VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Segunda-feira, 29 de Abril de 2019

Proveitosa

Foi uma jornada muito proveitosa para as nossas cores. Ao intervalo do jogo em Braga a perspectiva não era a mais favorável, mas uma grande segunda parte inverteu o rumo dos acontecimentos e permitiu-nos regressar de Braga com a liderança isolada e aquela pequeníssima margem de erro que tínhamos ido conquistar ao Porto recuperada.

 

Nenhuma surpresa no onze. Cumprida a suspensão, o Rafa regressou à titularidade apesar da boa conta que o Cervi tinha dado de si na jornada passada. Confesso que o empate inesperado do Porto não me tinha dado qualquer tipo de euforia, e pelo contrário, me deixou mais nervoso sobre a capacidade que teríamos para aproveitar isso. E ao fim de poucos minutos jogados, esse receio em nada se aliviou. Numa espécie de déjà vu de alguns dos piores jogos da era Lage - a segunda mão da Taça em Alvalade e a segunda mão da Liga Europa em Frankfurt - a nossa equipa entrou pouco confiante no jogo, retraída e lenta a sair nas transições que são a imagem de marca dela. O Braga foi uma equipa agressiva e a pressionar bem dentro do nosso meio campo, causando-nos muitas dificuldades. Houve muito pouco Pizzi durante a primeira parte (acho que só para aí à meia hora de jogo percebi que ele realmente estava em campo) e o Benfica naturalmente ressentiu-se muito disso. Por muito que o critiquem, a verdade é que quando o Pizzi joga bem toda a equipa sobe muito de rendimento, e quando ele está em dia não tudo se torna mais difícil. Samaris e Florentino muito metidos dentro do nosso meio campo a significar uma quase ausência da pressão alta que a nossa equipa costuma exercer sobre os adversários e que os condiciona muito. A forma macia como o Benfica estava a jogar ficou bem expressa no lance do golo do Braga. Começa com a bola a ser perdida numa simulação do Seferovic, que tentou arrancar uma falta no meio campo do Braga. Depois quase não houve oposição séria ao Fransérgio, que correu com ela metade do campo e nem sequer em grande velocidade - responsabilidades maiores para o Florentino, que o foi acompanhando parecendo ter receio de fazer uma falta. O Ferro falhou o desarme e depois quando o Rúben o tentou, já com o Fransérgio quase em cima da baliza, cometeu penálti. Golo do Wilson Eduardo e um problema sério para o Benfica resolver, porque a continuar a jogar da mesma forma claramente seria muito difícil, se não impossível, dar a volta a este resultado.

 

 

Felizmente a segunda parte foi completamente diferente, para melhor. É que só deu mesmo Benfica desde o apito para o reinício. Fomos uma equipa completamente transfigurada que se instalou no meio campo adversário e onde o Pizzi surgiu finalmente ao seu melhor nível. Logo nos primeiros minutos o João Félix esteve perto do empate, mas uma grande defesa do Tiago Sá desviou a bola para o poste. Mas a forma como o Benfica jogava agora fez até desaparecer o nervosismo pela desvantagem, porque o golo do empate acabaria inevitavelmente por surgir. Apareceu ao fim de um quarto de hora, num penálti do Pizzi depois de uma falta sobre o João Félix. E cinco minutos depois, novo penálti, desta vez por mão na bola a um remate do Pizzi. Novamente o mesmo Pizzi a converter sem tremer, e Benfica na frente para gáudio do mar benfiquista que se deslocou a Braga. Sem dar tempo ao adversário para sequer recuperar dos dois golpes, bastaram mais três minutos para acrescentar um terceiro golo à conta e começar a acabar com as esperanças que os nossos inimigos depositaram neste jogo. Canto do Pizzi na esquerda e ao segundo poste o Rúben Dias, a meias com um defesa do Braga, cabeceou com sucesso. Pouco depois o Braga lançou o Dyego Sousa para o jogo e ao apostar mais declaradamente no ataque expôs-se de forma fatal às transições do Benfica. Por via disto, no último quarto de hora podemos até dizer que o Benfica ficou a dever a si próprio uma goleada por números pouco usuais, porque foram várias as ocasiões desperdiçadas para ampliar a vantagem. Numa das mais flagrantes, o Seferovic infelizmente mostrou que a pouca inspiração na finalização que teve no último jogo se prolongou para este, pois permitiu a defesa a guarda-redes quando estava completamente isolado e com tempo para fazer tudo depois de um passe do Rafa. Mas na sequência do lance o Braga foi pouco lesto a afastar a bola e permitiu a recuperação ao Rafa, que depois foi por ali fora como se fosse um jogo na Playstation, passou por todos os que lhe saíram ao caminho e à frente do guarda-redes finalizou com um remate rasteiro e colocado para junto da base do poste. E apesar do grande golo, por respeito ao seu anterior clube não festejou.

