Regresso às vitórias num jogo de superioridade total do Benfica, mas que acabou por ser um exercício aos nervos muito mais intenso do que qualquer um de nós esperaria ou desejaria. O primeiro golo tardou, mas as mexidas vindas do banco resultaram em cheio e acabaram por trazer justiça ao resultado.

O jogo ficou logo marcado à partida por duas opções tomadas pelo nosso treinador: a primeira, a atribuição da baliza ao Samuel Soares, que assim se estreou a titular pelo Benfica - o Vlachodimos nem no banco se sentou, sendo esse lugar ocupado pelo recém-chegado Trubin. A segunda, a muito questionável opção pelo Aursnes na posição de lateral esquerdo, relegando o Ristic para o banco. No ataque, opção pela estreia do Arthur Cabral face à suspensão do Musa. E no meio de tudo isto, o quase sorrateiro regresso do João Mário ao onze acabou por passar praticamente despercebido. O que não passou despercebido, e logo desde os instantes iniciais, era que contra uma equipa que defendia muito e de forma razoavelmente organizada, o Benfica no ataque vivia quase exclusivamente das acelerações do Rafa para criar algum tipo de desequilíbrio. Ficou também evidente que era um erro a aposta no Aursnes sobre a esquerda. Juntamente com o João Mário ficávamos com dois jogadores destros daquele lado, que não davam qualquer tipo de profundidade ou largura. Tinham sempre que puxar a bola para o pé direito e vir para dentro - comparemos isto com as dinâmicas que a época passada o Grimaldo dava, e a diferença era como da noite para o dia. Para além do Rafa, eram as movimentações do João Neves no meio campo e algumas iniciativas individuais do Di María na direita que iam dando alguma dinâmica ao nosso jogo, com o Kokçu a mostrar muita qualidade de passe. Também nos vimos confrontados com a habitual inspiração do guarda-redes adversário, que negou o golo ao Di María e ao Arthur Cabral durante a primeira parte. Irritante também foi alguma cerimónia dos nossos jogadores na altura da finalização, tentando optar por um último passe para um colega mesmo quando estavam dentro da área e em aparente boa situação para finalizar - o Rafa fez isso mais do que uma vez.

Pensei que ao intervalo, e face ao que tínhamos visto durante a primeira parte - por mais de uma ocasião eu olhei para o campo e vi quatro jogadores (João Mário, Rafa, Di María e Arthur) num espaço de pouco mais de dez metros quadrados, no meio do terreno e à frente da sobrepovoada defesa do Estrela - houvesse uma reacção imediata e se fizessem alterações no nosso lado esquerdo, mas a única alteração foi a troca do João Neves (certamente o amarelo que viu terá pesado) pelo Florentino. A entrada do Florentino revelou-se útil, porque não só a equipa passou a pressionar mais alto como o Kokçu se soltou mais para apoiar o ataque. Mas o nulo mantinha-se teimosamente, com o guarda-redes do Estrela a responder sempre à altura quando conseguíamos alguma situação de finalização - mais um golo 'roubado' ao Di María. Entretanto, um enorme susto para o Benfica quando o Estrela, numa das raras subidas à nossa área, viu o árbitro assinalar penálti a seu favor quando uma bola cruzada embateu no braço do Florentino. Corrigiu o VAR (o braço estava em baixo, em posição natural ao longo do corpo) e salvámo-nos de ficar numa situação ainda mais incómoda e injusta. A aposta no Aursnes na lateral esquerda manteve-se teimosamente, e a no João Mário durou até cerca de vinte minutos do final, altura em que finalmente deu o seu lugar ao Neres. Que assim que entrou começou imediatamente a criar desequilíbrios, e a jogar como extremo na esquerda, ele que normalmente até costuma ser mais utilizado na direita, onde pode vir para o meio para explorar o remate. De jogadas dele pela esquerda criámos uma ocasião para o Kokçu, cujo remate à entrada da área proporcionou mais uma defesa inspirada ao guarda-redes, e outra no meio da área, onde mais uma grande defesa por instinto negou o golo ao Arthur na sua estreia. Por essa altura o Arthur já dava evidentes sinais de cansaço e, a doze minutos do final, cedeu o seu lugar ao Tengstedt. Logo a seguir, nova incursão do Neres pela esquerda (a jogada começa com uma recuperação de bola do Florentino em antecipação quase em cima da linha da área adversária), foi à linha final e o passe rasteiro para o interior da pequena área foi desviado para golo pelo Tengstedt, no seu primeiro toque na bola. Estava feito o mais difícil e desfeito o nulo, e daí até final o Benfica teve mais espaço para criar jogadas de perigo. Foi por isso com alguma naturalidade que já no período de compensação o Rafa, a passe do inevitável Neres, ficou isolado e fez o segundo já quase em cima da baliza, e logo a seguir quase fez o terceiro a passe do Tengstedt na direita, acertando em cheio no poste.

