VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Quinta-feira, 19 de Dezembro de 2019

Justíssima

Uma vitória difícil mas justíssima permitiu ao Benfica deixar o Braga pelo caminho e assegurar o apuramento para os quartos de final da Taça de Portugal. Isto apesar de uma arbitragem simplesmente deplorável (mais uma) de Artur Soares Dias, auxiliado por Carlos Xistra no VAR. 

 

 

Já não há grandes surpresas, e o Benfica voltou a apresentar a equipa dos últimos jogos havendo apenas a rotatividade na baliza, onde o Zlobin rendeu o Vlachodimos. Apesar de já termos derrotado confortavelmente o Braga para a liga, antecipava uma noite complicada frente a este adversário. Na Luz certamente que poderiam utilizar a fórmula que tão bons resultados tem dado na Liga Europa. E as coisas até começaram a complicar-se para nós, quando logo aos catorze minutos de jogo o Braga se apanhou em vantagem praticamente na primeira vez que chegou à nossa baliza. Um bom cruzamento da direita teve uma abordagem menos feliz do Ferro, que acabou por desviar a bola para a própria baliza. Afortunadamente, a reacção do Benfica foi boa e nem deu para ficar preocupado muito tempo: apenas quatro minutos depois já o habitual Pizzi se encarregava de fazer a igualdade. Depois de receber a bola do Vinícius à entrada da área, um óptimo trabalho num curtíssimo espaço e rodeado de vários adversários culminou num remate cruzado e rasteiro que fez a bola entrar bem juntinho ao poste. O Benfica tinha a clara iniciativa de jogo, enquanto que o Braga se fechava bem atrás e ia manetendo a nossa equipa em sentido com tentativas de saída para o ataque. A ajudar a tarefa do Braga o facto do Artur Soares Dias lhes permitir toda a margem de manobra para usar e abusar da agressividade no ataque à bola. Qualquer possibilidade de falta nas imediações da sua área era olimpicamente ignorada - ou então, como chegou a acontecer, era marcada falta ao nosso jogador que recebia a pancada. Este suposto 'melhor árbitro português da actualidade' é um dos meus ódios de estimação, mas creio que hoje teve das actuações mais descaradamente parciais que lhe vi fazer. O Benfica esteve sempre por cima e mais perto de chegar ao segundo golo, sobretudo quando insistia pela direita, mas foram várias as vezes em que depois de ganha a posição o centro acabava invariavelmente por ser interceptado por um defesa. A melhor ocasião foi do Chiquinho, que depois de uma bonita jogada de trocas sucessivas de bola pela zona central ficou isolado e acabou por acertar no poste.

 

 

Na segunda parte, e a exemplo do que tem acontecido quase sempre nos últimos jogos, uma entrada muito forte do Benfica, que caiu completamente em cima do Braga e remeteu o adversário completamente para o seu meio campo. Logo nos primeiros minutos houve um lance de possível penálti por corte com o braço de um defesa bracarense, mas com o Soares Dias no campo e o Xistra nos bastidores nem sequer alimentei qualquer tipo de esperança. O golo acabou por surgir, inevitavelmente, aos sessenta e dois minutos. E pelo outro suspeito do costume, Vinícius. Passe do Taarabt a solicitar a corrida do Vinícius, que levou a bola quase até à linha de fundo do lado esquerdo e acabou por rematar daí (tenho até dúvidas se não terá sido uma tentativa de passe) sem muita força, mas de alguma forma o guarda-redes do Braga foi incapaz de parar a bola e esta rolou muito devagarinho até ultrapassar mesmo a linha de golo. E se escrevo que o golo era inevitável é porque o Braga até então não tinha feito um único lance de ataque na segunda parte. Não é uma força de expressão, tenho até dificuldades em lembrar-me se o Zlobin chegou a tocar na bola. Obtida a vantagem, o Benfica abrandou claramente o ritmo, o que permitiu ao Braga voltar a ter bola no nosso meio campo. Mas o Braga nunca conseguiu ser uma equipa especialmente incómoda, e os lances mais perigosos que conseguiu foram um golo que foi anulado por clara posição irregular (estranhamente o VAR conseguiu demorar imenso tempo a avaliar uma situação tão clara - presumo que estivesse a esforçar-se por encontrar algum frame que lhe permitisse validar o golo) e um remate à entrada da área que passou por cima da baliza. Já o Benfica, sobretudo nos minutos finais, dispôs de diversas ocasiões para sentenciar o jogo. Mas o Pizzi, o Chiquinho e sobretudo o recém entrado Seferovic estiveram francamente desinspirados na finalização e desperdiçaram todas as situações.