 

 

Uma das chaves para este jogo foi o aparecimento do Pizzi, que ainda veio bem a tempo de se tornar o homem do jogo. Dois golos, mais uma assistência, a participação constante no carrossel do ataque. O João Félix não marcou mas gostei bastante do seu jogo, já que foi sempre um dos mais inconformados. Tal como o Rúben Dias. Bom jogo também do Rafa, coroado com aquele golo brilhante para fechar a tarde em festa.

 

Esta era uma das jornadas em que os nossos inimigos mais apostavam para regressar à liderança. No final adormeceram e saiu-lhes o tiro pela culatra, acabando por ser o Benfica a ganhar uma pequena margem de manobra, sendo o desespero deles cada vez mais visível. Mas isto está muito longe de estar entregue. É necessário o Benfica da segunda parte de hoje em todos os jogos até final. Já na próxima jornada vamos receber uma espécie de clube satélite do nosso adversário directo, que tudo fará para agradar à casa mãe e que já nos tirou três pontos este ano. Não há margem para facilitismos.

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publicado por D'Arcy às 00:28
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Terça-feira, 23 de Abril de 2019

Pujante

A resposta esperada e que se exigia após a eliminação europeia. Uma vitória gorda e convincente por parte de um Benfica pujante, que tornou mais curta a distância que nos separa da meta.

 

 

Regressos de Ferro, Florentino e Pizzi ao onze, com o Cervi a ser o escolhido para ocupar a vaga do suspenso Rafa. E tal como no último jogo para a Liga na Luz, era dificil termos um início mais propício: antes de se completarem três minutos de jogo já a bola morava dentro da baliza do Marítimo (que como outros antes deles, também tentaram a estratégia pouco cavalheiresca de alterarem a ordem normal na escolha dos campos). Canto na direita marcado pelo Pizzi, e antes mesmo dele partir para a bola muita gente terá notado o anormal posicionamento do João Félix, fora da área. Não era acidental: a bola saiu rasteira para a entrada da área e vindo de rás ele apareceu solto para rematar de primeira para o golo. O Benfica aproveitou o embalo e continuou em cima do adversário e à procura de novo golo, perante um Marítimo que era incapaz de causar grandes incómodos, mas que num cenário habitual nos nossos jogos contava com a complacência do árbitro para ir distribuindo umas sarrafadas sem que os devidos cartões amarelos fossem mostrados. A meio da primeira parte a chuva aumentou muito de intensidade e pareceu esfriar um pouco os ânimos do Benfica, que desacelerou um pouco e relaxou a pressão, permitindo então ao Marítimo ter um pouco mais de bola. Mas sempre sem conseguir causar qualquer tipo de problemas - não sei se o Vlachodimos fez uma defesa. Acho que só me recordo do Marítimo chegar uma vez à nossa baliza, e até introduziu mesmo a bola nela. Foi na sequência de um canto, mas o lance foi anulado por falta sobre o guarda-redes. Do nosso lado, algumas ocasiões para ampliar a vantagem, mas o Seferovic ia mostrando que estava em noite não, o Pizzi parecia que dava sempre um toque extra na bola antes de rematar e as ocasiões perdiam-se, e o Cervi não acertou com os remates que tentou. Uma vantagem magra ao intervalo dá sempre para deixar algumas dúvidas quanto ao resultado, mas a superioridade do Benfica em campo era por demais evidente.

 

 

