Num jogo marcado pela monotonia, o Benfica apresentou pouco mais do que os serviços mínimos e isso foi mais do que suficiente para vencer o Paços de Ferreira e somar os três pontos na estreia nesta edição da Taça da Liga.
Quase que me vejo obrigado a pedir desculpa por ter tão pouco para escrever sobre este jogo, mas para além do baixo ritmo a que foi jogado, fui mais uma vez ludibriado pelo Benfica, como me acontece diversas vezes desde que sou detentor de Red Pass Total. Antes do jogo informam-me que a bancada onde fica o meu lugar estará fechada, eu vejo-me obrigado a trocar para outro lugar, e depois acabam sempre por abrir mesmo a bancada (o piso 3 da bancada BTV hoje estava praticamente cheio, por isso a decisão de informar as pessoas que a bancada estaria fechada pareceu-me um rotundo falhanço nas previsões do número de espectadores). O resultado disto é que acabei a ver o jogo quase atrás de uma baliza e praticamente ao nível do relvado. Para mim, que sempre fui 'sócio do Terceiro Anel', isto causa uma confusão enorme e desta perspectiva à qual não estou habituado parece-me sempre mais que estou a assistir a uma peladinha do que a um jogo de futebol (embora tenha a leve suspeita de que hoje não terá sido apenas o meu ponto de vista sobre o relvado o responsável por ficar com essa sensação).
O que é que posso dizer sobre o jogo? Houve pouco espaço para poupanças, já que da equipa habitual apenas ficaram de fora o Pizzi (suspenso) e o Lindelöf, jogando o Celis e o Jardel nos seus lugares. O Benfica ainda entrou relativamente bem no jogo, o Celis teve um remate perigoso e a seguir o Rafa falhou o golo de uma forma algo escandalosa, depois de ficar isolado por um belo passe do Jiménez, mas a seguir o jogo foi reduzindo a intensidade até se tornar francamente aborrecido. O golo que o resolveu surgiu a cinco minutos do intervalo, numa recarga do Cervi a um primeiro remate do Gonçalo guedes, salvo sobre a linha de golo por um defesa do Paços. Na segunda parte ficaram-me na retina apenas um bom trabalho do Jiménez que terminou com um remate ligeiramente ao lado, um bom remate do Gonçalo Guedes que obrigou o guarda-redes a uma defesa apertada, e um cruzamento no qual o Jardel ficou a centímetros de conseguir fazer o desvio para o golo. De assinalar também mais uns minutos a somar à recuperação do Jonas, o regresso do André Horta à competição, um remate do Paços de Ferreira à figura do Ederson (acho que deve ter sido o único que fizeram na direcção da baliza em todo o jogo, e mesmo para fora não devem ter sido muitos mais) e um grande desarme do Jardel, que me parece estar mais do que pronto para voltar a assumir a titularidade caso a novela jornaleira do Lindelöf acabe com a saída do sueco.
Quanto a apreciações individuais, o Celis fez um jogo certinho (se calhar foi do melhor que o vi fazer, com o bónus de não ter oferecido nenhum golo ao adversário desta vez), o Gonçalo Guedes parece estar outra vez a entrar numa daquelas fases em que a bola atrapalha um bocado e portanto temos que contar com dois ou três tropeções na mesma durante um jogo, e o André Almeida, como operário competente que é, vai-se adaptando à posição que o mandaram tapar desta vez - teve uma participação importante no lance do golo. O Fejsa, o Jardel e o Ederson mostraram a competência a que já nos habituaram, e o Cervi trabalhou como sempre e lá marcou o golo da ordem.
Se a monotonia foi o tom dominante do jogo, o melhor de tudo foi mesmo a monotonia de mais uma vitória. Foram tantas durante este ano que felizmente podemos pensar assim. Agora é esperar que o próximo ano continue a alinhar nesta tendência.
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