 

 

Mais uma vez destaques para o Pizzi, Vinícius, Taarabt e até Gabriel, embora este último tenha perdido demasiadas bolas em especial durante a primeira parte. E mais um jogo muito confiante do Tomás Tavares - começa a parecer que o regresso ao onze titular do André Almeida quando estiver recuperado da lesão não será uma coisa tão clara assim.

 

A encomenda pareceu-me estar feita para este jogo, mas o estafeta vindo do Porto não conseguiu fazer a entrega. O Benfica foi superior ao Braga e venceu com inteiro merecimento. Nem a arbitragem parcial, nem a infelicidade do autogolo madrugador que nos colocou em desvantagem conseguiram afectar a nossa equipa. Estamos a atravessar o melhor momento da época.

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publicado por D'Arcy às 01:28
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Domingo, 15 de Dezembro de 2019

Confortável

Mais uma vitória incontestável, completa com goleada construída pelos suspeitos do costume e com uma novidade, e exibição bastante convincente. Parece que voltámos ao hábito de chegar ao final dos jogos e apesar do resultado dilatado ainda ficamos a pensar que podiam ter sido mais.

 

 

Voltámos a apresentar o mesmo onze dos últimos jogos, que tão boa conta tem dado de si. Pela frente apanhámos a equipa sensação do campeonato, que apesar da má sequência de resultados nos últimos jogos ainda se mantém no terceiro lugar. O Famalicão tem mostrado ser uma equipa que gosta de jogar um futebol positivo e foi assim que entrou no jogo - apesar da tendência excessiva para o seu guarda-redes atrasar as reposições de bola. Tentavam sempre sair a jogar, atacavam com vários jogadores e havia sempre a intenção de colocar pressão sobre a saída de bola do Benfica. No ataque a tendência era quase sempre fazer a bola chegar aos alas, com o Fábio Martins a tentar quase sempre concluir as jogadas em que intervinha. O Benfica foi aquilo que tem sido nos últimos jogos. Muita capacidade de construção no meio do campo, com o Gabriel nos passes longos e o Taarabt no transporte de bola, Pizzi e Chiquinho muito móveis, e na direita um Tomás Tavares cada vez mais confiante a aparecer mais frequentemente nas acções ofensivas - o corredor direito, onde o Chiquinho também aparecia regularmente em trocas constantes com o Pizzi, foi hoje tão ou mais activo do que o esquerdo, quando normalmente o Grimaldo costuma ter muito mais preponderância no outro flanco. Durante os primeiros minutos tivemos a sensação de um jogo relativamente equilibrado, onde apesar do ligeiro sinal mais do Benfica o Famalicão ia conseguindo manter a organização defensiva e dar sinais de vida no ataque. Pouco antes da meia hora conseguiram mesmo um remate que obrigou o Vlachodimos a aplicar-se, mas esse acabou por ser quase uma espécie de canto do cisne do Famalicão no jogo. Isto porque a partir desse momento a superioridade do Benfica tornou-se simplesmente avassaladora e as ocasiões de perigo começaram a aparecer em catadupa, de tal forma que o golo do Benfica acabou por ser uma inevitabilidade. Depois de várias ameaças sérias, quase sempre pelos pés do Pizzi, o golo apareceu a seis minutos do intervalo. Jogada pela direita com o Tomás Tavares a libertar o Chiquinho, que depois fez o cruzamento rasteiro para uma finalização fácil do Vinícius na zona do segundo poste. Até pareceu fácil.

