VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Domingo, 29 de Dezembro de 2024

Ridícula

E lá voltámos nós a desempenhar o papel no qual nos temos vindo a especializar nos últimos anos: dar vida a moribundos. Uma derrota ridícula contra um sucedâneo de equipa, com dois ou três treinos feitos, por obra e graça de uma abordagem inicial e leitura de jogo muito erradas da nossa parte.

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Incompreensível como, acabados de assumir a liderança na tabela, entramos em campo a jogar sem um ponta-de-lança fixo - o escolhido de início foi o Amdouni - e com uma atitude do género 'o empate basta, vamos lá deixá-los fazer o que querem e ficar na expectativa'. O resultado? O cada vez mais habitual 'vamos dar uma parte de avanço'. Fomos zero na primeira parte, tivemos um único remate de jeito, que foi do Kökçü num livre directo e nada mais. Incapazes de fazer dois passes seguidos ou de desenhar uma jogada de ataque com princípio, meio e fim. Laterais completamente retraídos, praticamente sem participar no ataque, passes errados em barda, muitos deles a colocar a bola directamente nos pés dos adversários, e uma aparente total falta de vontade para assumir o jogo, como era a nossa obrigação. No festival de disparate, mais um clássico, que é entrar à queima sobre o sueco, deu golo adversário. Desta vez foi o Tomás Araújo a fazê-lo (e num lançamento de linha lateral) e depois uma completa passividade da nossa defesa, em que dois jogadores nossos têm uma atitude passiva sem atacar a bola e deixam-na passar para um adversário no lado oposto. E não sofremos mais golos porque o Trubin fez duas boas defesas. Para a segunda parte, boa opção em trocar o Florentino pelo Barreiro, recuando o Kökçü para o vértice mais recuado do triângulo do meio campo. Com espaço à sua frente para distribuir jogo e fazer a bola circular, passou a ser o maestro do nosso jogo. Já menos interessante pareceu-me a decisão de mudar o Di María mais para o centro/esquerda (com o Aursnes a cair mais sobre a direita) porque ali ele servia sobretudo para colocar bolas na área, na qual tínhamos muito pouca presença. A segunda parte foi toda do Benfica, que pressionou mais alto e recuperava rapidamente a bola perante um adversário que nem parecia ter pernas para nos acompanhar, mas sempre com muita falta de presença na área. O nosso adversário passou a segunda parte a chutar bolas para onde estava virado e a cair o tempo todo para pedir assistência médica - só o Matheus Reis (um dos jogadores mais desprezíveis que eu conheço) morreu e ressuscitou quatro vezes. Apenas a quinze minutos do final finalmente nos decidimos pela entrada de um ponta-de-lança (Pavlidis), que entrou juntamente com o Beste, mas como não há fome que não dê em fartura, dez minutos depois o nosso treinador caiu na tentação (erradamente, na minha opinião) da entrada de um segundo ponta-de-lança, retirando o Aursnes do campo. Eu sei que os nossos dois avançados juntos não fazem um, mas isto foi para mim um erro porque perdemos o controlo total que tínhamos tido sobre o jogo até então e nunca mais criámos perigo da mesma forma que o tínhamos feito enquanto o Aursnes andou pela direita a apoiar as subidas do Bah. E ficámos expostos a contra-ataques, que podiam surgir de meros chutos para a frente que apanhavam a nossa defesa em inferioridade numérica e que só não deram golo por burrice do adversário.

 

Foi um jogo muito, muito mal perdido, e que tínhamos tudo para ganhar. Pensar pequeno dá quase sempre mau resultado e isso voltou a acontecer esta noite. Só podemos queixar-nos de nós próprios por ter que andar uma segunda parte toda a correr atrás de um resultado que quase fizemos questão de oferecer na primeira parte.

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publicado por D'Arcy às 23:08
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Segunda-feira, 23 de Dezembro de 2024

Liderança

A vitória que se exigia, no jogo que nos poderia dar a liderança isolada. A exibição, essa, foi mais do que suficiente para justificar a vitória, mas não será daquelas que perdurará para memória futura.