O homem do jogo é inevitavelmente o Neres. Foi a entrada dele que mudou tudo, e teria sido difícil ganhar este jogo se tudo continuasse na mesma até final. Boa entrada também do Tengstedt, não só pelo golo, mas pela maior mobilidade que trouxe ao ataque. O Arthur foi um avançado mais fixo entre os defesas, e as movimentações do Tengstedt ajudaram a criar mais espaços e desequilíbrios. Importante também a entrada do Florentino. Sem desprimor para o João Neves, que até foi dos melhores na primeira parte, mas eu acho sempre que a equipa precisa de um jogador como o Florentino em campo, porque permite à equipa jogar mais adiantada - o Kokçu foi um dos que pareceu beneficiar bastante da presença do Florentino. Em apenas meio jogo tenho a certeza de que terá sido o jogador com mais acções defensivas da equipa, e o golo que abre o marcador nasce de uma bola que ele vai recuperar à entrada da área adversária. Por falar no Kokçu, gostei muito do jogo que fez, e a visão e qualidade de passe que mostrou várias vezes deixaram um cheirinho ao que o Enzo fez por nós a época passada. O Di María também não esteve mal e não tivesse apanhado um guarda-redes teimosamente inspirado pela frente muito provavelmente teria feito pelo menos um golo. Finalmente, o Rafa, que se não fosse o Neres seria a minha escolha para melhor em campo. Até à entrada do brasileiro achei que a equipa viveu praticamente dele no ataque. Tal como a época passada está a iniciar esta em grande forma e só gostava que fosse um bocado mais egoísta na altura de finalizar, porque me irritei várias vezes por ter optado pelo passe quando podia rematar em situação muito boa.
O assunto da semana será a novela Vlachodimos. Eu não gosto nada do conceito de penalizar imediatamente um jogador por causa de um erro, porque me parece uma má gestão humana que coloca pressão adicional sobre os jogadores. Mas sendo ele o treinador, e tem toda a legitimidade para decidir trocar de guarda-redes titular quando muito bem lhe apetecer - outros já o fizeram antes, tal como o Trapattoni, o Rui Vitória ou o JJ. O que era dispensável para mim era discutir o assunto publicamente antes do jogo e apontar o dedo directamente ao jogador. Só que o Vlachodimos não assinou contrato para ser titular, tem é que ser profissional e acatar as decisões do treinador, mesmo que imagine que não esteja propriamente satisfeito com a insistência do Benfica em contratar um novo guarda-redes este defeso. Além de que o Vlachodimos já não é virgem neste tipo de comportamento, porque quando o JJ colocou o Helton no lugar dele vimo-lo imediatamente a ter declarações públicas sobre querer sair. Posto isto, a decisão de não o convocar era a única possível. Já no que diz respeito ao Aursnes na lateral esquerda, é uma forma muito clara de dizer que não conta muito com o Ristic. Depois de ver sair o titular e do outro lateral esquerdo do plantel estar lesionado, nem assim conseguir jogar deve ser muito desmotivante para qualquer um. Nem percebo o que é que o nosso treinador quis dizer quando disse que o Aursnes 'podia dar-nos algo mais', porque o que nos deu foi uma exibição perfeitamente banal numa posição que de todo não lhe é natural, e uma asa esquerda inoperante durante mais de dois terços do jogo. Se calhar é demasiado ingénuo da minha parte, mas julgo que não serei o único a sonhar com o trio Di María, Rafa e Neres a jogar em apoio ao avançado, como vimos na fase final deste jogo. Ainda consigo perceber que por vezes jogue o Aursnes numa das posições para dar mais consistência defensiva em jogos que o justifiquem, mas contra adversários que se vêm fechar a sete chaves na Luz já me parece menos apropriado. Ainda mais difícil quando a opção é pelo João Mário, que está claramente em má forma e pouco dá à equipa no aspecto defensivo. Enfim, o mais importante foi mesmo o regresso às vitórias e os três pontos amealhados. Esperemos agora um regresso também à normalidade o quanto antes.