 

 

No regresso do intervalo o Benfica voltou a fazer aquilo a que nos tem habituado nos últimos jogos: uma reentrada muito forte no jogo, que resultou rapidamente num segundo golo. O Taarabt até já tinha ficado muito perto de marcar antes disso, mas o remate em zona frontal saiu perto do poste. Já o inevitável Pizzi não desperdiçou uma bola solta na mesma zona, depois de um alívio a um cruzamento do Chiquinho, e rematou de primeira de pé esquerdo para o golo. A superioridade do Benfica no jogo era nesta altura quase total, e naturalmente voltou a antecipar-se uma goleada. O terceiro golo surgiu novamente dos pés do Pizzi - momento antes já o Tomás Tavares tinha desperdiçado uma ocasião soberana para o fazer. Mais um passe do Chiquinho, da esquerda para a direita do campo, e dentro da área o Pizzi controlou com o pé direito, tirou um defesa do caminho e rematou de pé esquerdo para o fundo da baliza. Faltava ainda quase meia hora para o final, mas o jogo estava mais do que resolvido. O Famalicão nunca baixou os braços e tentou sempre atacar na procura de um golo que pudesse relançar alguma dúvida no encontro, mas o Benfica estava demasiado confortável no jogo para que pudesse passar por demasiados calafrios - a situação mais complicada foi uma bola metida em profundidade para as costas da defesa que obrigou o Vlachodimos a sair da baliza para se antecipar de carrinho ao adversário à entrada da área. O Benfica estava tão confortável que deu para o Bruno Lage dar minutos ao Seferovic, Jota e até ao Caio. Nos minutos finais o jogo ficou de tal forma partido, com o Famalicão a colocar tanta gente a atacar, que havia dois cenários possíveis: ou o Famalicão chegava finalmente ao golo que tanto desejava, ou o Benfica marcava o quarto num contra-ataque. Mas era esta segunda possibilidade que parecia muito mais provável, e depois de termos desperdiçado algumas ocasiões para a concretizar, no último minuto conseguimo-lo. Saída rápida com o Pizzi a solicitar o Caio na esquerda, que depois de entrar na área rematou para o primeiro poste e assim fez o seu primeiro golo oficial pelo Benfica - e se não quisesse rematar, tinha o Seferovic e o Pizzi completamente à vontade no segundo poste para encostar.

 

 

O homem do jogo é obviamente o Pizzi. Dois golos e uma assistência, e poderia ainda ter sido muito melhor se na primeira parte estivesse com a mira mais afinada, ou fosse um pouco menos egoísta - pelo menos num par de ocasiões optou pelo remate mas creio que teria feito melhor em passar para o Vinícius no meio. O Chiquinho é um jogador muito importante nesta táctica, e hoje provou-o com duas assistências 'e meia'. Passes para o primeiro e terceiro golos, e o segundo resulta da intercepção a um cruzamento seu. Voltei a gostar bastante da dinâmica imprimida pela dupla do meio campo, com ambos os jogadores a mostrarem também muito empenho na recuperação da bola. O Tomás Tavares continua a crescer de jogo para jogo, e hoje terá feito a sua melhor exibição pela equipa principal, o que é ainda mais assinalável quando apanhou como adversário directo um dos jogadores que se tem destacado nesta fase inicial do campeonato, Fábio Martins. Convém não esquecer que ele tem 18 anos, ou seja, ainda é júnior. Uma palavra final para o Vlachodimos. Está cada vez mais confiante e sóbrio na baliza. Como guarda-redes de equipa grande não tem muito trabalho, mas tem-se mostrado sempre muito atento quando é chamado. Se o Benfica não sofreu golos em 10 dos 14 jogos do campeonato, também é muito a ele que isso se deve.

 

Missão cumprida e temos a garantia de passar o ano confortavelmente instalados no topo da tabela. Agora espero que o Benfica saiba transportar este bom momento no campeonato para a taça, porque até agora não o temos sabido fazer - as exibições nas outras competições têm deixado muito a desejar. O adversário da próxima quarta-feira será certamente um osso duro de roer, e vamos precisar do melhor Benfica para seguir em frente.

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publicado por D'Arcy às 05:23
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Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2019

Matura

Uma exibição europeia consistente e matura, domínio quase absoluto do jogo e do adversário, vitória inquestionável e 'queda' para a Liga Europa confirmada. Era o que se podia exigir nesta altura.

