoso no ataque diz muito sobre o tipo de futebol que estávamos a praticar. O Seferovic também esteve bem e merecia um golo, o Gedson subiu bastante na segunda parte e o Zivkovic também esteve bem, em particular quando passou para interior. Por outro lado, continua a preocupar-me que jogadores indiscutíveis no onze como o André Almeida ou o Pizzi estejam em claro sub-rendimento, sem que daí haja qualquer consequência para eles. Por pior que joguem, a titularidade nunca parece estar ameaçada.

 

Está fechada mais uma campanha na Champions que não correu como desejaríamos. Vamos esperar que pelo menos na Liga Europa consigamos fazer melhor e amealhar mais uns pontos para o ranking. As mudanças no futebol jogado até agora não são visíveis, mas pelo menos desde aí ganhámos todos os jogos e não sofremos nenhum golo. Esperemos que a sequência se prolongue no próximo domingo.

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publicado por D'Arcy às 16:10
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Domingo, 9 de Dezembro de 2018

Arraial

Uma vitória magra que podia ter sido bem mais confortável, mas que foi o que se conseguiu arranjar num jogo em que foi bastante difícil jogar futebol, tamanho foi o arraial de pancadaria com que a equipa do Setúbal nos presenteou.

 

 

Voltámos a apresentar o mesmo onze do jogo contra o Feirense, com o Zivkovic e o Rafa nas alas e o Gedson como terceiro médio. E nem foi preciso um minuto de jogo para percebermos todos ao que o Setúbal vinha. A pancadaria começou logo a seguir ao apito inicial, com jogadores como o Semedo, o Mano ou o Mendy a baterem em tudo o que lhes passava ao alcance, fazendo uso de pés, pitons ou cotovelos. Sempre, claro está, perante a plácida complacência do camarada Xistra, que às vezes fazia-se de mau e para aí à quarta ou quinta falta do mesmo jogador do Setúbal até o avisou que já chegava e que para a próxima até seria capaz de fazer qualquer coisa - não sei se seria mostrar-lhe um amarelo, ou simplesmente fazer cara de mau para ele e ralhar-lhe. O Benfica tentou jogar futebol, mas era difícil fazer um jogo de grande qualidade nestas condições. Felizmente chegámos ao golo ainda relativamente cedo, porque se por acaso o nulo se tivesse prolongado no marcador isto tinha tudo para acabar mal. Foi aos dezassete minutos, numa boa jogada - das melhores que fizemos em todo o jogo. Progressão do Grimaldo pela esquerda, tabela com o Zivkovic, depois a bola seguiu no momento certo para o Gedson na ponta e o cruzamento deste, rasteiro bem para o centro da área, foi finalizado de primeira e com classe pelo Jonas. O mais difícil estava feito, até porque o Setúbal era quase inofensivo no ataque. Para além de pontapear e massacrar os nossos jogadores sobre cada metro quadrado do terreno, pouco mais pareciam saber fazer. Foi pena que não tivéssemos dado o golpe decisivo no jogo ainda na primeira parte, mas o remate de pé direito do Zivkovic à entrada da área foi esbarrar na base do poste.

 

 