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Imperou a lógica e depois da visita relâmpago à Argentina, o Otamendi cedeu o seu lugar no onze ao António Silva, que o substituiu também nas funções de capitão. A outra alteração foi a entrada do Beste para a saída do Florentino, o que significou alinharmos num esquema táctico algo diferente, mais próximo do 4-2-3-1 e com o Aktürkoglu a surgir mais pela zona central no apoio ao ponta-de-lança. O jogo começou com o Estoril a tomar a decisão de não respeitar a tradição na escolha de campo, que é uma coisa que me deixa logo irritado. Mais irritado fiquei com a prestação do Benfica na primeira parte. Demorámos uns quinze minutos até fazermos o primeiro remate no jogo, o que mostra a forma pouco intensa como o abordámos inicialmente. Logo a seguir, o primeiro safanão na monotonia, quando de um pontapé de canto marcado pelo Kökçü na esquerda foi desviado pelo Aktürkoglu na zona do primeiro poste, e ao segundo surgiu o Pavlidis a atirar ao poste. Mas regra geral achei que demos demasiado espaço no meio, fomos pouco intensos nos duelos, e o Estoril conseguiu ter bola e até sentir-se confortável durante essa fase inicial. O meio campo não pareceu estar a funcionar bem, com o demasiado Kökçü desligado do jogo. Até o Di María não parecia estar nos seus melhores dias, com muitas perdas de bola. Mas é o Di María, dele pode-se sempre esperar alguma coisa, e quando ainda antes da meia hora uma tentativa disparatada de variação do flanco de jogo por parte do Estoril resultou na bola em balão ir cair aos pés do argentino, este com um toque de primeira colocou-a nos pés do Pavlidis na zona central. Completamente inesperado foi mesmo o remate colocadíssimo que o nosso ponta-de-lança desferiu ainda antes da meia-lua, a fazer a bola entrar rasteira junto ao poste. Um golo muito bom, que acabou com o jejum de golos que já se prolongava há tempo suficiente para ser desconfortável. Pouco mais fizemos na primeira parte, com o intervalo a chegar com um resultado que, dada a exibição até então, até era melhor do que a encomenda.

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A segunda parte praticamente começou com o maior susto que tivemos na partida, quando um jogador do Estoril se escapou em velocidade pela direita, sendo perseguido pelo Tomás Araújo até se estatelar na nossa área. Penálti assinalado pelo árbitro que, após alertado pelo VAR, reviu as imagens e acabou por reverter a decisão. O Benfica foi um bocadinho melhor na segunda parte, ainda que o susto não tenha parecido ter grande impacto na sua fase inicial. Continuámos a jogar de forma desgarrada durante muito tempo e a não conseguir criar muitas ocasiões de perigo, o que deixava o jogo na sempre desconfortável situação de vantagem mínima no marcador. Foi sobretudo a partir do meio da segunda parte que achei que começámos a impor um ritmo mais forte e a causar mais problemas ao Estoril. Por outro lado, o Estoril também pareceu começar a ter falta de pernas para nos acompanhar e os espaços passaram a aparecer com maior frequência. Aos setenta minutos tivemos uma ocasião flagrante para matar o jogo, quando o Bah serviu de cabeça o Pavlidis na área e este, isolado em frente à baliza, não conseguiu repetir o que tinha feito na primeira parte e acertou mal na bola, enviando-a para a bancada. Logo a seguir foi substituído pelo Amdouni, que acabou por resolver o jogo - também entrou o Barreiro para o lugar do Aursnes, que veio trazer mais alguma agressividade que vinha faltando ao nosso meio campo. Com o Kökçü a subir bastante de rendimento nesta fase e os dois laterais muito mais participativos na manobra ofensiva, daqui até final o Benfica teve a sua melhor fase no jogo, e depressa foi recompensado. Foram apenas necessários dois minutos entre a entrada do Amdouni e o segundo golo do Benfica, da sua autoria. É ele quem está na jogada (que começa num bom passe longo do Kökçü), ao desmarcar o Di María na esquerda, que depois serviu o Aktürkoglu na área. O turco antecipou-se bem à defesa e rematou para uma defesa apertada do guarda-redes. O mau alívio da defesa que se seguiu colocou a bola nos pés do Amdouni, que no centro da área controlou a bola e fez a recarga com sucesso. Com o jogo praticamente resolvido, o Benfica dava a impressão de poder aproveitar o espaço que o Estoril concedia cada vez mais para ampliar a vantagem, mas apenas o conseguiu já no período de descontos. Novamente pelo Amdouni, que ao segundo poste cabeceou bastante à vontade uma bola vinda de um pontapé de canto apontado na direita pelo Beste - continuo a achar que é o melhor jogador que temos para as bolas paradas e gostaria de o ver marcá-las mais frequentemente, mas é muito difícil sobrepor-se ao estatuto do Di María, que acaba por lhe dar a prioridade para marcar a maioria delas.

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Neste jogo gostei sobretudo das exibições do quarteto defensivo. Achei que estiveram todos bem, os centrais seguros (não me recordo de uma grande ocasião por parte do Estoril) e os laterais subiram muito de produção na segunda parte. Destaque especial para o Carreras, que continua numa forma muito boa e foi dos principais dinamizadores do nosso jogo na segunda parte. O Kökçü também subiu muito de rendimento, depois de uma parte apagada. Mas o homem do jogo é o Amdouni, que precisou de apenas pouco mais de vinte minutos para fazer dois golos e resolver o jogo.

