Tudo indicava que seria um jogo muito complicado e uma prova de fogo para a nossa equipa no caminho para o título, quanto mais não fosse pela excelente exibição que o Moreirense fez na Luz no jogo da primeira volta. Mas num estádio pintado de vermelho a nossa equipa não deu quaisquer hipóteses e transformou o difícil em algo aparentemente fácil, não se notando quaisquer sequelas do esforço extra despendido a meio da semana.
Onze esperado e sem surpresas. Mas conforme já escrevi antes, o Benfica do Bruno Lage é uma equipa em constante adaptação e desenvolvimento que altera a sua forma de jogar consoante o adversário que defronta, como que se reinventando de jogo para jogo. Os jogadores podiam ser os mesmos mas desta vez o Pizzi apareceu muito mais fixo na direita, não se vendo por isso o João Félix a cair para esse lado e em vez disso jogou muito mais no meio. Foi o Jonas quem acabou por ser o avançado menos fixo, com o Rafa a fazer frequentes diagonais e incursões pelo centro. O Moreirense é uma boa equipa que procura sempre ter bola e jogar futebol, ao contrário de tantas outras que a entregam ao adversário e se fecham atrás para se dedicar ao antijogo. Por isso assistimos a um jogo aberto e disputado a um ritmo elevado, com a bola em constante movimento entre uma baliza e a outra. Começou o Benfica logo com uma enormíssima ocasião, na qual o Pizzi, isolado em frente ao guarda-redes, nem sequer acertou na baliza. Na fase inicial do jogo este foi repartido e o Moreirense conseguiu equilibrar as coisas, mas a partir do meio da primeira parte o Benfica foi ficando por cima, sobretudo no que diz respeito às jogadas de perigo. Pouco depois da meia hora marcámos pelo Jonas, mas o golo foi bem anulado por posição irregular do Pizzi no início da jogada. Mas cinco minutos depois valeu mesmo: passe longo do Grimaldo a solicitar o João Félix pelo meio, o defesa do Moreirense falhou a intercepção e o Félix finalizou com facilidade num remate potente. Pouco antes do intervalo surgiu o importante golo da tranquilidade, num cabeceamento do Samaris após um canto do Pizzi na direita. Sabíamos que o Moreirense não baixaria os braços - ainda obrigaram o Vlachodimos a uma grande defesa nos segundo finais da primeira parte - e além disso o jogo com o Belenenses reforçava a ideia de que não poderíamos relaxar, mas ao sairmos para intervalo com uma vantagem de dois golos achei que só muito dificilmente a vitória nos escaparia.
E quaisquer dúvidas sobre isso ficaram imediatamente desfeitas logo no início do segundo tempo, pois o Rafa encarregou-se de marcar o terceiro golo e deixar o Benfica completamente descansado no jogo. Solicitado por um passe do Jonas, isolou-se e à saída do guarda-redes picou-lhe a bola por cima. A partir daqui achei que o Benfica tentou mesmo acalmar o jogo e gerir o resultado e o esforço mantendo a posse de bola. Mérito do Moreirense em ter continuado sempre a tentar jogar e chegar ao golo - num livre do Chiquinho voltaram a obrigar o Vlachodimos a uma boa defesa - mas não parecia de todo que fossem capazes de anular uma desvantagem tão grande no marcador., até porque o Benfica parecia estar muito confortável e confiante no jogo. A gestão de esforço incluiu poupar jogadores nucleares aos minutos finais do jogo - o Pizzi e o Gabriel cederam os seus lugares ao Gedson e ao Florentino, e já muito perto do final também o Jonas foi substituído. Apesar da menor intensidade, não era por isso que deixava de ser provável o Benfica chegar a mais um golo. Até porque o Moreirense não abdicava de jogar com as linhas bem subidas e por isso expunha-se sempre a algum contra -ataque mais rápido caso a bola fosse recuperada numa posição mais comprometedora. Mas acabou por ser numa bola parada que o Benfica ampliou o resultado. Canto desta vez marcado pelo Grimaldo, confusão na área (apenas entre os defesas e o guarda-redes do Moreirense) e a bola acabou por sobrar para o Florentino se antecipar a um adversário e estrear-se a marcar pela equipa principal do Benfica. Os meninos do Seixal continuam a crescer a um ritmo acelerado, e duvido que haja alguém neste momento que ainda ache que a declaração de que os reforços de Janeiro estavam no Seixal é disparatada. Fim de jogo em festa para os muitos benfiquistas que tornaram o estádio do Moreirense uma casa longe de casa para o Benfica.
