VAMOS ACABAR COM AS IMBECILIDADES
Terça-feira, 11 de Maio de 2021

Banco

Em mais um jogo em que resolvemos oferecer uma parte ao adversário, foi no banco que encontrámos as soluções para dar a volta a um resultado negativo e evitar perder novamente pontos contra a pior equipa do campeonato. Como bónus, praticamente selámos o regresso do Nacional à segunda liga, o que depois da vergonha de comportamento que tiveram quando fomos afectados pela vaga de COVID-19, passou a ser um dos meus maiores desejos para esta época.

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A primeira parte do Benfica só se pode descrever como deplorável. As muitas alterações no onze não podem justificar tamanha pobreza exibicional. Num regresso ao 4-4-2, Gilberto, Nuno Tavares, Chiquinho, Pedrinho e Cervi foram titulares, e a primeira parte foi toda do Nacional. Sofremos um golo ainda cedo (oito minutos) na sequência de um pontapé de canto, depois de uma boa assistência de cabeça do Seferovic para que um adversário aparecesse completamente sozinho à frente da baliza a atirar ao ferro, e um segundo adversário estivesse depois também completamente sozinho para fazer a recarga. O Benfica foi simplesmente inexistente na primeira parte, e quem estivesse a ver o jogo sem saber quais eram as equipas provavelmente pensaria que era a equipa de vermelho quem ocupava o último lugar da tabela. A desvantagem de apenas um golo ao intervalo, aliás, era até algo lisonjeira para o Benfica, porque o Nacional poderia perfeitamente ter marcado mais golos. Perante tamanha vergonha exigia-se uma reacção forte, e foram logo três as alterações ao intervalo: entraram Grimaldo, Pizzi e Everton para os lugares do Cervi, Chiquinho e Pedrinho. Sem deslumbrar, o Benfica melhorou claramente e passou a controlar o jogo, criando ocasiões de golo que quase nem tinham existido na primeira parte. Chegámos ao golo logo aos cinco minutos, numa cavalgada individual do Nuno Tavares na qual flectiu para o meio e depois rematou ainda bem de longe para o golo, com a bola a sofrer ainda um desvio num adversário que impossibilitou a defesa ao guarda-redes. Mas o VAR puxou a jogada até ao seu início e invalidou o golo devido a uma falta (clara, diga-se) do Lucas Veríssimo logo no início da jogada. O mesmo rigor já não conseguiu ter quando aos sessenta e cinco minutos de jogo assistimos a mais um lance para juntar ao compêndio de arbitragem que têm sido esta época os jogos do Benfica. No seguimento de um pontapé de canto, um jogador do Nacional conseguiu jogar a bola não com um, mas com os dois braços, assim como se estivesse quase a jogar vólei. Presumo que tenha sido surpreendido pela curta distância a que a bola foi jogada - afinal de contas, da bandeirola de canto até ao primeiro poste são dois passinhos. Não sei o que foi mais patético: se o facto de quer o árbitro (por sinal, exactamente o mesmo que na primeira volta não assinalou um dos penáltis mais escandalosos desta época quando defrontámos este mesmo Nacional, e que por curiosidade é um dos árbitros que mais penáltis assinalou esta época) quer o VAR não terem assinalado o penálti, ou as tentativas absolutamente esfarrapadas da dupla da SportTV que passou o jogo todo a mostrar alegremente a sua parcialidade anti-Benfica para justificar a decisão. O que é certo é que o jogo não atava nem desatava, o tempo corria para o final e o Benfica arriscava-se a mais uma vergonha esta época. Foi então que do banco vieram as soluções para dar a volta ao texto. De lá vieram primeiro o Darwin e depois o Gonçalo Ramos, que foram os artífices da reviravolta. O empate chegou aos setenta e oito minutos, em mais um lance de 'inspiração' do matador Seferovic. O Everton fez tudo bem pela esquerda, entrou na área, tirou o defesa da jogada e ofereceu um golo feito ao Seferovic, que estava em frente à baliza na linha da pequena área. O Seferovic fez aquilo que se esperava: chutou ao lado da baliza. Mas felizmente um defesa do Nacional (o mesmo que tinha feito o golo deles) na ânsia de cortar o lance ainda tocou na bola e enviou-a para a baliza. Três minutos depois, consumou-se a reviravolta. O Seferovic lançou bem o Darwin pela esquerda, que foi imparável por ali fora e colocou a bola bem no meio da área para que o Gonçalo Ramos mostrasse ao Seferovic como se faz: deixou-se atrasar para fugir à marcação do defesa e de primeira colocou a bola fora do alcance do guarda-redes. Até parece simples. E a quatro minutos do fim, o ponto final no jogo, com os mesmos intervenientes. Primeiro a bola foi recuperada pelo Weigl e o Everton, e este voltou a lançar o Darwin pela esquerda. Mais uma vez uma cavalgada impressionante, sentou o defesa já dentro da área, e quando estava só com o guarda-redes pela frente preferiu fazer o passe atrasado para o meio, onde surgiu mais uma vez o Gonçalo Ramos a finalizar de primeira, com a bola ainda a bater num defesa e o guarda-redes quase a conseguir evitar o golo.

