Descanse em paz, grande capitão. De todos os jogadores do Benfica, passados e presentes, o Senhor Coluna foi sempre o meu maior ídolo, aquele que sempre olhei como o maior exemplo e bandeira da Mística do Benfica e por quem maior admiração sempre tive. Nestas coisas as comparações nunca fazem sentido, mas a verdade é este desaparecimento dói-me ainda mais do que o do Eusébio.
E do outro lado o menino Eusébio continua a ter o Senhor Coluna a olhar por ele.
Vinha aqui ler e comentar a tua crónica ao jogo de ontem, quando ao chegar a casa e ligar a tv tomei conhecimento desta notícia tão triste.
Faço minhas todas - todas - as tuas palavras. O desaparecimento do Senhor Coluna é demasiado doloroso. Um homem tão bom, tão leal, grande dentro e fora do campo, um exemplo de desportivismo e de cavalheirismo, não pode desaparecer assim. Foi o nosso grande capitão, e a grande bandeira da Mística do Benfica, como dizes. Foi a coluna em que se apoiou o crescimento e a grandeza do Benfica.
José Águas, Guilherme Espírito Santo, Eusébio, agora o Senhor Mário Coluna...
Talvez isto não seja muito relevante para quem o viu jogar, decerto que houve momentos muito mais marcantes (desde logo as duas Taças dos Campeões que ajudou - e de que maneira - a conquistar), mas há uma imagem que vi na televisão e não esqueço, e que define toda a grandeza e nobreza de carácter do Senhor Mário Coluna: na célebre Final da Taça de 1969, que o Benfica ganhou à Académica, não quis levantar sozinho o troféu, e chamou o capitão da Académica para com ele erguer a Taça. E também não posso esquecer a comoção com que recebeu, de joelhos, a Águia de Ouro que lhe foi atribuída.