 

Acabámos por cumprir o objectivo de passar o Natal no topo da tabela. Vale o que vale, nesta fase da época ainda há muito por jogar e por decidir, e a vantagem é mínima. Mas há umas semanas atrás isto parecia um objectivo bastante difícil de concretizar, por isso é sempre motivador que o tenhamos conseguido, beneficiando da quebra brutal de rendimento do anterior líder. Agora a tarefa é mantermo-nos lá, começando já pela defesa directa da posição frente a um perseguidor directo, em casa dele. É tentarmos aproveitar a motivação extra que isto nos poderá dar, e explorar a instabilidade do adversário nesta fase. Lá estarei, como sempre.

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publicado por D'Arcy às 22:54
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Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2024

Merecida

Depois da enorme desilusão na Vila das Aves, o Benfica foi à Madeira completar o jogo contra o Nacional e com aquela que terá sido das exibições mais sólidas que conseguiu nas últimas semanas conquistou, de forma completamente merecida, os três pontos.

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Depois da fantochada que tinham sido os oito minutos iniciais jogados em Outubro (dos quais efectivamente nem sei se se tinham jogado quatro, num jogo que nem se devia ter iniciado) cheguei a temer que tivéssemos uma repetição do cenário desta vez, e houve alturas na primeira parte em que pareceu mesmo que isso poderia acontecer, mas felizmente a coisa aguentou-se e conseguimos completar o jogo. Mal o jogo se iniciou, com o Nacional a beneficiar de um lançamento lateral perto da nossa área, os madeirenses beneficiaram pouco depois de uma sequência de dois pontapés de canto (sem que tenham sequer feito um remate na direcção da nossa baliza). Esta pressão sufocante do Nacional, que durou uns bons dois minutos, foi suficiente para gerar grande excitação nos rapazes da SportTV, que no final dos noventa minutos ainda referiam nas entrevistas rápidas a entrada 'fortíssima' dos madeirenses e interrogavam-se sobre o que teria mudado para que não conseguissem mantê-la. Porque para pena deles, o jogo depressa se tornou numa via de sentido único para a área do Nacional. Não fizemos aquilo que se chamaria de um jogo bonito, e mais uma vez me pareceu que o relvado estava pesado e dificultou um pouco a circulação da bola, mas acho que a primeira parte se pode quase resumir ao confronto entre a equipa do Benfica e o guarda-redes do Nacional, Lucas França, que engatou cedo para uma exibição extremamente inspirada e foi mantendo o resultado a zeros. Não me recordo de uma única defesa do Trubin, enquanto que do outro lado vimos o Lucas França negar pelo menos quatro remates com selo de golo: um cabeceamento do Pavlidis, outro do Otamendi, e dois remates do Aktürkoglu. No segundo deles, já no período de descontos, foi mesmo para mim a defesa mais impressionante que fez na primeira parte, mergulhando para ir buscar a bola que caso contrário entraria junto ao poste. O facto mais negativo para mim foi - e isto prolongou-se durante todo o jogo - a quase completa incapacidade que mostrámos para criar situações de perigo a partir de pontapés de canto, dos quais beneficiámos em número bastante elevado.