E por isso mesmo a entrada na segunda parte se encarregou de desfazer quaisquer dúvidas. Se o Benfica já tinha sido muito superior na primeira, então na segunda o domínio foi total. Tenho a impressão de que o jogo se disputou todo no meio campo do Marítimo, e tenho até dificuldades em recordar-me de situações em que o Vlachodimos tenha tocado na bola. Tal como na primeira parte o Benfica marcou cedo, com menos de quatro minutos jogados. Depois de um canto a bola sobrou para o André Almeida, que na esquerda abriu para o Pizzi do outro lado do campo. A tentativa de cruzamento/remate deste acabou desviada por um defesa do Marítimo e traiu o guarda-redes. Não abrandou o Benfica, que rapidamente mostrou que estava ali para marcar mais golos e por isso as oportunidades continuaram a surgir num jogo de sentido único. Mas o Seferovic continuava a mostrar que não estava em noite de acertar com a baliza, tendo até desperdiçado uma ocasião flagrante que era quase um penálti em andamento - verdade seja dita que o guarda-redes do Marítimo também parecia que só estava inspirado quando se tratava de defender os remates do Seferovic. Mas a avalanche ofensiva do Benfica era imparável e o terceiro golo era inevitável. Cruzamento do André Almeida na direita, e entrada do João Félix ao primeiro poste a desviar para o golo. Havia ainda vinte e cinco minutos para jogar, e quase a certeza que as coisas não ficariam por ali. Oito minutos depois, a confirmação. No último toque na bola que fez neste jogo, o João Félix fez um passe brilhante para a desmarcação do Cervi, que à saída do guarda-redes teve a lucidez de lhe picar a bola por cima com um pequeno toque. Um bonito golo, seguido imediatamente pela troca do João Félix pelo Jonas, com o miúdo a sair debaixo de uma chuva de merecidos aplausos. Até final, e já com o Taarabt e o Salvio em campo (o Rúben Dias foi um dos substituídos, para o manter a salvo de um amarelo que o retiraria do próximo jogo) nada de novo. Domínio total do Benfica, o Seferovic a desperdiçar mais duas ocasiões flagrantes para marcar, mais umas valentes sarrafadas do Marítimo que representaram um esforço louvável para arrumar com o Samaris e o Ferro, e mais dois golos na recta final do jogo. O primeiro do Cervi, num remate rasteiro à entrada da área depois do Marítimo ser incapaz de afastar dali a bola devido à pressão do Florentino, e o segundo mesmo a acabar, numa cabeçada do Salvio depois de um cruzamento largo do Grimaldo.

 

 

O João Félix, com dois golos e uma assistência, é o homem do jogo. Mas esteve muito bem acompanhado. O Cervi aproveitou bem a oportunidade que lhe foi dada. Nada mau para um jogador que, de acordo com um certo jornal, está de malas aviadas do Benfica por ter a certeza que já não tem qualquer hipótese de regressar ao onze. O Pizzi subiu muito de rendimento na segunda parte e continua a somar assistências como ninguém. O André Almeida acabou o jogo com duas assistências para golo. E um jogo muito bom do Florentino e do Ferro. Qualquer um dos dois mostra uma calma enorme com a bola nos pés, parecendo saber sempre tomar a melhor opção e o que fazer com ela. Sempre de forma simples e eficaz. Todos contam, é verdade, mas parece-me que estes dois miúdos neste momento já assumiram o estatuto de titulares.

 

Ultrapassada com distinção mais uma etapa, segue-se aquele que será um dos maiores obstáculos no caminho para o título. O jogo em Braga, para além da valia do adversário em causa, será certamente aquele em que os nossos inimigos mais esperanças depositam para nos travar. Não me admirará portanto que lancem mão de um trunfo forte, estilo Artur Soares Dias ou Hugo Miguel, para tornar as coisas ainda mais difíceis. Passarmos em Braga será certamente um golpe muito duro nas aspirações do crime organizado.

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publicado por D'Arcy às 11:19
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Quinta-feira, 18 de Abril de 2019

Deplorável

Uma exibição deplorável e uma justa eliminação de Liga Europa. No fundo foi uma repetição quase exacta daquilo que nos valeu sermos eliminados também da Taça de Portugal: uma equipa excessivamente descansada na vantagem trazida da primeira mão, com pouca vontade de correr ou jogar, e que só depois de estar a perder sacudiu um pouco a apatia geral. Too little, too late.

 

 

Nem foram muitas as mudanças no onze: apenas três, com as entradas do Jardel, Fejsa e Gedson para os lugares do Ferro, Florentino e Pizzi. Mas a disposição táctica foi diferente, com o Rafa encostado à direita e a jogar quase como extremo puro, o Félix quase sempre na esquerda e o Gedson no apoio mais directo ao Seferovic. O Benfica quase nunca mostrou vontade de suar muito à procura de um golo. Simplesmente fomos deixando o jogo correr, nem sei se fizemos um remate que fosse à baliza adversária, parecendo confiantes que os dois golos de vantagem chegavam e sobravam. E a verdade é que o Frankfurt mostrou muito pouco. A primeira parte foi tranquilíssima, não vimos a esperada pressão alemã desde o minuto inicial, e por isso até dava para acreditar que as coisas pudessem correr bem. Mas era evidente que qualquer lance fortuito que resultasse num golo do Frankfurt deixá-los-ia apenas a um golo do apuramento, e normalmente eles não costumam ser tão esbanjadores como nós. E por isso marcaram mesmo numa das poucas ocasiões criadas, a dez minutos do intervalo. Primeiro remate ao poste e recarga (em posição claramente irregular, que valeu a expulsão do nosso treinador pelos protestos) para o golo. Isto em nada fez mudar a nossa forma de jogar, ou do Frankfurt, verdade seja dita. Mais do mesmo para a segunda parte, mas com o problema adicional que agora um golo adversário significaria a eliminação. Jogadores quase sempre a passo, a perderem quase todas as bolas divididas, constantemente antecipados pelos adversários por ficarem à espera da bola no pé, no fundo sempre uma atitude a roçar a sobranceria. Depois aconteceu o previsível, a cerca de vinte minutos do final. Bola na zona frontal da área, incompetência a afastá-la dali, e remate para o golo. A seguir, claro, lá nos deu vontade de correr um bocado. Tudo foi feito aos repelões, mandámos o Salvio, o Pizzi e o Jonas lá para dentro, tentámos despejar bolas para a área, mas o golo pareceu sempre uma possibilidade remota. Única excepção um lance a cinco minutos do final em que o Salvio rematou de ângulo já apertado e acertou no poste. Eliminação justa no final das duas mãos, porque não soubemos matar a eliminatória na primeira e ainda permitimos ao adversário o segundo golo que os manteve vivos, e na segunda mão fomos simplesmente passear à Alemanha.