 

 

Onze sem qualquer alteração, e depois de uns minutos iniciais de estudo mútuo o Benfica acabou por pegar no jogo e mostrar ser a única equipa a querer jogar para ganhar. Os russos ou não tinham capacidade para mais, ou então estavam excessivamente confortáveis com as notícias que vinham de Lyon, já que a vantagem do Leipzig significava que podiam até perder este jogo que a passagem aos oitavos da Champions estava garantida. Todo o domínio territorial e de posse do Benfica pecava pela incapacidade em convertê-lo em ocasiões de finalização. A bola chegou poucas vezes em condições a zonas mais perigosas e houve um excesso de insistência nos cruzamentos, que ainda por cima saíram frequentemente mal. Mas o Benfica foi maduro na forma como foi sempre procurando o golo de forma paciente e sem sofreguidão, que na maior parte das vezes dá mau resultado na Champions. O Zenit no ataque quase que se limitava a despejar bolas para a referência Dzyuba, que apesar de ser alto mostrou ser pouco tosco e obrigava a nossa linha recuada a manter-se atenta. Sem alterações para a segunda parte, o Benfica depressa se mostrou diferente para melhor no que diz respeito à criação de ocasiões de golo. Até porque se colocou em vantagem logo aos dois minutos, com o Cervi a ter apenas que empurrar para a baliza depois de um cruzamento rasteiro do Pizzi, servido pelo Vinícius. Este golo, conjugado com a vantagem do Leipzig no outro jogo, colocava desde logo o Benfica no terceiro lugar, mas para os russos não alterava nada e continuavam apurados para a próxima fase. Para não estarmos dependentes do outro resultado era imperioso marcarmos um segundo golo, e fomos à procura dele. Chegou ainda antes de decorrido o primeiro quarto de hora, e não foi por falta de ocasiões que ele não chegou mais cedo, pois o Benfica agora conseguia meter muita gente a atacar, com Cervi e Pizzi muito mais activos e também com muita participação dos laterais nos movimentos ofensivos. Foi aliás de um cruzamento do Grimaldo que surgiu o penálti do qual resultou o golo. Mão na bola do Douglas Santos, que lhe valeu também a expulsão, e o Pizzi concretizou com classe. Com a vantagem de dois a zero o Benfica tinha a passagem à Liga Europa na mão, deixava de precisar do resultado no outro jogo, e só um golo do Zenit é que poderia complicar o cenário (obrigaria o Benfica a ter que vencer por três golos de diferença). O ritmo abrandou um pouco, mas continuava a ser o Benfica a somar ocasiões para ampliar a vantagem. Pelo meio, a única grande ocasião de golo para os russos, no seguimento de um canto, com o Vlachodimos a corresponder com a defesa da noite. Logo a seguir, a onze minutos dos noventa e depois de mais uma ocasião clara de golo desperdiçada pelo Vinícius, no pontapé de canto daí resultante surgiu o terceiro golo - um autogolo disparatado do Azmoun, que desviou a bola directamente para o ângulo superior da sua baliza. Como o Leipzig ainda continuava em vantagem, poderíamos ter o cenário um tanto ou quanto surreal de ver os russos no final do jogo a festejar depois de serem goleados. Tal não aconteceu porque o Lyon chegou ao empate nos minutos finais, mas mesmo sabendo disso o Zenit não mostrou capacidade de reacção, isto apesar de um golo deles significar o seu apuramento para a Liga Europa e a eliminação do Benfica.

 

 

Pizzi e Taarabt foram dos melhores da equipa. O Vinícius esteve infeliz na finalização mas foi bastante útil como referência de ataque. O Gabriel está a subir de forma e o Tomás Tavares continua a ganhar confiança a cada jogo - fez um jogo sempre em crescendo. O Grimaldo melhorou na segunda parte e acabou por ficar ligado a dois dos golos.

 

Finalizada mais uma campanha na Champions com o prémio de consolação é normal ficarmos a pensar como seria se tivéssemos conseguido jogar sempre com alguns dos jogadores com mais experiência - creio que os últimos dois jogos deixaram uma boa imagem daquilo que poderia ter sido. Também podemos ficar a lamentar ainda mais a incapacidade para segurar a vantagem em Leipzig, porque nesse caso estaríamos hoje a celebrar o apuramento. Mas falar depois dos factos é sempre fácil. O facto a retirar, para mim, é que o Benfica parece ter conseguido encontrar um onze base relativamente estável e com isso o nível exibicional da equipa tem vindo a crescer. Espero que a tendência seja para manter e que possamos consolidar ainda mais a nossa liderança na Liga, para desespero dos outros.

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Sábado, 7 de Dezembro de 2019

Sólida

Estava à espera que a deslocação ao Bessa fosse um dos jogos mais complicados esta época. Mas o Benfica respondeu com uma das exibições mais sólidas dos últimos meses e resolveu este potencial problema com grande facilidade. Se houve alguma ilusão de equilíbrio, foi apenas porque o Boavista conseguiu marcar na primeira (e quase única) ocasião em que chegou à nossa baliza durante todo o jogo.