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Na segunda parte o domínio do Benfica foi ainda mais acentuado. As estatísticas mostram que o último remate do Nacional no jogo (que foi interceptado) aconteceu aos 55 minutos de jogo, o que dá uma boa ideia do quão desequilibrado foi o confronto. Mas apesar do completo domínio continuávamos a ter pela frente o grande problema chamado Lucas França e o nulo no marcador. Mesmo faltando muito tempo, confesso que quando passados apenas cinco minutos vi o remate do Kökçü bem de fora da área a ir bater na barra com o guarda-redes do Nacional batido pensei que ia mesmo ser mais um 'daqueles' jogos. O Nacional estava ainda mais encolhido, formava duas linhas bem recuadas acantonadas em frente à baliza e era incapaz de atacar, mas faltava-nos o golo que desataria o nó.  Este surgiu apenas de penálti, quase a fechar o primeiro quarto de hora. O lance começa num livre do lado esquerdo, marcado pelo Di María para a área. A bola acabou por sobrar para a esquerda da área, onde o Di María, já junto da linha final, rematou de primeira para a boca da baliza, onde o Pavlidis estava em boa posição para empurrar para o golo, mas um defesa do Nacional cortou a bola com o braço num lance indiscutível. Cheguei a pensar que a noite épica do Lucas França também incluiria defender um penálti, mas o Di María marcou o penálti com a competência do costume e meteu o guarda-redes para um lado e a bola para o outro. Feito o mais difícil, era tempo agora de ir ao segundo para evitar cenários como o da Vila da Aves. Mas o jogo nada teve a ver com esse, porque o Benfica continuou a ter um controlo total, e logo a seguir só não fez logo o segundo porque numa situação extremamente favorável o passe do Florentino para o Di María saiu um bocadinho curto demais. Aos setenta e dois minutos mexemos finalmente na equipa e trocámos o Pavlidis (mais uma exibição muito pouco conseguida) pelo Amdouni. Menos de dois minutos depois foi o suíço quem na área deixou a bola para o remate do Di María, que ainda desviou num defesa a saiu enrolado para entrar junto à base do poste. Jogo resolvido, tempo finalmente para mais algumas substituições, e para o Lucas França voltar a impressionar, numa defesa fantástica a um cabeceamento do recém-entrado Barreiro que levava selo de golo (grande cruzamento do inevitável Di María) que fez a bola ir ainda ao ferro da baliza. Não consigo deixar de mencionar o seguinte: num jogo que o Benfica dominou de fio a pavio, acabámos com quatro cartões amarelos (o dobro do nosso adversário), sendo que à terceira falta cometida no jogo, já bem dentro da segunda parte, o Benfica tinha três amarelos. Foi um critério disciplinar extremamente apertado para o nosso lado. A título de exemplo, o primeiro amarelo, mostrado ao Pavlidis, foi por ter chegado atrasado a uma bola dividida e acabado por pisar ligeiramente o adversário. Mesmo a acabar o jogo houve um lance igual, mas ao contrário, que deixou o Tomás Araújo mal tratado. Não só não foi amarelo, como nem sequer foi assinalada falta. Já antes o Di María tinha também sido pisado, e mais uma vez nem falta foi assinalada.

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Já é rotina, mas mais uma vez o destaque maior tem que ser dado ao Di María. Resolveu o jogo marcando os dois golos, o penálti surgiu após um remate dele próprio, de difícil execução, e ainda 'ofereceu' o golo ao Leandro Barreiro com um cruzamento fantástico, que só não teve o sucesso esperado por causa da defesa enorme do Lucas França. O Otamendi fez uma exibição anormalmente boa - eu não sou dos maiores admiradores dele, mas tenho que admitir que esteve num nível elevadíssimo e um dos principais motivos para o Nacional ser praticamente inexistente no ataque. Foi bem acompanhado pelo Tomás Araújo e pelo Florentino nessa tarefa. Gostei também do Aursnes. Aquilo que continua a preocupar-me é mesmo a questão do ponta-de-lança, e se calhar um dia destes temos mesmo o Amdouni a titular nessa posição.

 

Não foi uma exibição com grande nota artística, mas foi uma evolução muito grande em relação ao último jogo, pelo que foi uma boa reacção a um dos piores jogos do Benfica esta época. Devido a ela, não estamos agora no primeiro lugar, mas temo-lo ao nosso alcance e mantemos nas nossas mãos a possibilidade de passarmos o ano no topo da tabela.

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publicado por D'Arcy às 07:17
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Segunda-feira, 16 de Dezembro de 2024

Miserável

Não posso sequer dizer que o que aconteceu foi uma surpresa. Já tinha escrito antes que "a manter este nível a probabilidade de alguma coisa correr mal vai aumentar". E mais uma exibição positivamente horrível acabou por resultar nisso mesmo.

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A desculpa do cansaço nem sequer cola muito. Houve cinco alterações no onze para este jogo, portanto meia equipa: Beste, António Silva, Amdouni, Cabral e Barrreiro foram todos titulares, por troca com o Carreras, Otamendi, Di María, Pavlidis e Florentino. O jogo foi mau desde o apito inicial, num relvado que já de si convidava ao mau futebol. Mas pelo menos durante toda a primeira parte tivemos o jogo controlado, e ainda conseguimos o importante primeiro golo, numa fase ainda inicial do jogo, portanto criámos boas condições para um desfecho positivo. O golo foi marcado pelo Amdouni, num bom remate colocado, desferido de pé esquerdo à entrada da área após uma tabela com o Aktürkoglu. O resto da primeira parte nem sequer foi digna de registo. Mal jogada e aborrecida, mas conforme referido, com o Benfica a ter o jogo controlado. O que ninguém esperaria foi a exibição miserável do Benfica na segunda parte. Frente a uma das piores equipas da liga, o Benfica permitiu-se ser dominado durante quase todo o tempo, de uma forma que fez com que o golo do empate fosse, mais do que previsível, uma quase inevitabilidade. Se as coisas já estavam más, as primeiras alterações, que incluíram trocar um ponta-de-lança inútil por outro e a entrada do Di María por troca com o Barreiro, foram desastrosas. O Di María nada fez, até porque aquele batatal que passava por relvado seria pouco propício para o futebol dele, e perdemos completamente o controlo do meio campo. A partir dessa altura passámos de ser dominados para ser sufocados, com o empate a não surgir mais cedo por causa dos ferros da baliza e do Trubin. Até final o que eu vi foi um retrocesso para níveis dignos do período Roger Schmidt, e falo dos piores momentos desse período. Nada resultou, fomos uma equipa completamente desconjuntada e desligada, e apenas nos limitámos a resistir na esperança que o jogo acabasse. Fomos - justamente - castigados no último minuto do período de descontos, num golo básico em que o adversário simplesmente despejou a bola para a área e a nossa defesa foi batida no ar por duas vezes, e onde, de uma forma incompreensível, o central adversário que marcou o golo estava a ser marcado pelo Rollheiser.