De Anónimo a 21 de Agosto de 2023
Entre a conferência de imprensa e a convocatória para o jogo, Schmidt desvalorizou dois ativos do Benfica: Vlacho e Ristic. Privilégio de quem tem um contrato de longa duração? Haveria necessidade de dizer o que disse do guarda-redes? E o Ristic só não faz mais porque o treinador só o desvaloriza. O que fez mudar tanto o treinador de um ano para o outro? Só pode ter sido a estabilidade contratual. Mudar sim, mas para melhor.
De Anónimo a 21 de Agosto de 2023
Mas alguém acha que o treinador disse o que disse sem pensar antes se deveria dizer ou não? Ele disse porque achou que devia dizer, se calhar achou que ele estava demasiado confiante e merecia um tempo no banco, ou achou que ao falar assim conseguiria tirar o melhor do jogador. Infelizmente, parece que a resposta do jogador não foi apropriada.
Mas defender o indisciplinado contra o seu superior hierárquico, não! É muito típico do mundo em que vivemos, mas para mim não dá.
De Nick Name a 21 de Agosto de 2023
O treinador disse porque achou que devia dizer, logo tem razão? Parece-me um pouco curto como raciocínio.
De Armando Cravo a 21 de Agosto de 2023
Existe uma grande falta de coerência em alguns comentadores, não só aqui, como também, nas redes sociais.
Quantas vezes nós temos lido opiniões desses 'comentadores', a afirmarem que Blachodimos não era guarda redes para o Benfica?!...
Não serão os mesmos que agora, 'rasgam as vestes' em sua defesa, apenas para criarem embaraços à estrutura do clube e destabilizarem a equipa?!
Vou pela última...
De Nick Name a 21 de Agosto de 2023
Concordo em que o treinador tem legitimidade para trocar o GR ou qualquer outro jogador, não concordo é com o método de humilhar e desconsiderar os jogadores, como aconteceu com o Vlachodimos, com o Ristic e no passado recente com o Gilberto, o Musa e outros. Isto é mau para a equipa e vai contra o interesse do clube, que agora se vê obrigado a despachar à pressa um jogador que o servia com resultados positivos há 5 anos. Reduzir estes assuntos a simples opções do treinador e a birras de jogadores não me parece que corresponda ao que se passou, que é grave e pode ter consequências negativas. Ao descartar jogadores desta maneira, Schmidt revela cada vez mais um lado da sua personalidade como treinador que a mim pessoalmente não agrada.
De Nuno Figo a 22 de Agosto de 2023
O que me parece óbvio é que Schmidt não humilhou nem destratou ninguém.
Quando questionado se Odysseas tinha culpas nos golos, respondeu NÃO, que a culpa foi da equipa.
Mas acrescentou - e bem - que Odysseas podia ter feito mais contra o Boavista - e podia.
Só… disse… Isto.
Não considero uma humilhação. Não considero um erro.
A comunicação social, ávida de sangue, explorou o tema como aqui agora de faz eco, distorcendo as declarações.
Odysseas reagiu mal e de maneira pouco profissional. O treinador, naturalmente, impôs a sua liderança.
O resto é a Cofina a querer criar uma crise, porque isso dá horas e horas de conversa. E muitos comentários a ecoar isso.
De AP a 23 de Agosto de 2023
Sr. Nuno Fino,
Totalmente de acordo com o seu comentário.
Vá lá que alguém se deu ao trabalho de ouvir com atenção as declarações do nosso treinador, que tal como diz, estão a ser desvirtuadas para criar confusão, parecendo que alguns benfiquistas também estão a querer criar confusão!
Em relação ao grupo Cofina, nada de novo. Ontem inventaram que o Neres queria sair. No fim do dia tiveram uma resposta que os devia envergonhar enquanto grupo de comunicação social que se quer sério!
Se vires a jogada do 2º golo com atenção vês que também no segundo golo é Florentino que pressiona e força o jogador do Estrela a perder a bola que permite o nosso golo.