 

 

Regresso ao onze titular mais habitual das últimas semanas, com a excepção do Tomás Tavares alinhar no lugar do André Almeida, ausente por problemas físicos. A entrada do Benfica foi a matar: logo na primeira jogada de ataque o Pizzi isolou-se após um passe longo para as costas da defesa e fez a bola entrar na baliza, mas o golo foi anulado por um fora-de-jogo de centímetros. Daqueles lances em que um frame a mais ou a menos permite ao VAR validar ou não um golo, e que é daqueles pormenores que me fazem odiar o VAR - dá a sensação de que andam sempre à procura de uma desculpa para anular golos. Mas o lance não fez o Benfica esmorecer - fomos claramente superiores e dominadores em todo o campo, conseguindo mesmo dominar o meio campo com a dupla Gabriel e Taarabt sempre bem apoiada pelo Chiquinho e os dois alas, que frequentemente procuravam as zonas interiores. Isto apesar do critério largo obviamente adoptado pelo Jorge Sousa, que ia permitindo ao Boavista frequentemente matar os lances logo no meio campo com faltas sucessivas ficando sempre o amarelo guardado no bolso. Quando o amarelo finalmente saiu, foi num lance em que com boa vontade poderia ter sido vermelho, porque o Obiora travou o Chiquinho quando este estava em muito boa posição para se isolar (com a pancadaria que este jogador tinha andado a distribuir antes deste lance, com um critério normal ele não chegaria ao intervalo). O jogo continuou sempre com sentido único, com o Boavista acantonado atrás e incapaz sequer de causar qualquer tipo de incómodo em saídas em contra-ataque. Chegámos finalmente ao golo aos trinta e quatro minutos - um grande passe do Pizzi da direita (depois de uma boa saída do Cervi para o contra-ataque, na qual foi obviamente uma vez mais placado) foi encontrar o Vinícius do outro lado, que depois entrou na área e surpreendeu o guarda-redes com um remate forte e colocado para junto do poste mais próximo, quando ele esperava um remate cruzado. O mais difícil estava feito e parecia altamente improvável que o Boavista tivesse capacidade para responder à vantagem do Benfica. Mas de forma muito inesperada o empate surgiu mesmo quase em cima do intervalo, na única vez em que vi o Boavista chegar à nossa área. Culpas algo repartidas entre os dois centrais, já que o Rúben ficou atrasado em relação à linha da defesa e meteu o adversário em jogo, e depois o Ferro não acompanhou o avançado do Boavista e ficou fora do lance, permitindo-lhe ficar à vontade para desviar a bola de cabeça quando o Vlachodimos saiu. O empate ao intervalo era obviamente frustrante dada a enorme superioridade do Benfica em campo, mas se voltássemos para a segunda parte com a mesma atitude não haveria motivos para grande preocupação.

 

 

E a verdade é que foi isso mesmo que aconteceu. O Boavista obviamente que estava satisfeito com o empate e manteve-se na retranca, e o Benfica continuou com enorme domínio territorial e foi à procura de novo golo que desse a vantagem no marcador. O Chiquinho deu o primeiro grande aviso logo nos primeiros minutos, obrigando o Bracali a uma boa defesa. E um minuto depois (aos sete) o golo chegou mesmo. Passe do Grimaldo (depois de uma bonita investida do Taarabt) a desmarcar o Vinícius, que entrou na área pela esquerda cruzou rasteiro para o poste mais distante, onde o Cervi apareceu embrulhado com um defesa a empurrar para o golo. Estava reposta a justiça no marcador e desta vez acreditei mesmo que o Boavista já não conseguiria ir outra vez buscar o empate - até porque pareciam estar mais empenhados em reclamar uma suposta falta do Cervi no lance do golo, quando o argentino ganha posição e é depois pontapeado pelo defesa do Boavista quando este tentou cortar o lance. E em boa verdade, o Benfica não deu hipóteses ao Boavista de sequer sonhar com isso, porque continuou a dominar completamente o jogo, sendo recompensado com o terceiro golo dez minutos depois. Bola interceptada pelo Grimaldo logo no início de uma tentativa de saída para o ataque por parte do Boavista e colocada pelo meio da defesa para o Vinícius, que logo na meia lua rematou de primeira de pé esquerdo para o ângulo superior da baliza sem qualquer possibilidade de defesa. Jogo mais do que resolvido e a partir daqui sim, achei que o Benfica abrandou um pouco o ritmo. Sem que isso no entanto desse ao Boavista qualquer possibilidade de regressar ao jogo, já que as poucas vezes em que conseguia chegar à frente eram quase sempre na sequência de livres despejados para a área. Continuou aliás a ser sempre o Benfica a estar mais perto do golo, e ainda deu para chegar ao quarto já em período de compensação. Foi pelo Gabriel, que cabeceou com sucesso após um livre marcado pelo Grimaldo (a castigar falta sobre si próprio) - de assinalar que antes deste jogo o Boavista ainda não tinha sofrido mais do que um golo em qualquer jogo da liga, e tinha uma das melhores defesas. Para não passar o jogo todo praticamente sem fazer nada, mesmo a acabar o jogo o Vlachodimos ainda teve a oportunidade para fazer uma boa defesa a um livre directo.

