VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Domingo, 26 de Abril de 2009

Compêndio

Um verdadeiro compêndio, foi aquilo que este jogo revelou ser. Um compêndio sobre como um projecto de árbitro, de forma extremamente competente e nada ardilosa, conseguiu equilibrar os pratos da balança de um jogo que, em futebol jogado, chegou a mostrar tamanho desequilíbrio que a única previsão possível para o resultado final era uma goleada, com um desnível comparável ao que vimos na primeira volta entre estas mesmas equipas.

No que diz respeito ao futebol, o Benfica apresentou pela terceira jornada consecutiva o mesmo onze, organizado num 4-4-2 clássico. Isto frente a um Marítimo que apareceu com um 4-3-3, apostando na velocidade de dois ex-jogadores do Benfica para os extremos (Manú e Paulo Jorge). Sem ter tido uma entrada brilhante no jogo, aos poucos o Benfica foi tomando conta do mesmo, e mostrando um futebol com mais alguns dos traços que lhe temos visto nos úiltimos tempos, em particular uma maior velocidade, capacidade de pressão sobre o adversário em terrenos mais adiantados, e bastante mobilidade/liberdade dos seus jogadores no terreno, sendo frequentes as trocas de posição. Quanto ao Marítimo, não me pareceu que se remetesse exclusivamente à defesa, resultando daí um jogo interessante de seguir, mesmo que nem sempre tenha sido bem jogado. Este 4-4-2 do Benfica, como disse, tem mostrado algumas características bastante interessantes, sendo a mais evidente a capacidade para criarmos oportunidades de golo e rematarmos frequentemente. Por outro lado, não é uma táctica isenta de riscos, já que com o meio campo entregue quase exclusivamente à dupla Carlos Martins/Rúben Amorim, parece-me que somos por vezes demasiado 'macios' nessa zona, sendo por vezes evidente o espaço exagerado que concedemos ao adversário para jogar nessa zona (na segunda parte, e face à muito menor disponibilidade do Di María para defender quando comparado com o Aimar, esse pormenor foi ainda mais visível).

Parecia portanto ser bastante provável que o Benfica, quebrando a infeliz tendência desta época nos jogos caseiros, fosse capaz de marcar durante a primeira parte. E isso acabou por acontecer à meia hora de jogo, de uma forma fortuita: houve um cruzamento do David Luíz na esquerda, o Nuno Gomes e um defesa do Marítimo fizeram-se à bola sem no entanto lhe tocar, e esta acabou por descrever um arco, entrando ao segundo poste. Apesar de obtida de forma feliz, a vantagem já se justificava naquele momento, porque nessa altura o jogo já só dava Benfica. Como se costuma dizer muitas vezes, o que custa é o primeiro, por isso foi com uma aparente facilidade que, no espaço de oito minutos, marcámos mais dois golos. O primeiro pelo Cardozo, na conclusão de uma boa jogada em que o Carlos Martins desmarcou o Maxi na direita, e este centrou tenso e rasteiro para a emenda do paraguaio. Foi também da autoria do Cardozo o terceiro golo da noite, desta vez emendando à boca da baliza um cabeceamento vindo do outro lado, após livre do Reyes. Com isto, o Cardozo soma agora seis golos nos últimos quatro jogos. Hoje foram para mim evidentes os benefícios que ele tirou da companhia do Nuno Gomes, cuja mobilidade contribuiu para abrir bastantes espaços para o paraguaio. Conforme disse, nesta altura já cheirava a goleada, mas com a contribuição preciosa do senhor Rui Costa e uma série de livres por ele assinalados, o Marítimo ainda conseguiu finalmente acercar-se da nossa baliza, e marcar sobre o intervalo. Neste particular, confesso que me irrita o facto de defendermos este tipo de lances com onze jogadores dentro da área, e ainda assim ser desta forma que acabamos por sofrer grande parte dos golos. Voltando ao jogo, fiquei logo com a sensação de que foi este golo que evitou o descalabro do Marítimo, porque se fôssemos para o intervalo com três golos sem resposta, o jogo acabaria inevitavelmente numa goleada.