 

Não tenho destaques a fazer (e se fizesse, só poderia ser o Trubin), passadas todas estas horas ainda me sinto indignado com aquilo a que assisti. Não há qualquer tipo de justificação minimamente aceitável para o espectáculo deplorável que proporcionámos. Foi indigno do Benfica e um desrespeito pelos adeptos que na noite gelada apoiaram a equipa do primeiro ao último minuto. E conforme referi no início, isto não veio do nada, não foi uma coisa sem aviso. A qualidade do nosso futebol tem vindo a cair progressivamente desde há vários jogos, e não vejo um esforço para mudar isso. Ontem foi o culminar desse processo. A jogar desta forma não podemos ambicionar ganhar o que quer que seja. Não há que dourar a pílula, é dizer as coisas como elas são: estamos a jogar francamente mal e isto não pode continuar.

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publicado por D'Arcy às 10:00
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Quinta-feira, 12 de Dezembro de 2024

Suspenso

Ainda acordámos na segunda parte, mas depois de uma primeira parte pobre e pouco ambiciosa acabámos mesmo por ceder um empate em casa frente a uma das equipas mais mal classificadas nesta edição da Champions e deixar a questão do apuramento ainda em suspenso.

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Até entrámos a todo o gás e logo ao segundo minuto tínhamos a bola dentro da baliza italiana. Mas o golo foi marcado pelo Pavlidis, e só por isso a probabilidade de haver posição irregular era elevadíssima, o que veio a confirmar-se. O nosso avançado parece ter bastante dificuldade em prestar atenção à posição dos defesas, mantendo os olhos constantemente na bola, e por isso acaba por cair repetidamente nesta armadilha. O golo anulado foi enganador, porque durante a maior parte da primeira parte o que vimos foi um Benfica encolhido e quase que a convidar a pressão do Bolonha. Linhas muito recuadas, uma quase ausência de pressão sobre o portador da bola e jogadores desligados uns dos outros significaram que os italianos conseguiam manter a posse com relativa facilidade, ter tempo para pensar as jogadas, e nas ocasiões em que o desarme era conseguido, as segundas bolas eram quase sempre deles. Isto porque o Bolonha apostou claramente em colocar muita gente no meio e o Benfica jogava pouco pelas faixas, com os laterais demasiado retraídos. O Kökçü regressou à equipa mas teve um jogo muito apagado, e por via disso o Benfica quase nunca conseguiu fazer boas transições para o ataque. Desinspirado esteve também o Aktürkoglu, que apesar de mostrar sempre a vontade do costume acabava sempre por receber mal a bola e perdê-la. A juntar a isto as cada vez mais evidentes limitações técnicas do Pavlidis, a quem a bola parece queimar os pés, e sobrava o Di María para dar sequência a lances de ataque. Por outro lado, o Bolonha mostrou também o motivo pelo qual está tão mal classificado, porque com tanta posse de bola não tiveram quase nada para mostrar em termos ofensivos, já que praticamente não criaram qualquer situação de perigo para o Trubin - uma grande excepção, quando a tradicional casa monumental do Otamendi deixou um adversário isolar-se, mas o Trubin soube esperar e cair aos pés do adversário na altura certa para o desarmar. Só nos dez minutos finais da primeira parte é que o Benfica pareceu despertar um pouco e libertar-se do colete de forças que quase voluntariamente vestiu, colocando um pouco mais de velocidade no jogo e subindo as linhas para mais perto do meio campo adversário. Corolário disso, uma investida do Carreras pela esquerda e centro atrasado desde a linha de fundo para um remate de primeira do Di María sem deixar a bola cair que seria um golo monumental caso entrasse, mas o remate saiu demasiado à figura do guarda-redes. E depois disso conseguimos uma boa transição que libertou o Carreras para aparecer na área para rematar, mas apareceu um defesa italiano para fazer o corte no limite.