 

 

Homem do jogo, obviamente o Vinícius graças aos dois golos e uma assistência. O homem no qual se deitaram fora dezassete milhões com o único objectivo de fazer um favor ao Mendes (mesmo não sendo ele na altura agenciado pelo Mendes, mas isso são pormenores) vai-se revelando uma das figuras da equipa e tem agora dez golos marcados nos últimos nove jogos pelo Benfica - estou a contar com o golo gamado pelo Veríssimo. Também me parece óbvio que daqui a uns meses o pilantra do Vieira será criticado por estar mortinho por vender o Vinícius, esse jogador que é prata da casa e que só veio para o Benfica contra a vontade do Vieira, porque ele só está interessado em destruir o clube. O Grimaldo também teve grande influência neste jogo, com duas assistências e participação noutro golo. Bom jogo da dupla do meio campo e do Pizzi, como de costume. O jovem Tavares fez uma exibição em crescendo, e creio que assim que vá acumulando experiência será apenas uma questão de tempo até conquistar a titularidade.

 

Foi uma grande resposta do Benfica num jogo em que tínhamos todas as razões para esperar dificuldades. As dificuldades maiores acabaram por ser criadas por uma arbitragem muito tendenciosa por parte do Jorge Sousa. Num jogo em que os jogadores do Boavista andaram a lavrar o campo e a bater sem critério, o Benfica acaba com o mesmo número de amarelos deles. Na dúvida, decidiu quase sempre a favor da equipa da casa. Só mesmo ele conseguirá explicar como é que o Ricardo Costa não foi tomar banho mais cedo (conseguiu nem ver sequer um amarelo). Mas no final o que fica é mais uma vitória convincente do Benfica - a décima consecutiva nesta liga, e 91 pontos em 96 possíveis é o cartão de visita do Benfica de Bruno Lage. Temos que nos livrar rapidamente deste incompetente, porque tipos capazes de fazer muito melhor do que isto andam por aí aos pontapés. O que é uma chatice é que sempre que os maldizentes ganham um bocadinho de embalo, a resposta seja invariavelmente uma exibição para os desmotivar novamente.

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publicado por D'Arcy às 01:46
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Quarta-feira, 4 de Dezembro de 2019

Contra-senso

Uma equipa transfigurada resultou numa exibição muito pobre e um resultado ridículo contra o Covilhã, que compromete seriamente as nossas aspirações na taça da liga.

 

 