O segundo tempo trouxe-nos uma alteração importante, pois o Benfica surgiu com o Di María no lugar do Aimar. Não sei qual foi o motivo para esta alteração, mas na minha opinião ela reflectiu-se negativamente no nosso jogo. Fez-nos falta a capacidade do Aimar para segurar a bola no meio campo adversário, esperando pela movimentação dos colegas para depois combinar de forma inteligente com eles. Com o Di María as coisas passam-se de uma forma muito mais linear, e além disso ele não esteve numa noite particularmente inspirada, procurando quase sempre resolver as coisas demasiado depressa, com resultados invariavelmente negativos (centrar bolas para a área sem sequer levantar a cabeça para ver o posicionamento dos colegas - ou ver sequer se estão de facto colegas na área - não faz sentido nenhum). O jogo continuava a ser disputado a um ritmo elevado e de uma forma aberta, embora a qualidade do mesmo tenha sido inferior à primeira parte. O Marítimo mostrava vontade de discutir o resultado, lá isso mostrava, mas capacidade para ameaçar a nossa baliza é que nem vê-la. Não sei quantos remates terão eles feito, mas tenho a certeza de que os dedos de uma mão chegam e sobram para contá-los. Não me recordo de ver o Quim fazer uma única defesa.

Mas não nos podemos esquecer do competentíssimo Rui Costa, da família dos competentíssimos Costas, e a quem eu auguro um futuro bastante promissor, prevendo para breve a sua promoção a internacional. Pois este senhor, não contente com o critério estupidamente parcial na amostragem de cartões, e com o facto de decidir 99% dos lances a favor do Marítimo,
descortinou numa queda desajeitada de um insular uma oportunidade dourada para assinalar penálti, e não se fez rogado. Ocasião de ouro para o Marítimo rematar à nossa baliza (já que de outra forma parecia ser impossível), e assim, de súbito, verem-se com a possibilidade de disputar o resultado de um jogo que, de outra forma, nunca pareceu estar ao seu alcance. E tanto que não estava que, apesar de dispormos de apenas um golo de vantagem, a meia hora que faltava até ao final decorreu de forma tranquilíssima, não sentido a nossa baliza ameaçada nem por uma vez que fosse. Pelo contrário, pareceu-me sempre que o quarto golo do Benfica poderia surgir a qualquer altura, houvesse cabeça fria suficiente para aproveitarmos as brechas que se abriam na defesa adversária, e concluir de forma satisfatória alguma das diversas jogadas de ataque que essas brechas proporcionaram. O único factor de nervos acabou mesmo por ser a actuação do senhor Rui Costa, que não contente com o que tinha feito até então, continuou a alardear a sua extrema competência e a anunciar a sua candidatura às insígnias de internacional durante o tempo que faltava. Infelizmente para ele, a falta de capacidade do Marítimo para chegar ao empate terá porventura prejudicado essa mesma candidatura.

Apesar de algo desajeitado nos passes longos, gostei da actuação do Carlos Martins esta noite, enquanto esteve em campo. O Maxi esteve no nível elevado que tem mostrado esta época, e o Cardozo continua a mostrar que terá sido um desperdício tê-lo no banco ou a jogar desacompanhado na frente durante tanto tempo. Não gostei francamente daquilo que o Di María fez. Acho que ficámos a perder com a troca do Aimar.