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A atitude regressou para a segunda parte, que foi completamente diferente da primeira. Fomos uma equipa transfigurada, muito mais agressiva na procura da bola e da baliza adversária, de linhas de pressão muito mais subidas, fazendo com que o Bolonha não fosse capaz de pressionar como o fez na primeira parte e acabando por se limitar, de forma algo incompreensível, a jogar para o empate. Não percebi o objectivo porque o ponto de nada lhes serviu e saíram da Luz matematicamente eliminados da competição. Infelizmente, a melhoria não foi suficiente para conseguirmos os três pontos. As oportunidades de golo apareceram, mas fomos frequentemente desastrados em frente à baliza - e nesse particular, o Pavlidis continua a acumular situações dignas daqueles compêndios que se mostram no final do ano com situações absurdas - e para além disso o guarda-redes adversário engatou e foi defendendo tudo o que lhe foi atirado. O Amdouni, que entrou mais tarde, ainda veio dar alguma animação ao ataque e teve alguns remates perigosos, mas o guarda-redes opôs-se sempre com sucesso. Tivemos também que lidar com uma arbitragem extremamente infeliz por parte do romeno que foi nomeado para este jogo. Não escrevo isto por me querer queixar do Benfica ter sido especificamente prejudicado pela arbitragem, apenas me pareceu evidente que o árbitro não tinha categoria para um jogo da Champions, o que significou estar constantemente a interromper o jogo, abusar de cartões por não conseguir ter mão no mesmo, e conseguir irritar toda a gente (em particular os jogadores de ambas as equipas) com os critérios quase aleatórios com que assinalava faltas para um e outro lado, ou deixava passar situações que pareciam ser claramente falta. Acabámos o jogo quase instalados na área do Bolonha, com os dois laterais a jogar de forma bastante ofensiva e a causar frequentes desequilíbrios para os quais o Bolonha parecia não conseguir encontrar solução - a entrada do Beste para o lugar do Aktürkoglu na esquerda permitiu ao Carreras subir muito mais frequentemente - e a deixar-me a perguntar porque motivo estivemos tão retraídos durante metade de jogo. A desperdiçar quase metade de um jogo e a falhar assim na segunda parte, acabámos naturalmente por ser punidos e perdemos dois pontos.

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Mais uma vez tenho alguma dificuldade em escolher um jogador para destacar, mas acho que a escolha acaba por cair no Di María, por ser aquele que a equipa procurou sempre para criar desequilíbrios. O Aursnes também esteve num bom nível, e os dois laterais subiram bastante de rendimento na segunda parte.

 

Uma vitória teria quase de certeza garantido o apuramento. O empate acaba por deixar-nos numa situação relativamente confortável, mas ainda teremos que ficar na expectativa do que poderá acontecer até ao final. Gostei da segunda parte que fizemos, mas a primeira veio reforçar a minha preocupação com o nível exibicional da nossa equipa, porque veio na sequência dos jogos pouco conseguidos contra o Arouca e o Vitória. Espero que seja a atitude da segunda parte a entrar em campo na Vila das Aves, para que consigamos manter o ímpeto positivo na liga e atacar a liderança.

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publicado por D'Arcy às 09:56
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Domingo, 8 de Dezembro de 2024

Alívio

Foi com uma sensação de alívio que ouvi o apito final deste jogo. Foi um Benfica sobretudo pragmático, e muito pouco exuberante, que arrancou os três pontos com uma vitória pela margem mínima frente a uma boa equipa do Vitória, mas nunca deu para estarmos tranquilos durante o jogo, em especial na segunda parte.

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Face à ausência certa do Kökçü, foi talvez uma pequena surpresa que o escolhido para ocupar o seu lugar tenha sido o Leandro Barreiro. O candidato mais provável seria o Rollheiser por já ter desempenhado aquela função anteriormente, mas a opção foi por dar um pouco mais de músculo ao meio campo e abdicar da criatividade. Na minha opinião, notou-se a ausência do turco. Não foi uma entrada dominadora por parte do Benfica, apesar de termos um golo anulado logo ao oitavo minuto - o Pavlidis, sem surpresa, estava em posição irregular. A posse de bola foi sempre muito dividida, e o Vitória dava pouco espaço para jogar. Mantinha sempre linhas muito juntas e esperava pela altura certa para pressionar a nossa saída de bola, isto apesar de repetidamente vermos o Benfica a segurar e a trocar a bola na zona defensiva na esperança de chamar a equipa do Vitória. Fez aliás isto de forma tão óbvia que chegou a levar o público a manifestar a sua insatisfação. Na minha opinião acabou por ser um jogo bastante disputado mas aborrecido, com poucas situações de perigo criadas e quase nenhumas jogadas dignas de admiração. À excepção do referido golo anulado, acho que o Benfica nem remates deve ter conseguido fazer durante os primeiros vinte e cinco minutos - foi preciso ser o Di María a tentar um remate cruzado de fora da área, que não passou muito longe do poste, para conseguir quebrar o enguiço. Uma rara excepção acabou por ser o golo do Benfica, que apareceu pouco depois, quando estávamos quase a chegar à meia hora. Excepcionalmente o Bah conseguiu recuperar uma segunda bola no meio campo defensivo do Vitória e fez a bola chegar aos pés do Pavlidis, sobre a direita. Este tabelou com o Barreiro, que apareceu mais adiantado do que o ponta-de-lança, na zona da meia-lua, e depois fez uma grande abertura para a entrada do Aktürkoglu na área sobre a esquerda, completamente solto. Acho que em 90% dos casos, numa situação daquelas e tendo em conta o posicionamento do corpo do turco, toda a gente esperará um remate cruzado para o poste mais distante. Também o pensou o Varela, mas o Aktürkoglu surpreendeu com um remate puxado ao poste mais próximo, tendo o guarda-redes do vitória ainda conseguido tocar na bola mas não evitar o golo. Nova emoção apenas já perto do intervalo, e novamente pelo Aktürkoglu, que apanhou uma bola solta na área em posição frontal e quando o remate dele tinha tudo para dar golo apareceu um corte no último momento de um defesa do Vitória (e já vi penáltis assinalados por bem menos do que aquilo, porque a bola ainda vai ao braço de defesa, que está tudo menos junto ao corpo).