O Rúben Dias foi o único sobrevivente do onze apresentado nos dois últimos jogos. De resto foi quase um Benfica 'made in' Seixal: mais seis jogadores formados no clube - Zlobin, Tomás Tavares, Nuno Tavares, Florentino, Gedson, e Jota - reforçados com o Jardel, Samaris, Zivkovic e De Tomas. Pouco há a dizer sobre a qualidade do futebol jogado, porque foi pobre. Para além de termos praticamente começado o jogo a tentar oferecer um golo ao adversário, num mau passe do Zlobin para o Rúben que depois o próprio Zlobin acabou por resolver, conseguimos ainda desperdiçar de forma escandalosa as poucas ocasiões flagrantes que construímos. O Gedson conseguiu cabecear à barra quando estava a pouco mais de um metro da linha de golo, e o De Tomas, isolado por um grande passe do Tomás Tavares, rematou à figura do guarda-redes com a convicção de quem já tinha a certeza de que não iria marcar. No meio campo o Samaris fazia todos os possíveis para conseguir chegar ao intervalo com o impressionante registo de 100% de passes falhados, enquanto o Gedson tentava maximizar a estatística de perdas de bola. Ao intervalo ficou o Florentino no balneário e regressou o Vinícius, mas conseguimos que o Covilhã se apanhasse em vantagem praticamente sem saber como logo na primeira jogada: um corte destrambelhado do Jardel (deve ter sido feito de olhos fechados) atirou a bola contra o Rúben e o ressalto deixou um adversário isolado. O Benfica reagiu obviamente ao golo aumentando o ritmo, mas com muito pouco discernimento, enquanto que o Covilhã foi fazendo pela vida com toda a gente a defender e umas simulações de lesões para queimar tempo. Ainda recorremos ao Pizzi e ao Taarabt para os lugares do Samaris e do Zivkovic (desconfio que se arrisca a ser um dos bodes expiatórios, mas sinceramente nem me pareceu que estivesse a ser dos piores e não tenho muito a apontar à sua atitude) mas a jogada padrão da equipa era soltar o Nuno Tavares na esquerda para fazer cruzamentos. E como o miúdo cruza bem até conseguimos criar algum perigo, mas normalmente acabava por aparecer sempre um defesa para cortar, e quando isso não acontecia os nossos avançados já tinham previamente desistido dos lances. As excepções aos cruzamentos do Nuno Tavares na esquerda eram cruzamentos largos do Tomás Tavares na direita, com o mesmo desfecho. A cerca de dez minutos do final o Jota aproveitou uma bola solta à entrada da área para fazer o seu primeiro golo pela equipa principal e empatar o jogo, mas não deu para mais.

 

 

Creio que foi um jogo que serviu para mostrar porque motivo alguns jogadores não são opções regulares na equipa, isto por mais que os adeptos reclamem a sua presença. Claro que mesmo com a equipa apresentada o Benfica tinha mais do que obrigação de ganhar este jogo, e não o tendo feito arrisca-se a ficar dependente de terceiros para continuar na taça da liga. A aparente falta de motivação de certos jogadores nestes jogos contra equipas de menor dimensão é um contrasenso. Se esperam mais oportunidades na equipa têm que aproveitar estas ocasiões para mostrar serviço. No entanto isso não tem acontecido, e quando acabam por entrar os habituais titulares estes parecem mostrar mais vontade do que os que estavam em campo. Num jogo em que não faço destaques, assinalo pelo menos o golo do Jota, porque era algo que ele claramente procurava já há algum tempo. Pena não tenha tido o enquadramento mais feliz para marcar a ocasião.

 

Uma palavra para o árbitro, Rui Oliveira. Não conhecia a criatura, mas terá certamente um futuro auspicioso. Vem da AF Porto, o que é sempre um grande cartão de visita, e ontem ignorou o que me pareceu um penálti clássico do guarda-redes sobre o De Tomas, conseguindo depois nos instantes finais transformar uma placagem ao Jardel por um jogador do Covilhã, que estava no chão depois de ter caído sozinho, numa falta contra o Benfica. Um livre extremamente perigoso à entrada da área não convinha nada naquela altura. Temos homem.

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publicado por D'Arcy às 10:49
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Domingo, 1 de Dezembro de 2019

Confirmação

O Marítimo foi uma presa fácil para o Benfica, que venceu por números expressivos e a fazer lembrar os melhores momentos da época passada. Já tinha algumas saudades de golear e mesmo assim chegar ao fim do jogo a achar que soube a pouco, porque o resultado poderia ter sido ainda mais dilatado.

 

 