Nos últimos três jogos para a Liga jogámos com este onze, e esta disposição táctica, e em cada um deles conseguimos uma produção ofensiva bastante interessante, sempre com mais de vinte remates por jogo. Em comparação com o autêntico aborrecimento que foi ver diversos jogos do Benfica esta época, isto tem sido uma agradável mudança. Não sei se ainda vamos a tempo de melhorar a nossa classificação, mas espero que pelo menos se mantenha este nível até ao final da época. Uma coisa parece certa: o Zé da Bancada, que insiste que o Benfica tem que jogar sempre com dois avançados, parece neste caso estar a ver ser-lhe dada toda a razão.

publicado por D'Arcy às 23:40
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27 comentários:
De slb77 a 27 de Abril de 2009
http://desporto.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376836&idCanal=4741

Minuto 58 do FC Porto-Vitória de Setúbal. De uma assentada, Leandro Lima e Bruno Gama foram substituídos por dois colegas de equipa. Coincidência ou não, Leandro Lima e Bruno Gama, jogadores emprestados pelo FC Porto ao Setúbal, estavam a ser os dois jogadores mais perigosos dos sadinos. Coincidência ou não, o jogo que estava empatado ganhou outra vida quatro minutos depois com o primeiro de dois golos de Lisandro (2-0). O tiro no pé de Carlos Cardoso deu uma segunda vida ao campeão nacional.

Alguém quer explicar a substituição? Pontaria de Carlos Cardoso, que na véspera até vaticinara uma “gracinha”? Sorte de Jesualdo Ferreira, que via o placard a andar para trás? “Com a saída dos dois jogadores, o FC Porto passou a ter mais espaço e mais linhas”, respondeu Jesualdo. “Já não atacavam com a mesma intensidade”, justificou Carlos Cardoso.

ASSIM NAO DA'!
De Gonçalo Cardoso Dias a 27 de Abril de 2009
Excelente crónica do que se passou no Estádio da Luz. O Benfica foi enorme, gigante mesmo! o arbitro foi... como dizia o publico onde me inseria um gatuno e um palhaço. Pensando bem, acho que pelo menos os palhaços não tem culpa nenhuma no cartório e merecem todo o meu respeito, e isso é mais do que eu posso dizer do tipo que estava com uma t-shirt amarela a apitar.

E depois ha dirigentes desportivos, sejam representantes de clubes ou dos próprios órgãos directivos da lida ou dos árbitros que vem queixar-se que a malta não vai ao futebol. Obrigado... Enquanto permitirem arbitragens deste nível que estragam o gozo todo de um jogo não esperem milagres
De S.L.B. a 27 de Abril de 2009
Eh pá, por uma questão de respeito nem deverias escrever o nome dele. Estás a conspurcar um nome que nos é tão grato.
De AB INITIO a 27 de Abril de 2009
Mas é precisamente isso que faltou ao Benfica, D´Arcy . Na ausência de estúpida teimosia transparecida por Quique Flores, quase que posso categoricamente afirmar que o Benfica jogando com a mesma equipa mais vezes, teria com toda a certeza colhido muito melhores resultados.

(É a minha opinião e vale o que vale).

Saudações Benfiquistas!
De Jorge Ventura a 27 de Abril de 2009
Mais uma vez uma excelente crónica fidedigna do que se passou em campo...quanto ao apiteiro estamos conversados, vai ser internacional...então se o Ovigário faz parte do grupo da elite (parto-me a rir) porque não há-de este asno ser internacional ???
Em relação ao jogo só não entendo porque o Katso não é titular, só consigo percebê-lo embora não concorde pelo facto de sair no final da época...discordo em relação a ti do Carlos Martins, um jogador que deambula no miolo do campo não pode falhar tanto passe...irrita até de ver...o Cardozo se tivesse sido sempre titular teria muito mais golos marcados e certamente não estaríamos nesta altura a defender o 3º lugar do Nacional e do Braga mas coerência, competência e ambição são atributos que o Quique desconhece...!
Uma última nota...estive a tentar ver o Porko-Benfica no hóquei, já me tinham dito que o sistema nessa modalidade está enraizado como no futebol, meteu nojo, gritante dualidade de critérios...houve uma altura que até os avençados tiveram que admitir que o Benfica estava a ser prejudicado...eu pergunto...vale a pena jogar com aqueles gajos ??? já se sabe que o titulo é para eles...mesmo que ganhemos na luz o 2º jogo vamos ser gamados no terceiro outra vez...enfim....tudo isto fede e estamos a precisar de outro 25 de Abril neste País começando no futebol e acabando na politica...!
1 Abraço e saudações Benfiquistas
De Helena Ramos a 27 de Abril de 2009
Depois do terceiro golo, dizia-me o meu irmão que não há nenhum árbitro que possa evitar vitórias quando se joga assim com pressão, com querer, com classe... Acho que, na segunda parte, a ideia dele mudou por completo. Ainda não tive oportunidade de ver o lance do penalty, o que eu sei é que me parece extremamente duvidoso e que, a não ser, se vê que é claramente um roubo dado à posição do porco negro.