De Alfredo Quintão a 21 de Agosto de 2023
O lado esquerdo da equipa não existiu!!!
Treinador burro e asqueroso que não sabe respeitar as pessoas.
Devia ser despedido por telemóvel e com justa causa.
Se é verdade o que diz a imprensa - que Ody ganha 2 milhões limpos por ano e que João Neves ganha um milhão brutos por ano - , então só posso concluir que Rui Costa é um mero mentecapto.
Saudações benfiquistas.
De Joana Afonso a 21 de Agosto de 2023
Estou de acordo. O jogador que é o que mais dá o corpo ao manifesto, para além de ser o mais benfiquista de todos e carregado de qualidade e profissionalismo, ganha a quarta parte do que ganha um meio guarda-redes, frágil psicologicamente, curto a sair da baliza e muito curto a ler o jogo!!!!
Se não nos tivesse aparecido na época passada um grande João Neves, nunca o Benfica teria chegado a campeão.
Foi ele com os seus 18 anos e todo o seu inquebrantável benfiquismo e indubitável qualidade como futebolista que veio segurar a equipa e fazê-la acreditar que de facto poderia mesmo ser campeã!!!
E agora o Rui Costa dá-lhe uma "esmola" - em comparação com os Odys vlachodimos desta vida - como ordenado mensal, quando o jogador já deu mais que provas que é um talento puro e que merece tanto ou masi do que os mais bem pagos da plantel.
P.S. Não conheço o grande João Neves de lado nenhum, a não ser de o ver a lutar e trabalhar a sério pelo Benfica dentro dos relvados.
Viva o Benfica.
De Nuno Figo a 22 de Agosto de 2023
Ou então…
Odysseas tem 29 anos e renovou contrato, com melhoria salarial. E aceitou.
E Neves tem 19 anos e renovou contrato, com melhoria salarial. E aceitou.
E se calhar chama-se apenas gestão.
De Anónimo a 21 de Agosto de 2023
Só te faltam as maiúsculas
De anónimo a 21 de Agosto de 2023
Rabo já tens, só te faltam as ORELHAS!!! BURRROOOOOOOOOOOOO.
De Nick Name a 22 de Agosto de 2023
Olha, temos o regresso do demente insultador do costume, que vem "contribuir" para a discussão da única forma que é capaz...
De Redpower a 21 de Agosto de 2023
Florentino tem que ser titular. O Benfica sempre teve grandes médios defensivos, entre os mais recentes, Javi Garcia, Matic, Fejsa, etc. A equipa joga de outra forma, para melhor, com o Florentino. É pena porque nem todos podem jogar, mas os interesses da equipa estão em primeiro.
Aursnes, depois de uma época de estreia em grande, sendo, um dos mais importantes o ano passado, está a tapar buracos, o que é um desperdício... Se Ristic não é bom o suficiente para ocupar a posição dele, então o que está lá a fazer?
Vlachodimos foi quase sempre titular no Benfica. O treinador achou que ele estava demasiado confortável, e se calhar estava. A concorrência é saudável e é boa para todos, mas principalmente para o Benfica.
Acredito que temos um bom plantel e que quando a máquina estiver bem oleada, temos toda a capacidade de chegar ao bi!
VIVA O BENFICA!
De Pedro Qwara a 22 de Agosto de 2023
Tinha a esperança de ver o Cabral, logo na estreia, a descobrir o caminho para a baliza, mas a armada amadorense, bem acantonada no seu ultimo reduto não permitiu. E o guarda-redes, um tal de Brígido, que parecia ter dois metros e meio e mesmo assim voava como uma ave de rapina, para intercetar todas as bolas que furavam a muralha defensiva.
Foi preciso entrar o Neres, meio pirata, meio corsário, para dinamitar a defesa do adversário.
O Casper, surgiu como um fantasma, a fazer bem de Musa e o Rafa, aquele que alguns já despachavam para as arábias, a troco de meia dúzia de patacas, fez o resto.
Num tempo em que o futebol é uma maquina avassaladora que faz e desfaz heróis do dia para a noite, ver jogar o Di Maria, o Neres e o Rafa é assim como que um flashback, um regresso ao tempo em que o futebol era um jogo encantador, que se jogava com mais técnica e menos tática.
