Uma vitória pela margem mínima que deixa tudo em aberto para a segunda mão. O resultado acaba por ser melhor do que a exibição, sobretudo na segunda parte, durante a qual não conseguimos manter o nível exibido na primeira e assim desperdiçámos uma vantagem mais confortável. Pelo menos como os golos fora já não contam como critério de desempate, o 2-1 final não é tão preocupante como seria anteriormente.
Foram feitas as alterações esperadas para este jogo, sendo o onze apresentado o mais previsível, no qual o Morato ocupou a vaga do indisponível Vertonghen. Perante um PSV que joga sempre de forma bastante ofensiva, colocando vários jogadores em zonas adiantadas, o segredo para os conseguir ferir passaria sempre por conseguirmos defender bem e depois fazer transições rápidas para o ataque, espreitando também as bolas paradas, onde eles parecem ter fragilidades. Chegámos cedo ao golo, aos dez minutos, precisamente numa transição e através do Rafa a passe do Yaremchuk, com um remate rasteiro cruzado que fez a bola entrar bem junto do poste. O PSV teve sempre mais bola, mas o Benfica soube quase sempre controlar o adversário e evitar que criasse ocasiões de finalização, sendo as maiores dores de cabeça dadas pelo extremo direito Madueke, que deu imensos problemas ao Grimaldo. A primeira parte não poderia mesmo ter corrido melhor, porque perto do final chegámos ao segundo golo. Na sequência de um pontapé de canto, o Otamendi fez o primeiro cabeceamento para o meio da área e depois de um ressalto a bola sobrou para o Weigl, que não teve qualquer dificuldade em finalizar. Dois golos de vantagem ao intervalo era perfeito, mas o nível da segunda parte não acompanhou o da primeira. Até entrámos bem e poderíamos ter chegado ao terceiro golo numa jogada entre o Rafa e o Grimaldo, mas o guarda-redes do PSV adivinhou bem o lance e foi buscar o remate do Rafa. Quase na resposta, o Otamendi teve um mau passe para o João Mário numa saída para o ataque e a equipa foi apanhada em contra-pé, ficando imediatamente numa situação de inferioridade numérica de três defesas para quatro adversários. O portador da bola flectiu para o meio e à entrada da área rematou entre três jogadores nossos, com a bola a desviar levemente no Otamendi e a entrar bem encostada ao poste. O Benfica ou acusou muito este golo, ou então estoirou fisicamente, porque a partir daí o jogo passou a ser praticamente todo do PSV. Não conseguimos sair uma vez que fosse em ataque organizado, sendo frequentes o simples pontapé para a frente. Em termos de duelos individuais, perdemos quase todas as bolas divididas, pelo ar ou pelo chão. As quatro substituições feitas de uma assentada a vintem minutos do final pouco alteraram o cenário - o 2-2 foi sempre um cenário mais provável do que o 3-1, e o mais perto que esteve de acontecer foi num desvio do Lucas Veríssimo que teria acabado em autogolo se não fossem os excelentes reflexos do Vlachodimos. Foi por isso foi com alguma satisfação que ouvi o apito final de um árbitro que voltou a deixar uma má imagem junto dos benfiquistas - entrou para o aquecimento debaixo de assobios e deixou o jogo debaixo de assobios.
Não consigo fazer grandes destaques na nossa equipa para além do Vlachodimos. Talvez o Rafa, por ter marcado um golo e por ser aquele de quem eu esperava sempre alguma coisa quando a bola lhe chegava em condições. O Veríssimo e o Otamendi não estiveram mal, mas este último fica marcado pelo lance do golo.
O mais importante é que partimos para a segunda mão em vantagem. Mas não creio que a estratégia para a segunda mão possa passar simplesmente pelo segurar desta magra vantagem, temos que jogar para marcar em Eindhoven se queremos passar este playoff. O PSV contava por vitórias todos os jogos disputados até agora e sai da Luz com esse registo estragado, enquanto que o Benfica mantém o registo perfeito. Nas últimas semanas o PSV foi-nos apresentado como a oitava maravilha do futebol, mas se a coisa correr de feição ao Benfica, estão agora a noventa minutos de serem considerados uma equipa perfeitamente banal.
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