Onde esteve este Benfica é o que eu me pergunto... Onde esteve este Reyes que agora corre que nem um doido... O Benfica merecia ter marcado muitos mais na primeira parte e saiu para o intervalo como um justo vencedor. Tal como tu, acho que a substituição foi má para a equipa, porque o Di Maria é mais brinca na areia e mais egoísta.

No geral, acho que a equipa esteve bastante bem e foi bom ver a disposição com que os jogadores entraram: para ganhar! Sempre que perdiam a bola iam atrás dela e fizeram uma pressão forte no adversário, coisa que tanto nos criticaram por não fazer no jogo com o Setúbal.

CARREGA, Benfica!
De Benfas a 27 de Abril de 2009
link com notícia que pode interessar: http://desporto.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376836&idCanal=4741

Nota: assim se ganham campeonatos... :|
De MM a 27 de Abril de 2009
Fico satisfeito por Cardozo estar a conseguir mostrar a sua inegável qualidade, e a provar que deveria ter sido aposta regular durante a época. Só espero que, tendo em vista a próxima época, Quique saiba aprender com os erros...
De Rui Pinho a 27 de Abril de 2009
De acordo com todos os mimos que se dispensem ao boi de preto.

Mas o Benfica na 2ª parte não existiu.
E tinha que existir. Até porque...
Eu até aceito que não queiram fazer barulho com os árbitros, os nossos dirigentes e o treinador. Mas não aceito que ainda não tenham percebido o que se passa e que não transmitam isso para os jogadores.

Deixá-los andar ali a passo e parados a 2ª parte toda, é chamar esses gatuno a actuar...

Cumprimentos,
Benfica Sempre!
De pge a 27 de Abril de 2009
Se duvidei de alguns dos méritos da vitória contra o setubal, ontem acho que fizemos um bom jogo e só piorou porque com uma vantagem de 3-0 de repente e sem o adversario fazer muito para isso reduz para 3-2 e isso intranquiliza qualquer equipa, menos claro aquela que esmagou o manchester com um empate.

Não entendi a entrada do Di Maria, só se houve alguma queixa do Aimar, a do Carlos Martins só mesmo para refrescar o meio campo, porque pareceu-me o jogo mais "certinho" que fez...O Reyes é pena que não jogue prá equipa.

O problema do Zé da Bancada é a memória curta e que o faz pensar que descobre sempre uma pólvora nova...Ora se o Zé recordar a exibição destes 2 avançados no paços-Benfica ou recordar o Benfica-rastejantes em que só ganhamos o jogo quando entra o Aimar para o lugar de um deles, ou o jogo cá com o Nápoles em que jogámos só com um deles etc etc, vai chegar á conclusão que essa essa pólvora já foi descoberta, não tinha dado era grandes resultados...Mas fico feliz que agora que estamos em 3º dê até porque parece que eles andam em fase de renovação de contratos...
O Zé da Bancada só vai descansar quando jogarmos com 5 avançados com no tempo do Eusébio.

Ai se o bruno carvalho se lembra de propor fazer o onze por sondagem...


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