Somos um país muito dado a provérbios, ditados populares e charadas e é aqui que entra Odisseas Vlachodimos. O guarda-redes não foi particularmente feliz no Bessa, “ossos do oficio”, “quem nunca errou, que atire a primeira pedra”, mas a turba não perdoou e as pedras não tardaram.
Roger Schmidt, ao contrario daquilo a que nos habituou, não só “não pôs agua na fervura”, como ainda “atirou mais achas para a fogueira” …Vlachodimos passou a semana a ser linchado na praça publica, e como são detestáveis os linchamentos.
“Quem está no convento é que sabe o que lá vai dentro”, mas Vlachodimos não terá acatado de bom grado a decisão do treinador de o colocar a suplente, fez mal, “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, mas, “quem não se sente não é filho de boa gente”.
Em suma, “mais vale cair em graça, do que ser engraçado” …Vlachodimos não só não caiu em graça, como não é suficientemente efusivo para ser engraçado, mas merece respeito, afinal sagrou-se por duas vezes campeão nacional ao serviço do Benfica, algo de que nem o extraordinário Michel Preud´Homme se pode gabar.
E Pluribus Unum !
De Anónimo a 23 de Agosto de 2023
. o treinador germânico contratou o redes ukranazi para jogar a titular e, agora, não sabe como calçar e/ou descalçar esta bota (bem simples, neh ?!)
. um greco-latino entender um germânico não é para todos, é para muito poucos ⚡
De Pedro Qwara a 22 de Agosto de 2023
Tinha a esperança de ver o Cabral, logo na estreia, a descobrir o caminho para a baliza, mas a armada amadorense, bem acantonada no seu ultimo reduto não permitiu. E o guarda-redes, um tal de Brígido, que parecia ter dois metros e meio e mesmo assim voava como uma ave de rapina, para intercetar todas as bolas que furavam a muralha defensiva.
Foi preciso entrar o Neres, meio pirata, meio corsário, para dinamitar a defesa do adversário.
O Casper, surgiu como um fantasma, a fazer bem de Musa e o Rafa, aquele que alguns já despachavam para as arábias, a troco de meia dúzia de patacas, fez o resto.
Num tempo em que o futebol é uma maquina avassaladora que faz e desfaz heróis do dia para a noite, ver jogar o Di Maria, o Neres e o Rafa é assim como que um flashback, um regresso ao tempo em que o futebol era um jogo encantador, que se jogava com mais técnica e menos tática.
Somos um país muito dado a provérbios, ditados populares e charadas e é aqui que entra Odisseas Vlachodimos. O guarda-redes não foi particularmente feliz no Bessa, “ossos do oficio”, “quem nunca errou, que atire a primeira pedra”, mas a turba não perdoou e as pedras não tardaram.
Roger Schmidt, ao contrario daquilo a que nos habituou, não só “não pôs agua na fervura”, como ainda “atirou mais achas para a fogueira” …Vlachodimos passou a semana a ser linchado na praça publica, e como são detestáveis os linchamentos.
“Quem está no convento é que sabe o que lá vai dentro”, mas Vlachodimos não terá acatado de bom grado a decisão do treinador de o colocar a suplente, fez mal, “manda quem pode, obedece quem tem juízo”, mas, “quem não se sente não é filho de boa gente”.
Em suma, “mais vale cair em graça, do que ser engraçado” …Vlachodimos não só não caiu em graça, como não é suficientemente efusivo para ser engraçado, mas merece respeito, afinal sagrou-se por duas vezes campeão nacional ao serviço do Benfica, algo de que nem o extraordinário Michel Preud´Homme se pode gabar.
E Pluribus Unum !
De Anónimo a 24 de Agosto de 2023
. o treinador germânico contratou o redes ukranazi para jogar a titular e, agora, não sabe como calçar e/ou descalçar esta bota (bem simples, neh ?!)
. um greco-latino entender um germânico não é para todos, é para poucos ⚡
De Luis Agostinho a 22 de Agosto de 2023
Em primeiro lugar tanto o treinador Schmidt como o guarda-redes Odisseas são dois campeões pelo Benfica, que nunca faltaram ao respeito ao Benfica, ainda são duas pessoas ao serviço do Benfica, e por isso merecem todo o respeito e não tolero faltas de respeito a quem enverga o Manto Sagrado. O que não quer dizer que estejam imunes a críticas.