Melhor em campo, para mim, Samaris. Inúmeras recuperações de bola, muitas delas decisivas (como no terceiro golo) e um golo marcado em duas jornadas consecutivas. É difícil acreditar que até Janeiro era praticamente uma carta fora do baralho. Gostei também do Jonas e gostei muito do Rafa, que continuo a considerar ser um dos pilares do 'novo' Benfica de Bruno Lage. Elogios ao Ferro já começam a ser rotina.
Obstáculo ultrapassado com distinção. Agora faltam oito jogos, e destes apenas três serão disputados fora de portas. Se soubermos manter esta atitude e concentração, dificilmente não alcançaremos o objectivo do título. Só dependemos de nós próprios, e depois de ter visto a completa inversão de critérios do Capela de segunda para sábado mais reforcei a convicção de que de uma maneira ou de outra os nossos adversários mais directos não perderão mais pontos.
De António Madeira a 18 de Março de 2019
Olá, D`Arcy.
Depois do apocalipse, da desgraça da falta de reforços, da equipa de rastos, da entrega do título aos corruptos, do enforcamento em praça pública do Rúben e do Odysseas, veio aquilo que ninguém estava à espera.
Não se admite aquilo que se passou hoje (ontem) em Moreira de Cónegos! Logo para começar, um estádio vestido de vermelho? Mas onde já se viu isto? Então, mas o jogo não era em casa do adversário, que até equipa de verde e branco? Espera-se uma multa tremenda ao clube do Vieira e dos amigos.
Depois, onde cabe na cabeça de alguém ir espetar quatro batatas no quarto classificado do campeonato nacional? (Sim, porque a classificação dos sapos do lamuriar só conta num universo paralelo ao nosso).
E ainda por cima acabar o jogo com seis (6!) jogadores da formação? Não pode ser! Então, mas onde estão os reforços? O Vieira e o Mendes é que são os culpados! É só betão lá para os lados do Seixal!
E ter um gajo daqueles com 34 anos na frente, que joga e faz jogar, não lembra ao diabo! Quem foi o iluminado que lhe renovou o contrato?
Falar do árbitro é chover no molhado. O Moreirense foi claramente roubado. Um fora-de-jogo escandalosamente mal assinalado que anulou um remate perigosíssimo ao painel de publicidade!
Por fim, não queria deixar de terminar com uma palavra de profundo desagrado para com o Grimaldo. A agressão que fez à sola do pé do adversário com o tornozelo logo aos 3 minutos não se quaduna com os valores deste Clube. Por mim, não calçava mais nos próximos 10 dias que era para ver se aprendia.
Ah, e já agora: o Laje que arrepie caminho, porque isto de falar só de futebol nas conferências de imprensa já enjoa.
De Anónimo a 18 de Março de 2019
Não entendo de onde deriva tanta certeza no golo anulado ao Benfica.
Pelo corte da relva o pizzi está a meio e o penúltimo defesa do moreirense também.
Quem pode ter a certeza?
De
D'Arcy a 18 de Março de 2019
Precisamente pelo corte da relva o Pizzi parece-me estar adiantado. Na minha opinião o golo foi bem anulado - logo na altura achei que o iria ser.
De Anónimo a 18 de Março de 2019
Bom dia,
Comentário ajustado ao que se passou no campo do Moreirense.
Exibição sólida que teve um desfecho lógico. O próprio técnico do Moreirense disse que a vitória do glorioso foi justa.