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O homem do jogo é evidentemente o Gonçalo Ramos, que em 16 minutos em campo fez dois golos e mostrou a eficácia que tanto tem faltado aos nossos jogadores em tantos jogos. Foi muito bem acompanhado pelo Darwin, que fez duas assistências e que parece estar cada vez mais confiante, embora ainda não o suficiente para tentar finalizar lances quando se apanha na cara do guarda-redes - ao menos hoje quando o fez acabou em golo, provavelmente porque a bola não foi passada ao Seferovic. O Everton deu sequência ao bom final de época que está a fazer e a sua entrada ao intervalo foi também importante para ganharmos este jogo.

 

O que de positivo retiro deste jogo foi que achei que os jogadores do Benfica na segunda parte mostraram algum brio e vontade de mudar o rumo dos acontecimentos. De negativo, ainda e sempre a falta de qualidade do nosso jogo, com aquela primeira parte a ser uma autêntica vergonha. Negativo também que as segundas escolhas tenham mostrado tanta incapacidade - a equipa que entrou em campo tinha mais do que obrigação de vencer este Nacional sem grandes problemas. E para finalizar, apenas mais uma das muitas confirmações de que nos critérios de arbitragem desta época, em especial no que diz respeito aos penáltis, há um critério para o Benfica e outro para todos os outros. Conseguiu criar-se um clima em que qualquer árbitro se sente condicionado e com receio de tomar uma decisão que seja favorável ao Benfica. E não me parece que esta situação esteja para mudar em breve.