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Se a primeira parte não tinha sido brilhante, a segunda foi ainda pior. Não houve propriamente um sufoco por parte do Vitória, até porque raramente criaram ocasiões de verdadeiro perigo - a grande excepção foi um lance oferecido por nós, em que não fomos lestos a afastar a bola da zona defensiva por causa da insistência quase dogmática em sair a jogar mesmo em situações de grande aperto, e o Florentino acabou por oferecer a bola ao adversário, que só não marcou porque depois de ultrapassado o Trubin foi o Otamendi quem conseguiu fazer o corte no limite junto ao poste. Mas o Vitória conseguiu ter bola durante períodos prolongados de tempo, enquanto que o Benfica foi quase inoperante no ataque, muito por culpa de uma percentagem altíssima de passes falhados, ou do passe nunca sair na altura exacta, com o jogador a manter a posse durante mais tempo do que devia e a acabar desarmado - e foi aqui que mais se notou a ausência do Kökçü. Achei aliás que nós passámos a maior parte do segundo tempo simplesmente a jogar para o resultado, preocupados sobretudo em não sofrer golos. Deve ter sido o jogo para o campeonato, desde que o Bruno Lage pegou na equipa, em que fizemos menos remates, e as estatísticas mostram que durante todo o jogo apenas acertámos uma vez na baliza, que foi precisamente no golo do Aktürkoglu. Pode dizer-se que bastou e foi suficiente para os três pontos, mas é muito pouca produção ofensiva para uma equipa como o Benfica. Para termos apenas um remate enquadrado também contribuiu mais um falhanço inacreditável por parte do nosso ponta-de-lança. Em mais uma rara excepção neste jogo conseguimos uma boa jogada de transição, em que o Di María lançou o Aktükoglu na esquerda e este colocou a bola na área para o Pavlidis, em posição frontal à baliza. O resultado foi um remate para a bancada. Achei que as entradas do Cabral e do Beste já na fase final do jogo (a doze minutos do fim) para os lugares do Pavlidis e do Aktürkoglu ajudaram a estabilizar um pouco a equipa, e por isso os minutos finais não foram de grande sofrimento - voltámos a conseguir ter posse de bola e até levá-la para mais perto da área do Vitória.

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Tenho muita dificuldade em dar grande destaque a alguma exibição individual hoje. O Aktürkoglu acabou por estar em todas as situações de maior perigo - marcou o golo da vitória, quase marcou o segundo a fechar a primeira parte, e ofereceu um golo cantado ao Pavlidis. Mas por outro lado deve ter liderado a equipa em perdas de posse de bola, muitas delas em situação favorável para a transição que se perderam devido a maus passes ou a agarrar-se demasiado à bola. O Florentino esteve quase sempre bem defensivamente mas depois borrou a pintura toda com aquela perda de bola que poderia ter dado o golo do empate. Os centrais estiveram relativamente seguros, com destaque para o corte do Otamendi na tal situação causada pelo Florentino.

 

Conseguimos os três pontos e em duas jornadas ganhámos seis pontos ao líder, e hoje mais dois pontos ao segundo classificado. Significa isto que se conseguirmos vencer o jogo em atraso (e antes disso, o próximo jogo contra o AFS) poderemos assumir a liderança. Mas foram também duas exibições pouco conseguidas nestes últimos dois jogos. É óbvio que eu prefiro jogar menos bem e trazer os três pontos, mas já produzimos futebol muito melhor do que aquele que vimos nestes jogos, e a manter este nível a probabilidade de alguma coisa correr mal vai aumentar.