 

Talvez o Gedson tenha sido dos poucos que tentou remar contra a maré da apatia geral da equipa. De resto, tudo muito pobre. O João Félix apagadíssimo a jogar encostado à esquerda, Fejsa e Jardel ao nível que têm apresentado desde que regressaram das lesões e uma aparente indiferença geral de toda a equipa que foi muito difícil de compreender. Dá a sensação de que fizeram todos os convites possíveis ao Frankfurt para que marcasse os dois golos de que precisavam.

 

Resta agora o campeonato, depois de mais uma eliminação muito pouco convincente e que nos deixa a pensar que os principais culpados fomos nós. Pelos vistos esta equipa lida mal com vantagens trazidas da primeira mão em eliminatórias a duas mãos. Ainda não vi uma em que tivéssemos jogado decentemente na segunda mão.

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publicado por D'Arcy às 23:19
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Segunda-feira, 15 de Abril de 2019

Firme

Marcámos quatro golos pelo terceiro jogo consecutivo e conquistámos uma vitória sem discussão frente ao Vitória de Setúbal. Mas mais uma vez deu para sair da Luz com a sensação de que o resultado poderia e deveria ter sido bem mais dilatado.

 

 

Cinco alterações na equipa e regresso ao onze que neste momento se poderá considerar o base, com o Florentino a formar a dupla do meio campo com o Samaris. De resto nenhuma surpresa nos restantes escolhidos. Era impossível desejar um melhor início de jogo: decorrido um minuto, e sem que qualquer jogador do Setúbal tivesse sequer tocado ainda na bola, já o Benfica a tinha colocado dentro da baliza adversária. Cruzamento da direita do Félix e desvio do Rafa para o poste mais distante, com a bola ainda a tocá-lo antes de entrar. Não tenho a menor dúvida que foi um resultado directo deste golo madrugador, mas o Setúbal acabou por jogar sem o esperado autocarro na Luz. Isto só proporcionou mais espaços para o Benfica atacar e estivemos sempre por cima no jogo, antecipando-se que um novo golo acabaria por surgir com toda a naturalidade. O Rafa e o João Félix jogavam a um bom nível e criavam sucessivos problemas à defesa do Setúbal, o Florentino era quase inultrapassável no meio campo, e as respostas do Setúbal quase que se resumiam ao Éber Bessa andar a tentar cavar faltas, que desde que fossem no nosso meio campo eram imediatamente aproveitadas para despejar a bola para a área. Antes da meia hora, ocasião soberana para chegarmos ao segundo golo, quando o VAR assinalou um penálti claro por corte com a mão de um remate do João Félix, mas o Pizzi na marcação permitiu a defesa ao guarda-redes. Não desistiu o Benfica, que continuou a criar ocasiões para marcar. O Rafa (por duas vezes na mesma jogada) e o João Félix (cabeceamento por cima) estiveram perto, até que aos trinta e seis minutos o Rafa voltou mesmo a marcar. foi num lance estranho e aos repelões, que começa num pontapé para a frente que um defesa do Setúbal falha a interceptar, a bola seguiu para o Seferovic, e depois a tentativa de passe para o João Félix foi cortada por outro defesa. Mas os defesas do Setúbal acabaram por se embrulhar e não conseguir afastar a bola, que sobrou para o João Félix assistir para o Rafa na esquerda marcar com um remate cruzado. Com o segundo golo tudo parecia muito bem encaminhado, mas apenas três minutos depois o Setúbal reduziu numa boa jogada e a equipa ficou algo nervosa, sendo os minutos que se passaram até ao intervalo o pior período do Benfica no jogo.