Na fase inicial da segunda parte continuámos à procura do golo da tranquilidade. Criámos ocasiões para isso, em jogadas que invariavelmente tinham um toque de classe do Jonas. Só que infelizmente tivemos uma reedição do 'best of' do Rafa do ano passado, e entre a má finalização ou a inspiração do guarda-redes do Setúbal, o segundo golo foi teimando em não aparecer. O Zivkovic até ensaiou o que poderia ser o golo da época, com uma tentativa de chapéu quase da linha do meio campo, mas depressa ficámos a saber que em situações excepcionais (como por exemplo, quando o Benfica apanha a equipa contrária toda em contrapé) é possível assinalar-se posição irregular a um jogador que ainda está dentro do seu próprio meio campo. É um artigo das leis do jogo pouco conhecido do público em geral, mas que dá algum jeito. Depois, naturalmente, aconteceu o cenário habitual nestas situações. Com uma diferença mínima no marcador, à medida que nos aproximávamos do final do jogo até um bando de lenhadores da bola como os jogadores do Setúbal começaram a acreditar que seria possível chegar ao empate, enquanto que o Benfica se começou a encolher na procura de preservar a vantagem. Não que o Setúbal alguma vez tivesse conseguido ser uma equipa dominadora no campo, mas entre muitos pontapés para a frente a bola sempre se ia aproximando da nossa baliza e a qualquer altura um lance fortuito poderia ter consequências desastrosas para nós. E esse lance fortuito até aconteceu mesmo: aos oitenta e nove minutos de jogo o Setúbal teve a sua primeira e única verdadeira ocasião de golo em toda a partida. Cruzamento para a área e falha de marcação dos nossos centrais, que permitiram que um adversário saltasse quase à vontade para cabecear a dois metros da baliza. Felizmente o Odysseas reagiu por instinto (a bola foi-lhe praticamente à figura, mas o adversário estava mesmo em cima dele) e evitou o pior. E tivesse essa bola entrado e estaríamos aqui a desancar mais um péssimo resultado, enquanto se cantavam loas ao jogo 'viril' do Setúbal por essa comunicação social fora. Não foi violento, porque o Vidigal explicou-nos que Setúbal é uma terra de pescadores, homens machos, e sabemos que aqueles jogadores do Setúbal é tudo gente nada e criada ali nas margens do Sado, que mesmo antes de entrar em campo estava ali a arrumar as redes vinda directamente da faina. As regras do jogo são maleáveis e não se podem aplicar contra a natureza das pessoas: uma pantufada de um jogador do Benfica é falta para cartão, uma sarrafada de um setubalense é apenas um macho a dar largas à sua natureza piscatória.

 

 

Melhor em campo, por larga margem, o Jonas. Praticamente tudo o que de bom o Benfica fez no jogo teve um toque seu. A forma como por duas vezes isolou o Rafa com um simples toque na bola é deliciosa, a finalização de pé esquerdo no golo foi maravilhosamente simples e eficaz. O Zivkovic continua a deixar-me a interrogação do porquê de ter sido praticamente ignorado durante o primeiro terço da época.

 

O Setúbal estava apostado em travar-nos de uma maneira ou de outra e estes três pontos foram mesmo muito importantes. Tanto que, mesmo perante um jogo que não foi dos de maior qualidade da nossa parte, não consigo criticar muito a equipa. Era difícil ter nota artística quando o adversário via canela até ao pescoço e os árbitros de serviço estavam conscientes da margem alargada de manobra que se deve dar aos machos pescadores quando eles decidem tentar jogar à bola.

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publicado por D'Arcy às 23:28
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Domingo, 2 de Dezembro de 2018

Panaceia

Uma vitória gorda sobre o Feirense, construída graças a uma segunda parte finalmente mas consentânea com aquilo que nós esperamos da nossa equipa, serviu para já de panaceia para os nossos males.

 

 

Foram-nos anunciadas ou prometidas mudanças, mas em termos de constituição da equipa titular ou mesmo variações tácticas elas foram quase imperceptíveis. Houve três alterações à equipa que tinha caído com estrondo em Munique, mas duas delas foram perfeitamente naturais (regresso do Jardel ao centro da defesa e do Gedson, que já tinha jogado a segunda parte na Alemanha, ao meio campo) e apenas a terceira foi uma pequena novidade: a titularidade do Zivkovic pela primeira vez no campeonato esta época - até agora acumulava apenas 79 minutos distribuídos por cinco jogos, sempre vindo do banco. Actuou na ala e não no meio campo, mas já foi alguma coisa. Se a constituição da equipa e a disposição táctica não acusavam as prometidas mudanças, aquilo a que assistimos drante a primeira parte confirmou isso mesmo. Foram mais quarenta e cinco minutos daquele Benfica que nos tem exasperado esta época, com uma imensa superioridade no que diz respeito à posse de bola e quase nenhuns resultados para mostrar. Não que não se notasse vontade nos jogadores para fazer mais, mas o futebol foi pobre e a escassez de ideias muita. Em termos de ocasiões de perigo e oportunidades de golo, foi quase um deserto, e só num livre directo marcado pelo Pizzi é que fizemos um remate à baliza digno desse nome. Muito pouco perante um Feirense completamente decepcionante. O treinador Nuno Manta Santos é frequentemente elogiado pelo bom futebol que a sua equipa pratica, mas esta noite na Luz não mostrou nada, nem sequer vontade de jogar. Apostou fortemente no antijogo praticamente desde o primeiro minuto, com vários jogadores a deixarem-se ficar no chão frequentemente para parar o jogo e o guarda-redes a queimar tempo em cada reposição de bola. Isto sempre perante a benevolência do árbitro, que perante tudo isto anedoticamente apenas concedeu dois minutos de compensação na primeira parte.