O jogo do Bessa deixou mossa, e não foi só no físico dos jogdores e na tabela classificativa, onde partimos para a competição com três pontos de atraso. Também me parece que deixou na equipa e nos adeptos. Acho que houve vários jogadores que não cumpriram o seu papel adequadamente, e o Ody foi um deles, mas houve mais. Como escrevi no comentário ao jogo, é inadmissível sofrermos três golos, mesmo com um a menos. Mas acho que o Schimdt desta vez esteve mal ao destacar o Ody em público, pois sempre ouvi que um bom líder elogia em público e critica em privado.
Como toda a gente, estranhei o 11 inicial, especialmente a asa esquerda com o Aursnes e o João Mário. Acho que aqui o treinador também não esteve bem. Dá a sensação de que quer arranjar espaço na equipa para o Aursnes e para o João Mário seja onde for. Penso que, como a maioria, nada ganhámos com o Aursnes na esquerda, e por vezes penso que se com tanta variação de posições não se esteja a queimar o Aursnes, que, mais uma vez, repito, ainda está longe da época passada. Também me lembrei que um dos jogadores que não entrou bem no Bessa foi o Ristic e será que a sua ausência na sua posição não tenha tido a ver com isso. O João Mário quase me causava um colapso nervoso, quando eu via a bola a passar-lhe mesmo ao lado e ele a não chegar lá...
Quanto ao jogo, acho que o Di Maria também não esteve particularmente inspirado, mas com um Benfica a voar só com uma asa tornava-se mais fácil fechar o lado esquerdo da defesa com o autocarros de três pisos da Amadora. Gostei de alguns pormenores do Artur, veremos, ainda é cedo. O Rafa por vezes quer fazer tudo tão depressa que se atrapalha e por vezes parece que tem pé de tijolo onde a bola bate e salta. Também ainda está longe, apesar do golo. Gostei do Kurkçu mas acho que o meio campo com o turco e o João Neves não funciona bem, e nada a ver com o João Neves de quem gosto muito. Mas acho que o Neves deve ser opção ao Kurkçu e não par do meio campo, uma vez que são dois oitos e deve jogar um oito e um seis (Florentino) para manter o meio campo mais equilibrado e até liberta mais o oito para avançar e distribuir jogo. Acho que este tem sido um dos problemas do Benfica.
Também gostava de ver um ataque com Di Maria, Neres (parece que os mérdia estão a fazer um grande esforço para o vender, porque será?) e Rafa, atrás do ponta de lança, mas todos sabemos que estes três defendem muito pouco e por isso, muito dificilmente acontecerá. Uma questão de equilíbrios...
O Benfica deste ano ainda está longe do melhor e do seu potencial. Os jogadores estão longe da forma desejada e até o treinador, e por isso já estamos com três pontos de atraso.
Este ano o sistema parece ter virado para o Campo Grande. Depois do macron ter feito o que o macron faz, há anos, há uma campanha de lixiviação do acontecido e uma tentativa de elevar o paulinho e o goiqueres ao patamar dos monstros do futebol. Não vi jogos do campograndense pois estou de férias e só me interessa o Benfica. Também não leio os pasquins e tenho evitado ao máximo os programas nas tv´s. Mas, pelas capas e pelo pouco que vou ouvindo/vendo, parece-me que o novo jogdor dos lags está ao nível de um Ronaldo, não o das arábias, mas o verdadeiro, o fenómeno. Será? Já da linha de fora de jogo que nem nas repetições apareceu, porque terá sido...nada.
Não estou a gostar deste inicio de época. Além das arbitragens, de repente, equipa, adeptos, está tudo aos berros uns com os outros, e a dragartagem com a ajuda dos do costume, vai tratando da vidinha... já o Rui e restante direcção, comunicação...terão ido de férias?
De Anónimo a 24 de Agosto de 2023
. como diz o *guachos vermelhão* (o melhor blog da blogosfera benfiquista) mas q'a filha da putice ❗ ⚡
. só espero que, em barcelos, o nosso *benfica futebol sad* (este championship tuga é de sad's e não de clubes), como rebeldia contra o treinador germânico nazi, não conquiste uma segunda derrota seguida fora ... oxalah ... assim seja ... amen ⚠
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