Apresentámos o mesmo onze da Champions em Leipzig, o que se pode considerar uma raridade esta época - as constantes alterações no onze titular, especialmente entre jogos europeus e domésticos, têm sido uma constante. O Marítimo apresentou-se na Luz com a intenção de enfrentar o Benfica olhos nos olhos. Três jogadores sempre bem subidos a pressionar a saída de bola do Benfica, pressão agressiva em quase todo o campo e vários jogadores muito rápidos no onze, que tentavam sair sempre rápido e em número para o ataque. Mas se o Benfica estiver em dia sim, normalmente este tipo de atrevimento paga-se caro. E o Benfica estava em dia sim, particularmente na finalização, pois fomos bastante eficazes nesse particular. Com jogadores como o Taarabt, Pizzi, Chiquinho ou Vinícius em destaque, bastaram oito minutos para o Benfica ficar em vantagem. Bola metida no interior da área para o Vinícius, que a protegeu e soltou no momento certo para o remate do Pizzi, vindo de trás. Assistimos depois a um esforço hercúleo por parte do VAR para encontrar alguma coisa que lhe permitisse anular o golo, o que significou vários minutos de pausa à espera de uma decisão. Nove minutos depois, inverteram-se os papéis, sendo o Pizzi a oferecer o golo ao Vinícius. Um dos destaques na jogada foi o passe do Taarabt pelo meio da defesa do Marítimo, que deixou o Pizzi isolado, Depois foi só dar um pequeno toque para o lado, para permitir a finalização do Vinícius. Nesta fase, apesar de ter passado ainda tão pouco tempo, já via o jogo com aquele conforto de pensar quantos golos mais é que o Benfica iria marcar, porque o controlo era total. O terceiro golo chegou pouco depois da meia hora, numa incursão do Pizzi pela direita para depois cruzar para a finalização do Vinícius do lado oposto. O golo é claramente do Vinícius - a bola encaminhava-se para a baliza deserta - mas como houve um defesa do Marítimo que desviou a bola ainda antes dela entrar a Liga já fez o favor de retirar o golo ao nosso avançado para o considerar um autogolo. O festival continuou e o Vinícius até voltou a marcar, após mais um grande passe do Taarabt, mas o lance foi anulado por fora-de-jogo.

 

 

Mais do mesmo na segunda parte, com a novidade do Tomás Tavares no lugar do André Almeida, e a expectativa de ver uma goleada bem robusta era cada vez mais maior. Até porque bastaram dez minutos para surgir o quarto golo. Mais um passe do Taarabt, desta vez para o Chiquinho, que progrediu pelo meio e fez um grande remate que foi defendido pelo guarda-redes, mas o Vinícius chegou primeiro ao ressalto e fez a recarga com sucesso. Estava eu a ter um início de noite tão tranquilo e já tão convicto que tinha ainda mais de meia hora de futebol e golos do Benfica pela frente, e o Gabriel teve uma paragem cerebral - fez uma falta dura perfeitamente escusada, junto à linha lateral ainda no meio campo do Marítimo - e viu o segundo cartão amarelo, sendo diligentemente expulso. Foi visível a irritação do Bruno Lage no banco com este lance, e eu compreendo-o perfeitamente porque a minha irritação foi certamente comparável. Foi um balde de água fria numa noite que estava a ser quase perfeita. Claro que o jogo por essa altura estava praticamente decidido - ainda havia meia hora para jogar, mas com quatro golos de vantagem e uma superioridade tão evidente no jogo só mesmo uma hecatombe de proporções bíblicas é que nos impediria de vencer o jogo. Passámos obviamente a ter menos bola, mas de qualquer maneira ainda continuou a sensação de que poderíamos marcar mais algum golo, particularmente durante os minutos finais, depois do Jota ter substituído o Cervi. O Marítimo, por sua vez, não conseguiu aproveitar nada da superioridade numérica, pois o Vlachodimos raramente teve uma situação mais difícil para resolver.

 

 

Com três golos marcados e uma assistência, o Vinícius é obviamente o homem do jogo. Mas esteve muito bem acompanhado pelo Pizzi ou pelo Taarabt. Gostei também bastante do jogo do Chiquinho. Uma menção ainda para o Tomás Tavares, que achei que entrou bem no jogo.

 

Independentemente da desilusão pelo empate, já tinha ficado satisfeito com a exibição em Leipzig. Este jogo, com o mesmo onze, parece ter sido uma confirmação das melhorias apresentadas nesse jogo. A equipa mostra algumas boas dinâmicas, o Vinícius está a ser uma óptima referência na área - não só em termos de finalização mas também como presença física, sendo capaz de fixar os defesas e segurar a bola para as entradas dos médios - e imagino o que ainda podemos melhorar, por exemplo quando o Rafa regressar da lesão. Apesar dos esforços incessantes da parte de muita gente para criar a ilusão de instabilidade ao redor do nosso treinador, parece-me que este acabou de lhes dar mais uma resposta bem à altura. É que eu não tenho a menor dúvida da enorme alegria que os nossos inimigos teriam se por acaso o Benfica resolvesse fazer a asneira de trocar de treinador.

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publicado por D'Arcy às 22:31
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