 

 

Felizmente a fase má do Benfica resumiu-se a esses poucos minutos, porque a equipa regressou do intervalo mais composta e à procura de novo golo da tranquilidade, não permitindo ao Setúbal grandes ocasiões para sequer incomodar o Vlachodimos. E nem demorou muito tempo até que o terceiro golo surgisse. Foram pouco mais de dez minutos, e surgiu de forma simples, rápida e letal. Uma intercepção fantástica do Florentino deixou a bola no Pizzi, que progrediu pela direita e cruzou para a área, onde surgiu o João Félix na marca de penálti a finalizar com um remate de primeira que não deu qualquer possibilidade de defesa. Uma finalização fabulosa para um golo muito bonito. O Setúbal nunca baixou os braços, mas a partir daqui fiquei com a sensação de que o jogo, mais golo menos golo, estaria decidido a nosso favor. Mesmo considerando os esforços titânicos por parte do árbitro de serviço para enervar a nossa equipa e inclinar o campo. A resposta do Setúbal continuava a ser sobretudo a tal estratégia de despejar todo e qualquer livre para a área, com uma honrosa excepção. O nosso antigo jogador Hildeberto progrediu da esquerda para o meio e desferiu um grande remate cruzado, que teria certamente acabado em golo não fosse uma grande defesa do Vlachodimos. O Benfica tinha o jogo controlado e chegou com naturalidade ao quarto golo já à entrada do último quarto de hora. Combinação entre o Rafa e o Seferovic, com o suíço a marcar com um remate cruzado muito colocado para o segundo poste. Grande trabalho do Seferovic a controlar a bola com um toque e a finalizar imediatamente no segundo toque. Tudo resolvido e o Benfica a aproveitar para algumas poupanças, trocando o João Félix pelo Taarabt. A estratégia do Setúbal de despejar livres para a área acabou por resultar já perto do final, quando o VAR descortinou um penálti cometido pelo Rúben Dias que lhe valeu um amarelo (confesso que no estádio não vi nada e ainda não vi uma repetição do lance). O Setúbal reduziu, o Benfica ainda teve tempo para trocar o Seferovic pelo Jonas e nos poucos minutos que restavam o brasileiro ainda conseguiu desperdiçar de forma incrível o possível quinto golo. Boa jogada do Benfica, cruzamento perfeito do Taarabt na esquerda que foi encontrar o Jonas completamente sozinho à entrada da pequena área, e o cabeceamento saiu inacreditavelmente ao lado.

 

 

Melhor em campo para mim o Rafa, com dois golos e uma assistência, acompanhado de muito perto pelo João Félix, que fez o contrário - duas assistências e um golo. O Rafa viu um amarelo neste jogo que o deixa de fora no próximo, por uma suposta simulação na área onde até me pareceu que foi mesmo tocado. Ao menos assim estará 'limpo' para a fase final da época. Gostei também bastante do Florentino, que neste momento me parece ser o parceiro ideal para o Samaris no meio campo.

 

Mais um adversário ultrapassado e é cada vez menor a distância a separar-nos do objectivo final. O Benfica mantém-se assim firme no topo da tabela, para grande tristeza dos habituais 'líderes à condição'. Segue-se a segunda mão da Liga Europa, onde imagino que o Bruno Lage voltará a fazer rotação do plantel e poupará alguns dos titulares na Liga. Independentemente de quem jogar, espero que a nossa equipa consiga continuar a deixar-nos orgulhosos.

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publicado por D'Arcy às 12:02
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Sexta-feira, 12 de Abril de 2019

Soberba

Foi um excelente resultado contra um opositor fortíssimo, que ainda não tinha perdido esta época na Liga Europa e que desde Dezembro que não perdia um jogo oficial (quinze jogos sem perder). Ainda assim deu para sair da Luz com alguma pena por não termos conseguido uma vantagem mais confortável para a segunda mão. Mas na memória de todos vai ficar a soberba exibição do João Félix, a anunciar o seu nome a toda a Europa.