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publicado por D'Arcy às 23:29
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De Anónimo a 12 de Maio de 2021
O positivo é que estamos um jogo mais perto de terminar a época e o suplicio, a tortura, a que temos sido sujeitos.
Primeira parte deprimente. Se o Taraabt e o Pizzi não funcionam como número oito, o Chiquinho ainda menos. Portanto, mais uma vez, o problema teve origem no meio-campo, e depois alastrou-se ao resto da equipa. O Sefe foi Sefe. Cervi, Pedrinho, Tavares, Gilberto, mostraram porque não são opção. Weigl foi contaminado e fez dos piores jogos de que tenho memória com o Manto Sagrado. Até o Otamendi teve um jogo desastrado e o Veríssimo não esteve muito melhor. Terão aqueles jogadores tanta falta de qualidade como se viu? Alguns têm. É algum problema psicológico? Também. Técnico-táctico? Também há esse componente. O que vi, foi indigno de uma equipa do Benfica e só não levámos mais do que um golo tornando o resultado praticamente irreversível, por sorte. Para alguns daqueles jogadores, a bola parece quadrada. Eu sei que a “choupana” tem problemas climáticos e de relva, mas servirá para atenuar a exibição miserável a que assisti, frente à pior equipa do campeonato? Na minha opinião, foi Everton e Darwin quem desbloquearam o resultado. Mais uma vez, gostei do Everton, começa a mostrar alguma coisa, infelizmente, tarde. Mas tem tido intervenções decisivas, tanto a assistir como a marcar, vários jogos seguidos.
A arbitragem foi o costume. Penalty claríssimo a duas mãos, que nem foi alvo de análise mais detalhada, ao contrário de tudo o que é contra o Benfica, que é analisado pormenorizadamente e se for necessário, para nos tirar o golo, desde o início do jogo. Há uma clara dualidade de critérios dos árbitros quando se trata do Benfica, e temos assistido a isso jogo após jogo. O Benfica reclamou, e bem, após o último jogo perante o contumilense, e agora, deveria ter continuado. Até agora, não ouvi ou vi nada.
O Benfica foi transformado numa espécie de Santa Casa da Misericórdia do futebol, tendo dado a mão aos fruteiros quando estes estavam no tapete (no ano do penta oferecido), este ano aos viscondes, e pensei para os meus botões que agora tinha chegado o momento de ajudar o “nacional”, esse grande amigo das nossas cores. Era o que parecia que ia acontecer, para muito meu desagrado, e acho, para a grande maioria dos Benfiquistas. Felizmente, acabou por não acontecer. Espero que o “nacional” desça e não mais suba à primeira liga.
Não prestei muita atenção à audição do presidente na assembleia, não me apeteceu, mas registei o que fui lendo sobre o Benfica. Foi com choque que li que ele tinha dito que foi para o Benfica porque os bancos lhe pediram. Dito assim, a frio. Acho que essa afirmação tem passado um bocado despercebida. Tenho lido muita coisa da oposição sobre esse assunto, nunca tendo dado muito crédito a essas afirmações. Agora, depois disto, parece-me que há fundamento para o que eles dizem. E essa afirmação do presidente, explica muita coisa do que tem sido o Benfica nos últimos tempos e como temos consecutivamente facilitado a vida aos nossos inimigos, enfraquecendo a equipa em anos chave, o nosso mutismo perante as injustiças e abusos de que temos sido alvo e alguns negócios sem lógica desportiva nenhuma, planteis com problemas estruturais, o ruinoso negócio da “NOS”, patrocinadora dos lagartos, e como o Benfica foi misturado nos negócios pessoais do presidente... E, peço desculpa a todos os Benfiquistas pelas vezes que votei no Veieira, coisa que tenho intenção de remediar trabalhando para o retirar do Benfica o mais depressa possível. Enfim, infelizmente acho que estes problemas que estão a afectar o Benfica são para continuar, enquanto as políticas actuais continuarem não haverá qualquer mudança, e como este presidente não parece indiciar qualquer desejo de mudança, só começaremos a ver o fim do túnel, quando mudarmos de presidente.
Por último, o clube que foi alvo de perdões de dívida, cobertas pelo erário público (todos nós) ganhou, e assim, somos todos campeões. Parabéns a todos nós, sócios forçados da agremiação do Campo Grande. Ironicamente, isso parece passar ao lado da “comissão de inquérito”, revelando mais uma vez, que são realmente o clube dos regimes (o antigo e este).
De Luís Manuel a 13 de Maio de 2021
"Por último, o clube que foi alvo de perdões de dívida, cobertas pelo erário público (todos nós) ganhou, e assim, somos todos campeões. Parabéns a todos nós, sócios forçados da agremiação do Campo Grande. Ironicamente, isso parece passar ao lado da “comissão de inquérito”, revelando mais uma vez, que são realmente o clube dos regimes (o antigo e este). "

Caro Luís Agostinho, é isto... e também subscrevo o resto do comentário. Saudações Benfiquistas.
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