 

 

As mudanças prometida ficaram para a segunda parte. Os extremos Rafa e Zivkovic trocaram de lado, com o primeiro a ir para a esquerda e o segundo para a direita, e o Benfica surgiu a jogar mais agressivo, adiantando a linha de pressão vários metros - o Rafa foi um exemplo visível disso, aproveitando a sua velocidade para começar logo a pressionar as tentativas de saída de bola do Feirense, e com sucesso. Claro que o facto do génio do Jonas ter começado logo após quatro minutos a resolver o problema deverá ter feito maravilhas pela confiança de uma equipa que tem andado pela mó de baixo. O adjectivo 'brilhante' não faz justiça ao golo que ele marcou. Depois de uma combinação entre o Zivkovic e o Grimaldo na esquerda, com este último a fazer um cruzamento rasteiro para o centro da área, o Jonas com um primeiro toque de pé direito fugiu ao defesa que o marcava e depois de primeira e de pé esquerdo, já de ângulo apertado, colocou a bola no poste mais distante. Absolutamente genial. Era agora um Benfica completamente transfigurado que estava em campo, e que não se acomodou à vantagem como tantas vezes o tem feito esta época. Em vez disso foi à procura de mais como se isso fosse a coisa mais importante do mundo (não sei se mostraram isso na transmissão televisiva, mas no estádio eu reparei no pormenor do Rúben Dias a ir buscar a bola dentro da baliza e a levá-la para o centro do terreno). E percebemos logo que mais golos iriam acontecer. Num curtíssimo espaço de tempo a pressão do Rafa resultou numa recuperação de bola e no passe para o Jonas que, completamente isolado em frente à baliza, acertou mal na bola e levou-a ainda a raspar no poste. Depois o mesmo Jonas ainda marcou, mas estava em posição irregular. Mas ao fim de treze minutos a bola lá voltou a entrar na baliza do Feirense. Novamente com o Rafa na jogada: passe do Grimaldo em profundidade, o Rafa ganhou em velocidade ao defesa, passou pelo guarda-redes e sobre a linha de fundo tentou assistir o Jonas à boca da baliza, mas um defesa do Feirense antecipou-se e fez autogolo. Dez minutos depois, um merecedíssimo golo para o Rafa, numa jogada que começou precisamente numa recuperação de bola sua, e que terminou com uma finalização quase sobre a linha de golo depois de uma combinação entre o Zivkovic, Pizzi e Jonas. E o Benfica continuou sem tirar o pé, a controlar completamente o jogo e a procurar marcar mais golos que ajudassem a exorcizar os males que nos têm afectado. O Seferovic rendeu o Jonas a oito minutos do final e ainda entrou a tempo de ampliar o resultado mesmo sobre o minuto noventa, aproveitando uma má intervenção do guarda-redes depois de não ter conseguido desviar de primeira o cruzamento do Zivkovic.

 

 

Apesar da maioria provavelmente eleger o Jonas como o homem do jogo, a minha escolha vai para o Rafa. Foi sempre o elemento mais desequilibrador no nosso ataque e esteve em quase todas as jogadas de maior perigo da nossa equipa. Claro que entre ele e o Jonas não houve grande diferença, e o golo do Jonas foi algo de sublime. Pareceu-me que o Zivkovic aproveitou bem a oportunidade. Estranhamente, até o fez mais na segunda parte a jogar na esquerda, onde acabou por estar envolvido nas jogadas de três dos quatro golos. Digo 'estranhamente' porque por norma ele costuma render mais na direita do que na esquerda. Bom jogo também do Grimaldo.

 

Lá diz o velho ditado que uma andorinha não faz a Primavera, mas esta equipa estava claramente a precisar de um resultado destes e de uma exibição como a da segunda parte. Foi notório o alívio dos jogadores e a forma muito mais solta como jogaram à medida que o resultado começou a correr a seu favor. Resta agora saber se vão saber aproveitar isto e dar-lhe continuidade, ou se foi um mero fogacho. Espaço para mais passos em falso já deixou de haver.

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publicado por D'Arcy às 03:17
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