 

 

Para não variar, imensas mexidas no onze. Foram seis as alterações em relação ao último jogo, tendo ficado de fora André Almeida, Ferro, Florentino, Pizzi, Taarabt e Seferovic, entrando Corchia, Jardel, Fejsa, Cervi, Gedson e Rafa. Pensei que o Rafa formaria a dupla de avançados com o João Félix, mas afinal o Benfica jogou num esquema mais próximo do 4-2-3-1, com o Rafa na direita e o Gedson no apoio ao avançado. O primeiro quarto de hora foi complicado para o Benfica. O Frankfurt apresentou-se a jogar com um ritmo muito forte, a pressionar no campo todo, com transições muito rápidas e a impedir que o Benfica saísse a jogar. Logo nos minutos iniciais passámos pelo primeiro susto, quando um erro do Jardel permitiu ao Jovic isolar-se e só a dobra feita pelo Grimaldo impediu o pior. Quando começámos a libertar-nos um pouco do colete alemão, a coisa não podia ter sido feita da melhor forma: o João Félix recebo a bola na zona frontal da área e quando se esperava um remate saiu um passe a isolar o Gedson, que foi derrubado pelas costas por um adversário. Penálti, vermelho e golo do João Félix. Os alemães não reagiram à expulsão como se calhar se esperaria. Não fizeram qualquer substituição, mantiveram os dois avançados e arriscaram manter-se a jogar com três defesas, deixando ao médio ala a tarefa de fechar a esquerda quando defendiam. Resultou daqui um jogo aberto e disputado sempre a um ritmo alto, adivinhando-se mais golos. Mas o Benfica, na minha opinião, não soube tirar partido da superioridade numérica e deixou mesmo que os alemães conseguissem fazer parecer que ela não existia. Era importante não sofrer golos, mas quem via o jogo facilmente concluía que seria difícil tal não acontecer. E isso confirmou-se a cinco minutos do intervalo, num lance em que acumulámos erro após erro até a bola entrar na nossa baliza. Primeiro, um passe feito para o Fejsa que já estava pressionado. Depois este, em vez de se desfazer da bola, agarrou-se demasiado a ela até ser desarmado. E a seguir, a bola sobrou para o Rebic, ficando uma situação de dois jogadores do Frankfurt para três defesas nossos. O que não seria grave, mas o Rúben Dias entrou à queima e foi facilmente batido e depois o Jardel simplesmente esqueceu-se de marcar o Jovic, que foi para quem seguiu a bola para este marcar um golo fácil. Felizmente a resposta foi imediata, pelos pés do João Félix para o golo da noite. Ainda bem de fora da área, remate a meia altura potentíssimo que fez a bola entrar junto do poste. Faltavam dois minutos para o intervalo e até lá o Cervi ainda desperdiçou duas ocasiões flagrantes de golo e o Frankfurt marcou mesmo na sequência de uma bola parada, mas o golo foi anulado por fora-de-jogo de um jogador que interferiu na jogada.

 

 

Na segunda parte o Benfica surgiu muito diferente e a mostrar finalmente capacidade para explorar a superioridade numérica. Muito mais certeza no passe e velocidade na circulação da bola e variação dos flancos e pela primeira vez vi o Frankfurt quase encostado às cordas. O Rafa deu o primeiro aviso ao atirar ao poste (o auxiliar ainda levantou a bandeira mas o árbitro ignorou porque a bola veio de um jogador alemão) e decorridos apenas cinco minutos estava feito o terceiro golo. Canto do Grimaldo na direita, desvio do João Félix ao primeiro poste e o Rúben Dias surgiu completamente sozinho em frente à baliza para cabecear. Os cantos estudados que o Benfica tentou sempre acabaram por dar resultado - o posicionamento dos jogadores antes do canto ser marcado e a forma como se movimentam é algo pouco visto. Quatro minutos depois, mais um golo e hat trick do João Félix. Um exemplo perfeito da forma como o Benfica estava a saber explorar a superioridade numérica, com a bola a ser torcada entre os nossos jogadores até viajar rapidamente da direita para a esquerda, situação que nos deixou imediatamente numa situação de 5 x 4. A bola seguiu para o Grimaldo, que entrou na área e fez o passe atrasado para a entrada da mesma, onde estava o João Félix para fazer o remate final. Nesta altura o Benfica estava muito por cima no jogo e o cenário mais provável seria marcarmos ainda mais e deixar a eliminatória muito bem encaminhada. O Seferovic entrou para o lugar do Rafa a meia hora do final e dez minutos depois dispôs de uma ocasião flagrante para fazer isso mesmo. Isolado por um passe do João Félix (sempre ele) acabou por permitir a defesa ao Trapp. Não marcámos nós e quase na resposta marcou o Frankfurt. Num pontapé de canto (resultado de uma asneira do Pizzi, que poucos minutos antes tinha rendido o lesionado Corchia) e apesar da superioridade numérica, de alguma forma o Gonçalo Paciência foi deixado completamente à vontade para cabecear sem sequer tirar os pés do chão e relançar a eliminatória. Culpas maiores para o Jardel neste lance, que é quem falha a marcação e o corte. Depois disto os alemães foram mais cautelosos (nunca deixaram de tentar o golo, mas passaram a jogar com quatro defesas fixos) e o resultado manteve-se até final sem grandes ocasiões de parte a parte - apenas um remate com algum perigo para cada uma das equipas.

