Uma vitória sem grande brilho mas competente de um Benfica transfigurado. Cumpriu-se a obrigação de deixar o Paredes pelo caminho e seguir em frente na Taça de Portugal, dando a oportunidade a vários jogadores menos utilizados para somar minutos e a alguns jovens de se estrearem com a camisola principal.
Jogámos com uma equipa quase nova com uma excepção, porque não há duas mas sim três certezas na vida: a morte, os impostos, e o Pizzi a titular. De resto as alterações começaram na baliza, onde jogou o Helton. Na defesa o Gilberto ficou na direita, a dupla de centrais foi formada pelo Jardel e o Ferro, e na esquerda jogou o João Ferreira. Ver um destro a jogar a lateral esquerdo é das coisas que têm sempre o condão de me enervar - é como ver um cavalo coxo - mas o miúdo fez o que era possível. Meio campo entregue ao Samaris e Chiquinho, alas ao Cervi e o inevitável Pizzi, e o ataque ao inesperado Ferreyra e o Gonçalo Ramos. Sobre o jogo, pouco se pode dizer porque não teve história alguma. Foi um domínio territorial completo do Benfica do primeiro ao último minuto, com os números da posse de bola a andarem próximos dos 80% e a equipa do Paredes toda enfiada na sua área, jogando rijinho sempre que fosse necessário. A parte pior foi que o Benfica nunca encontrou grande inspiração para transformar todo este domínio em situações reais de perigo - na primeira parte ainda foi um bocadinho melhor, mas a segunda foi um deserto de ideias. O único golo chegou de bola parada, numa boa movimentação e cabeceamento do Samaris na área para corresponder a um livre marcado na esquerda do nosso ataque pelo Cervi. Chegou e sobrou para ganhar, até porque o Paredes fez um remate durante todo o jogo. Na fase final do jogo deu para o Tiago Araújo, o Daniel dos Anjos e o Morato se estrearem e acabarmos, durante breves instantes, a jogar com três centrais.
Não dá para fazer grandes destaques. Qualquer que fosse a equipa apresentada, o Benfica tinha a obrigação de ser melhor do que o Paredes, e por isso os jogadores não fizeram mais do que a sua obrigação. Achei que o Ferro se apresentou bem e mostrou uma boa atitude no seu primeiro jogo sob o comando do JJ. O Cervi também mostrou vontade mas foi algo trapalhão. Os dois avançados mal se viram, até porque isso seria difícil no meio dos onze jogadores do Paredes enfiados na área. Os dois jogadores mais 'titulares', Pizzi e Gilberto, foram dos mais apagados.
Cumprida a obrigação, esperemos pelos próximos jogos para ver se conseguimos inverter o mau momento exibicional e regressar a um nível mais aceitável que já apresentámos esta época. A indisponibilidade do Darwin certamente não vai ajudar, e espero que saibamos encontrar soluções para regressar ao rumo certo.
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