Um clássico com um cheiro douradinho a anos noventa. Como aliás é normal por aqueles lados. Aliás, a minha experiência até me diz que eles gostam mais de ganhar assim, talvez porque lhes traga uma pontinha de nostalgia pelos tempos em que punham e dispunham disto tudo.
Não querendo centrar tudo na actuação de Artur 'Pasteleiro' e Tiago 'cinco cêntimos' Martins (que já tão boa conta tinha dado de si no jogo da Taça contra o Rio Ave, e cuja nomeação para este jogo foi uma clara provocação ao Benfica) obviamente que também temos culpas próprias numa derrota que nos deixou com uma margem de manobra mais pequena no topo da tabela. Como treinador de bancada, custou-me compreender a saída do Cervi da equipa precisamente neste jogo. A opção foi pelo Rafa na ala com o Chiquinho no apoio ao Vinícius. Acho que o Cervi dá mais solidez defensiva, que seria importante num jogo destes. O Porto entrou mais forte, a jogar da sua forma típica, com muita intimidação física e perante um Benfica encolhido chegou cedo ao golo. A resposta do Benfica foi a melhor possível, chegando ao empate pelo Vinícius pouco tempo depois, numa recarga oportuna a um cabeceamento do Chiquinho (mais uma vez ficámos com a sensação de que o VAR andou a esforçar-se ao máximo para tentar encontrar um motivo para anular o golo). O Porto foi melhor na primeira parte, mas onde acabámos por deitar tudo a perder foi nos minutos imediatamente antes do intervalo. Primeiro veio o penálti absurdo, assinalado pelo VAR Tiago 'cinco cêntimos', e que depois o Artur Pasteleiro não teve coragem para contrariar. Não só o Ferro é claramente empurrado pelo Soares, como ainda vê um penálti assinalado depois de lhe cabecearem a bola contra o braço, quando está de costas. So para comparação de critérios: este mesmo VAR, há um par de épocas atrás, foi aquele que conseguiu não assinalar qualquer penálti a favor do Benfica num jogo em que três jogadores do Sporting (Coentrão, Piccini e William) jogaram a bola com a mão dentro da sua área. Aqui considerou o lance de tal forma evidente que contrariou a decisão do árbitro de campo e o obrigou a ir ver as imagens. Mas pronto, penáltis destes contra o Benfica quando vamos ao Porto já é um hábito e não seria por isto que tínhamos o jogo perdido. O pior foi que pouco depois demos um enorme tiro no pé, quando o Marega entrou pela esquerda e o corte do Rúben Dias ao cruzamento foi ainda desviado pelo Vlachodimos para dentro da própria baliza. Segundo golo que surgiu pela esquerda, a reforçar a minha insatisfação pela ausência do Cervi (se calhar não teria feito diferença nenhuma). A entrada na segunda parte foi forte e teve o melhor desfecho possível, com novo golo do Vinícius a reduzir a diferença. O Porto dedicou-se muito a queimar tempo e a segurar a vantagem, e o Benfica melhorou bastante da primeira para a segunda parte. Mas não conseguimos chegar ao empate, até porque as substituições operadas pelo Bruno Lage não resultaram. Em especial a entrada do Dyego Sousa - jogar com três pontas de lança não fez qualquer sentido e deixámos de jogar tanto com a bola no pé, sendo incapazes de criar uma ocasião de real perigo.
Enfim, há que reagir já no próximo jogo. Falhámos uma oportunidade para praticamente matar este campeonato, mas outras surgirão. A vantagem ficou mais reduzida mas ainda nos permite margem de manobra. O Porto ganhou mais crença (deu direito a volta olímpica e tudo) mas continua a depender de terceiros e nós dependemos apenas de nós. Uma derrota não pode comprometer a nossa forma de trabalhar nem desviar-nos do nosso caminho.
bola nossa
-----
-----
Diário de um adepto benfiquista
Escolas Futebol “Geração Benfica"
bola dividida
-----
para além da bola
Churrascos e comentários são aqui
bola nostálgica
comunicação social
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.