 

 

Nem seria necessário dizer que o homem do jogo foi o João Félix. Três golos, assistência para o outro, tendo ainda sido dele o passe para o Gedson acabar derrubado no lance do penálti, e ainda aquele passe a isolar o Seferovic que podia ter dado o quinto golo. Foi uma exibição sem mácula que só deverá ter servido para atrair ainda mais atenções sobre si. Para além dele, grande jogo do Samaris, e ainda menções para o Rúben Dias e o Grimaldo. No oposto, Jardel e Fejsa ainda a mostrarem muita falta de ritmo, e estiveram ligados aos dois golos que sofremos.

 

Estamos em vantagem mas a eliminatória está muito longe de estar decidida. O Frankfurt é uma equipa muito forte e tem mais do que capacidade para virar este resultado. E quando nos lembramos do registo absolutamente horrível que o Benfica tem a jogar na Alemanha, parece-me que qualquer tipo de optimismo exagerado será descabido. Por agora, foco na Liga e no Setúbal, que passou a ser agora o jogo mais importante da época, como o serão todos os jogos que se seguem.

 

P.S.- Não gosto de escrever estas coisas, mas nos jogos europeus normalmente o público da Luz é algo diferente do habitual. Para os benfiquistas que esta noite lá foram e que se entreteram a assobiar esporadicamente a equipa nos minutos finais só porque não se atiravam desenfreadamente para o ataque, para a próxima se calhar é melhor pensarem duas vezes e ficarem por casa. A atitude é ainda mais aberrante quando comparamos com a imensa falange de apoio que o Frankfurt trouxe, que mesmo a perder por 4-1 e com a equipa encostada às cordas não se calou um minuto no apoio à sua equipa.

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publicado por D'Arcy às 00:57
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Domingo, 7 de Abril de 2019

Complicado

O resultado final de 4-1 esconde as dificuldades por que passámos para ultrapassar o Feirense, em especial durante a primeira parte. Foi um jogo complicado, e nem vou dizer que foi inesperadamente assim porque nesta fase temos que esperar dificuldades e ansiedade acrescida em todos os jogos. Mas a equipa acabou por reencontrar-se, dar a volta ao resultado e fazer uma segunda parte completamente tranquila.

 

 

Já sabíamos que o Rafa e o Gabriel estavam fora das opções, mas as alterações no onze não se ficaram por aí. O Jardel e o Fejsa saltaram directamente para a bancada, e no onze entraram o Ferro, o Florentino, o Samaris e a surpresa Taarabt. A entrada do Benfica no jogo foi péssima. O Feirense, que não ganha um jogo desde Agosto, entrou bastante atrevido perante um Benfica retraído, e não foi muito surpreendente quando chegaram ao golo logo aos dez minutos. Uma falha de comunicação entre o Vlachodimos e o André Almeida depois de um cruzamento da esquerda permitiu ao Sturgeon cabecear sem oposição para o golo. Pensar-se-ia que isto poderia servir de alarme para a nossa equipa, mas não. Continuámos a jogar mal, e só não nos apanhámos a perder por dois porque o golo foi anulado por fora-de-jogo. Só a partir da meia hora de jogo é que começámos a empurrar o Feirense para a sua área de forma mais sistemática, mas ainda assim as coisas eram quase sempre mal feitas no ataque, com a equipa a optar demasiadas vezes por cruzamentos largos e sem grande critério para a área. Acabámos por ser resgatados do abismo por um penálti a cinco minutos do intervalo, que estranhamente foi assinalado pelo VAR - estou mais habituado a ver os VAR a decidirem constantemente contra nós. O Pizzi marcou-o exemplarmente e tudo mudou. Logo a seguir o Félix fez o segundo golo, mas foi anulado por posição irregular deste. Mas ainda fomos a tempo de sair para o intervalo em vantagem: na marcação de um canto, o Samaris assistiu de cabeça o André Almeida para que o nosso capitão neste jogo fizesse o segundo golo.