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publicado por D'Arcy às 01:56
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Domingo, 1 de Dezembro de 2024

Aproximação

Foi uma exibição algo apagada do Benfica na ressaca europeia, mas lá conseguimos os fundamentais três pontos que nos valeram a aproximação ao topo da tabela.

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Onze sem alterações, mas atitude muito diferente. Achei que entrámos no jogo com um ritmo muito baixo, quase que expectantes, o que desde logo me deixou enervado. Por vezes fico com a sensação de que a nossa equipa não quer compreender a urgência destes jogos. Se nos é dada uma ocasião para recuperar pontos às equipas que estão à nossa frente, temos que fazer tudo para aproveitá-la. Dar uma imagem de força e aumentar a intranquilidade de quem vai à frente. Entrar no jogo como entrámos só dá oportunidade para para que aconteçam dissabores - no final o Bruno Lage disse que demorámos mais tempo a chegar a Arouca do que ao Mónaco, portanto ele também terá visto o mesmo. Felizmente tivemos a sorte do jogo do nosso lado. O Arouca teve uma ocasião para se colocar na frente do marcador, na qual o chapéu ao Trubin, que tinha saído da baliza, não saiu suficientemente alto e permitiu a defesa ao nosso guarda-redes, e praticamente na resposta, numa altura em que ainda não tínhamos criado grandes ocasiões de golo, apanhámo-nos na frente do marcador. Um cruzamento do Aktürkoglu desde a esquerda foi desviado de forma destrambelhada para a própria baliza por um defesa do Arouca, sem dar hipóteses ao guarda-redes. Tenho quase a certeza que o Pavlidis, para quem o cruzamento era destinado, não finalizaria melhor. Isto aconteceu aos doze minutos, mas mesmo este golo algo madrugador não nos espevitou. Continuámos a jogar muito a passo, e foi apenas dos pés do inevitável Di María que voltámos a criar perigo na primeira parte, correspondendo o guarda-redes do Arouca com a defesa do jogo para negar o golo num remate cruzado para o ângulo mais distante. Foi até o Arouca quem, apesar de não ter controlado o jogo, foi dando sinais de que podia chegar ao empate, com alguns remates perigosos.

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A segunda parte continuou no mesmo ritmo e o meu nervosismo aumentou à medida que sentia que o resultado nos poderia escapar em qualquer altura, sem que nós forçássemos um bocadinho que fosse à procura de maior tranquilidade no marcador. Uma situação em que o Pavlidis fugiu sobre a direita e só com o guarda-redes pela frente acabou por finalizar de forma frouxa e a permitir a defesa foi a única excepção. Aos sessenta e dois minutos o nosso treinador mexeu na equipa, trocando os dois turcos pelo Barreiros e o Beste, e finalmente algo mudou. Tivemos a nossa melhor fase no jogo e no espaço de apenas alguns minutos, três grandes ocasiões de golo, pelo Carreras (mais uma grande defesa do guarda-redes alemão do Arouca), Beste (rematou contra o Pavlidis e depois atrapalharam-se todos na possível recarga) e finalmente pelo Pavlidis, que mais uma vez isolado fez o que já começo a ir esperando dele, que foi rematar contra o guarda-redes. Felizmente o Barreiros chegou mais rapidamente à bola e foi derrubado pelo guarda-redes na área, com o respectivo penálti a ser assinalado. O Di María encarregou-se de o transformar com a eficiência habitual, e a vinte minutos do final ficámos finalmente numa posição mais confortável no marcador. Ainda criámos mais uma ocasião para marcar minutos depois, novamente desperdiçada pelo Beste, mas a seguir trocámos o Di María e o Pavlidis pelo Amdouni e o Cabral e fechámos a loja. Foi o Arouca quem forçou mais nos minutos finais e ainda colocaram uma bola no poste da nossa baliza.

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Para mim o melhor jogador do Benfica foi o Tomás Araújo. Não há muitos defesas centrais com tanta qualidade no passe e no transporte de bola, e ele bem mostrou esses atributos hoje, para além da segurança defensiva. Para além dele, talvez só o Florentino tenha jogado ao ritmo mais habitual, e o Di María foi para não variar aquele que mais tentou fazer para agitar o jogo.

 

Já dependíamos exclusivamente de nós antes desta jornada, agora o cenário ficou mais favorável. Tenho poucas dúvidas que a instabilidade no actual líder causada pela mudança de treinador só se intensificará com a nossa aproximação. Não podemos relaxar e temos que pensar que agora o primeiro lugar está mesmo ali ao nosso alcance. A atitude relaxada com que abordámos o jogo hoje faz-me pensar que nem sempre temos isso presente.

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publicado por D'Arcy às 22:34
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