Os comentários que já vi na bola do insolvente, onde punha em causa quer o nosso primeiro golo bem como o hipotético golo anulado ao Moreirense, dizer a esse energumeno que de certo não viu a capelada no sábado onde a arbitragem esteve ao contrário daquilo que aconteceu na passada segunda feira no jogo com os de belem.
A meu ver o melhor em campo foi o Samaris, bem secundado pelo Gabriel. Que meio campo com categoria e aplicação. Gostei imenso.
Agora manter o mesmo foco e aguardar que os lesionados voltem, mormente Seferovic, para dar mais consistência ao nosso ataque, para levar de vencida as oito finais que faltam para a conquista do 37.
Saudações benfiquistas.
De Dias Pereira a 19 de Março de 2019
Bom dia.
Foi, realmente, um jogo que se veio a tornar fácil, depois de um início bem mais complicado, com domínio repartido, e com alguma ineficácia nos processos de jogo ofensivo da nossa equipa.
Estou, como é natural, muito satisfeito - e aliviado!... - pela vitória, mas não partilho totalmente da convicção que esta tenha sido uma exibição de excelência. Na verdade, além do falhanço incrível do Pizzi, a três metros da baliza, não fizemos nada de relevante até meados da primeira parte. E foi por essa altura que, fruto de um inacreditável erro de um central adversário, o João Félix inaugurou o marcador.
E daí até ao final da primeira parte continuámos a dividir o jogo, tendo o Samaris marcado o segundo golo na sequência de um canto.
Em suma, na primeira parte, das três ocasiões de golo - uma das quais oferecida... - concretizámos duas... e não concretizámos a mais fácil!
A segunda parte pareceu-me mais conseguida. Não tanto pelo que se tenha jogado, mas pela segurança e eficácia com que se jogou.
Voltámos a ter alguma felicidade, marcando logo na fase inicial, num lance em que a bola entrou na baliza, depois de ainda ter tocado no guarda-redes, em marcha lenta e rente ao poste. E, mais tarde, na quinta ocasião de golo, marcámos o quarto, pelo Florentino, que aproveitou uma confusão entre os defesas e o guarda-redes, na pequena área adversária, na sequência de mais um canto...
Ou seja, marcámos - por quatro vezes em cinco ocasiões... - e fizemos o que tínhamos a fazer, mas, na minha opinião, sem o brilhantismo que muita gente se apressa em atribuir.
Acho que não nos serve de rigorosamente nada estar a enbandeirar em arco numa situação que, em meu entender, não o justifica. E, além disso, como bem sabemos, comporta o risco de voltarmos a relaxar - porque, afinal, somos os melhores do mundo e arredores... - e cometermos os mesmos erros de um passado ainda presente...
O que importa é ter sempre presente que erros evitáveis não são admissíveis, que os jogos se ganham com objectividade, eficácia e concentração total - em vez de com habilidades circenses, passes de calcanhar e sobranceria... - e que se joga muito fora do campo, situação que continua miseravelmente descurada pelos nossos dirigentes, nomeadamente pela direcção e pela SAD.
É que, enquanto uns se empanturram com desmesurados e despudorados favorecimentos, o nosso presidente continua mudo e quedo, entretido a comunicar via telemóvel, e a relacionar-se, impávido e sereno, como os bandalhos deste futebol tuga, mantendo convívios, institucionais e pessoais, com esses miseráveis...
É urgente abrir os olhos! E ser coerente! Defender o Benfica exige muito mais do que uma suposta urbanidade, ainda mais se essa urbanidade se reporta aos protagonistas que bem conhecemos!
Acorda, Benfica! Acorda, Benfica!Acorda, Benfica!
Viva o Benfica!
Saudações benfiquistas!
De Anónimo a 19 de Março de 2019
"Distinção". Boa escolha de palavras no post. Boa análise no comentário em relação à "transmutação" do Capela.
De assinalar que o número de comentários é sempre inversamente proporcional aos bons resultados do Benfica. Enfim.. os tolos do costume vêm cá só quando há que falar mal...
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