 

 

A segunda parte acabou por ser bastante tranquila, muito por culpa de um golo madrugador do Seferovic que nos colocou com uma vantagem de dois golos. Um desentendimento entre um defesa e o guarda-redes colocou a bola nos pés do suíço, e ainda de fora da área e de primeira ele fez um chapéu perfeito que acabou com a bola no fundo da baliza do Feirense. A partir daí o Benfica controlou completamente o jogo e o Feirense não conseguiu causar qualquer incómodo, sendo cada vez mais previsível que a vantagem do Benfica iria aumentar. Ocasiões para isso não faltaram e até o André Almeida esteve perto da façanha de marcar dois golos no jogo, quando no seguimento de um livre se antecipou ao guarda-redes mas o cabeceamento saiu com a mira demasiado elevada. As trocas feitas foram mais ou menos previsíveis e não alteraram muito a forma de jogar da equipa - Félix por Jonas, Pizzi por Gedson e Taarabt por Cervi. À medida que o jogo caminhava para o final o lado direito da defesa do Feirense foi-se tornando cada vez mais uma espécie de autoestrada para o Grimaldo, que repetidamente investia por aquele lado e causava quase sempre perigo, mas o resultado foi-se mantendo teimosamente até quase ao final do jogo. Só nessa altura é que um cruzamento do Grimaldo (sempre ele) na ressaca de um canto foi encontrar a cabeça do Seferovic, que colocou a bola perto do ângulo e sem possibilidades de defesa para o guarda-redes.

 

 

Melhores do Benfica, para mim, Grimaldo e Seferovic. Bons jogos do Ferro, Florentino e Samaris, a mostrar um pouco que se calhar aquela opção na última quarta-feira de meter o Jardel e o Fejsa directamente na equipa vindos de lesões recentes é capaz de não ter sido a mais acertada. O Taarabt não fez muito de particular realce mas não comprometeu e pelo menos mostrou sempre empenho, mesmo na tentativa de recuperar a bola.

 

Não gostei da má entrada no jogo, até porque é o segundo jogo consecutivo em que isso acontece. Poderia ter tido consequências desastrosas. Ainda bem que conseguimos dar a volta ao resultado e regressar do Norte com mais três pontos. Agora faltam seis finais, com o benefício de quatro delas serem jogadas na Luz. Continuamos a ser os únicos a depender só de nós, e o crescente desespero que isso provoca nos nossos adversários é cada vez mais evidente.

 

P.S.- Não é que isso seja novidade para ninguém, mas quem tiver tido a oportunidade de ouvir a diferença de tom dos comentários da fraude Freitas Lobo enquanto o Feirense ganhava e depois do Benfica passar para a frente do marcador percebe o que é que esta personagem anda ali a fazer. O homem acabou o jogo em sofrimento.

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publicado por D'Arcy às 23:02
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Quinta-feira, 4 de Abril de 2019

Merecida

Um jogo na sequência daquilo que já (não) tínhamos feito contra o Tondela resultou numa merecida derrota pela margem mínima e consequente eliminação da Taça de Portugal.

 

Pouco a dizer: foi mais um jogo muito pobre da nossa equipa, que ao contrário daquilo que tinha feito para o campeonato, em que entrou para ganhar o jogo, desta vez entrou em campo demasiado expectante e confortável com o nulo no marcador. Estávamos sempre expostos a algum remate de longe do Bruno Fernandes (até porque o Sporting pouco ou nada mais tem do que isso) e foi mesmo o que aconteceu. E já muito antes disso acontecer tinha a perfeita convicção que se por acaso o Sporting marcasse primeiro, o Benfica não teria capacidade de reacção, o que se verificou. Falhámos quase sempre nas transições, quer por passes errados (e perdermos o Gabriel ao fim de quinze minutos não ajudou nada) quer por demasiada demora a executá-los. As poucas ocasiões flagrantes que criámos, desperdiçámo-las de forma absurda nem sequer acertando na baliza (Jonas, Seferovic). Mesmo o golo do Sporting é uma ode ao desleixo, dado que tínhamos a posse da bola em zona defensiva e por duas vezes errámos na saída. Estranhamente, só melhorámos um pouco na fase final graças à entrada do Taarabt, que mostrou muito mais critério na qualidade e tempo de passe do que qualquer outro dos jogadores em campo. Mas antes disso a entrada do Jonas pareceu-me um rotundo falhanço e uma opção completamente errada para a forma como o jogo estava a decorrer.

 

Foi uma competição perdida de forma ridícula, mas o mais preocupante é o acumular de más exibições. Alguns dos jogadores parecem estar claramente abaixo de forma nos últimos jogos (Félix, Seferovic, Pizzi...) e os regressos do Jardel e do Fejsa para este jogo também não me deram confiança nenhuma - se era para poupar o Samaris, teria preferido o Florentino porque o futebol do Fejsa não me parece encaixar no tipo de jogo que quereríamos praticar nesta situação. A somar a isto, fico agora na expectativa para perceber a gravidade da lesão do Gabriel, porque me parece que sem ele a equipa deixa de funcionar. Depois de uma recuperação brilhante numa altura em que a época parecia perdida, parece que insistimos agora em dar tiros nos pés.

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publicado por D'Arcy às 00:02
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